[RP Fechada] Lei do Retorno

3 participantes

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Jedidiah F. Stinsen Dom 26 Nov - 21:12:30

Lei do Retorno

Essa RP se passa na escola privada President Kennedy e é entre os players Corinne Mikkos e Jedidiah Stinsen. O dia é relativamente quente e em torno de 9 horas da manhã.
Eu ainda quero café, cacete.
8 p.m.
11 graus Celsius
Listening
Jedidiah F. Stinsen
Jedidiah F. Stinsen
desempregado (a)


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Jedidiah F. Stinsen Dom 26 Nov - 22:20:39

I can definetly treat u better
Meus dedos pressionavam as teclas do piano conforme uma doce melodia ecoava, se espalhando por toda sala de música do colégio. A maioria dos alunos estavam em sala e — como eu fazia parte da banda do colégio e tinha uma janela naquele horário — eu estava sozinho junto de diversos instrumentos, o que se assemelhava com o paraíso para mim.

Desde o pequeno evento na casa de Corinne, eu havia escrito uma música ou duas, mas a minha preferida tomava conta dos meus dedos e ecoava pelas paredes da sala conforme era acompanhada pela melodia em minha cabeça. A porta da sala estava aberta, mas como ela era relativamente afastada das demais, sequer me importei em fechar. Os corredores estavam vazios e — mesmo eu tendo virado maior alvo de bullying desde o que aconteceu na casa de Corinne à 10 dias atrás — eu não me preocupei. Apenas dei ouvidos para a música que aos poucos se formava por meus dedos, estas estampadas em folhas com notas e letras escritas manualmente.

I love it when you just don't care
I love it when you dance
Like there's nobody there
So when it gets hard, don't be afraid
We don't care what them people say

Cantei a primeira parte da música, minha voz acompanhando a melodia suave, mantendo as notas conforme o acompanhamento das teclas de piano fechavam a melodia. Meu corpo estava levemente curvado e se movimentava quase imperceptivelmente ao som que se formava da sequência de notas. Meu coração parecia ritmado com a música, assim como meu pé que batia levemente em acompanhamento.

I love it when you don't take no
I love it when you do what you want
Cause you just said so
Let them all go home, we out late
We don't care what them people say

Uma pausa curta surgiu e então meus dedos acompanharam conforme minha voz subia um tom para o refrão que veio a seguir.

We don't have to be ordinary
Make your best mistakes
'Cause we don't have the time to be sorry
So baby be the life of the party


Meus dedos tocavam suavemente contra cada tecla. Mesmo com tudo o que aconteceu, mesmo sendo há dez dias, tudo era muito vívido ainda. Não apenas a dor que foi ouvir todas as coisas más que Corinne disse para mim, mas como foi tocá-la, sentir o seu calor e o seu perfume que era único. Sua pele macia, olhos claros, tudo era uma visão que eu sabia que jamais esqueceria. A forma com que eu tocava as teclas do piano era da mesma delicadeza que tocara Corinne há dez dias, o mesmo sentimento de cuidado.

I'm telling you to take your shot
It might be scary
Hearts are gonna break
'Cause we don't have the time to be sorry
So baby be the life of the party


Finalizei o refrão, voltando para o ritmo inicial da música, lento e melodioso. Meus olhos liam a partitura de tempos em tempos, mas a maior parte da música já estava gravada em minha mente, assim como o peso emocional que a gerou em primeiro lugar. Meu coração batia forte em meu peito, calmo como a melodia que escapava das teclas do piano.

Together we can just let go
Pretend like there's no one else here that we know
Slow dance, fall in love
As the club track plays
We don't care what them people say


Meus dedos mudaram sua movimentação e então passei a tocar a ponte, acelerando o ritmo levemente para que conseguisse acompanhar as palavras, agora cantadas em uma melodia um pouco mais vívida.

Come out tonight, come out tonight
There's no one standing in your way
Come out tonight, come out tonight
We don't care what them people say
We don't care what them people say


Cantei a última nota em tom agudo e o segurei por alguns segundos antes de retornar ao refrão. A cada palavra que escapava dos meus lábios, a visão de Corinne dançando era quase perfeita em minha memória. A forma com que ela se movia, o sorriso divertido em seu rosto, seus olhos verdes com seu brilho único. Tudo muito mais vívido do que qualquer dor que senti naquela noite, pois eu sentia que essa Corinne que eu havia visto, esta sim era a mais próxima da real pessoa por trás de todo aquele temperamento mimado e cruel.

We don't have to be ordinary
Make your best mistakes
'Cause we don't have the time to be sorry
So baby be the life of the party
I'm telling you to take your shot
It might be scary
Hearts are gonna break
'Cause we don't have the time to be sorry
So baby be the life of the party

Yeah, yeah, yeah
Life of the party
So don't let them keep you down
Oh, you know you can't give up
'Cause we don't have the time to be sorry
So baby be the life of the party


Terminei a música com um último pressionar de tecla para perceber que eu tinha meus olhos fechados. Um sorriso se abriu em meu rosto e parei quando senti meu telefone vibrar em meu bolso. Peguei o aparelho encontrando uma mensagem de Lorenzo perguntando onde eu estava e o respondi rapidamente, voltando a dar atenção para minhas partituras, passando para a próxima.

A verdade era que eu não estava chorando pelos cantos, nem desolado com o que havia acontecido na festa da menina popular. Na verdade, todos os momentos bons haviam sido bons suficientes para ser mantidos em minha mente. Eu estava acostumado com aquele tipo de bullying e eu sinceramente não ligava mais tanto para o que os outros diziam sobre mim, como eu costumava ligar quando mais novo. Eu sabia que aos poucos as pessoas iam esquecer do que havia acontecido, e era exatamente isso que se passava na escola. Eu não me importava de ser, mais uma vez, o alvo de suas piadas malvadas. Eu tinha meus amigos, amigos verdadeiros, com quem sim eu deveria me preocupar, e isso incluía o retardado mental que estava indo me encontrar na sala de música naquele momento.

Voltei a pressionar algumas teclas, lançando uma nova melodia de outra música que eu havia composto. Minha mente viajando para todos os lados possíveis, como acontecia toda vez que eu o fazia.

Jedidiah F. Stinsen
Jedidiah F. Stinsen
desempregado (a)


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Andrew T. Jordan Dom 26 Nov - 22:51:12

— hotter than hell ;

-Pelo amor de deus, Dianna, não é tão difícil, é só você fazer uma redação de 40 linhas e entregar para aquela profesora.

Corinne revirou os olhos enquanto seus pés batiam contra os corredores vazios da escola. Ela com certeza não queria estar na aula, e assim Dianna a acompanhou em mais uma de suas idas para o shopping. Para que nenhum diretor ou monitor pegasse as duas por chegar muito tarde no local, as garotas entravam pela porta que dava para o corredor com cheiro esquisito que ficavam os clube extra-curriculares, como os jogadores de xadrez, o clube do livro e os instrumentistas da escola.

Todos perdedores aos olhos de Corinne.

Mas um som chamou sua atenção, e enquanto Dianna falava alguma coisa sobre seu mais novo sugar daddy, ela ergueu a mão para que ela se calasse por um minuto. A loira o fez, e ela andou com cuidado para não fazer barulho com seus saltos até a porta do local. Corinne se encostou inteira no portal, Dianna ao seu lado.

Ela não falou e não fez nada. Apenas observou a voz do menino que ecoava pela sala junto com o barulho do piano lindamente colocado na harmonia. A garota observava, e a única coisa que conseguia ver era o quão passional ele parecia na música. E também o quanto ela pensou em si mesma, e no acontecimento de dez dias atrás que já tinha escapado de sua mente, mas voltou como uma avalanche para ela.

"-Você não acha essa música..."

-Cale a boca, Dianna. Estou ouvindo.

Suas vozes eram sussurros, e ela realmente parou para apreciar o que ouvia. Ou não. Corinne na verdade não sabia o que sentir naquele momento, mas parecia que as palavras a atingiam como flechas em seu corpo. Não que isso a afetasse.

Together we can just let go
Pretend like there's no one else here that we know
Slow dance, fall in love
As the club track plays
We don't care what them people say

A morena olhou para o chão, pensando sobre o que tinha acontecido dentro daquelas quatro paredes. Ela olhou para Dianna e segurou no braço da menina, a puxando para o outro lado quando a mesma jogou o braço do aperto da garota e entrou na sala.

O que diabos ela estava fazendo?!

Corinne permaneceu em seu lugar na porta, observando a amiga. A garota rebolou até o piano, apoiando os braços na madeira lustrosa e mostrando seus peitos inteiros pelo decote da blusa. Corinne revirou os olhos. O que ela achava que estava fazendo com esse perdedor?

-Nossa, Jedidiah. Essa música é linda! -A morena estreitou os olhos, ainda observando a loira e seu sorriso que ela conhecia muito bem na face. -Quem foi a inspiração.

Obviamente era Corinne e tudo o que tinha acontecido pela festa. Ela pegou o celular, e começou a mexer no aparelho, sua atenção sendo distraída pelas fotos e curtidas que o seu feed no instagram tinha feito. A grega estava com nojo da amiga só pelo o que estava fazendo. Ok, ela tinha feito pior, mas 1) não se aplicava. 2) no caso dela, tinha sido um desafio de mal gosto de Henry.

Ela apenas esperou para que ele respondesse, e ela pudesse voltar a andar até o refeitório como tinha planejado desde o começo.


@waitforit.dare
— does it burn when i'm not there?
MITZI


Andrew T. Jordan
Andrew T. Jordan
Psiquiatra no Hospital de Nashville


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Jedidiah F. Stinsen Dom 26 Nov - 23:09:00

I can definetly treat u better
Meus dedos continuaram com a melodia conforme uma música já muito conhecida por mim ecoava pela sala. Eu sequer precisava ler a partitura da música que eu havia feito há um ano, quando passei pelo episódio amoroso mais traumático da minha vida. As pessoas achavam que o que tinha acontecido comigo e com Corinne era ruim, mas é porque poucos sabiam o que havia acontecido entre mim e Amanda, e como ela havia me trocado por um estranho de outra escola depois de passar três anos inteiros em um relacionamento comigo.

A maioria das minhas músicas eram oriundas de momentos tristes ou que deixaram uma marca em minha vida, o que meio que trazia um lado bom para cada sufoco que eu passava. Digo, eu perdi a namorada pra um outro garoto, mas pelo menos tinha dado origem a uma música incrível. E o melhor é que toda vez que eu tocava, eu via Amanda perfeitamente e me recordava de todos os nossos momentos bons. E era assim que eu pensava: não importa o que aconteça, as memórias boas devem ser as que prevalecem.

I thought that I've been hurt before
But no one's ever left me quite this sore
Your words cut deeper than a knife
Now I need someone to breathe me back to life

Got a feeling that I'm going under
But I know that I'll make it out alive
If I quit calling you my lover
Move on


Mesmo com uma letra deprimente, eu gostava como a melodia da música era divertida e agradável. Lorenzo já havia falado para gravarmos ela ao som de uma bateria e uma guitarra várias vezes, mas ainda não havíamos tirado o tempo necessário para isso. No entanto, eu suspeitava que essa música um dia poderia se tornar um som muito bom e legal de ouvir.

[/i]You watch me bleed until I can't breathe
Shaking, falling onto my knees
And now that I'm without your kisses...[/i]

Interrompi o meio do refrão quando fui surpreendido, fazendo com que meus dedos apertassem as teclas erradas e um som desafinado saísse do piano. Meus olhos se voltaram em surpresa para um rosto conhecido que se aproximou e — como um gato — senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

— Dianna? O que você está fazendo aqui? — Perguntei confuso e levemente irritado por ter sido interrompido, logo por ela. Olhei para a menina de cabelos loiros conforme ela falava comigo de forma um tanto quanto estranha. Ergui uma sobrancelha, observando a cena em confusão. — Essa música? Lembra da minha ex-namorada, a Amanda?

Perguntei em uma dúvida real, uma vez que Amanda frequentava esse colégio até o ano passado. Minha atenção foi logo tirada quando ouvi passos se aproximando e então a voz de Lorenzo soar ainda do corredor:

— Corinne? O que está fazendo escutando a conversa dentro da sala?

Meus olhos se arregalaram e olhei para Dianna com certo ressentimento. Eu não me surpreenderia se Dianna estivesse tentando pregar alguma peça em mim e Corinne estivesse como uma idiota gravando tudo do lado de fora. Não demorou para que meu melhor amigo aparecesse junto com a morena e os dois adentrassem a sala que de repente ficou pequena demais.

Desviei os olhos da direção de Corinne e observei os instrumentos do outro lado do cômodo. Eu ainda não me sentia 100% confortável em olhar para ela.

— Vocês duas? Vocês não se cansam de...?

Me interrompi. Soltei um suspiro e balancei a cabeça em negação me colocando de pé e cobrindo as teclas com a tampa do piano. Voltei minha atenção para Lorenzo e não precisei dizer nada para que ele entendesse a mensagem. Meu melhor amigo parou dos meus lados, cruzando os braços em tom petulante. Lorenzo, pelo amor de Deus! Só vamos! Eu gritava em silêncio, mas obviamente ele me ignorava.

— O que vocês duas querem aqui? O evento passado não serviu? Já precisam de novos followers idiotas que nem vocês que se divertem em disseminar a desgraça alheia.

O menino ergueu uma sobrancelha fazendo com que eu o olhasse feio. Balancei a cabeça em negação, pegando minha mochila e colocando-a em meu ombro. Olhei para Dianna, evitando olhar para Corinne em qualquer momento.

— Nós estamos de saída. Com licença.

Falei em tom educado, acenando para que Lorenzo me acompanhasse.

Jedidiah F. Stinsen
Jedidiah F. Stinsen
desempregado (a)


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Andrew T. Jordan Dom 26 Nov - 23:53:05

— hotter than hell ;

Minha cabeça se ergueu ao ouvir que a música seria sobre a ex-namorada do garoto. Meus olhos se estreitaram, e eu não consegui pensar em outra coisa a não ser que aquilo era uma mentira. Antes que ela pudesse, porém, ir buscar a loira de dentro da sala que fedia a mofo, um menino de óculos um tanto fora de estilo para seu gosto parou em sua frente, fazendo um escândalo que ela só observou por um breve momento.

-Eu não estou ouvindo fora da sala, perdedor. -Ela revirou os olhos, colocando o peso de volta nos saltos e entrando na sala, enquanto ele a seguia, gritando qualquer coisa que ela não tinha prestado atenção. Jedidiah olhou diretamente para ela, e a garota apenas segurou a amiga pelo braço. -O que você está fazendo?

A garota finalmente encarou o moreno, revirando os olhos mais uma vez. Ela arfou, ainda ouvindo as baboseiras que ele tinha a dizer. A morena levantou a mão, fazendo uma cara de nojo para o amigo do garoto que conseguia aparentar ser mais nerd do que ele.

-Eu só estava esperando minha amiga acabar de tentar dar em cima desse garoto. -Apontou para Jedidiah com o queixo, já puxando a garota para a porta, e parando no meio do caminho. Seus olhos varreram Lorenzo dos pés a cabeça, e olhou de volta para os quatro olhos que residiam ali. -Isso. Pode colocar todo esse recalque para fora. A culpa não é minha que você não conseguem seguidores. Mas como poderia, não é mesmo. Você não tem um pingo de estilo para conseguir que alguém além de seus amigos te sigam em qualquer rede social.

Dianna seguia para porta, não antes de olhar para trás e mandar um aceno para Jedidiah. Ao chegar quase do lado de fora, Corinne olhou para trás, colocando um sorriso maldoso no rosto.

-Podem ficar nessa espelunca de sala. E quanto a você Lorenzo, pela sua orientação sexual, achei que você se vestiria melhor, não como uma mendiga que fica do lado de fora da porta de uma Macy's.

Ofereceu um sorriso falso sem mostrar os dentes, puxando a amiga para frente dos armários ao lado daquela sala. Ela observou bem a loira, que a olhava com uma face de cachorro que tinha caído da mudança e estava perdido em uma cidade que não conhecia.

-Você precisa que eu repita? O que diabos estava fazendo dando em cima dele?

-O que? Só você pode dar em cima de quem quiser na escola?

Uma risada escapou de seus lábios.

-Você não é para esse tipo de gente, Dia. Você é muito melhor que todos eles juntos, e vale mais também! -A loira abriu um sorriso curto, e Corinne colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. -Vamos, daqui a pouco toca o sinal para a aula.

***

Corinne sentou na cadeira no penúltimo lugar, e antes que pudesse perceber, a sala já estava inteira sentada, e a única cadeira sem pessoa era a que estava sua bolsa. Na aula de álgebra não tinha ninguém de seu grupo ali. Quando se jogou na cadeira, a garota sentiu uma dor em seus seios, e olhou para o decote em seu vestido, levando as mãos até eles.


@waitforit.dare
— does it burn when i'm not there?
MITZI


Andrew T. Jordan
Andrew T. Jordan
Psiquiatra no Hospital de Nashville


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Jedidiah F. Stinsen Seg 27 Nov - 0:17:04

I can definetly treat u better
Eu estava tentando escapar daquela situação, mas foi complicado quando Lorenzo e Corinne começaram a trocar ofensas. Soltei um suspiro e revirei os olhos, cruzando os braços e passando a mão sobre meu rosto impacientemente conforme os dois se divertiam trocando adjetivos. Apenas fiquei no meu canto esperando pacientemente pelo fim daquele showzinho.

— Nossa, seu comentário foi tão 2006, linda. Que vexame. Ainda tenho algumas coisas mais importantes que seguidores: amigos de verdade você já... — Lorenzo olhou diretamente para Dianna, se interrompendo. — Ahn... Deixa.

Abriu um sorriso cínico para Corinne conforme eu segurava um sorriso que ameaçou se abrir em meu rosto.

— Ai, brigada, mas não lembro de ter pedido sua permissão. E unir o fato de eu ser gay ao fato de eu ter que entender de moda é tão preconceituoso quanto eu te dizer que você deveria se vestir bem por ser uma megera... O que claramente não é o que estamos vendo, né linda? Beijinho! Seja sumida por mais tempo!

Lorenzo acenou conforme a morena saía da sala puxando Dianna consigo. As maçãs do meu rosto estavam levemente rosadas pelo comentário sobre a loira dar em cima de mim, mas consegui disfarçar. Ainda com os braços cruzados, olhei de canto de olho para Lorenzo. Ergui uma sobrancelha.

— Se vestir bem por ser uma megera...?

Tentei segurar, mas logo um sorriso se formou em meu rosto e uma gargalhada baixa escapou. Meu melhor amigo revirou os olhos e um sorriso se formou em seu rosto enquanto ele me dava dois tapinhas nas costas. Balancei a cabeça em negação, pousando uma mão sobre o ombro dele.

— Você é incrível.

— Eu sei. Agora vamos esquecer a princesa pesadelo e focar naquela música, ok?

— Nossa, sim. — Assenti ao me lembrar a razão de estarmos ali. Peguei meus papéis sobre o piano e entreguei-os ao meu melhor amigo. — O que acha?

Os olhos de Lorenzo escorregaram pelas letras, seu rosto sem apresentar sequer uma emoção. Eu ficava um tanto nervoso quando assunto era minhas músicas, e Lorenzo era a única pessoa além de mim quem lia o que saía em minhas epifanias. Meu coração batia forte e eu me sentia ansioso. O moreno abriu um sorriso, me observando sobre as folhas de papel.

— Acho que precisamos quebrar o seu coração mais vezes.

[...]

Quando eu entrei na sala, existiam duas coisas que eu não esperava um dia encontrar: um elefante cor de rosa de tutu dançando no lugar do professor, e Corinne apalpando os seus seios. E ainda assim, uma dessas coisas era exatamente o que estava acontecendo. Tentei ignorar meus olhares que foram quase diretamente à morena que eu menos queria ver no momento e praguejei um palavrão ao perceber que não havia algum outro lugar na sala que não fosse ao lado dela.

Eu me odiei por ter demorado demais para chegar, uma vez que fiquei bolando novas melodias com Lorenzo pelas últimas horas. O professor já estava impaciente e assim que entrei, o sinal tocou. Ele me dirigiu um olhar mortal e rapidamente fui até a última fileira da sala, segurando a alça da minha mala sobre meu ombro. Perdi a respiração.

— Hm... Pode tirar sua bolsa, por favor?

Perguntei em tom educado. Eu pensei se deveria ter pedido para alguém trocar de lugar comigo, mas ficaria muito óbvio que eu estava a evitando e eu havia sido educado para jamais desrespeitar alguém daquela forma. Engoli em seco esperando por uma resposta. Eu já estava pronto para qualquer palavra dura que eu sabia que ela jogaria sobre mim.


Jedidiah F. Stinsen
Jedidiah F. Stinsen
desempregado (a)


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Andrew T. Jordan Seg 27 Nov - 0:38:46

— hotter than hell ;

Seus olhos se fixaram em seus peitos enquanto as mãos os apertavam. O que diabos realmente era aquilo? Minha atenção só foi chamada quando a voz conhecida perguntou sobre a bolsa, e, sem mesmo olhar para ele, revirei os olhos e peguei o acessório, o colocando em cima da minha própria mesa.

-Ótimo.

A garota soltou os peitos, e olhou para o celular, observando a data. Era o fim do mês, e ela com certeza já estava na época para a sua menstruação, mas ela não costumava ter esse tipo de sensibilidade. Antes que ouvisse o professor reclamar, pegou o caderno pequeno e uma caneta cor-de-rosa, começando a anotar tudo que estava na lousa.

-Jedidiah. -A garota olhou de canto para ele, mas o garoto sequer se mexeu. Ela levantou a cabeça, dessa vez olhando para ele. -Ei, garoto, estou falando com você.

Ela balançou o pompom de penas em cima da sua caneta perto do ouvido do menino, chamando, finalmente, sua atenção. Ela ofereceu um sorriso sem mostrar os dentes, e completamente falso, mas ela sabia que ele podia ajudá-la.

-Você tirou dez na prova de biologia, certo?

Ela esperou a reação do alheio e assentiu, levando as mãos mais uma vez para os seios.

-O que pode fazer os mamilos ficarem sensíveis que não seja a gravidez? -Corinne o observou seriamente, enquanto ele parecia decidir se ela estava falando sério ou não. A garota ergueu as sobrancelhas, como se fosse um sinal para que ele começasse a falar. -É uma pergunta séria.


@waitforit.dare
— does it burn when i'm not there?
MITZI


Andrew T. Jordan
Andrew T. Jordan
Psiquiatra no Hospital de Nashville


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Jedidiah F. Stinsen Seg 27 Nov - 0:50:46

I can definetly treat u better
Corinne tirou a bolsa para que eu me sentasse e eu o fiz, apoiando minha mala contra o chão em silêncio e tirando de lá meu caderno. Coloquei-o sobre a bancada e então passei a prestar atenção nas palavras do professor que havia começado a aula.

Eu estava anotando algumas coisas quando jurei ouvir Corinne chamar pelo meu nome. Parei por um momento esperando o que viria após isso, mas quando ela se manteve em silêncio, decidi que era provavelmente impressão minha. Exatamente dois segundos depois de eu ignorá-la, senti algum objeto estranho fazer cócegas em meu ouvido, me virando para encontrar a morena balançando uma caneta pink com penugens contra mim.

— O-o que? — Soltei em extrema confusão, ouvindo a pergunta seguinte da menina para mim. Franzi a testa, erguendo uma sobrancelha com o que ela perguntou. — B-bem, sim. Por que?

Pisquei algumas vezes, completamente em choque pela pergunta, tentando entender se ela falava sério. Quando ela confirmou que sim, apenas dei de ombros, balançando a cabeça em negação.

— Eu ter tirado 10 em bio não faz de mim um médico, mas... — Tirei o celular do bolso o escondendo debaixo da bancada, mostrando para ela. Abri um sorrisinho irônico. — O Google faz quase isso.

Sem que o professor conseguisse notar, comecei a digitar algo que nunca pensei que digitaria em meu histórico de internet: "motivos para mamilos sensíveis". Fiz uma careta pensando no que eu falaria se alguém checasse meu histórico — e questionei se inventar que aquele era um fetiche meu me tornaria mais másculo. O lance de pensarem se eu beijava garotos ainda estava bastante em minha mente.

— Ok, aqui está falando o seguinte: — Sussurrei, mostrando a tela também para ela. — Períodos de ovulação, amamentação, gravidez, e outras causas. Vamos ver. "Para além das três acima mensionadas, podem haver outras causas. Mulheres que usam anticoncepcionais podem desenvolver esta condição. Estes comprimidos contêm hormônios que causam seios doloridos. Às vezes, um pouco de detergente permanecendo em seu sutiã pode causar os mamilos a ficarem irritados e a se tornarem doloridos. Um desequilíbrio hormonal devido ao estresse e distúrbios emocionais podem levar a esta condição. Para além disso, os jogos sexuais preliminares com o seu parceiro também podem levar a mamilos doloridos."

Engasguei com a última parte, tentando impedir meu costo de corar, mas foi impossível. O professor nos olhou em tom suspeito e eu voltei a fingir que escrevia, agora com uma preocupação em mente: Seria possível que eu tenha deixado ela dolorida?!?! Digo, eu me empolguei, mas foram 10 dias... Meus olhos caíram sobre Corinne e um sorriso sem exibir os dentes se formou em meu rosto.

— Viu? Nada com o que se preocupar.

Jedidiah F. Stinsen
Jedidiah F. Stinsen
desempregado (a)


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Andrew T. Jordan Seg 27 Nov - 1:16:25

— hotter than hell ;

A garota assentiu, colocando o cotovelo na mesa ao seu lado e observando as palavras que ela acompanhava rapidamente com os olhos junto com as dele. Nada daquilo parecia ser o seu caso. Ela não tomava anticoncepcionais, seus sutiãs eram lavados por uma máquina, o que fazia o enxague ser perfeito.

-Preliminares não foram, nenhum homem fez o suficiente para que isso acontecesse. -Ela deu de ombros antes mesmo de descartar a amamentação. E foi então que ela arregalou os olhos. A garota deu um pulo de volta para sua cadeira, os olhos piscando como se ela precisasse de algo que não conseguia enxergar. Olhou rapidamente para Jedidiah, e assentiu. É, deve ser.

E então todos os barulhos da sala ficaram no mudo. O professor apontava para o mapa mental feito na lousa, mas tudo o que ela podia pensar era: e se a única alternativa naquelas que ele apresentou fossem as verdadeiras? Corinne não viu, pensou ou sentiu nada naquele momento, ela apenas pegou a bolsa e levantou-se, indo em direção à porta, deixando o caderno e a caneta em cima da mesa. O professor limpou a garganta mas ela não deu atenção, e apenas saiu pela porta com o coração explodindo em seu peito.

***

O teste de farmácia azul parou nas mãos da menina, que tremiam demais para o seu gosto. Ela tinha certeza que não ia ver o sinal de + em suas mãos.

Mas a certeza é uma filha da puta, e resolve não aparecer nas horas que as pessoas mais precisam.

A garota levantou da privada do banheiro da farmácia, e observou atentamente aquela cena que ela nunca achou que fosse ter na vida. Cori acreditava que aquilo não era possível, mas sua crença foi derrotada quando viu o sinal de positivo em sua frente. Ela sentiu todos os tipos de sentimentos. Primeiro ela podia jurar que seu coração tinha parado. Logo em seguida ela sentiu seu estômago revirar e mais ainda: ela não sentia mais suas pernas.

Aquilo não ia acontecer. Não sob sua barriga. A garota jogou o teste fora e marchou até o balcão de remédios sem pensar duas vezes no que estava fazendo.

-Eu quero uma pílula do dia seguinte. -A mulher atrás da bancada observou a garota dos pés a cabeça, sem se mexer do lugar. Ela abaixou o óculos, mas antes que pudesse sair alguma palavra de sua boca, Corinne a interrompeu. -Qualquer uma que você tiver. Não estou aqui pra perder meu tempo respondendo perguntas idiotas de pessoas curiosas.

Minutos se passaram, Corinne pagou o remédio, o tomou ainda ali e voltou para a escola que era do lado da farmácia. Quando entrou na escola mais uma vez, ela estava cheia, alunos conversavam nos armários e os olhos caíram sobre ela. Com uma atitude soberana, a garota andou até o seu próprio, vendo Joshua ao lado do seu.

-Nós precisamos conversar, Josh.

A garota virou para uma menina que tinha dado uma risada mais alto, e observou o garoto alto que andava com certo desleixo. Ela não ia nem pensar naquela probabilidade.


@waitforit.dare
— does it burn when i'm not there?
MITZI


Andrew T. Jordan
Andrew T. Jordan
Psiquiatra no Hospital de Nashville


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Jedidiah F. Stinsen Ter 28 Nov - 0:11:19

I can definetly treat u better
JOSHUA POV


A expressão que predominava o rosto de Joshua nos últimos dez dias poderia ser descrita com uma única palavra: ódio. E o que era mais impressionante sobre aquilo, é que dessa vez sua família conturbada ou seu desempenho escolar não eram os motivos para tão pobre estado de espírito. O que estava tirando o quarterback de verdade, eram todos os comentários que ele tinha que ouvir diariamente das pessoas do colégio em relação ao que aconteceu entre Corinne e Jedidiah. O perdedor havia tomado uma lição que deveria, mas o menino ainda não conseguia acreditar que Corinne havia se submetido a transar com aquele bosta por uma aposta. Só o pensamento já fazia com que ele ardesse de ódio de novo.

Josh ainda estava sentado sobre um dos bancos de frente para as grandes bancadas de química quando escutou os sussurros que o atormentavam pelas últimas semanas. O quarterback tentou ignorar, tentou dar atenção para a aula, uma vez que ele sabia que estava prestes a reprovar, mas ele não conseguiu. As pessoas falavam baixo, mas soava como se estivessem gritando dentro da cabeça do menino: "Ei, você ouviu sobre Corinne Mikkos e Jedidiah Stinsen?"; "Sim! Fiquei sabendo que destruíram o menino naquela festa. Pobre Jed!"; "Não é mesmo? Mas eu ficaria feliz por um lado, digo, ele transou com Corinne Mikkos no final das contas"; "Não que seja difícil".

Risadinhas foram escutadas entre os calouros que conversavam e Joshua sentiu seu sangue ferver. Ele não sabia quem eram aqueles perdedores, mas sabia que teria assuntos pendentes com eles mais tarde.

[...]

Joshua batia uma mão contra a outra como se limpasse poeira dos seus dedos e então enfiou seus punhos nos bolsos da jaqueta. Um sorriso estava estampado em seu rosto e ele ainda sentia suas mãos doloridas pelos socos que haviam sido desferidos nos rostos de Tico e Teco que estavam sussurrando coisas que não deveriam ao invés de prestar atenção na aula. O quarterback chegou se água da privada havia caído em suas roupas, mas ele estava aparentemente limpo. Os dois meninos, por outro lado, haviam acabado de experimentar uma sessão única de massagem de face e uma dieta inédita de água de banheiro público.

O rapaz estava indo se encontrar com Henry para contar o acontecido e seguir para o treino de futebol depois da aula, quando foi parado por Corinne. O mais alto franziu a testa ao perceber a expressão de preocupação no rosto da morena, seguido pela frase infame: "precisamos conversar". O menino ergueu uma sobrancelha e então mudou de apoio de perna.

— Hm, claro, Cors. Podemos esperar até o final do treino? O treinador vai ficar uma fera comigo e ele andou ameaçando arrancar de mim minha posição de líder.

A morena era a única pessoa para quem ele sequer pensava em fazer tempo e, mesmo que ele sentisse curiosidade com o que ela queria falar, ele tinha coisas ainda mais importantes com as quais lidar. Ele havia acabado de fazer a pergunta para a morena quando reparou sua mudança de olhar e então se virou para tentar compreender seu ponto de visão. Quando ele encontrou-a olhando para o pivete de 1,88m de vergonha alheia, ele sentiu seu peito queimar de raiva.

— É sério? — Ele soltou quase como um sussurro, balançando a cabeça em negação. — Ei, perdedor! Que coragem continuar vindo pra escola! Acho que vou ter que te colocar dentro da lada de lixo de novo para não perdemos os velhos hábitos, huh?

O menino falou em tom petulante, abrindo um sorriso e chamando atenção do corredor quase inteiro. Os olhos do perdedor se voltaram para ele e uma expressão vitoriosa cruzou sua face. Para a surpresa de Joshua, ele não saiu chorando como ele imaginava, mas sim caminhou em sua direção. O menino já cerrou os punhos em antecipação. A vontade de esfregar a cara daquele retardado no asfalto era muito grande.

— Hm, Corinne. — Jedidiah começou, ignorando completamente a existência de Joshua. — Você esqueceu na sala... Está tudo bem?

A última parte de Jedidiah foi como um sussurro para Corinne, então Joshua por pouco não a ouviu. O menino tirou o caderno e a caneta que o mais novo trazia consigo e então empurrou-o para longe de onde ele e Corinne estavam. O quarterback entregou os objetos da garota, cruzando os braços em tom desafiador.

— Você sabia que você parece um boneco de posto e que seu corpo não é proporcional com a sua altura?

Joshua ergueu uma sobrancelha, perguntando legitimamente para o menino. Jedidiah pareceu pensativo.

— Mesmo? Fidel Castro tinham 1,91m e não foi isso que marcou a história dele, definitivamente.

— E lá vamos nós. Você é tão nerd e idiota, cara! Mesmo em uma conversa normal fica trazendo história, não é atoa que vai morrer sozinho. E estou pouco me fodendo pro defunto que liderou a revolução industrial e implantou comunismo na Rússia. Todos sabemos que o comunismo não existe.

Jedidiah observou o rapaz por alguns minutos, mas acabou erguendo as mãos em rendição. Ele olhou para Corinne, dando de ombros.

— Definitivamente não dá pra discutir com esse argumento. Enfim, boa tarde.

Ele cumprimentou antes de se retirar, fazendo com que Joshua abrisse um sorriso vitorioso. Todos diziam que ele era burro, mas ele sabia muito bem que era inteligente. Ele havia acabado de silenciar o maior nerd perdedor da escola em seu próprio jogo.

Os olhos do jogador se voltaram para Corinne e ele tentou não ficar irritado com o fato de Jedidiah ter sequer se referido a ela. Ele queria mesmo é mandar aquele garoto para outro país, ou talvez apenas para o hospital. Talvez para os dois, de preferência em um país que aceitem a eutanastácia.


Jedidiah F. Stinsen
Jedidiah F. Stinsen
desempregado (a)


Ir para o topo Ir para baixo

[RP Fechada] Lei do Retorno Empty Re: [RP Fechada] Lei do Retorno

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 1 de 2 1, 2  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos