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Mensagem por Nina de la Croix Qui 12 Out - 2:04:36

Tell me what you want
Participam dessa rp @Candy Lane e @Corey D. Prescott. A rp se passa em uma boate privada num bairro conhecido pelas disputas de gangues, pelas prostitutas que povoam as esquinas e os desaparecimentos que não deixam rastros. O nome da boate é Chix, a noite já vai alta e a música no lugar é alta o suficiente para esconder as conversas que rolam por ali.
Six months ago.
Chix Club
1h am
Nina de la Croix
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Mensagem por Nina de la Croix Qui 12 Out - 3:26:34

I'M A DANGEROUS GIRL...


I’m born to kill, Strip for success, I’m his, sweet mess. Do you love me? yes, yes! Hell, yes! Baby, i’m a forlorn fire, And i’m what you desire, Like a siren in the night (going neo neo) Baby is the man on the wire, Risking all that you’ve got -----
Claro que essa música idiota está tocando de novo, parece que eles não conhecem outras. Sempre as malditas mesmas músicas, como se tirar a roupa dançando só pudesse ser feito com um ritmo bem específico. Bom, eu já havia dito que aquelas garotas tirariam a roupa de forma sensual até com alguma música do Eminem ao fundo, eles podiam variar e não perderiam a qualidade. Mas claro que não, eles jamais me escutavam. E então entediavam as pessoas até a morte com aquilo. Ah, quando eu comandasse o lugar… Porém não era hora de pensar nesse futuro em particular. Não, eu tinha de resolver alguns negócios e precisava ficar focada, minhas aspirações ficariam para depois.

Adentrei a cabine particular onde ficava Don, o chefe do cartel, que, como sempre, estava com uma daquelas garotas no colo, usando aquela mão cabeluda e nojenta para apalpá-la onde pegasse. Segurei minha careta de nojo e sentei à sua frente, quieta e obediente, enquanto ele terminava com a garota. Aquilo era completamente desagradável, mas os anos no orfanato me haviam ensinado a abstrair coisas que eu não queria tomar conhecimento. Meu cérebro voava longe e era como se eu nem estivesse ali. Quando se tinha de fazer certas coisas com nosso próprio corpo, essa habilidade podia ser extremamente útil e, se eu me permitisse olhar nos olhos da garota apalpada, com certeza eu veria um reflexo de mim. Mas eu não olhava, eu jamais tinha contato prolongado com nenhuma delas. Minha sanidade tinha de ficar intacta, afinal de contas.

Finalmente Don terminou e dispensou a garota e eu o encarei. – O dinheiro da semana passada parecia estar um pouco errado, Candy. Já é a segunda vez esse mês. – ele falou, me encarando com a sobrancelha arqueada. Se ele contasse direito, saberia que era a quinta vez, mas não seria eu quem lhe diria isso, certo? – Sério? Mas quando eu contei estava certinho. Contei três vezes, sabe como sou perfeccionista. – respondi com a voz um tanto mais baixa e um olhar de quem pede desculpas, pois eu sabia que ele gostava que as mulheres à sua volta demonstrassem inferioridade e um pouco de receio. Por mim, explodiria a cabeça dele ali mesmo, mas os malditos comparças dele ainda eram fiéis demais e me matariam assim que eu colocasse o pé fora da cabine. “Tudo a seu tempo, January, paciência.” era o que eu tinha de me dizer para não calar aquela boca flácida e nojenta para sempre.

– Vou relevar dessa vez, mas se houver uma terceira, teu rostinho bonito não vai ficar tão bonito assim, entendeu? – a ameaça vinha em voz agradável e com um sorriso amigável no rosto, eu lhe devolvi o sorriso, demonstrando que tinha entendido, mas não poderia demonstrar medo, senão ele cairia matando em cima de mim. – Isso resolvido, temos mais alguns assuntos. Semana que vem vai chegar um grande carregamento na fronteira e eu preciso que tu resolva como ele vai chegar até aqui. O Gary, como tu sabe, não pode mais fazer isso. Então vou confiar em ti dessa vez, não me decepciona. E me põe a par dos planos até quarta. Agora sai. – aquela voz de sapo finalmente falou algo que me interessava. Eu finalmente comandaria uma grande operação! Era tudo o que eu vinha querendo há meses e agora estava ali. Nem pude me animar, pois ele já havia me dispensado e eu tinha de sair rápido, senão ele começava a reclamar, era um velho reclamão.

Deixei a cabine e fui direto para o bar, sorrindo em triunfo. – Johnny, hoje é meu dia de sorte! Me vê três doses de tequila e uma cerveja. – falei para o barman, que riu e atendeu meu pedido prontamente, comentando sobre o efeito que aquilo teria em mim, tão pequena, etc, etc, etc. Johnny me via beber como um caminhoneiro de 90 kilos quase todos os dias e ainda duvidava da minha tolerância, por favor. Tomei as tequilas e fiquei bebericando a cerveja enquanto procurava por alguém na boate. O maldito Roy estava sempre atrasado, sempre.

Quando eu já estava terminando a cerveja, Roy, um dos meus traficantes, adentrou o bar, seguido de outro homem, que destoava um bocado do lugar. Enquanto o Chix tinha um ar um tanto sujo e sombrio, de gente que não tinha muitas esperanças ou chances na vida, o novato se destacava, parecendo mais claro e colorido. Roy podia ser um atrasado de merda, que mais fumava a maconha que tinha de vender, porém ele sabia atender meus pedidos com precisão. Lá estava a figura que eu precisava para alguns de meus planos. Alguém de boa aparência, que não seria olhado duas vezes e desesperado o suficiente para fazer coisas ilegais por dinheiro. – Candy, foi mal o atraso, o último comprador queria me passar a perna, agora ele vai ter que andar de muletas por alguns dias. Aqui, esse é o Corey. Corey, Candy Lane, nosso Bitter Sweet e patroa, depois do Don, claro. – cara, ele nunca sabia quando fechar a boca, era incrível. O novato não tinha de saber que havia um chefão, não era relevante, mas deus nos livre do Roy falar apenas o que deveria ser falado. Não ele, nunca.

Dei uma encarada pouco amigável em Roy, porém suavizei a expressão e encarei o tal Corey, o avaliando mais um pouco e assentindo afirmativamente. Na mosca, traficantezinho de merda! – Ouvi dizer que tu está precisando de dinheiro. – comentei, voltando a dar um gole em minha cerveja e dispensando Roy com a mão. Ele me entregou um maço de dinheiro e foi direto para as garotas no palco e minha atenção agora estava focada no homem.

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Mensagem por Ryan H. O'lvier Sex 13 Out - 0:35:07



This is How We Roll
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This is how we roll. We hanging round singing out everything on the radio, we light it up with our hands up. We're burning down the night shooting bullets at the moon, baby. We're proud to be young, we stick to our guns.
We love who we love and we wanna have fun.


Não era uma decisão fácil estar ali. Não, era muito pior que qualquer outra decisão que ele já precisou ter tomado. O subúrbio de Nashville fedia, não mais que alguns becos em cidades grandes, mas especialmente fedia moralmente. Dak já havia tocado em lugares piores, com certeza, mas não estava ali para se apresentar, o que só o perturbava mais e mais.

Do outro lado da rua dois homens observavam a movimentação do estabelecimento. Naquele Pontiac Grand Prix de 1972, de cor prata, Corey parecia determinado em fazer aquilo. Já tinha os contatos, já tinha ouvido falar um pouco do trabalho. Não era fácil aceitar aquilo, não para o homem que viveu em cidade pequena, deu duro na lavoura junto do pai e irmãos, jogou futebol americano e serviu ao exército. No entanto, a mais pura verdade é que ele estava quebrado. Ensinar crianças a tocar violão, cantar nos bares da Broadway, trabalhar como encanador esporadicamente, nada disso era o suficiente para pagar seu aluguel. Por mais que o sonho de viver em Nashville, a cidade da música, celeiro de artistas fosse maravilhoso, ele ainda precisava de dinheiro.

– Você realmente quer fazer isso? – indagou Josh, dono do carro e atualmente quem dividia o aluguel com Corey. Eram bons amigos, conheceram-se no exército, mas ainda pior que Corey, Josh estava desempregado, e já havia um bom tempo que o máximo que conseguia era passear com cachorros na rua.

Não tem jeito Josh. Eu preciso desse dinheiro, minha família precisa desse dinheiro, nós precisamos desse dinheiro. – comentou o loiro encarando o entra e sai do clube pela janela. – Não tem outro jeito. Eu não estaria aqui, se não fosse meu último recurso.

Do lado de fora a movimentação era escassa. Prostitutas baratas saíam rumando seus pontos específicos, outras saíam de lá em carros mais caros do que o valor acumulado com a venda de metade dos órgãos de um ser humano. Aquele lugar era sem dúvida um ninho de ratos, mas de alguma forma também era o lar da gansa dos ovos de ouro.

Ele não pestanejou mais. Tinha a visão clara e limpa, talvez só dirigir um carro sem pensar que carga seria. Talvez tivesse a sorte de só precisar contar o dinheiro, levar as prostitutas em algum lugar ou simplesmente servir o bar que provavelmente haveria lá dentro. O tipo de coisa que, por mais ilegal que fosse, não envolvia armas de fogo, tiros, mortes, agentes da DEA e do FBI, mais tiros e mortes. Um lado de Dak estava completamente desapontado com aquilo, um ex-soldado terminar daquele jeito realmente era um tanto quanto medonho, o outro lado só pensava em não ter que dormir na rua.

– Esquece isso cara, vamos embora. Podemos falar com o Bill, ele vai deixar você pegar mais trabalho e talvez até me arrume alguns bicos. – Josh como sempre não era adepto a esse tipo de coisa, ele não era adepto a muitas coisas politicamente incorretas na verdade. O tipo de cara criado com a vó.

Irmão, meu pai passou a vida inteira fazendo as escolhas erradas, era até fácil de prever. Mas de alguma forma ele parecia saber exatamente o que ia acontecer em cada uma dessas escolhas, e em todas elas ele se dava bem. – respirou fundo e pousou a mão sob a tranca da porta do veículo. – Nós por outro lado sempre tentamos fazer a coisa certa. Sabe, sempre somos os bons garotos, mas não tá dando certo. Eu vou lá, vou fazer o que tiver de fazer, fazer uma grana pra tirar a gente desse sufoco e depois eu saio e vemos como nos virar. É bom torcer por mim Josh.

Ele não esperou outro aviso prévio. Abriu a porta do carro e saiu, pisando diretamente com as botas sobre uma pequena poça que formou-se ali. Deparou-se com Roy logo na entrada, o cheiro da maconha que pairava sobre ele era quase como um perfume comum. Roy foi também o sujeito que comentou do serviço para Corey, e quem disse que ele podia tirar um bom dinheiro daquilo tudo. Seduzido, o texano o seguiu ajeitando a gola da jaqueta e tentando parecer tão ameaçador quanto os homens que vigiavam as portas de entrada.

Curiosamente ele não se impressionou com o interior do local, ou com seus funcionários ou mesmo com sua clientela. Já havia estado em locais piores, do tipo que se pedirem para você cantar 2Pac, você vai cantar 2Pac ou ir direto para o cemitério. A principal diferença é que não estava ali para cantar músicas ou tocar violão. Na realidade ainda nem tinha ideia do que iria fazer ali, tudo que sabia era que Roy parecia chapado o suficiente para não ter nenhuma autoridade ali dentro e foi aí que Candy Lane se encaixou. Nome engraçado pelo visto.

Dak não pensou muito, não usou nenhuma de suas piadas sem graça ou um de seus sorrisos fáceis, ele estava um pouco tenso pra falar a verdade. Não estendeu a mão para cumprimenta-la, o fez apenas um leve aceno com a cabeça e logo voltou a olhar ao redor até Roy finalmente sumir, e a mulher lhe direcionar a palavra. Ele entendeu de imediato, trabalharia para ela, que trabalhava para o tal Don. A pirâmide hierárquica do local veio rapidamente em sua cabeça, por algum motivo ele era o funcionário terceirizado e não sabia dizer se isso era bom ou ruim.

Estamos aqui para falar de trabalho ou das minhas finanças? – esquivar-se da pergunta lhe pareceu o melhor movimento, melhor que virar refém de quantias altas por trabalhos que não valiam o risco. – Qual o esquema?

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Mensagem por Nina de la Croix Dom 15 Out - 21:01:48

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O cara era muito sério ou estava nervoso. Eu apostava na segunda alternativa, já que ele tinha o jeito de quem jamais havia feito nada que não estivesse dentro das regras. Duvidava mesmo que ele tivesse estacionado em local proibido. Ele passava essa vibe de cara certinho. Esses eram meu tipo preferido, eu tinha de confessar. Havia algo em corromper gente assim que me animava. Me sentia como o demônio malvado que ficava no ombro sussurrando coisas ruins. Eu teria muito prazer em vê-lo fazendo coisas que ele não poderia nem ter sonhado em fazer e mais, vendo ele gostar daquilo, porque convenhamos, as pessoas gostavam de desafiar as regras e as leis. Era excitante e dava adrenalina a vidas paradas.

Terminei minha cerveja o ouvindo falar e balancei ligeiramente a cabeça. Oh, Corey, Corey. Os novatos no cartel sempre perguntavam como eu, uma mulher, havia chegado a "tenente". Bom, não havia sido por minha beleza, isso era certo. Don só gostava de mulheres bonitas que ele pudesse pôr a mão e eu jamais havia deixado que ele me encostasse. Quando eu chegara, ele havia tentado e eu quebrei seu polegar, levei uma surra por isso, porém ganhei seu respeito, era contraditório, mas não se podia esperar lógica de um homem daqueles, certo? O lance é que depois daquilo, ele sempre arrumava alguns serviços mais simples para eu fazer e um dia ele falou a Jason, meu ex, que eu tinha potencial e deveria ser promovida. Jason disse que eu era mulher e fraca demais, jamais conseguiria lidar com aquilo. Bom, agora eu era tenente e ele havia virado cinzas, demonstrando bem quem era o fraco. Ter matado e queimado meu namorado foi a ação que faltava para que eu ganhasse o posto e o respeito dos outros caras. Além de alguns apelidos, claro.

Então, quando um carinha como Corey chegava e falava comigo daquele jeito, digamos que um lado pouco agradável meu poderia despertar. Respirei fundo e lhe dei um sorriso frio. – Vamos deixar algumas coisas claras antes de começar, cutepie. – minha voz era baixa e agradável demais, quem me conhecesse um pouco melhor saberia que aquilo não podia ser bom. Eu só era agradável quando estava irritada ou prestes a machucar seriamente alguém. Chamei Johnny, o barman e lhe disse que trouxesse mais duas cervejas, depois voltei a encarar Corey. – Eu digo do que estamos aqui para falar. Se eu quiser falar de uísque e fritas, será disso que falaremos. Entendeu? – o jogo era meu e eu não deixaria ninguém dar as cartas. Ser uma mulher no crime me havia feito duas vezes mais dura e três vezes mais perigosa.

As cervejas chegaram e eu coloquei a outra na frente de Corey, sem perguntar se ele queria, apenas lhe indicando silenciosamente que não era um convite. Tomei um longo gole e sorri, um pouco menos psicopata agora. Ele poderia não entender, mas eu jamais falaria qual era o esquema assim, de primeira. Muitos tiras se infiltravam ali e eu não podia ser idiota. Gary fora idiota o suficiente e agora estava morto, pois iria para cadeia e Don jamais correria o risco de ter um dos nossos lá dentro, disposto a abrir a boca para se safar. No Cartel Guadalupe, se tu fosse estúpido o suficiente para ser pego, tua sentença de morte estava assinada e pronta para ser executada.

– Se as coisas estão mais claras agora, me fala um pouco sobre ti. – não havia delicadeza ou gentileza em mim ou em meu modo de falar. Aprendera a exigir as coisas e a tomar o que eu quisesse. No mundo do crime, camarão que dormia a onda levava. Corey poderia ter chegado achando que falaríamos um ou duas palavras, eu lhe explicaria o que tinha de fazer e ele estaria pronto para ganhar o dinheiro. Bem, não seria assim mesmo. Naquele jogo a confiança era a chave e a lealdade era a única coisa que impedia que fôssemos presos ou mortos. As pessoas não seguiam as ordens de Don porque ele as ameaçava dia sim e outro também, seguiam porque ele conquistara sua lealdade, ganhara sua confiança e era por isso que eu poderia ter problemas ali, já que minha lealdade era uma mentira. Porém, apesar de ser uma mentirosa, sabia conquistar alguns seguidores. Roy era o mais fervoroso e nem era pelo dinheiro, mas sim pelas coisas que eu havia feito por ele. Quem quer rir tem que fazer rir. E depois que o novato entendesse que eu não era gentil nem gostava de desafios, ele poderia conseguir o melhor de mim, se ele soubesse jogar o jogo, sem ter lido nenhuma das regras.




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Mensagem por Ryan H. O'lvier Ter 17 Out - 21:03:41



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Todas as mudanças de paradigma atendem ao desejo amoral por novidades. A vitória de Obama nas eleições fez isso. As imagens de Auschwitz fizeram o mesmo na época. Bem e mal são irrelevantes. Mostrem-nos o mundo de uma maneira diferente de como pensamos que ele seja e uma parte de nós se regozija. Nada está isento. A própria condenação à imoralidade elicia no condenado um pequeno aleluia louco, a de Dak estava notoriamente atrasa, mas era inegável que parte de si nutria profundo interesse por aquele mundo obscuro. Algo muito maior que todos os princípios que valoriza e aprendeu.

Ele não estava ali apenas por ver esvair-se cada possibilidade. Um a um, esgotara os modos: hedonismo, asceticismo, espontaneidade, reflexão, tudo entre o miserável Sócrates e o porco feliz. Seu mecanismo estava desgastado. Ele não possuía o necessário para não optar por aquilo. Um misto de pavor, coragem e revolta. Vivia sob o espectro de seu pai, sobre o medo constante do tempo que serviu. Ele ainda tinha sentimentos, mas naquele momento pareceu cansado de tê-los. O que era outro sentimento do qual estava cansado de ter.

Então ela deu o último tiro: “(...)me fale um pouco sobre ti.”; e Corey desmoronou da ansiedade para a frieza e, depois, para a melancolia, apesar de permanecer sonhador e leve, parte obtusidade voluntária, parte aceitação zen, parte simplesmente uma incapacidade de se concentrar em fatos relevantes vividos para serem contados. Você não pode apenas ignorar isso, repetiu a si mesmo. Você não pode simplesmente enrolar, maldição. Apenas precisava digerir, pensar no assunto. Na verdade, transar seria ótimo, principalmente se fosse com Leona, mas na falta daquilo, contentava-se com os goles de cerveja.

Isso é paranoia, se eu fosse um policial possivelmente teria esbanjado meu distintivo e avisa para se manter discreta pois o prédio está cercado. – Falou puxando um cordão metálico dentro da camiseta e exibindo as duas plaquetas, as características dog tags. – Corey Dakota Prescott, 27 anos, 1,80 metros de altura. Atualmente cantor, mecânico e ex-combatente do décimo primeiro regimento de infantaria do exército dos Estados Unidos, em Fort Worth. Permaneci 96 dias embarcado na Líbia e 210 dias no Iraque. Sou natural de Bullard do Texas, uma cidadezinha com uns 2500 habitantes. E para a sua informação em não compareci às eleições do ano passado, se pudesse teria feito de Rick Perry presidente, logo sou republicano. Mais alguma pergunta?

Fora uma reação exagerada, de fato. Não sabia bem se bandidos e traficantes nutriam ódio apenas pelos policiais, seus antagonistas naturais, ou se também não gostavam de militares. No entanto, considerando o recente aumento de militares reformados que acabavam se envolvendo com gangues, milícias e tráfico, ele não seria o primeiro nem o último.

Ainda bebericava a cerveja enquanto aguardava uma reação exagerada por parte da mulher. Contrapôs o que era ao que estava se sujeitando a ser agora. Os primeiros indícios do peso que o mundo pode colocar sobre ele durante aqueles minutos se fizeram presentes, a massa de seus detalhes, sua insistência inexorável e sem enredo. Novamente, era insuportável pensar a respeito. Seria esta a sua tortura: tudo a respeito do que era insuportável pensar iria se dedicar e lhe obrigar a suportar.

Queria ter uma porção de tabaco para mascar, como qualquer caipira que se prese, mas não tinha, não tinha faziam alguns anos. Puxou o boné confortavelmente sobre a testa e aguardou. A garrafa já estava vazia.

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