[RP Fechada] Running Away

Algumas perguntas circulavam a cabeça do empresário. Primeira, como ela se atreve a ser tão bela? Segunda, por que ela tem que ser tão bela? Terceira, não menos importante, ela faz alguma ideia do quanto é bela? Todas essas perguntas eram convertidas no olhar e no sorriso de Irons, que teimava em admirar a senhorita logo a frente.

— Como quiser, Olivia. — Veja como ele é razoável, aceitou a exigência sem o menor problema.

Foi dito que ele se tornaria melhor do que a melhor. Em resposta, negou com a cabeça. Brandon não carregava o interesse de superá-la e apenas faria isso se fosse necessário para valorizar o trabalho da ruiva. Estava ciente de que a colocara numa encruzilhada, mas não a deixaria sozinha nisso, nem pensar.

Durante o tempo em que a empresária solicitava a documentação, Irons aproveitou para observar melhor os traços da modelo, como um bom profissional. É claro que ninguém acredita nisso, mas vamos deixar a narração assim por enquanto.

— Tenho total certeza disso. — Ele buscou os olhos da mulher e só deixou de sorrir para casar melhor com a sinceridade que viria de seu tom — Sei que meu pedido é incomum e um tanto egoísta. Mas estarei ao seu lado nesse projeto e darei todo o suporte que precisar. Acabou de me conhecer, tem o direito de não confiar em mim. Tem o direito de recusar, não sairei daqui sem uma modelo da TheFox, ainda que não seja a mais bela. O que estou te pedindo é uma chance de mostrar que pode dar certo, de que eu falo a verdade. Uma chance, Olivia, é só o que peço.

Brandon substituíra Henry oficialmente há pouco tempo, mas ele já administrava a Gibson bem antes como braço direito. Apesar de não parecer sério às vezes, é um homem que trata os assuntos profissionais com seriedade ou pelo menos que não é inconsequente, por mais louca que seja a decisão. Tornar modelo a empresária da TheFox foi ousado, mas estava certo de que valeria a pena.

— Incrível. — Disse depois das palavras dela, mas não ficara claro o que era incrível. A situação? A caneta? A atitude de coragem? Olivia? Bastaria notar o modo como ele a olhou.

Irons tratou de ler os documentos e fazia isso mais para evitar sermões da assessora. Não estava afim de olhar para aqueles papéis, maldita responsabilidade. Passados alguns minutos, o som da caneta rabiscando papel por papel foi o único no ambiente. A letra B circulada e o nome Irons em itálico na sequência se fizeram presentes em cada uma das linhas de assinatura.

— Tudo certo. — Deixou os papéis e a caneta em cima da mesa — Tomei a liberdade de deixar meu número pessoal no verso do último contrato, assim poderá tratar diretamente comigo. — Imagine um sorriso descarado aqui.

— É um prazer trabalhar com você, Olivia. — Estendeu a mão para ela — Tenha um ótimo dia.

[...] Brandon retornou a Gibson. Voltou com um sorriso melhor do que quando saiu pela manhã.