[RP FECHADA] You can't win anyway...

Just one against time

Break fall

- INFERNO! - o vaso de planta era jogado conta a parede da sala.
- QUE ÓDIO! - agora objetos de enfeite que estavam sobre o rack da sala caiam ao chão e alguns se espatifavam em pequenos cacos.
A mulher estava transtornada, sua fantasia estava de acordo com sua personalidade naquele momento, louca, a Arlequina estava louca vendo que seu coringa havia sido preso injustamente por causa de um louco metido a segurança que havia colocado todo o plano do casal a perder. Se escorava na parede deslizando lentamente com as mãos no rosto ao se sentir vulnerável agora que seu homem estava, até então, atrás das grades e mais uma vez por Samuel, sua namoradinha e seu projeto mirim estavam ilesos como sempre... Apolline havia prometido para si mesma que não iria abaixar a guarda, nunca mais para o maldito O'lvier enquanto estivesse viva só que sem sua coluna principal as estruturas ficariam arriscadas e a qualquer passo em falso tudo viesse a desmoronar. Se recompôs e levantou-se do chão caçando a garrafa de uísque de Mikhail e tomava um enorme gole de uma dose grande e por fim se encarava no reflexo do espelho que tinha diante de si, dentro da própria sala e esboçou um sorriso.
- Vocês não venceram ainda, merdinhas...


O salto tamanho doze agora completava o vestido preto que usava marcando suas linhas do corpo, os cabelos em tons de mel continham uma ondulação perfeita fazendo a imagem de uma mulher forte e presente passando por entre as ruas da cidade. Poderia ouvir os assovios, os comentários nojentos e as caras de inveja, gostava de se sentir forte e onipotente e assim seria sempre. A recuperação daquela perda veio logo após saber que Mikhail poderia não durar muito na cadeia, as provas contra ele eram inexistentes e isso dava a chance de ainda prosseguir no planejado. Eles iriam sair daquela juntos e conseguiriam sua vingança custasse o que for.
- Vim para ver meu marido, Mikhail Volkov. - disse para o policial que estava na recepção.
As palavras dele quase não saíram com aquele breve desejo interno de querer soltar uma piadinha ou cantada barata, fez bem em se calar e apenas assentir com a cabeça indo informar ao seu superior da visita.

A loira que vinha atendê-la se chamava Antonella, pedia para que a seguisse deixando-a em uma sala enquanto iria buscar o detendo, os olhos rodaram o local captando que havia uma câmera filmando qualquer coisa deixando-a atenta para qualquer palavra que pudesse vir a soltar estragando de vez o silêncio dos planos. Ajeitava o decote enquanto estava sentada quando a porta se abriu e dela surgia o homem algemado usando a mesma roupa da festa, a fantasia.
Se levantou recebendo-o com um abraço e um beijo demorado que logo veio a ser separado pela outra que pedisse o afastamento um do outro a fazendo bufar e se controlar para não dizer algo que lhe comprometesse com a autoridade.
- Eu sei que vai meu amor, você não tem nada a ver com aquela loucura toda.
Se sentou agora a frente dele tendo apenas a mesa como muro de separação e ouviu a breve repreensão do outro sobre o atraso dela.

- Eu sei quem sempre me atraso, amor, mas dessa vez foi por causa de condução... O maldito do Uber se atrasou na corrida e eu sei o quanto você se descontrola ao ver aquele homem. Não é só culpa minha, não acha? - comentou sutilmente esboçando um sorriso interpretando a mulher recata e educadora.
- Mas logo logo tudo vai passar e vamos voltar para nossa vida. - pegou em suas mãos acariciando-as olhando para ele com um brilho diferente nos olhos. Um teatro de casal inocente era formado naquele lugar e de forma perfeita.
O informe sobre os capangas um morto e o outro que ficaria calado a fazia soltar um suspiro aliviada sutilmente ao saber daquela notícia, seria azar demais ter uma testemunha de dentro de todo o plano vazando informações que seriam valiosas para a polícia e perigosa para o casal.
- Que horror, pobre homem... Pelo menos o outro se mostrou ciente do que fez e colocou as cartas na mesa. - disse calma enquanto retirava suas mãos da dele.

Olhou de relance para a policial que os encarava e observou que ela já se preparava para dar finalização na visita e nesse momento as mãos de Mikhail voltavam a esquentar as suas e as palavras dele eram códigos captados com louvor. Mostrou-se emocionada como se estivesse ouvindo uma declaração de amor, mas na verdade era o sinal verde para que a terceira parte do plano fosse adiante.
- Pode deixar, irei esperá-lo e enquanto isso irei fazer aquela visita com minha amiga que lhe falei, ela também espera sua saída. - sorriu mais abertamente e ousou um selinho ao se aproximar dele inclinando sobre a mesa.
Voltavam a se afastar e observava a policial o levantar e pega-lo pelo braço. Vendo aquela cena o que mais queria era poder matar Rory quebrando todas as regras do planejado e se vingar de Samuel como bem entendesse, mas não quebrantaria aquele elo com seu marido. Se levantou e logo assim se retirou da sala após ser liberada e seguiu para o que fora predestinada a fazer...