[RP FECHADA] What If?

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Mensagem por Steven Gerrard Seg 28 Ago - 1:45:12


What If?!

A presente RP é fechada para terceiros. Seus participantes são Steven Gerrard e Vee-Elyse van Hepburn, sendo este primeiro quem abrirá a RP. É manhã, um dia de semana qualquer em Nashville logo após uma grande temporada de primavera. O verão dá as caras com seu típico calor amenizado pelo vento frio que sopra do leste trazendo a frente fria. Após alguns anos sem contato Dak e Vee combinam de se reencontrar vendo que ambos encontram-se em Nashville. A dupla marca numa cafeteria local afim de papear e soltas todas as histórias novas com uma boa xícara de café e talvez alguns donnuts.


Última edição por Steven Gerrard em Seg 28 Ago - 1:50:14, editado 1 vez(es)
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[RP FECHADA] What If? Empty Re: [RP FECHADA] What If?

Mensagem por Steven Gerrard Seg 28 Ago - 1:49:26

Good Directions
Thank God for good directions and turnip greens


Era manhã, e por mais acostumado que ele estivesse em acordar até mesmo antes do galo cantar não podia deixar de ter a quase típica expressão de peixe morto. Ali encostado na parede próximo a entrada de funcionários Steven não dormiu em pé por pouco. Tinha os cabelos arrumados apressadamente em um coque no topo da cabeça e um casaco robusto e fechado cobrindo o torso.

- Talvez eu não tenha nascido pra essa vida. - ponderou.

Atrás da cafeteria um dos caminhões estacionou, ficou até surpreso com a destreza do motorista em estacionar milimetricamete entre o Ford e o Toyota, claro que torceu calado para que a traseira do caminhão pegasse de leve o Toyota, mas não aconteceu. Deum um sonoro bocejo enquanto o sujeito descia do veículo e ía até ele entregando a nota fiscal da carga com a qual Gerrard comparou com a Fatura do pedido.

Bicos e mais bicos, foi realmente uma decisão difícil parar de fazer uso do dinheiro da família e se negar a assumir o rancho. Neste exatamo momento poderia estar rindo da irmã que achava nojeira limpar o esterco das vacas e cavalos ou mesmo mascando tabaco com o velho, mas não. Tinha optado por se enfiar naquela selva de pedra e arriscar em busca de um sonho que até agora parecia correr dele feito um adolescente pobre corre do resultado do teste de paternidade.

- Tudo certo. - comentou entregando uma via da nota fiscal junto de um recibo de entrega.

- O que houve com o Johnny? - indagou o motorista que ia até a traseira do veículo junto do loiro.

- Ele precisou ir visitar a mãe na Virginia e pediu para que eu abrisse a cafeteria até a esposa chegar. - bufou descontente - Então a esposa dele torceu o pé ontem e está de molho em casa.

- Que má sorte, ele não deveria deixar os negócios na mão de uma mulher ou estranho. - depreciou o caminhoneiro beirando os 40 anos e com uma barba tão falhada no rosto que mais parecia um campo minado.

Gerrard relevou o comentário maldoso, estava com sono demais para fazer qualquer coisa. Esperou que o sujeito abrisse a porta da carroceria para constatar todas as 22 sacas de grãos de café em perfeito estado de acondicionamento. Abriu uma delas só para sentir o cheiro forte da safra mexicana, porém com selo norte-americano. De alguma forma o forte odor ajudou-o a despertar um pouco.

Desceu da caçamba comtemplando a visão dos primeiros funcionários chegando e nem precisou explicar o que ocorrera para ele estar ali.

- Não vai ajudar?
- Ajudar?
- Sim, são 22 sacas, como vou descarregar isso sozinho?
- Que má sorte a sua, não devia deixar seu trabalho na mão de um estranho. - comentou acenando de costas para o homem.

Poupou-se dos comentários, ainda tinha que conferir a folha de ponto dos funcionários. Só esperava que a tal remunaração prometida fosse mesmo depositada. Adorava Johnny, mas não seria a primeira vez que levaria calote dele. Honestida era uma qualidade em falta atualmente.

Algumas horas depois com tudo resolvido ele deu-se o direito de sentar na cadeira acolchoada da gerência e aproveitar de umas boas tragadas do cigarro que Johnny escondia no fundo falso da terceira gaveta de sua mesa. Sua mulher quase o largara por fumar, não era de se impressionar que ele tivesse apelado para aquilo afim de conseguir um pouco de sossego para seu vício. Só então algo passou pela cabeça de Gerrard.

Alisava a barba puxando os fios loiros que projetavam-se para fora do queixo. Tinha deixado algo passar, e esse sentimento era igualmente ruim a qualquer outro. Odiava esquecer das coisas, apesar de sempre ter tido memória de peixe desde quando era só um garoto magricela fugindo do pai furioso que queria lhe dar uma surra com vara de goiaba. Em todo caso, estava se esquecendo de algo.

- Mas que merda, eu tinha que fazer alguma coisa, mas não consigo me lembrar de jeito nenhum... - falava consigo mesmo enquanto pressionava as têmporas.

Lembrou-se de súbito.

- Vee! - falou quase em tom alto.

Esqueceu-se completamente que tinha marcado com a amiga da amiga de Hanna, que acabou se tornando sua amiga quando descobriram que as janelas de seus quartos ficavam uma de frente para a outra e que, claramente, ele já a tinha visto se trocar mais vezes do que podia contar com os dedos das mãos e dos pés juntos. Mirou o relógio na parede com bastante pressa. Trinta minutos atrasado, mas felizmente, tinham marcado de se encontrar justamente na cafeteria de Jhonny que poderia ter um nome mais criativo e menos clichê do que 4th Avenue Coffeeshop.

Andou pelos corredores esquivando-se de cozinheiros e garçons até chegar no salão da cafeteria. Onde não conseguiu enxergar Vee de jeito nenhum. Pensou em várias formas de tentar encontrá-la, e todas pareceram futilmente inúteis segundos depois dele ter pensado até se lembrar do celular do bolso, um android tão caidinho que dava pena, porém era chamado orgulhosamente por 'Baratinha' dada a sua perseverança de não quebrar após tantos acidentes.

- Alô? - falou rapidamente assim que ela atendeu. - Cadê você madame? Eu estou esperando deve fazer uns trinta minutos já.

Claramente ele tinha se atrasado, mas não ia assumir a culpa se podia antes, tentar se fazer de inocente.
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Mensagem por Vee-Elyse van Hepburn Qua 30 Ago - 20:42:43

I think it's strange that you think
i'm funny on a wednesday in a cafe i watched it begin again
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 Chapter One: Walked in expecting you'd be late • Feat: Steven GerrardOutfit

"Alô?"

"Há rumores na cidade de que uma certa
van Hepburn está de volta!"

"E-eu acho que ligou para a garota errada.
Está procurando Aurora?"


"Não, madame.
A pessoa a quem me refiro é a garota
que ainda dorme com um suéter velho com o desenho
de uma raposa e acorda com uma cara de mal-humor."


"Cada dia que passa eu sinto mais vontade
de tampar essa minha janela com uma parede para
uns certos vizinhos pararem de me vigiar no fim da noite!
Nada melhor para fazer, Steve?"


"Desde que você se mudou para o tal apartamento
de sua irmã a única coisa que vejo é a sua mãe passeando pelo seu quarto vazio.  Acho que nós dois apoiamos que volte para essa casa, madame."


"Eu estou muito bem no apartamento com Rory
Lá não existe vizinhos que vigiam janelas, sabe?
Na verdade acho que esse é um hábito exclusivo seu!"


"Hm, eu sei ser especial, não é mesmo?
Está tarde então irei me apressar.
Amanhã, eu e você, no 4th Avenue Coffeeshop,
pelos velhos tempos?"

"Está tão envolvido nos velhos tempos
que ainda não parou de me vigiar pela janela.
Feche essa cortina ou meu pai sairá com o rifle dele.
Amanhã nos encontramos, Gerrard."


• • •

O tilintar do pequeno sino pendurado no topo da porta de entrada do 4th Avenue Coffeeshop soou, chamando a minha atenção, me fazendo encolher o máximo possível no assento fofo numa tentativa de segredar a minha presença ali – como se estar numa fileira bastante afastada do centro do estabelecimento não fosse o suficiente.

O motivo daquilo?

Ele estava me ligando naquele exato momento, me fazendo rir baixinho antes de soltar o lápis que eu segurava entre os dedos ao lado do pequeno bloco de notas – que na verdade guardava desenhos e pequenas frases aleatórias minhas. Atender a ligação daquele que estava a meia-duzia de mesas distante de mim era cômico, ainda mais pela naturalidade do grandalhão de fios alourados caindo no pescoço em mentir para mim. Steven Gerrard era um mentiroso! Se eu ou qualquer outra pessoa gritasse isso nas ruas onde havíamos crescido, haveria contestação e uma boa barricada de pessoas defendendo a boa índole do loiro; mas, eles não sabiam de tudo, não é mesmo?

— Você está me esperando a trinta minutos, é? Mente que nem sente, huh?! Nesses trinta minutos eu consegui desenhar um Steven Gerrard distraído, tedioso, emburrado e apenas sendo o velho e bobo Steve. Olhe para trás.

Com um sorriso zombeteiro desenhado nos lábios rubros, ergui minha mão no ar, acenando com os dedos para os olhos claros de Gerrard no instante em que ele varreu o lugar a minha procura. Meu olhar era devidamente julgador, tão quão o de uma inocente menina que há pouco havia sido julgada por um atraso não cometido. Ele não sabia, mas eu havia chegado na cafeteria exatamente no horário marcado, mas não havia descoberto da presença dele ali até vê-lo atravessando diversas vezes o caminho entre o balcão e os fundos do estabelecimento, sempre resmungando algo com alguém ou carregando alguma coisa; obviamente, estava trabalhando, e eu não quis atrapalhá-lo – ou talvez eu apenas havia apreciado me manter entretida rasurando as folhas do meu bloco de notas, capturando as expressões do loiro.  

— Aproveite que está mais próximo do balcão e peça um descafeinado com leite e um bolinho de cereja para mim! – Disse em voz alta, aproveitando o pouco movimento de clientes por ali para me dirigir ao rapaz de forma mais leviana do que eu o faria, afinal, ele parecia estar dirigindo a cafeteria naquela tarde.

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Mensagem por Steven Gerrard Qui 31 Ago - 23:33:31

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Poderiam culpa-lo de muitas coisas, mas não por tentar se safar do atraso. Geralmente Gerrard era muito bom com horários, mas ultimamente a memória não estava tão boa. Desligou o telefone quando a voz atrás de si era significamente mais alta, lá estava ela. Do jeito que costumava se lembrar, talvez Vee tivesse crescido um pouquinho. Certamente ela havia se tornado mais mulher, mas logo tratou de afastar esse tipo de pensamento da cabeça. Tinha uma relação quase de irmão para irmã com ela e de relações incestuosas Hollywood estava cheia.

Cala boca, ô estrupício. - Disse de imediato tratando de puxar uma mexa de cabelo dela, várias vezes, de forma branda, só para irritá-la. - Tá pensando que banjo é trompete, é?!

Não conseguiu segurar a expressão séria e carrancuda por muito tempo, logo tratou de fazer surgir um largo sorriso no rosto, seguido por risadas bem expressivas. Tinha algo de revigorante em encontrar velhos amigos e ver como eles mudaram. O caipira mais notável do Mississippi não saberia dizer, mas era uma grande satisfação ver que todos seguiram suas vidas, alcançando o que almejam ou pelo menos continuam lutando por isso. E em pensar que grande parte deles saiu da mesma cidadezinha no fim do mundo que ele. Que todos seguiam até o declive do rio para correr atrás de patos ou se banhar nas margens. Que nostalgia.

A puxou para um abraço apertado sem cerimônias. Nem precisava pedir permissão para o ato na verdade, os vastos anos conhecendo a peça falavam por si. No entanto, mesmo com toda essa amizade ainda achava impossível pronunciar de primeira o sobrenome de Vee. Não importava o quão concentrado estivesse, sempre sairia algo como “Van HuffPuff” ou “Van Hufflepuff”.

Quando se desvencilhou do abraço a fitou. Queria saber de onde diabos alguém tem a coragem de pedir um descafeinado. Onde os pais dela teriam errado em sua criação? Só poderia ser influência desses malditos Ianques de calça colada e fãs de música Pop. Gerrard esbanjou uma careta de nojo pensando num café sem o café, porém não contestou.

Voltou em menos de cinco minutos, segurava com repulsa o café sem cafeína imaginando que devia ser a mesma coisa que pedir um prato de feijão e só comer o caldo. Jurou a si mesmo que se Vee tivesse algum carro que não fosse Ford, especialmente se fosse um Toyota, iria dar uns tapas na cara daquela menina.

Mas diga-me por onde andou, madame? – bebericou uns goles do café duplamente forte que havia pedido. – Alias, Deus foi generoso com você hein. Esses melões conheceram a primavera, sem sombra de dúvida.

Riu sem se conter. Encontrá-la acabou lhe fazendo um bem imenso. O próprio humor havia melhorado e muito. Claro que, conhecendo Vee, ele ficara pronto para se esquivar de qualquer coisa que lhe fosse atirada ou vê-la ficar vermelha feito um pimentão.
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Mensagem por Vee-Elyse van Hepburn Qui 7 Set - 18:24:21

throw your head back laughing like a little kid.
De puxadas irritantes de cabelo e xingamentos bobos para um abraço apertado, mas tão apertado que por pouco não senti minha coluna estalar; aquilo era Steven Gerrard em toda sua glória e satisfação por me reencontrar – e no fundo, bem no fundo, eu tinha que assumir que havia sentido falta daquele grandalhão estúpido.  

No instante em que meus braços magros cercaram e firmaram o aperto no físico masculino, eu tive duas certezas: Uma era que eu havia me esquecido completamente como o abraço do rapaz era sempre quente e confortável, como se soubesse se encaixar perfeitamente a qualquer proporção corporal, me fazendo sentir a familiaridade retornando, como se os meses em que eu não havia o visto ou estado em contato fossem inexistentes. A outra certeza era de que Steven havia mudado, de alguma forma, ela parecia ainda mais alto e mais forte que da última vez – e se fosse qualquer outro garoto atrevido da cidade, eu arriscaria dizer que todo a boa forma se devia à doses injetadas de anabolizantes, mas eu conhecia aquele garoto atrevido, ele era uma exceção.

Com o findar do abraço, os olhos azuis do cabelo-de-feno miraram minha face, e eu não pude deixar de sentir o julgamento silencioso do rapaz; imediatamente me perguntando se havia algo indiferente em meu rosto ou nas minhas roupas nos poucos minutos em que ele se foi para atender ao meu pedido. Somente quando ele retornou e eu encarei nossas bebidas – e a careta de desgosto ao olhar para minha caneca –, a resposta veio a minha mente. Diante dele havia uma caneca cheia de café majestosamente escuro e com cheiro característico, enquanto a minha caneca estava cheia de algo que não passava de uma bebida desprovida da real cafeina. Meus olhos rolaram e um sorriso ligeiro desenhou meus lábios, com o pensamento de que Steven Gerrard era um caipira incurável e qualquer coisa que divergisse das atitudes de um legítimo jeca eram consideradas esquisitas para ele.

— Antes que o julgamento se estenda, eu tenho intolerância a cafeina, seu otário. - Murmurei, somente para ser devidamente ignorada pelo loiro, que tratou de lançar um questionamento sobre o meu paradeiro e mais algumas palavras tipicamente zombeteiras – que eu teria ignorado se não estivesse acabado de encher a boca com um gole da minha bebida quente e precisei imediatamente expelir, cuspindo o descafeinado para o chão impulsivamente, com a menção subliminar de melões.

A risada masculina dominou o ambien
te, enquanto eu mantive meu olhos arregalados, já sentindo meu rosto queimar e meus ombros curvarem pra frente num impulso de me encolher. Mas ele seguiu rindo e eu não pude conter a vontade de calar aquela boca; por baixo da mesa, meu pé destro voou violentamente contra a perna alheia, sentindo o impacto da ponta do meu sapato atingindo o osso do rapaz. Sorri, com plena satisfação, antes de secar o canto dos lábios com uma porção de guardanapos – preocupando-me em cobrir a pequena poça de descafeinado do piso com os quadrados de papel até secar devidamente.  

— Eu estava fora da cidade. Numa excursão com o clube áudio-visual após a formatura. Fomos para Verona, na Itália. E por pouco eu não encontrei um Romeu e larguei tudo e todos daqui para viver lá! - Brinquei, repousando a lateral do rosto na mão esticada no ar pelo apoio do meu cotovelo contra a mesa. — E você? Quais são as boas novas na vida de Steven George Gerrard? - Resmunguei, pouco antes de tornar a bebericar um pequeno gole do descafeinado e pousar meus olhos no loiro a minha frente, olhando-o de canto a canto, como se estivesse a procura de alguma divergência aparente desde a última vez em que eu havia estado tão próxima dele.
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Mensagem por Steven Gerrard Sex 8 Set - 21:40:07

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O pobre Gerrard mal pode perceber o golpe baixo que aproximou-se dele como a letalidade da mordida de um tubarão. Deveria ter imaginado e mantida a guarda alta, countrygirls são sempre imprevisíveis – e por dizer countrygirl ele se referia a qualquer mulher nascida no sul com exceção de algumas cidades costeiras da California e outras grandes como Dallas – e claro, igualmente letais e violentas. O chute de Vee HuffPuff acertou-o em cheio, mas Steven segurou a expressão, esbanjou o rosto de alguém que estava friamente constipado ou com problemas renais, o quanto na verdade só queria amaldiçoar os alemães e todos os malditos inventores de sapatos femininos. O chute de alguém usando um coturno doeria menos, mesmo que essa pessoa fosse mais magra e mais baixa.

Precisou de alguns instantes para se recuperar enquanto a perna latejava, no mínimo valeu apenas ver a expressão de envergonhada de Vee RipLuff, aquilo era divertido desde quando se lembrava do conceito de diversão. Ela sempre agia como se quisesse ser um avestruz e enterrar a cara na terra. Perguntou-se se naquele ato, germinariam outras do gênero.

– Realmente me pareceu entediante. Que graça teria ir pra Itália e se casar com um homem que é tão mulher quanto você? – comentou dando de ombros.

A pergunta dela pairou sobre ele como uma águia mirando um ninho de pardais. Tinha passado por tantas poucas e boas que nem sabia por onde começar. Um redemoinho de memórias e lembranças de todos os tipos, felizes e tristes. Prendeu-se num momento introspectivo.

Rápido, é o tipo de carro que todo garoto de dezesseis anos quer. Afinal nessa idade queremos tudo rápido, mas cá estava ele agora olhando para trás. O tic toc do relógio não parava, sessenta segundos a mais parecia uma ótima barganha. No fim, estamos tentando fazer com que os bons momentos durem tanto tempo quando podem, e agora, tudo que ele gostava de fazer é lento. Apenas para aproveitar um pouco mais.

Estive por aqui e por ali, nada muito concreto. O de sempre sabe? – bebericou um pouco do café e agradeceu prontamente à garçonete de vestido florido que deixou uma travessa de donuts e cookies na mesa deles. – Mas uma coisa eu te asseguro, não estive viajando numa excursão com o clube áudio-visual e muito menos indo pra Itália, porém levei dois tiros.

Steven riu copiosamente como se o ocorrido fosse pouca coisa, de fato agora que havia passado realmente não importava tanto. Chegava a ser engraçado, boa parte da infância e adolescência ele correu dos tiros de espingarda do velho MacBeth, esgueirando-se entre o milharal alto. Jamais iria imaginar que seria baleado em Dallas e não no Afeganistão ou algo do gênero.

Olhou para fora da janela. Observou com certo interesse um casal jovem passear de mãos dadas na calçada. Ela com um vestido até os joelhos, ele com um chapéu exageradamente maior que a sua cabeça. Riu e bebericou novamente. Que saudade dos velhos tempos.

Encarou Vee fixamente. Naquele momento ele era como um pedaço oco de madeira. Não ouvir nada que ela dissesse, a cabeça estava longe. Abriu um tímido sorriso de canto no rosto barbado preenchido por fios loiros. Esticou o braço colocando a mão sob a dela.

É muito bom te ver de novo Vee. De verdade, é muito bom ver que se tornou uma boa mulher.
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Mensagem por Vee-Elyse van Hepburn Sáb 23 Set - 0:27:16

throw your head back laughing like a little kid.
Steven George Gerrard sempre possuiu o dom de me fazer perder as palavras, fosse pelo simples fato de não conseguir parar de rir de algum comentário inconveniente feito por ele ou me perder em pensamentos após um discurso carregado de uma boa moral, mas nunca, jamais havia me feito perder as palavras por um genuíno assombro.

Levei dois tiros.

Três palavras, apenas três palavras e nada mais pareceu relevante, nem mesmo a piada dele sobre a masculinidade dos italianos. Meus olhos apenas permaneceram nele, encarando seus olhos, como se magicamente eu pudesse ver através deles a devida cena onde ele era baleado. Eu não conseguia acreditar naquilo, pelo simples fato de ser completamente inimaginável! Eu não conseguia encaixar Gerrard em uma situação como aquela e por algum instante esperei vê-lo sorrir de forma tipicamente zombeteira e anunciar ser uma pegadinha; mas ele não fez aquilo. Ele pousou a mão grande e quente contra a minha e mostrou um sorriso torto que eu já não via a muito tempo – era o sorriso mais tímido que ele possuía, o mesmo que havia exibido na primeira vez que precisou falar comigo.

— E-eu... eu também estou muito feliz em ver você. E me sentindo extremamente culpada por não ter ouvido falar nessa história de tiro antes. O que aconteceu Steven? Eu não aceito um nada como resposta.

Em um movimento impulsivo, girei com minha mão, desviando do toque alheio que a cobria somente para sobrepor a palma masculina com a minha mão ridiculamente menor e magra numa comparação visual.

Mais uma vez, meus olhos alcançaram os olhos de Gerrard, e de maneira súbita, flashes irreais passaram por minha mente. Pensamentos acusadores, referentes a minha completa ignorância no ocorrido com o garoto que deveria ser o meu melhor amigo afinal de contas. Bastou que a culpa crescesse em meu interior para que um nó atasse minha garganta e meu coração se apertasse de maneira tão sufocante que foi como se eu de repente não conseguisse mais respirar normalmente – reação que se tornaria evidente no rubor que ocuparia parcialmente minha face, como sempre acontecia.

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[RP FECHADA] What If? Empty Re: [RP FECHADA] What If?

Mensagem por Steven Gerrard Seg 25 Set - 0:27:20

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A tática quase deu certo, mas ficar apenas no quase não ajudava muita coisa. Deveria ter imaginado o que aquilo iria desencadear, na realidade Gerrard estava um tanto quanto cheio de reações desesperadas e choros femininos. A única decisão sábia no caso foi ter avisado por telefone para a mãe e as irmãs, pelo menos o pai foi mais seco e naturalmente frio como sempre, ao dizer em claro e bom tom que “Você está perdendo a forma Stev”; isso com toda a gritaria ao fundo.

Ele riu novamente, era a única arma que tinha para tentar equilibrar o momento embaraçoso o qual se envolvia. Lembrar-se da história não era a melhor forma de pensar num modo sutil de contar como acabou levando dois tiros. O melhor resumo que poderia dar era: “Não banquem o herói”; ou podem acabar como ele acabou, no hospital numa sexta-feira a noite, sem a garota que queria conquistar e com um bom débito na conta por algo que podia ter feito em casa com uísque, agulha e linha de nylon.

Bem... – pensou duas vezes antes de dizer qualquer coisa temendo que Vee pudesse se tornar uma espécie de estátua. – ...eu não faço a menor ideia de como contar isso. Você me conhece, estava saindo de um bar com uns amigos e umas garotas. Tentaram nos assaltar, eu reagi e um tiro passou de raspão no pescoço enquanto o outro perfurou meu ombro e saiu do outro lado. Eles não tinham a menor chance, eu teria sido mais rápido se não fosse o álcool, mas o que conseguiu fugir foi pego alguns quarteirões depois.

Contou da melhor forma que conseguiu, mas sem entrar em detalhes. Depois daquele dia passou a voltar a frequentar a igreja todo domingo de amanhã, pois era bem surreal que o tiro no pescoço tivesse passado apenas de raspão. Logo aquele que seria letal em condições diferentes. Não tinha o que fazer, essas crianças nascidas em cidades grandes não tinham a verdadeira essência redneck, o garoto que segurava o revólver tremia mais que a bandeira no alto do fórum, tanto que ele praticamente descarregou a arma até finalmente conseguir acertar Steven.

Bebeu mais algumas goladas terminando com o café até voltar a encarar Vee que ainda parecia um tanto quanto impactada com a história. Ele desviou o olhar instantaneamente para tentar se esquivar de qualquer outra explicação mais bem elaborada que lhe fosse cobrada. Que complicado era, seria bem mais simples contar a história para seus irmãos de armas de Fort Fourth, mas bem.

Pare de pensar que eu poderia ter morrido ou me encarar como se tivesse perdido um filho. – dizia enquanto olhava para o lado de fora e repousava o queixo sob a mão cujo braço apoiava-se na mesa. – Termine logo esse café e vamos dar uma volta pela cidade, você precisa tomar uma cor e seria um desperdício perder um dia desses preso num lugar com ar condicionado e estudantes.
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[RP FECHADA] What If? Empty Re: [RP FECHADA] What If?

Mensagem por Vee-Elyse van Hepburn Seg 9 Out - 16:33:03

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Mentalmente, eu consegui me enxergar em um ataque de histeria, vividamente. Eu saltava sobre a mesa, empurrando a tudo o que havia sobre ela até alcançar o corpo de Gerrard em um movimento brusco o suficiente para levá-lo ao chão como se estivesse a abater um animal de porte mediano, e uma vez abatido eu o atacaria com tapas e socos, numa sequência sem pausas, até que ele se arrependesse do instante em que decidiu reagir a um assalto armado.

O que diabos se passa na cabeça desses caipiras? Só porque cresceram com os sons de tiros devido as caças e demonstrações exageradas de "você deveria me temer" pensavam que eram imunes a correr riscos com coisas levianas como assaltos bobos na saída de um bar?

— Mas você de fato poderia ter morrido, seu idiota metido a herói.
Se você morre, os bandidos iam ficar aqui por Nashville, pegando as garotas que você tanto tenta impressionar bancando o super-homem.
–  O tom de minha voz não possuía ressentimentos ou qualquer reflexo de seriedade, eu havia me esforçado para evitar aquilo; tudo o que fiz foi tentar me satisfazer pelo fato do loiro estar ali, vivo e saudável, a disposição de receber mais um chute que eu ousei dar por baixo da mesa. Sorri, da forma tipicamente zombeteira que ele sempre fazia, antes de empurrar a caneca da bebida já morna um pouco mais ao centro da mesa. — Por mim, vamos dar a tal volta agora. Você precisa exibir suas cicatrizes para as meninas da cidade, eu ouvi dizer que elas adoram garotos com cicatrizes. – Resmunguei, rindo brevemente, antes de saltar da minha cadeira e retirar alguns dólares de dentro da carteira para deixar sobre a mesa.

— Só pra avisar, eu não estou de carro, vim de bicicleta. – Abri a boca, exibindo minha língua para o garoto antes de guiar meus passos para a saída.

chapter three: and we walked down the block • outfit
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