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Mensagem por Florence C. Hesdigneu Qua 17 Jul - 9:52:56

on duty
Depois de assinado um contrato, Florence se viu presa ao garoto que tinha crescido com ela por alguns bons meses. Isso envolvia acompanhá-lo a todos os eventos dele, assim como ele tinha que acompanhar os dela.
xx GP DO CANADÁ xx
xx 07 AM xx
xx AIDEN MOHEDAS xx
Florence C. Hesdigneu
Florence C. Hesdigneu
atriz


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Mensagem por Florence C. Hesdigneu Qua 17 Jul - 10:16:07

florence
001
roll up the partition, please
Quando o Sol bateu em sua janela, os olhos de Florence se abriram aos poucos. Olhou para o quarto de hotel que estava. Cinco estrelas. Desde o último rodeio de Nashville, os rumores que ela estava saindo com Aiden já tinham se proliferado como a peste negra, assim como as perguntas que não saíam dos tabloides - e nem da cabeça dela: "Conseguiria Aiden aguentar a pressão do furacão Hesdigneu?" ou "Será que esse relacionamento vai funcionar?" e até mesmo "Seria Mohedas o motivo da garota estar mais calma esses últimos dias?"

Todas aqueles questionamentos faziam a cabeça da loira doer. Por mais que ela, no fundo, desejasse que aquilo desse certo, ela não queria machucar Aiden. Entre as poucas pessoas que ela gostava e confiava, o moreno era um deles e ela, por mais que não quisesse o envolver em sua vida fodida, o queria ao seu lado.

Era por isso que, nos últimos quinze dias, ela tinha fugido do tão esperado encontro que ele tinha ganhado.

Mas mesmo assim, o urso enorme que ele a tinha dado era a foto de plano de fundo do seu celular. Não que ela fosse contar isso para ele.

Enfiou o rosto no travesseiro.

***

Desde que Aiden tinha começado a correr com o kart, Florence era completamente ligada ao quesito corrida. Olhou para o moreno ao seu lado, os dedos batiam contra o forro da calça como se estivesse tentando jogar fora o nervosismo que habitava dentro dele.
Ele tinha conseguido manter, até a última corrida, o quinto lugar. Mesmo fora do pódio, já era melhor que não estar entre os primeiros. Porém, na última corrida em Mônaco, Aiden não tinha conseguido completar a corrida, acabando em último lugar nos holofotes da Fórmula 1. Ela tinha assistido o moreno ficar cada vez melhor e sabia que, aquele jeito que ele estava, era por causa da última corrida.

Mohedas era o sobrenome mais cotado para ser bem sucedido na Fórmula 1. Ela não ia deixar que ele estragasse aquilo por nervosismo.

As câmeras focavam em todos os corredores, cada um em seu pit. Mas ela não ligava para aquilo. Na verdade, ela já estava acostumada e era quase como se sentir em casa. Deu passos largos em direção ao moreno que observava cada toque que os mecânicos faziam em seu carro.

-Ei, cabeçudo. -Abriu um pequeno sorriso e pegou em sua mão, o puxando para longe do carro e para uma sala de vidro que abafava todo o som externo. -Quer parar de ficar paranoico com as pessoas? Você viu o que meu pai falou, não vão mais trocar os pneus para os extra-macios.

Seus olhos caíram sobre o garoto magro. Ela queria poder quebrar a cara de cada um dos mecânicos que não ouviram o garoto na última corrida. Passou as mãos no macacão aberto do mesmo, o arrumando em seus ombros antes de levar as mesmas para cada lado de seu rosto.

-Você é um dos melhores corredores daqui, Mohedas. Não deixe que um erro de equipe te deixe pensar o contrário. -Deu de ombros. -E mais, agora eu estou aqui e vou ser seu amuleto da sorte. O que acha disso?


naxz @epifania
Florence C. Hesdigneu
Florence C. Hesdigneu
atriz


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Mensagem por Aiden J. Mohedas Qua 7 Ago - 11:53:58

I can feel your love
Pullin' me up from the underground


O tamborilar incessante dos dedos, o maxilar rígido e a expressão séria deixavam o meu nervosismo bem claro. Depois de um início simplesmente mágico, eu acabei sofrendo um duro revés na última corrida e agora enfrentava dias difíceis. A imprensa começava a questionar minhas habilidades com manchetes tendenciosas como: “Mohedas: piloto ou influencer?” ou ainda “Aiden e o hype exacerbado existente dentro da sociedade atual”. Confesso que ler todas aquelas críticas geravam como resposta uma raiva descomunal, acompanhada de uma sensação de mal estar.

Se eu havia chegado tão longe havia sido graças à minha dedicação, horas e horas treinando dentro de um espaço limitadíssimo, faça Sol ou chuva. Quer dizer...

Earned Not Given!

Ver as pessoas ignorarem esse esforço e creditarem o seu sucesso ao puro “hype” era no mínimo estressante.

Enfim. Eu tratava de manter minha atenção no carro, que passava pelos últimos ajustes dentro do box, quando meu par de olhos foi atraído pela súbita presença de alguém que eu conhecia muito bem: Florence C. Hesdigneu. Quem era ela?

Para o cego, Flor era a luz.
Para o faminto, Flor era o pão.
Para o sedento, Flor era a fonte.
Para o enfermo, Flor era a cura.
Para o prisioneiro, Flor era a liberdade.
Para o mentiroso, Flor era a verdade.
Para mim, ela era o alívio, um verdadeiro oásis no meio do meu atual deserto.

Era a minha namorada.

Ou ao menos era isso que os tabloides pensavam.

Portanto, assim que ela me puxou de canto eu simplesmente não ofereci resistência alguma, fixando todo o foco na loira. Por si só a sua presença já exalava um bem-estar natural, uma energia diferente das dos mecânicos, engenheiros e outras pessoas presentes no paddock. Soltei um longo suspiro, esvaindo toda a tensão e enfim relaxando os ombros.

— Eu sei, eu sei. É complicado ser um piloto novato... Ninguém te ouve, suas decisões sempre são questionadas e erros absolutamente normais são classificados como “falta de maturidade”. — simulei o sinal de aspas com ambos os indicadores, repetindo o processo de exaurir o ar dos pulmões com certa intensidade.

Entretanto, quando a menor se proclamou o “meu amuleto da sorte”, minha expressão mudou “da água para o vinho”.  Não era segredo algum o meu interesse por Florence, desde pequeno eu sempre a via com outros olhos, como alguém que, tal qual eu fazia na pista, acelerava o meu coração. — Posso concordar com isso. — tentei esconder a empolgação, mas foi em vão e um largo sorriso desenhou-se nos meus lábios, combinando perfeitamente com o brilho no olhar. Mais uma vez, assim como havia sido naquele dia dentro do rodeio de Nashville, Flor multiplicava o meu desejo pela vitória, como se nada mais tivesse importância...

— Certo. Prometo não te decepcionar, meu amuleto. Aliás, eu não vou! — uma injeção de ânimo invadiu meu interior. — Diferente de você, eu sim cumpro as minhas promessas... Ou já esqueceu da nossa aposta? — esbanjei um breve riso, alongando os músculos dos braços. Aiden J. Mohedas estava novamente em ação!

Aiden J. Mohedas
Aiden J. Mohedas
piloto de F1


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Mensagem por Florence C. Hesdigneu Dom 11 Ago - 20:22:30

florence
001
roll up the partition, please
O sorriso se diminuiu em meu rosto quanto ele falou, novamente, da aposta. Suspirei pesadamente enquanto minhas mãos continuavam arrumando o macacão de um vermelho tão intenso que, se eu já não estivesse acostumada, doeria os meus olhos. Voltei à olhar as orbes castanhas que eu tanto conhecia.

-Para o meu desespero, você não esqueceu. -Dei dois leves tapas em seu peito e levei as mãos à suas bochechas, o sorriso novamente se alargando em minha face. As câmeras não paravam em nenhum momento, mas pelo menos - dentro daquela sala - o som do flash era inaudível. -Agora, Mohedas, você vai lá e vai se recurar dessa posição medíocre que não merece o seu nome. Entendidos?

Passei meus braços em seu pescoço e o puxei para um abraço apertado. Só Deus sabia o quanto eu pedia para que nada de ruim acontecesse com Aiden. Só as pessoas no paddock sabiam o quanto eu ficava ansiosa a cada curva, querendo que ele ganhasse, mas também que não sofresse um acidente. Então, como sempre, o segurei pelos últimos segundos que conseguíamos, sem saber as horas seguintes.

-Toma cuidado. Preciso de você vivo.

Sempre minhas últimas duas frases antes de um dos mecânicos abrirem a porta de vidro o chamando para mais uma corrida. Soltei o moreno e o olhei uma última vez antes de correr para o lado dos mecânicos e colocar o meu fone de ouvido.

***

Pela quinta vez Aiden tentava ultrapassar Vettel em uma das piores curvas da GP do Canadá. Minhas mãos estavam suando e meu pé batia contra o chão. Ele parecia não ouvir ninguém que falava sobre os pneus dele. Sobre o desgaste. Olhei para Matthew, que sempre esteve ali para a Ferrari e bati no seu ombro. O homem tinha um semblante vermelho na face: raiva.

-Deixa eu falar com ele. Ele vai me ouvir.

-Você vai desconcentrar ele.

-Bom, eu achei que esse era o plano! Você prefere que ele chegue em terceiro ou em último com um pneu furado como na última prova?!

Seus olhos encontraram os meus e ele liberou o rádio. Meu coração palpitou.

-Aiden, mantém o terceiro. -Dei alguns segundos para que ele pudesse reconhecer quem falava no rádio. -Temos duas posições, segura a terceira. Seu pneu não vai aguentar a última volta se você ficar tentando ultrapassar o Vettel. Por favor. Mantém o terceiro lugar.

Eu já esperava um milhão de reações de Aiden. Mas a principal, eu sabia que ele ia ficar muito puto com o pedido. A família Mohedas era uma família que não desistia nunca. Mas era melhor que ele saísse em terceiro na frente de Verstappen na próxima corrida, do que em décimo sétimo como nessa mesma. Minha unha foi a boca e eu comecei a olhar para a tela de acompanhamento do carro dezesseis.

Eu esperava, por Deus, que ele me ouvisse.


naxz @epifania
Florence C. Hesdigneu
Florence C. Hesdigneu
atriz


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Mensagem por Aiden J. Mohedas Seg 12 Ago - 0:22:40

I can feel your love
Pullin' me up from the underground


Motivação ou simplesmente a falta dela nunca foi problema para alguém como eu. Porque desde que era uma criança, sempre busquei ser o melhor, o maior, o mais bem sucedido. Não importava o que fosse, ser o número um era minha absoluta prioridade. Esse desejo irrepreensível de querer o êxito a qualquer custo não era algo que limitava-se à mim, meu pai, meus irmãos e até minha mãe! Essa ambição corria no sangue de todos os Mohedas. E foi justamente graças à ela que eu consegui chegar tão longe. Minha busca incessante pela perfeição levou-me até o maior palco automobilístico do mundo: a fórmula 1. Porém, eu ainda não estava satisfeito. Aquilo era só o começo, eu tinha planos para muito além; planos que incluíam recordes, títulos e principalmente vitórias! Meu fogo interior ardia mais forte do que nunca, gerando um incêndio que representava todo essa vontade.

Entretanto, ouvir as palavras motivadoras da garota funcionaram como uma perfeita gasolina. As labaredas ardiam de uma maneira abrupta, intensa, capaz de transformar qualquer coisa em cinzas. — Entendidos. — respondi após ser abordado de uma maneira mais veemente, mergulhando no abraço gentilmente oferecido. O arome inebriante dos fios dourados adentrou minhas narinas e cumpriu sua função hipnotizante, deixando uma sensação de “quero mais” em mim assim que um dos mecânicos abriu a porta, interrompendo o momento tão agradável.

Soltei um longo suspiro.

Era hora do show.

•••

Aiden, você precisa segurar, os pneus estão desgastados e não vão aguentar esse ritmo até o final...” a voz distorcida de Matthew, o meu engenheiro de pista, parecia um zumbido chato de alguma espécie chata de inseto. Segurar? Não, eu não podia fazer isso. A poucas voltas do final, estava em terceiro e, com o tanque absolutamente cheio, sentia que as possibilidades de conseguir um algo a mais eram excelentes. Ignorando qualquer ordem, meu pé foi ainda mais fundo; o carro parecia estar voando e, depois de duas voltas, já me encontrava na cola do meu companheiro de equipe. Vettel era bom, mas eu precisava ser melhor.

Eu devia isso ao meu amuleto da sorte.

Focado, menosprezei novamente as palavras que vieram do rádio, fazendo o melhor tempo no primeiro setor do circuito. — Tem que dar, tem que dar, por favor...— afirmei para mim mesmo, observando o estado dos pneus através de um minúsculo monitor. A cor vermelha era um indicador nada otimista, contudo, segui acelerando. Curva, após curva eu ia chegando cada vez mais perto. Fiz a volta mais rápida da prova e logo após pude sentir, ou melhor, ouvir, toda a insatisfação da escuderia com isso. Abri um sorriso largo: era a momento certo de tentar a ultrapassagem. Mergulhei por fora na primeira curva, sendo fechado por Sebastian que definitivamente não ia tornar as coisas fáceis para mim.

De repente, tudo mudou.

Outra vez consegui identificar um par de sílabas através dos fones de ouvido, mas o tom destas era diferente das anteriores. — Flor? — questionei assustado, quase perdendo o controle e passando o limite da zebra. Mais algumas frases e eu pude confirmar as minhas suspeitas: era ela mesmo.

Infelizmente. Eu preferia que não fosse.

Meu amuleto da sorte, quem supostamente deveria ser meu diferencial para vencer, tinha acabado de reiterar o pedido da minha equipe.

”Segura a terceira.”

Segura. A. Terceira.

Nunca palavras provindas do rádio doeram tão forte como essas. A garota, que minutos antes havia fornecido o combustível para a minha combustão interna, agora causou o efeito contrário. Eu não podia acreditar. Um misto de raiva e tristeza surgiu em mim, meus dedos agarrando o volante com força, girando justo em cima da hora, evitando por pouco o que seria uma colisão. Afundei numa depressão interna que durou longos 2 minutos.

Balanceei a cabeça.

— Segurar? Não cheguei até aqui simplesmente “segurando”, Flor. E o lance de ser o meu amuleto da sorte? — franzi o cenho, pisando fundo outra vez. — Agora eu entendi porque dizem que você é tão boa atriz: eu caí direitinho! Por um segundo realmente pensei que você se importasse com o meu sucesso... — virei a curva no último segundo. Graças ao meu mini lapso, Vettel havia conseguido desgarrar um pouco e eu precisaria correr atrás do prejuízo agora. — Eu fui tão tolo, não é possível... — a irá reinou e eu desliguei o rádio.

Última volta.

Era tudo como no começo: eu sozinho contra todos. Porém, provavelmente por causa da minha desconcentração, meu primeiro setor foi péssimo, as curvas malfeitas me fizeram perder velocidade e a chance de alcançar Sebastian foram completamente pelo ralo. Portanto, só me restou seguir a ordem de Matthew. Talvez, se não fosse pela interferência desnecessária de Florence eu poderia ter mantido o ritmo e, consequentemente, ter conseguido a ultrapassagem. Logo, assim que desci do carro, o último rosto que eu queria ver era o dela. Estacionei o carro próximo ao pódio, acenando para a pequena multidão num gesto apático.

O protocolo de premiação foi meramente, desculpa pelo o pleonasmo, protocolar. O champanhe desceu com um gosto amargo, apesar do bom resultado. Quer dizer, estar no pódio por si só já era um belo feito, mas de fato ficou um gostinho de “quero mais”. De volta ao paddock, depois de passar pela zona de entrevistas, encontrei a única face que eu queria evitar. Encarei o par de olhos azuis, soltando um suspiro ao passo em que eu ia me aproximando.

E agora?

Sinceramente eu não pretendia falar nada. Mesmo sentindo uma tristeza profunda, tinha um relacionamento fachada para manter. Assumi minha expressão mais séria, franzindo o cenho e fechando os pulsos, torcendo para que ela entendesse o recado: eu não estava para papo.

Aiden J. Mohedas
Aiden J. Mohedas
piloto de F1


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Mensagem por Florence C. Hesdigneu Seg 12 Ago - 21:52:53

florence
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Apesar de ter me ouvido, eu queria voltar no tempo e não ter falado aquela frase. Queria ter gritado para o chefe de equipe para ele parar no box ou fazer qualquer outra coisa. O nojo nas palavras de Aiden era tão claro que todos olharam para mim quando ele começou a retrucar o que eu tinha pedido. Meus olhos se encheram de lágrima no mesmo instante. Apoiei as mãos na mesa e continuei olhando estática para a câmera do seu carro.

-Aiden, não, escuta...

E o rádio se desligou. De todas as pessoas que me conheciam, Aiden era o último que eu pensava que ia falar algo daquele tipo para mim. Abaixei a cabeça. Eu podia ouvir os flashes em minha direção. Voltei a olhar para o visor e, depois de segundos dele ter desligado o rádio, um pedaço do pneu se desfez, voando para trás com tanta velocidade quanto o carro que ia para frente.

Acho que depois de sua mãe, eu era a pessoa que mais queria ver Aiden ir bem nas corridas. Eu, literalmente, passava mal a cada vez que ele fazia uma curva muito fechada, ou derrapava em dias de chuva para fora da pista. Eu passava horas do meu fim de semana me preocupando com Aiden. Com ele não morrer. Com ele fazer o melhor que ele conseguiria em toda a corrida que ele participava.

Mas eu conhecia o Mohedas. Ele não gostava de parar.

Muito menos de parar na terceira posição.

Aiden fez sua última volta com o rádio desligado. Eu tinha tentado um milhão de vezes entrar em contato com ele, sem sucesso.

Quando ele saiu do carro na última corrida, meu coração parou. Eu não sabia o que dizer para ele. Os poucos minutos de entrevista pareciam como horas para mim. Retirei os fones grandes dos meus ouvidos e fiquei parada. Meus pés levavam meu corpo para cima e para baixo, a ansiedade de vê-lo tomando conta de mim.

O rosto suado apareceu em minha frente rápido demais para que eu pudesse, sequer, pensar duas vezes. Meu corpo correu até ele e eu sabia que, mesmo com aquela face de quem não tinha gostado, ele ia me segurar. Me joguei em um abraço. Um abraço que só a família Mohedas podia me dar. O puxei contra meu corpo pelo pescoço. Ele estava quente. Uma pessoa normal estaria, provavelmente, desmaiado com aquela temperatura.

-Obrigada. Obrigada por me ouvir. -O soltei do abraço e minhas mãos foram para o seu rosto. Meus olhos claros encontraram os seus. Ele estava bem. Estava puto, mas estava bem. -O seu pneu lascou um pedaço um minuto depois que você desligou o rádio, Aiden. Eu não sabia se você estava bem, se o carro estava estável. Não faz mais isso, por favor. Eu vou em um milhão de encontros com você se for preciso, mas não fique puto. Não fique. Por favor.

Meus dedos passaram pelo alto da sua bochecha. Aquilo podia ir muito bem, ou muito mal. Eu não sabia o que esperar. Pela primeira vez depois de um abraço meu, eu não vi o sorriso do garoto crescer em seu rosto.

Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, me coloquei nas pontas do meu pé e encostei meus lábios aos dele. O beijo foi breve demais. Meu coração palpitava para fora do meu peito e, se estivéssemos em um desenho animado, com certeza ele estaria pulsando contra minha pele.
-Eu quero sempre ver você ganhar. Mas eu quero ver você vivo mais do que ganhando o pódio.


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