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Mensagem por Natasha I. Dragomir Sáb 15 Jun - 18:37:40

the duty above all
Escritório de Natasha Dragomir, , meio da tarde de uma sexta-feira. O lugar é amplo e com uma janela de vidro do chão ao teto, dando uma visão excelente de Nasville, já que se encontra no vigésimo segundo andar. A decoração é elegante e moderna, nas paredes estão emolduradas algumas das capas mais famosas da revista "Who's Rocking?" e nas estantes estão todas as edições, além dos prêmios já recebidos pela diretora de redação.
novembro de 2018
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17h48
Natasha I. Dragomir
Natasha I. Dragomir
diretora de redação who's rocking?


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Mensagem por Natasha I. Dragomir Sáb 15 Jun - 19:43:10

ice  queen


Parece que nada acontece nesse lugar a menos que eu mande. É claro que é para imprimir as malditas fotos ainda hoje. Olha a hora que é, Gaspar! Essas fotos já deveriam estar na minha mesa desde o meio-dia, agora terei que levar trabalho para casa. — falou com o tom de voz alto pelo vão da porta a diretora de redação. Estava usando toda a sua força para não berrar.  — Eu não pedi? Oh, nem parece que isso acontece todas as sextas-feiras! Imagina se eu tiver de pedir tudo, eu vou arrumar tempo para fazer o que tem que ser feito quando? Hein? — argumentou revirando os olhos, agora um passo fora da porta e vendo que várias cabeças estavam voltadas em sua direção. — Estou extremamente cansada de incompetência, Gaspar! Mais uma dessas e tu vais estar buscando outro emprego antes que eu diga who's rocking, to avisando. — dessa vez a russa estava completamente fora do escritório — куча любопытных — acrescentou em russo, sabendo que sua língua materna sempre causava alvoroço, não importando o que dissesse. Divertia-se em usar o idioma, pois as pessoas ficavam imaginando os horrores e ameaças que ela proferia, quando não havia dito mais que "bando de curiosos", como no caso. Com isso virou-se, jogando os longos cabelos loiros para trás e adentrou no escritório, batendo a porta atrás de si.

Sentou-se e virou a cadeira para a janela, gostava de olhar o horizonte de Nashville, era uma das poucas coisas que a acalmava. Porém naquele momento não tinha tempo para isso, pois precisava se preparar para a reunião que teria dali poucos minutos. Aquilo vinha lhe revirando o estômago há três dias, desde que fora obrigada a marcar, já que sua ex assistente saíra extremamente desgostosa e ameaçara expor alguns segredos que não deveriam ser expostos. Natasha não confiava no escritório que cuidava da revista, um dos sócios já dissera coisas que não haviam sido muito amigáveis. Se Heather realmente fosse a público com alguma daquelas informações a Dragomir estaria perdida.

Agora dependia da boa vontade de alguém que não demonstrava grande boa vontade quando o assunto era Natasha Dragomir. Porém quando pensou no assunto e foi sincera consigo mesma, Natasha soube que confiava em Sam apesar de tudo ou por causa de tudo. E sabia que se a outra decidisse ajudá-la ela estaria completamente segura. Era enlouquecedor pensar que sua reputação estava nas mão de Samantha Zadaward, quase gritou de pura frustração. Sua vontade real era contratar alguém e acabar com Heather, mas não podia se arriscar agora, já que a garota sabia demais. Então tinha de esperar a Zadaward.

Virou a cadeira novamente e começou a checar os e-mails, mas logo desistiu da tarefa, pois não estava prestando atenção no que lia, só olhava para a porta a cada três segundos, mesmo sabendo que seu telefone tocaria antes. Depois começou a ler os esboços de artigos, mas achou todos horríveis, então os deixou de lado, até que o telefone tocou e ouviu Marie anunciar a pessoa que estava esperando. Sam estava finalmente ali.



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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Sáb 15 Jun - 20:24:13




O ar denso circulava o pavilhão do prédio da revista enquanto a imponente Zadaward caminhava para dentro. Por causa daquela postura, muitos inquisidores de ações bilionárias e investidores de bolsas mega-corporativas subestimavam-na ao ponto de tratá-la como uma reles filha da puta desgraçada arrogante com um poder altamente radioativo capaz de acabar com tudo, atingindo milhas ao seu redor sem se preocupar com as consequências. A verdade por trás daquelas velhas lamúrias era tão simples quanto o ditado “Água mole, pedra dura. Tanto bate até que fura”; era difícil engolir os espinhos deixados na garganta de cada homem que estava abaixo de sua posição. Se existia alguém para ocupar o lugar do diabo, era Samantha.

Logo pela manhã uma chamada de urgência fora emitida para Rebecca, a secretária mais fiel que já pudera conhecer por toda a vida. É claro que a relação profissional das duas não havia começado com o pé direito, e o segmento fora uma tormenta para a própria Becky, que preferiu se aliar ao inimigo que não podia combater e se aproveitar dos benefícios trazidos com a união. Com o tempo, deixaram de lado as diferenças e formaram o que os garotos tinham mais próximos da apologia de Batman e Robin. Separadas eram uma ameaçada formidável. Juntas, eram indestrutíveis.

O anúncio de que designar um profissional de alta qualidade para cuidar de algo referente a Who’s Rocking? lhe chegou como um suspiro ardente numa tarde ensolarada de verão. Fornecer o seu melhor empregado para cuidar dos rodeios da srta. Dragomir lhe era como uma coça no ego, o que triplicou de intensidade ao ser exigida como a pessoa por trás da demanda oficial do caso. Agendado o encontro, Rebecca não precisou de uma ordem para cancelar os compromissos daquela semana para dar abrangência espacial de sobra para sua superior cuidar de tudo, ainda que soubesse que muito menos seria necessário para a resolução.

A falta de qualquer expressão antecedeu sua entrada galante, com passos sob medida ao adentrar a sala da Dragomir sem nem mesmo destinar um único olhar para a pobre Marie, que se propôs a travar um diálogo com Rebecca, que faria as admissões do ocorrido de modo informal para o comparativo inicial, mais tarde, na Z-Corp.

Os olhos castanho-esverdeados estavam centrados na figura atrativa de Natasha, firme em sua postura digna de uma russa intimidante. Naquele caso, era uma briga de leões. Leoas. Rebecca adentrou o escritório da loira para pegar os pertences de sua chefe, retirando-se do recinto tão rápido quanto entrara nele. Samantha cumprimentou sua afortunada contratante com um mínimo sorriso arrogante. — Natasha Dragomir.


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Mensagem por Natasha I. Dragomir Sáb 15 Jun - 21:44:51

ice  queen



Assim que Marie anunciou a chegada de Sam, Natasha endireitou-se na cadeira e encarou a porta, primeiro com frieza, porém lembrou-se que precisava da ajuda da outra, então suavizou um pouco a expressão, ainda que sem sorrir. Quando a advogada entrou, não conseguiu evitar de estremecer um pouco, pois ela estava tão linda como sempre, talvez ainda mais, o que deixava a Dragomir contrariada. Sonhava com o dia em que se depararia com Samantha e ela estaria desarrumada, com olheiras, despenteada, mas sabia que aquilo era praticamente impossível. A aspirante a diabo jamais se deixaria ver menos que perfeita.

Deixando suas considerações de lado, ignorou completamente as assistentes, que pareciam mais adereços que pessoas e levantou-se para cumprimentar sua convidada. — Srtª Zadaward, obrigada por arrumar um tempo para essa reunião. — sabia que elas tinham intimidade suficiente para se chamarem pelo primeiro nome, mas gostava de provocar a outra, era mais forte que ela. — Por favor, sente-se e fique à vontade. Quer um café, uma água ou um suco? — disse, indicando a cadeira à sua frente, enquanto sentava-se novamente, sem deixar de encarar os belos olhos da outra. Era sempre tão senhora de si, completamente fria e um tanto mandona, mas com Sam ela sentia-se insegura. Queria agradar a morena, mas ao mesmo tempo mostrar que não se importava com nada. E agora, que precisava dela, estava sentindo que não sabia onde pisava.

Bem, sei que teu tempo é muito requisitado, então vou direto ao ponto — começou, inclinando-se um pouco e hesitando, pois o assunto todo lhe dava irritação e um pouco de vergonha. — Minha ex assistente está fazendo ameaças bem delicadas e eu não sei bem como agir. Não confio no advogado da revista, nem no advogado da família. — ela não conseguia ir direto ao ponto, precisava se justificar por ter chamado Sam, porque se sentia fraca, tanto por estar sendo ameaçada, quanto por precisar chamá-la. Odiava aquele sentimento, desde que James morrera não havia se permitido sentir aquilo e agora, graças a uma assistentezinha que achava que sabia demais, estava ali. — Enfim, preciso da tua ajuda. — conseguiu cuspir, por fim.


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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Dom 16 Jun - 14:51:58




Samantha Zadaward poderia se considerar uma mulher de temperamento incontestável, visto o sorrisinho arrogante em sua face ao captar o orgulho de Natasha Dragomir se revirando no túmulo. Como poderia a russa demonstrar toda a sua frieza, se estava roendo-se para ter alguma ajuda? Aquilo era uma massagem no ego tão incrível que nem mesmo parecia verdade. Mas era. No entanto, o que lhe tirava a atenção para tal fato considerável, era a notória beleza contida em cada traço daquela maldita mulher. Era impossível olhar para a dona da Who’s Rocking? e não sentir o impacto de suas nuances. O tempo parecia não lhe afetar, como se tratasse de uma deusa ministrando suas vontades ao dispor de proporcionar aos humanos uma experiência calorosa com significância.

A provocação era uma clara transmissão para a regente da Z-Corp, que costumava se considerar uma bela player de jogos como o que acabava de surgir. Natasha, ainda que abrisse margens para um perigo eminente com aquela reunião, se mostrava como a mesma sedutora astuciosa capaz de derrubar qualquer homem ou mulher com apenas um sorriso ou muito menos que isso. Sam retribuiu a provocação com o aperto de mão, firmando os dedos entre os de sua contratante ao exercer um único movimento no contato. Mas, antes de desfazê-lo, deslizou lentamente a ponta dos dedos até próximo de seu pulso, quase como um carinho. Era como a brisa fria que antecedia a tempestade. — Nunca dispenso o chamado de minhas primazias. — Não era um problema para a morena destacar suas prioridades, e de fato, Natasha Dragomir estava acima de qualquer outra coisa.

Além do passado discreto, tinham uma relação de convívio sigilosa com os demais membros do Conselho. Não era de se esperar qualquer negativa ou prorrogação de possíveis encontros. De antemão, negou ao convite para beber algo, contrariando a própria vontade de tecer imagens íntimas da loira em sua própria mente para consagrar o apelido de víbora. Antes de estar no escritório da russa, havia feito uma breve passagem numa cafeteria próxima a Alameda norte do centro da cidade, onde coincidentemente - será? - Heather comprava sua dose de cafeína.

Ouvir a necessidade de Natasha por sua ajuda entorpeceu os sentidos da advogada por um nanosegundo, sem brechas para uma percepção notória. A arrogância se mostrou na forma em como o sorriso se expandiu nos lábios pintados num tom nude cálido, no silêncio que se alojava temporariamente, até Samantha entregar a loira a pasta com os arquivos necessários para silenciar aquela que lhe ameaçava. — Tive um breve encontro com a srta. Leanhdart para lhe dar bom dia. Acreditaria se eu dissesse que apenas isso foi o suficiente para fazê-la recuar? — É sabido que um bom dia daquela Zadaward em questão, em lados opostos de um processo, referia-se a queda de um titã diretamente no Tártaro.

Dentro da pasta continham arquivos sobre movimentações bancárias em nome de Natasha, alterações em algumas bolsas de valores, fundos de contas privadas com notas fiscais faltando, notas sem número de rastreio sendo lançadas na conta principal da revista e uma infinidade de coisas para incriminar a Dragomir. Tudo o que Sam precisou fazer, foi sentar-se junto a Heather enquanto levava para ela o seu café, disponibilizando uma cópia daqueles mesmos arquivos para rechear o seu dia. — Mas recuar não é suficiente. Fiz o bastante para lhe deixar saber quem está à frente de tudo. No entanto, eu preciso saber, srta. Dragomir, a única coisa que não está nos arquivos. O que você fez? — E se tinha algo que Samantha sabia, era a resistência que viria de Natasha para responder a pergunta que valia um milhão de dólares.


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Mensagem por Natasha I. Dragomir Dom 16 Jun - 15:48:45

ice  queen


Os olhos verdes de Natasha encaravam Sam como se pudesse penetrar em sua alma e quando elas apertaram as mãos e a loira sentiu os dedos da outra em seu pulso, estreitou um pouco e suas pupilas dilataram, enquanto em sua cabeça todos os demônios gritavam para que aquele toque não acabasse mais. Mas os poucos instantes acabaram exatamente como deveriam e Natasha se recompôs.

Depois de sua confissão de que precisava de ajuda, o sorriso que cresceu nos lábios de Samantha era exatamente o que a Dragomir esperava e, ainda assim, não lhe agradou nenhum pouco e ela mordeu o lábio inferior para se controlar. Queria dizer algumas coisas bem pouco agradáveis para a outra, mas sabia da sua posição naquele momento e não podia estragar tudo. Precisava do talento da Zadaward do seu lado. Respirando fundo, deixou que o silêncio se estendesse sobre as duas, até que Sam o quebrou e lhe entregou uma pasta, que Natasha segurou. Ao ouvir as palavras de Samantha, Natasha arqueou a sobrancelha, ainda segurando a pasta, sem saber bem o que pensar, até que lembrou com quem estava lidando e pousou a pasta na mesa. — Se fosse qualquer outra pessoa eu não acreditaria, mas se tratando de ti... — respondeu, respirando um pouco mais aliviada.

Conhecia Samantha Zadaward há muito tempo, a vira crescer na profissão e esmagar os oponentes como baratas. Tinham seu passado, assim como o contato mais direto no conselho. Sabia bem como ela trabalhava, por isso confiava na mulher. Porém nunca trabalhara diretamente com ela e tinha de confessar que estava surpresa de ter o caso resolvido antes mesmo de falar sobre ele. Abriu um pequeno sorriso enquanto verificava o conteúdo da pasta e confirmava que era quase que Heather vinha usando para lhe chantagear. Aquilo era bom e Natasha estava fantasiando, até ouvir as palavras seguintes de Samantha, que a fizeram fechar a pasta com um estrondo.

A Dragomir ajeitou-se na cadeira, a coluna reta como uma espada, a pose que usava quando estava em reunião com vários homens velhos que a olhavam como ameaça e ela tinha de se defender. Mas ali a ameaçar era Sam, só que ela ainda tinha de se defender, ela não podia contar para Sam o que fizera, não mesmo. Empurrou a pasta em direção à advogada. — Isso está perfeito. A ameace com algum processo milionário por chantagem e difamação, sei lá, a advogada é tu. Só tira ela do meu pé de vez, sim? Pelo preço que tu quiser. — falou, com suavidade, quase sedutora, lançando à Sam um sorriso delicado. — Preciso de paz para trabalhar e só tu pode me salvar de sanguessugas desse tipo. — acrescentou, inclinando-se e puxando a mão da outra para si, tentando criar certa cumplicidade entre elas. Faria qualquer coisa para não falar à ninguém o que Heather realmente tinha contra ela, mas tentar seduzir Sam não era nenhum esforço, pelo contrário, era o que queria toda vez que a via.


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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Dom 16 Jun - 16:34:59




A advogada era precisa. Nenhuma de suas palavras ou ações eram vagas, nem dispersas de intenções. Todos os movimentos eram calculados, até mesmo o que parecia surgir de surpresa. Pudera esperar uma atitude agressiva que se confirmou ao enunciar a pergunta sobre os feitos da russa, que não teria o nome sujeitado a lama por uma mera ex-empregada se não tivesse feito alguma coisa. Não esperava algo simples, como também não temia o pior. Como advogada, era preparada para o impossível, e quando se tratava da defensoria de alguém por quem tinha algum interesse por menor que fosse, o que não era o caso de Natasha - mínimo não atribuía corretamente o interesse da morena -, não por completo, ainda que estivesse fantasiando o que poderia surgir como seu feito.

É claro que, como todo cliente, a loira se manteria resistente até o momento em que a gravidade do caso aparecesse como um infeliz presente de natal. Samantha poderia sujeitar o pedido feito pela outra, após a tentativa de seduzi-la, e lhe garantir uma gorda recompensa pela ofensa provocada por Heather, mas estava certa de que aquele não seria o fim. Se uma mera secretária sabia de alguma coisa, outras pessoas estavam envolvidas. Natasha sabia dar um jeito em seus problemas, não acionaria a justiça para arbitrar o final do jogo. — Está feito. Seu capital terá um aumento considerável em poucas horas. — A morena puxou a mão, apenas para encobrir a da russa com a sua própria.

O indicador deslizou sobre o dorso simulando o movimento de uma serpente sorrateira, pronta para dar o bote em sua presa fácil. — Oh, Natasha. — Com um tom baixo, suave com nuances de uma ameaça embutida a Zadaward promoveu aquele contato. — Sabemos que sua sedução não se resume a isso, da mesma forma que sabemos que você vai me dizer o que fez. Pode não ser hoje, contra Heather, mas vai ser contra alguém. — Desfazendo o contato, Sam encostou-se na cadeira confortável. A advogada acabaria sabendo, fosse por Natasha, fosse por Rebecca, Marie ou Skye. Não era uma novidade.

Seus olhos enxergavam as curvas de Vênus, os cabelos dourados cintilantes tão bem cuidados quanto a pele delgada, tão sutil como o mais perfeito pomo de algodão. Os olhos segredavam um tesão ardente, como fogo crepitando em brasas fortes. A boca era um convite irrecusável para a luxúria pecaminosa, assim como o corpo segmentava as pinceladas mais perfeitas de uma obra sem assinatura. Natasha Dragomir era uma arte única, memorável. E por sorte, a conhecia bem. De corpo e mente, pois, toda a orquestra de beleza não era o seu único dote. Seu cérebro era tão brilhante quanto todo o conjunto.

Cruzando as pernas, a CEO corporativa tirou do bolso do blazer uma pequena amostra de papel que lhe fora entregue por Rebecca, através de uma abordagem em rompante de Heather, na saída da cafeteria ao seguir Samantha para fora. O conteúdo escrito não passava de um nome, que ainda não tinha lido. — Heather me entregou isso, dizendo que mudaria a minha visão sobre você. Sobre o caso. Ainda não li o que tem aqui, acredito que seja o que você não quer me dizer. — Deixando-o sobre a pasta jogada na mesa, a advogada inclinou a cabeça um pouco para a esquerda, fitando Natasha com olhos intensos. Frios.

Era um voto de confiança. — Prefiro saber por você. Se não quiser que seja agora, o que quer que esteja ai, vai ficar ai. — Suspirou, vociferando a confiança para emitir a única coisa que a Dragomir já sabia: Samantha jamais permitiria que algo de mal lhe acontecesse.


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Mensagem por Natasha I. Dragomir Dom 16 Jun - 17:38:52

ice  queen


Quando Samantha colocou sua mão sobre a de Natasha, a russa baixou o rosto e encarou as duas mãos ali, sobre sua mesa e, por um momento, quase esqueceu a razão que trazia a advogada a seu escritório. Às vezes só queria que Sam estivesse em sua vida constantemente, que fosse sua amiga, pelo menos. A esse pensamento se deu um sacode mental, pois jamais conseguiria ter Sam como amiga, que bobagem. Estava fragilizada com aquele assunto, só podia. Saber que seu capital aumentaria não lhe causou qualquer reação, sempre tivera mais dinheiro do que poderia gastar e nem ligava para as chantagens econômicas de Heather, se ela só tivesse pedido alguns milhões, talvez tivesse pagado de bom grado, mas a garota sabia demais. E sim, pensara em resolver o problema de outra forma, mas a maldita tinha deixado implícito que se certificara que todo mundo saberia, caso ela sumisse do nada.

O dedo de Sam parecia hipnotizar a Dragomir através da pele e ela estava quase se deixando levar, principalmente quando ela falou seu nome daquela maneira que há muito não falava. Porém o encanto se quebrou quando Natasha detectou o tom de ameaça nas palavras da outra o que a fez se endireitar quase ao mesmo tempo que Samantha cortou o contato e se encostou na cadeira. Serpente venenosa! pensou e a encarou com tanta frustração que imaginava que seus olhos perfuravam a outra, bem no meio daquele peito onde nada além de um coração frio habitava. — Será que sabemos mesmo? — desafiou, com a voz cortante.

Sua postura agora era mais rígida do que nunca, ainda que precisasse de Samantha, não ia tolerar ser ameaçada por ela. Não suportaria mais demonstrar qualquer tipo de fraqueza. Era horrível não estar no mesmo nível nesse joguinho que as duas jogavam desde que se conheciam. Se uma das partes ficava para trás, era melhor terminar ali e nunca mais jogar.

O papel que Samantha tirou do bolso era pequeno e não deixava ver por fora o que havia escritor dentro e Natasha sentiu um pressentimento ruim. Não sabia se acreditava na Zadaward sobre não ter lido antes. Ou mesmo se fora Heather a autora. Ficou olhando o objeto ínfimo, ponderando qual deveria ser sua ação ali. Talvez fosse um blefe, talvez não dissesse absolutamente nada ali. É, apostava que Samantha estava jogando com ela, como sempre.

Assim, com um sorriso irônico, pegou o papel e o abriu, para então o largar como se a tivesse queimado e levantar da cadeira a empurrando com força, como se precisasse se afastar daquele papel maldito, manter o máximo de distância. A cadeira caiu com estrondo e Natasha começou a tremer. Sua respiração estava rápida e ofegante. Aquilo não poderia ser verdade de maneira alguma. —Eu... Não... como? — balbuciou, virando o rosto transtornado para Sam. Agora não tinha nada da mulher poderosa que sempre era. Voltara a ser a garota de 22 anos que perdera o amor de sua vida. Seu rosto era uma máscara de medo e algumas lágrimas começavam a escorrer por suas bochechas.

Por um instante a fria noite de fevereiro voltou com tudo em sua mente e o nome que fazia de tudo para esquecer, mas ainda assim sempre lembrava gritava em sua mente: Ekaterina Yakovna. Estava ali, escrito na letra bonita de Heather: Ekaterina Yakovna, 2011. Aquela infeliz que ouvia suas ligações. Com um desespero nada típico de uma Dragomir, Natasha ajoelhou-se ao lado de Sam. — Sam, me ajuda. Ela... eu... Sam! — Natasha mal conseguia articular as palavras enquanto flashs daquela noite circulavam em sua cabeça, assim como imagens de Heather e teorias paranoicas do que poderia acontecer com ela caso as pessoas descobrissem o que havia feito.

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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Dom 16 Jun - 18:28:15




Se em algum dia de sua vida Samantha pudera sonhar em ver Natasha Dragomir com um aspecto de brinquedo quebrado, não seria naquele instante, apesar de pousar os olhos numa mulher distinta da poderosa comandante do império que havia criado do zero. A aflição acoplava o ar dentro do escritório, comprimindo não só as emoções, como a respiração da advogada por alguns segundos. A rebatida da sentença dada em forma de dúvida pela loira não tinha lhe afetado de forma alguma, pressentindo muito antes de idealizar sua fala, que algo como aquilo seria dado em resposta, conforme o jogo provocativo se seguia firme.

Mas, quando a leitura do que estava contido naquele papel se deu em convencimento, Sam notou cada reação de Natasha. A forma em como tinha soltado o papel, se levantado e se dirigido até onde estava, além do abandono da intocável empresária que não se deixava levar por muito tempo. Os olhos da advogada observaram primeiro o modo como a antiga Natasha se sobrepunha, enquanto o coração ardiloso e traiçoeiro reagia ao contato mais próximo. — Srta. Dr….. Natasha? — Erguendo-se para sustentá-la junto de si, Sam segurou os braços de sua contratante com firmeza, ainda que o contato fosse tão suave ao toque. Era como se quisesse conscientizá-la de que estava ali. Tratando-se de outro cliente, Samantha estaria rindo de sua decadência emocional.

Um suspiro percorreu seus lábios, exalando com certa tensão. — Hey. — Abordou-a mais uma vez, para retrair o seu nervosismo por um instante. Um único instante, se quer. — Nat, olhe para mim. — Chamou mais uma vez, utilizando o polegar sobre o indicador para erguer seu rosto e ter a visão dos formosos e cristalinos olhos de dragão. Estava se tornando uma tarefa impossível continuar ali, sem sentir uma insana vontade de beijá-la, ao estar tão perto, tão embalada pelo perfume que contrastava tão bem sua personalidade por baixo da carapuça de coração de pedra.

Outro suspiro escapou pelos lábios de Sam, antes de proferir uma sentença que há muito não fazia. — Eu vou proteger você, confie em mim. — Com a mão em seu rosto, exerceu um toque que beirava um carinho, resvalando a ponta do polegar por sua bochecha. Era fácil querer estar daquela forma com ela, mas não podia. Não podia. Nunca fora a melhor opção para Natasha Dragomir. Em seu âmago odiava-se por ser tão insensível e dura, mas no fundo sabia. Ela merecia coisa melhor. — Este não é o lugar para essa conversa. — Marie e Rebecca estavam lá fora, cuidando de tudo, além dos demais funcionários.

A advogada preferia se certificar do que agir por impulso. Precisava se controlar. Controlar o coração que batia forte, a ponto de ensurdecê-la. Maldita proximidade. Maldita Heather. Maldita Natasha. — Rebecca sabe o que fazer. Vamos até o Crossfire. — Estipulou um encontro no antigo quarto do luxuoso hotel onde costumavam se encontrar no passado, presumindo como um local seguro, longe de qualquer mira enquanto Marie e Becky investigariam discretamente não só o escritório de Natasha em busca de alguma escuta, como o restante da Who’s Rocking.

Quando se levantou, caminhou para fora da sala, deixando a porta aberta. Trocou breves palavras com Rebecca, informando-a de seu paradeiro, dando poucos indicativos do que fazer em sua ausência. Os olhos da CEO encontraram os de Natasha, convidando-a silenciosamente para partirem em direção ao passado com diversos motivos para se manterem um bom tempo em silêncio durante todo o percurso por razões distintas.


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Mensagem por Natasha I. Dragomir Qua 19 Jun - 20:40:27

ice  queen



Por um instante Natasha não percebia a presença da outra ali, nem mesmo os braços quentes que a envolviam, tentando lhe segurar, lhe conter. Seu pequeno mundinho perfeito parecia estar ruindo, seu castelo de vidro se quebrando. Era a mesma sensação de quando Pandora havia contado que a investigação havia sido reaberta, mas naquela dia tivera a segurança da amiga, que além de tudo era detetive, dizendo que nada aconteceria a nenhuma das três. Mas e agora, poderia ter essa mesma certeza?

Deixou as dúvidas de lado quando teve seu rosto segurado pelos dedos delicados de Samantha e a voz, sempre tão fria, agora doce e delicada a chamou pelo apelido. Natasha levantou os olhos e encarou os de Sam. Estava completamente longe de ser o dragão pelo qual era conhecida. Agora era a gatinha assustada que James dizia que sabia que ela de fato era. Bom, ele tinha razão. O dragão era o disfarce. Seu corpo ainda tremia e tremeu com mais força ao ouvir a seguinte frase de Sam "Eu vou proteger você, confie em mim." Há quanto tempo ninguém dizia algo assim para ela? Há quanto tempo ninguém sonhava que ela precisava de qualquer tipo de proteção? Lágrimas quentes começaram a descer por suas bochechas e ela envolveu a cintura de Sam em um abraço um tanto desajeitado, já que aquilo não era um costume seu. Não seria capaz de agradecer ou dizer o quanto aquilo significava, mas esperava que Sam pudesse sentir de alguma maneira.

O abraço desajeitado duro meros segundos e foi cortado tanto pelas palavras da Zadaward, quanto pela Dragomir, que não se sentia confortável. Se afastou e levantou do chão, limpando os olhos de forma desajeitada e borrando a maquiagem, antes perfeita. Sam tinha toda razão, aquele não era mesmo o lugar para aquela conversa. Seu escritório e todo o prédio da Who's rocking tinha ouvidos, era algo impressionante. Mas o Crossfire? Será? Algumas imagens um tanto quentes demais passaram pela cabeça de Natasha, mas ela as afastou tão rápido quanto pôde, aquele não era um momento desses. Sam estava apenas fazendo seu trabalho de melhor advogada do Tennessee, talvez dos EUA.

Sim, o Crossfire sempre foi um lugar seguro. Vou pegar algumas coisas de que preciso e te encontro na garagem. — falou com a voz um tanto rouca e deixou que a outra coordenasse tudo, como sempre fazia. Era incrível o poder que Samantha tinha de transformar Natasha em outra pessoa. Tentando se recompor o melhor que podia, a Dragomir pegou sua bolsa, o celular, o maldito pedaço de papel e a pasta que Sam havia lhe entregado e seguiu. Chegando na garagem, embarcou no carro de Sam rumou ao hotel que fora o refúgio das duas tantas outras vezes.
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