[RP FECHADA / FLASHBACK] And I'd give up forever to touch you

i love it when you call me a bitch like it's a

bad thing

Um Posa em um relacionamento sério.

Nota o erro da frase acima? Não? O simples contexto já mostra descaradamente que era algo impossível principalmente para Leônidas, primogênito de uma família tradicional… tradicional até demais. A corrente continuava girando, os planos trilhando um único caminho sem opção de retornar ou desviar da rota, ao menos foi o que ele achava.

Até conhecê-la.

Em meio ao momento de fuga acabou a descobrindo, o olhar inocente de uma garota apaixonada, os beijos que demonstravam tudo o que ela sentia sem precisar proferir uma única palavra, as mãos pequenas e delicadas percorrendo o corpo do maior. Eleanor conseguia ser tudo que ele nunca pôde ser: livre, gentil e, principalmente, imaculada sem nenhuma maldade.

— Você já sentiu vontade?

A realidade retornara para sua surpresa, os olhos desviando das nuvens do lado de fora da janela para recair sobre aqueles malditos esmeraldinos. Como um ser humano normal dotado de um baú lotado de desejos, lá estava ele retirando o cinto e colocando aquele corpo em seu corpo, repuxando a blusa da garota para o lado, deixando seu ombro nu para pousar um beijo na região acompanhado de uma trilha até abaixo da sua orelha. Os braços a envolveram, apertando-a ainda mais contra seu corpo. A risada solta contra o lóbulo da orelha da loira devido as suas palavras de “bom senso” fazia uma onde de gargalhada rouca escapar. Eleanor sempre falava aquilo e sempre fazia o contrário.

— E o que isso tem haver? Nunca te impediu em restaurantes e trocadores.

Como adorava esfregar as atitudes da menor e vislumbrar o efeito de suas palavras em seu adorável rosto. As bochechas avermelhadas, os olhos abaixando brevemente para retornar a fitá-lo e, como de costume, a risada sem graça e que parecia uma música para seus ouvidos. Tão fácil de ler, os capítulos mais cativantes e que desejava nunca que tivesse um fim. Pelo menos, só dessa vez, permitiria ser irresponsável.

Com a mão direita percorreu de sua barriga, subindo entre os seios para o pescoço e, por fim, encaixando-o em seu maxilar, apertando com a outra a sua cintura. — Ser um completo babaca me rendeu uma namorada, sabia disso? — a naturalidade em suas palavras já era costumeira perante ela. Não segurou tanto, não quando aqueles lábios repousavam com breves selinhos. Trouxe o rosto de Eleanor para próximo suficiente de seu rosto, fitando-a por detrás dos cílios com um sorriso de canto ao notar que ela fechava as pálpebras, não demorou para ocorrer o inevitável: os lábios se conectaram, o beijo prolongou-se, o gosto doce de sua boca nunca o enjoava, pelo contrário, o estimulava a querer mais.


O tempo estava ótimo, o passeio pela cidade, precisamente em Heráclion, um dos locais mais visitados e com grande importância histórica assim como o Palácio de Knossos, conhecido como labirinto do minotauro. A velharia que os circundavam tinha milhares e milhares de anos, a arquitetura fantástica e as histórias contadas pelos guias os faziam viajar no tempo.

Leônidas, por outro lado, estava muito bem acompanhado.

— Tem certeza que não é a reencarnação de uma Deusa, El? — A abraçou por trás trazendo-a para perto, dando um beijo no topo da sua cabeça — Afrodite com certeza deve se remoer de raiva por roubar o seu lugar de mulher mais linda — os lábios murmuravam com o sotaque italiano pesado — E que sabe deixar qualquer homem louco na cama. — o sorriso de canto costumeiro quando se esquecia totalmente que tais palavras não podia ser ditas em publico, ainda mais com as bochechas de Eleanor se ascendendo como um farol — Viu, depois não reclama que eu sou romântico.

Ergueu a mão em sinal de rendição. E, para sua surpresa, lá estava ela, contente como uma criança visitando a Disneylândia. Céus ou inferno, aquele sentimento não que embrulhava seu coração não podia ser completamente bom ou completamente ruim. Mas era difícil quando o ponteiro do relógio continuava a rodar e os dias de liberdade diminuindo a cada passo que dava. A loira se virou, o italiano colocando uma mão na lombar enquanto os dedos da outra retiraram as mechas de cabelo que foram para frente de seu rosto com a força do vento, colocando-os atrás da orelha — Não, não. O melhor presente está bem aqui na sua frente. — não conseguiu, tinha que falar uma idiotice — Tirando isso, realmente, é fantástico. — deu um beijo na ponta do seu nariz — Sendo honesto, tudo é fantástico com você, loirinha. Eu realmente me distraiu fácil com tanta beleza por perto. — selou os lábios com um sorriso verdadeiro.

Voltou a tomá-la contra a sua mão, entrelaçando os dedos para a próxima parada: um bar que dava para contemplar a água azul turquesa do mar. O por sol deixando o céu em um misto de laranja, amarelo e azul para o início da noite. Os quatro dias voaram tão rápido que jurava que ainda faltava mais dias para aproveitar com ela. A real intenção daquela viagem era escolher: ficar com ela e renegar seu sobrenome ou esquecê-la e se tornar o que foi criado a ser.

Trincou a mandíbula, envolvendo as mãos por cima dos ombros da garota que se sentou no banquinho. Como era difícil tomar decisões.

— Senhor?

— Uma margarita para a doidinha e uísque com água de coco para mim.

O barman rapidamente virou de costas para preparar as bebidas. Só então notou que ainda estava com o semblante extremamente sério o que era raro, pelo menos para ela. A pergunta preocupada levou os olhos castanhos para o rosto de Eleanor, suspirou pesadamente dando um beijo em sua testa para tranquilizá-la. — E por que não estaria? — a mania feia de responder uma pergunta com outra, talvez para afastar qualquer coisa de ruim que poderia estragar aquela viagem a dois.

Os drinques foram entregues rente a bancada, uma música alegre e típica grega começou a tocar conforme o sol ia desaparecendo e, com isso, as pessoas se aproximavam para beber e dançar. Pegou o copo virando a bebida que descia quente, mas não o suficiente para afastar aqueles pensamentos. Repousou o copo, aguardando para que ela terminasse sua margarita, para então, se afastar e estender a mão a mão destra rente ao corpo e a canhota por trás de suas costas em uma reverência exagerada — Daria a honra de pisar em meus pés enquanto tentamos dançar? — se preparou para levar uma surra, mas ele pagaria qualquer preço para deixá-la feliz.

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A oferta fora aceita, caminharam até a pista junto com outras pessoas dançando para envolver sua lombar com sua pegada suave contra a pele alva da loira, a outra mão entrelaçou os dedos da pequena para guiá-la na música alegre que propagava-se pelo bar. Juntou a sua testa na dela, cerrando as pálpebras para apenas dar passos calmos como as ondas do mar. As palavras dela tentavam voltar ao assunto que ele tentava com todas as forças expulsar, não queria estragar a noite de ambos por conta de planos que ele simplesmente repudiava. Só queria vivenciar suas noites com ela e nada mais.

— Não precisa se preocupar, amore mio— a apertou contra seu torso forte apoiando o queixo por cima da sua cabeça — Tudo está bem e vai continuar, eu prometo. — os castanhos fitaram o céu estrelado no véu escuro, contemplando a lua que posicionara-se no lugar do sol. A mulher em seus braços trazia uma tranquilidade que há muito tempo ele não experimentava, com ela era possível ter um descanso, um motivo para simplesmente ter a chance de uma vida normal sem sujar mais suas mãos.

Ele queria ter um futuro com ela.

Ergueu o braço impulsionando o braço da loira para trás, os longos fios dourados moveram-se. Ele a puxou de volta, segurando-a com força, inclinando o corpo da menor para trás junto de seu corpo, depositando um beijo na curva de seu pescoço com um sorriso de canto típico do italiano. Apreciou cada curva de seu corpo, cada traço em seu rosto alegre, cada olhadela apaixonada para o moreno. Ela conseguia conquistá-lo todos os dias com seu modo estupefato e brincalhão. Era possível viver sem nem se quer ter a chance de ser atacado por aqueles olhos verdes que diziam tanta coisa? A resposta, com absoluta certeza era não. Não conseguiria. — Ti amo così tanto —Leônidas pela primeira vez durante seus vinte anos soltara em tom rouco e um tanto surpreso. Afim de não mostrar as suas feições se modificarem com o peso da declaração a soltara para que desse a pirueta, jogando os cabelos para o lado. Podia registrar tamanha beleza em um quadro para eternizá-lo.

Só que tudo estava indo bem.

Bem até demais.

Estava pronto para trazê-la em torno de seus braços quando um homem moreno se aproximou de El, puxando-a para si. A princípio o italiano tivera o ímpeto de dar-lhe um soco — chegando a cerrar os punhos para deferir o golpe —, mas se conteve ao vislumbrar o estilete contra a pele dela. Seu peito se retorceu e, então, sentiu um medo assustador açoitá-lo com violência.

— Largue-a, agora.

Os dentes trincados, todos os músculos tensionados devido ao risco contra a vida de Huard. Tentou ao máximo possível não pular em cima do homem. A mulher desfalecera, só que não as orbes fitavam um corte recém-feito nela. O ar parou em seus pulmões, os gritos ao redor passaram despercebido, tudo estava mudo com exceção dos pingos escarlates que iam de encontro ao chão, manchando-o de vermelho. — SEU MALDITO! — esbravejou semelhante a um trovão.

Entretanto, não deu tempo para absolutamente nada. O corpo mole caíra em direção ao chão. Os pés de Leônidas se movimentaram, ajoelhando-se para próximo da mulher desmaiada, puxando-a para si, com o rosto de encontra o peito e a mão pressionando o ferimento. — El, por favor, ELEANOR! — um pingo fora de encontro a face alva da garota em seguida de outra e mais outra. Não se tratava de uma chuva, mas sim, lágrimas oriundas de Posa.

— Muito cuidado, Posa. Você não quer nos contrariar. Esqueça essa menina, ou nós vamos dar um jeito nela. De preferência que ela sofra muito. Muito.

— Aproveite bem esse noite seu desgraçado. — Os olhos turvos devido as água que formava-se em seus olhos fixaram com uma escuridão jamais vista, selando junto de suas palavras uma promessa — Será o último que terá em vida.

O mexicano se afastou, aproveitando o alvoroço de pessoas que corriam.

A cena por trás era de um homem abraçando a namorada, beijando-lhe a face, suplicando para que acordasse.

Os momentos felizes foram substituídos pelos piores em toda sua vida.


— Eleanor, tudo que faço agora é para não se repetir esse inferno. — o corpo estático na cama, em um sono tranquilo. Não queria ter essa última imagem dela na sua memória dessa forma, não tinha planejado isso. Tomou a mão da loira entre as suas levando-as nos lábios em um beijo terno — Il mia piccola, eu consegui pegar aquele maldito, o fiz sofrer tanto que teve que implorar para morrer. Mesmo assim, não era o suficiente. Eu tive que voltar para saber se estava bem, me certificar que nada de ruim irá de acontecer. E pensando nisso, eu tenho que ir e deixar que seja feliz com alguém que realmente te colocará em segurança, que poderá apreciar seu sorriso meigo. — levou a mão dela perto da testa, escondendo o rosto que se contorciam de dor ao dizer aquilo. Tudo era tão difícil.

Suspirou, erguendo a cabeça com os olhos avermelhados devido ao estresse e cansado emocional. Estava esgotado. Retirou da jaqueta de couro um envelope com a passagem de avião com um bilhete para que ela o esquecesse e não tivesse nenhuma esperança do seu retorno. O colocou da pequena mesa ao lado, erguendo-se e beijando-lhe a testa demoradamente, afagando os fios de seu cabelo antes de finalmente romper a porta do hospital sem olhar para trás.

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