[RP Fechada] Behind these hazel eyes

In mountains that are stacked with fear

We roar like a lion showing our strength

A BMW estacionava dois quarteirões antes do local predestinado graças ao som do toque de Hotel California da banda Eagles. Ao olhar o display viu que a ligação era de número desconhecido lhe dando a certeza de quem estava atrás da linha. Revirou os olhos suspirando e atendeu a ligação falando em sua língua de naturalidade.
- Ho già tutto in corso. Non preoccuparti, presto mi metterò in contatto con l'investitore. - pigarreou ao olhar para algumas pessoas passando próximo do carro.
Seu pai era uma pessoa pontualíssima e com isso sabia que naquele momento ele estava apenas cumprindo com o horário que havia mencionado em ligar.

Mesmo sabendo que não tinha nada combinado ainda com investidor nenhum ele mentia para ganhar tempo e ter como pensar em algo para quebrar aquele sistema. Odiava fazer parte de uma organização criminosa e ela sendo ainda a mais perigosa da Itália, muitos sabiam da fama dos Monttinello e por isso evitada de falar ao máximo seu sobrenome colocando apenas o do meio como substituto. Apenas para fugir de situações preocupantes que mostraria de quem ele era.
- Forza nella fede e amore in famiglia. Ti amo papà.
Toda vez que finalizava uma ligação aquela frase era dita pelos membros Monttinello, era como um mantra de proteção.

Voltou a ligar o carro após guardar o celular e suspirou sabendo que estava fazendo o errado aos olhos de se pai, mas para ele era o certo. Queria acabar com essa máfia que recebia dinheiro em troca de sangue, vingança e outras coisas mais. Seria difícil conquistar essa ruína, mas faria o possível e o impossível para acabar pouco à pouco com os D'Montte.

Estacionava em ma das vagas para clientes do The Re's, conhecia o estabelecimento graças a ma das filiais que ele tinha em Milão, ali era o bar original de onde tinha o verdadeiro sabor da cerveja que tanto gostou. Nunca fora um apreciador de cervejas, mas aquela tinha um sabor suave e ao mesmo tempo marcante ao final, queria conhecer também seu dono. Soube que ele era um dos anfitriões mais calorosos e com isso vinha a curiosidade.

Sentou-se em um dos bancos do balcão e logo era atendido vendo que a eficiência era nítida pelos funcionários. Pedia primeiro um triplo de uísque, o melhor da casa, e depois voltava-se para os presentes admirando quem chegava e saia. O movimento era alto e naquela noite poderia até mesmo conseguir uma distração para si, estava entediado e queria papear ou se caso fosse rolar algo a mais estava topando... Quem sabe?

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In mountains that are stacked with fear

We roar like a lion showing our strength

O tempo que lhe fora concedido para conquistar alguém com sua aparência fora diminuído quando sentiu que em breve estaria acompanhado e então com sua bebida em mãos deu um gole pesado sentindo o gosto do álcool arder seu pescoço com satisfação em sentir aquilo. Pegava o celular e mirava no horário que passava quando de repente uma silhueta surgiu em meio ao lado dele se acomodando bem diante de sua pessoa e para sua surpresa o sorriso que estava armado fora dissolvido em uma expressão de desgosto por não acreditar que seu pai teria sido capaz de fazer justamente o que ele mais odiava... Ser vigiado.

Caesar foi um momento repentino na sua vida quando ele se uniu ao seu pai por saber que o homem era um traficante de pessoas e amante das artes, uma forma de tapar seu verdadeiro trabalho sujo. Nunca fora exposto para seu pai o gosto de romance do filho que sempre era resumido a ménages e coisas mais particulares que só se descobre entre quatro paredes.
- Esse seu sotaque fajuto me irrita... Na verdade você todo me irrita, Caesar... - disse em timbre sério revirando os olhos finalizando seu drink de uma vez.

Nunca admitiu que sempre foi atraído pelo outro sabendo o quanto irritante ele iria ficar perseguindo o mesmo e por isso buscou sumir de sua vista após três semanas seguidas de relação escondida do pai.
- O capacho dos Monttinello então resolveu cair de olho em mim por ordens superiores... - cruzou os braços. - Quanto ele está pagando por isso, Barroso?

Esperasse que ele fosse direto nas palavras mesmo sabendo que isso nunca aconteceria uma vez que se descobre que o dinheiro fala mais alto na cabeça de um amante da luxúria do que uma parceria.

Suspirou ao ouvir as ladainhas do outro vendo que havia esquecido do pedido feito por ele sobre querer beber algo. Deu uma risada de canto e o repreendeu mentalmente sabendo que tudo aquilo era um encenação bem ruim do galanteador barato.
- Beber com você? Não me prestaria a este papel e com licença que preciso ir ao banheiro. - se levantou seguindo para o local do toillet.
Estava vazio e totalmente disponível para que o outro tivesse um mini surto olhando no enorme espelho enquanto lavava o rosto com raiva.
- Você vai me pagar, papai...

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Respirava fundo e quando ouviu o barulho da porta abrindo não fez questão de olhar quem seria até ver o reflexo no espelho da pessoa se aproximando ficando ainda mais puto pela ousadia do outro. Sua expressão séria passou para algo mais debochado ficando boquiaberto e depois rindo achando aquilo abusivo demais. Realmente ele estava se sentindo o macho alfa mostrando toda a sua postura enquanto jogava na cara de Monttinello o que era óbvio.
- Pelo simples fato de que eu não aceito a desconfiança do meu pai para com o que fui encarregado de fazer. - cruzou os braços agora encurtando os olhos.
- Se realmente ele fosse capaz de confiar em mim ele teria tido a decência de deixar fazer o que vim fazer sozinho e não mandar ainda mais você pra me vigiar. - nesse momento colocava o indicador no meio do peito do outro.

Era bem visível a irritação nas palavras de Robert e ainda mais com a forma como Caesar se colocava diante a situação. Internamente o italiano queria socar a cara daquele homem e ao mesmo tempo se deixar levar pela vontade também de beijá-lo com saudades das noites que tiveram, mas o orgulho sempre seria maior. De repente um rápido movimento fez com que Robert fosse pego de surpresa pela brutalidade da pegada do maior que o fazia ficar mais perto de seus olhos o encarando profundamente nos olhos castanhos escuros do outro.
- Me solta... - disse de forma estridente.
Não era obedecido por saber muito bem qual seria a posição do outro em meio aquela situação, a forma dominadora de Caesar era algo único e hipnotizante.

Encarava-o com tamanha ira também aproveitando a forma como ele estava o colocando, não estavam pelados e muito menos em um quarto de sadomasoquismo para ele dominá-lo e ao descobrir que ainda tivera seu apartamento invadido causava uma turbulência interna em sua cabeça.
- Você é louco! Como ousa invadir meu apartamento e ainda me ameaçar assim? - tentava se soltar dele.
Não acabando seu estoque de ousadia o maior ainda levou seu dedo até o queixo de Robert causando um certo arrepio em si com aquele toque, mas sacudiu a cabeça e conseguia se soltar segurando por fim no pulso do braço que estava sobre seu membro acima do tecido.

- Eu prometi a mim mesmo que nunca mais me renderia ao seu jeito ogro de ser, Caesar, esqueceu que meu pai nunca o perdoaria por estar comendo o filho do chefe?
O timbre de voz sempre era baixo para que não alertasse ninguém do lado de fora da porta que talvez fosse querer escutar a conversa alheia.
- Você fez a sua escolha, optou em querer mais dinheiro ao invés de largar tudo pra fugir comigo e agora esta aqui me pedindo pra deixar como está e foder vivendo tranquilamente? Isso é patético!

Se soltava dele e dava alguns passos para trás o encarando, odiava sentir aquilo por ele, aquela vontade de se jogar e entregar aos beijos calorosos que aquele filho da puta sabia muito bem dar. O coração estava a mil e sentia o rosto corar com tamanha quentura que sentia e se virou querendo sair dali, mas o corpo falava mais alto e nunca mais se perdoaria por isso.
- Argh, seu maldito filho da puta! - voltou e se jogou rendeu ao pedido dele apenas para um beijo caloroso que sabia que seria o gatilho para algo muito além.

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