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Mensagem por Natasha I. Dragomir Sáb 15 Jun - 18:37:40

Relembrando a primeira mensagem :

the duty above all
Escritório de Natasha Dragomir, , meio da tarde de uma sexta-feira. O lugar é amplo e com uma janela de vidro do chão ao teto, dando uma visão excelente de Nasville, já que se encontra no vigésimo segundo andar. A decoração é elegante e moderna, nas paredes estão emolduradas algumas das capas mais famosas da revista "Who's Rocking?" e nas estantes estão todas as edições, além dos prêmios já recebidos pela diretora de redação.
novembro de 2018
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Natasha I. Dragomir
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Qui 20 Jun - 14:09:10




Tudo o que podia se passar pela mente calculista de Samantha Zadaward era a completa astúcia da ex empregada de Natasha, com quem tinha se encontrado mais cedo. Caso estivesse por dentro do ocorrido e imaginasse que aquela seria a reação da russa, Heather não sairia ilesa. E aquela era uma promessa feita em silêncio no exato instante; ela pagaria por causar tamanho transtorno. Enquanto a sombra do que acontecera dentro do escritório da Who’s Rocking incendiava a mente poderosa da advogada, Rebecca acentuava o cardigã por cima da vestimenta social de sua superior, que não tirava os olhos da dona da revista.

Sam não duvidava da capacidade de um Dragomir, nem em termos de defesa pessoal, profissional ou seja lá qual fosse o ramo empregado na situação. O que sabia, contudo, era a gravidade do que se sustentava na escrita do conteúdo do papel, capaz de perturbar não só um membro do clã, como o mais forte deles. Se queriam adular uma das melhores advogadas do país, tinham conseguido trazer do fundo do baú uma mulher que poucos conheciam. Duas pessoas, no máximo. A que, de fato, conseguiria comprovar a inocência do diabo no julgamento final. Heather tinha mexido com a pessoa errada.

As palavras lhe faltavam, o silêncio assumia a jornada até o jaguar sofisticado esperando no meio-fio da calçada. Marie agendava um almoço importante sem horário para retorno, consagrando ali um tempo exclusivo para sua soberana, dando abertura para qualquer resolução que trouxesse de volta a chefe que bem conhecia. Não que ela estivesse longe de “casa”, mas de certo não estava numa boa situação. Assumiu o lugar na direita, no banco de couro traseiro, enquanto Rebecca ocupava o carro logo atrás, fechando a reserva do quarto 604 no prédio que serviria de brigada momentânea.

O celular da morena tocou, e o número indicava o seu contato na procuradoria geral dos Estados Unidos. Quando atendeu, não murmurou nenhuma frase até a pergunta primordial ser feita. — Dois bilhões. Caso o advogado dela insista, aumente o valor e o que passar disso será seu. Ela não era só uma secretária, tem muito mais do que isso. — Desligou em sequência, não se dando o trabalho de discutir metodologias ou semear alguns buracos de minhoca no meio do acordo que deveria ser feito. O procurador geral deveria fazer aquilo sozinho para não levantar suspeitas.

O Crossfire não era tão longe da Who’s Rocking. Quinze minutos de estrada eram o tempo máximo do trajeto, e enquanto não chegavam, a inglesa se manteve atenta aos recursos que chegavam em forma de mensagem enviadas por Becky. A reserva estava pronta, dois quartos, um para a dupla e o outro para os seguranças, a própria Rebecca e um integrante secreto.

O processo de check-in fora dispensado quando o recepcionista reconheceu quem vinha a frente, e tanto Natasha como Samantha lhe eram de costume. Esticando o cartão magnético para a morena, o caminho se fez como se alguém estivesse controlando o tempo e o acelerando. Ao pisar no andar, fora da cabine metálica, Samantha teve alguns flash’s de memória e por um nanosegundo um sorriso lhe esgueirou os lábios. Natasha estaria dentro do apartamento luxuoso, aguardando-a para uma noite insana, sem preocupações acerca do trabalho, da própria vida ou do que acontecia no mundo. Só elas importavam.

Sam entrou por último, fechando a porta atrás de si e se desvencilhando do cardigã. Foi direto para a mesa de canteiro, onde uma coleção de bebidas caríssimas estavam disponíveis para o consumo. Servindo duas doses generosas de uísque duplo, a britânica ocupou o sofá, cruzando uma perna sobre a outra enquanto esticava o braço que não segurava a bebida. A de Natasha estava sobre a mesa. Os olhos esverdeados focavam a russa com uma pitada de malícia involuntária, era algo do qual não podia se negar. — O que isso tem a ver com Louise e o depoimento? — De modo esperto, juntou um enigma ao outro.

E agora, Natasha? Conseguiria fugir dessa?



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Mensagem por Natasha I. Dragomir Qui 20 Jun - 19:58:37

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O trajeto passara como um borrão para Natasha. que imergira em seus pensamentos, obrigando-se a se recompor. Ela era uma maldita Dragomir e uma Dragomir não se descompunha desse jeito, não mesmo. Se lembrava perfeitamente do tapa que sua mãe lhe dera no enterro de James enquanto ela chorava convulsivamente. Depois da bofetada, a elegante Ivanova lhe dissera em um sussurro totalmente desprovido de piedade: "Guarde suas lágrimas para o chuveiro, uma Ivanova não faz escândalo em público." Nem mesmo quando seu noivo era brutalmente assassinado dois meses antes de seu casamento, obviamente. Se não podia chorar naquele momento, por que raios achava que agora era o momento? Uylana Ivanova teria palavras bem pouco agradáveis para lhe dizer naquele momento e Natasha sabia que merecia.

Assim endireitou-se, arrumou a maquiagem e lembrou que era o dragão ali e era Heather que deveria ter medo dela, não ao contrário. Esmagaria Heather como a formiga que ela era. Com o inseto inconveniente e desagradável, mas que não é uma ameaça. Sim, sim, era isso. Com esse pensamento ela começou a sentir-se muito melhor e a viagem passou tão rápido que antes que pudesse falar qualquer coisa, já estavam descendo e atravessando o saguão tão conhecido. Ah, se as circunstâncias fossem outras... Deu uma olhada em Sam e só por um segundo permitiu-se lembrar daqueles encontros quase proibidos que haviam sido o ápice de seus dias por algum tempo. Se fossem pessoas diferentes talvez eles não tivessem terminado. Oh, bem.

Adentrou a suíte, deixando a bolsa e o casaco sobre a cama, enquanto verificava o celular, que já tinha incontáveis mensagens e e-mails. Não podia se afastar uma hora, caramba. Com irritação jogou o celular na cama e foi até a mesa, pegando o copo com a bebida servida por Sam. Tomou um gole e sentou-se na poltrona de frente para ela. Ao ouvir a pergunta da Zadaward seus olhos piscaram surpresos por uma fração de segundos, porém se recompôs rápido. Já sabia que Samantha não era boa porque sim, mas porque fazia todo seu trabalho de forma perfeita e estava sempre muitos passos à frente. Bem, aquele era o momento de colocar as cartas na mesa. Ela descobriria de um jeito ou de outro, melhor que fosse logo e por Natasha. Se mandasse seus funcionários escavar, mais gente saberia daquilo.

Sagaz como sempre. Tu nunca decepciona, Samantha. Nunca. — comentou com a voz mais lenta e um sorriso um tanto sardônico. Tomou outro gole da bebida e cruzou as pernas. — Como tu sabes, meu noivo foi assassinado oito anos atrás. Ele era tudo, tudo para mim. Meu melhor amigo, a única pessoa que me conheceu de verdade e me amou por isso e apesar disso. Eu perdi o chão quando me arrancaram ele. — contar aquilo era quase impossível, pois jamais havia contado para ninguém. As únicas pessoas que confiava o suficiente para contar, sabiam de tudo. Tomou mais uísque, esvaziando o copo, mas não o deixou de lado, meio que precisava de algo para segurar-se. — Bom, algum tempo depois descobri quem tinha assassinado ele, mas era um homem com envolvimento com a máfia ou algo pesado assim e a polícia não faria nada. Então eu decidi fazer justiça com as minhas próprias mãos e matei a irmã dele. — havia muito mais naquela história, coisas que Natasha não fazia a menor ideia e algumas que ela não queria que Sam soubesse, como o envolvimento de Louise e Pandora.

Mas algo Samantha poderia saber: Natasha não se arrependia nem por um segundo. Seu único medo era ser pega. Ou que pegassem suas amigas. Nunca entendera porque o assassino de James não tentaram a retaliação, mas se fosse sincera, em cada rua escura, cada noite sozinha em seu apartamento, esperava ser o dia em que ele voltaria para acabar com ela. — Aí está meu segredo. O que faremos? — já não era a mulher quebrada do escritório, agora era a Dragomir totalmente inteira, fria e pronta para a ação que deveria ser.
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Sex 21 Jun - 11:00:46




Uma das coisas que mais sabia sobre Natasha Dragomir era o modo como sua mente trabalhava em questões de aparência. Apostara consigo mesma quanto tempo ela se deixaria passar a sombra de uma mulher fraca, dependente de uma outra pessoa para reestruturar sua pose. Cinco minutos fora o tempo da aposta, e conforme se situavam no conforto do Crossfire, Samantha se viu como vencedora. Após alguns minutos, a plenitude era degustada num prato cheio ao vislumbrar a russa que se regrava a sabe-se lá o que em seus pensamentos. No entanto, nada daquilo se dava a algum reflexo de fraqueza ou inutilidade. Heather poderia ser alguém de baixo porte para se enfrentar, mas sabia de alguma coisa que não deveria. Qualquer pessoa teria um tremor em suas estruturas com algo do tipo. Era completamente normal. Mas, o normal não parecia ser algo comum nas vistas de um Dragomir.

O elogio despertou uma atenção específica em Samantha, que saboreou a forma lenta em como a voz de Natasha lhe transferia um sorriso maroto, bebericando um pouco do líquido dourado para manter os sentidos em ordem. Por que essa maldita tinha que ser tão linda? O assunto seguiu o rumo do planejado, e eis que o motivo revelado não propunha nenhuma reação na advogada. Tratava de casos com morte quase todos os dias, já estava acostumada com o presságio de que o pior poderia ruir seus planos, mas, como a boa nova, sempre trazia a luz e revelava a resolução para o impossível.

Em silêncio, absorveu tudo. Poderia não ser James, o amor da vida de Natasha e a pessoa que provavelmente lhe conhecia melhor que os seus pais, mas convivera o suficiente com a russa para compreender algumas coisas. Mas, o que a Dragomir deveria esperar, era uma posição adequada para alguém que já fora membro da composição de defesa do governo dos Estados Unidos. Samantha era treinada para ler pessoas de um modo que nenhum outro advogado comum faria. Se levantando, trouxe para a mesa a garrafa de uísque, servindo muito mais que uma dose para ambas. — Você não teria reagido daquele jeito se tivesse feito tudo sozinha. Russos tem um modo único de agir, quando são os mandantes, estão sempre com os capangas para se certificar de que as coisas vão sair como o esperado. Caso tivesse acontecido desse modo, você não teria exigido o melhor advogado para defender um capanga. Tem mais gente no meio. As suas digitais não sumiriam sozinhas, hm? — Com uma perna cruzada sobre a outra, a britânica considerou.

Samantha era inteligente. Nada do que pudesse ser dito passaria despercebido pelo cérebro astucioso e repleto de ardilosas considerações. — A polícia faz o reconhecimento de caso, a perícia é acionada e ao menos que não tenha queimado o corpo, ele foi parar em algum necrotério da Patrol Units. Após o estudo, é montado o cenário, as prerrogativas do que pode ter acontecido e o estudo do assassinato estoura facilmente. — Balançando lentamente o copo com o uísque, Sam inclinou um pouco a cabeça de lado. Natasha poderia esconder o que quisesse, as coisas surgiriam de um modo ou de outro.

Um sorriso frio surgiu nos lábios da morena, raso, pequeno. A pergunta que fez não tinha sido respondida de um modo simples. Havia sido subentendida no meio de tudo o que fora dito por Natasha, um erro que passara despercebido pela russa. — É ela quem você quer proteger? Louise? — Perguntou, já sabendo a resposta. — Se eu não souber de tudo, não vou conseguir ajudar como pretendo. Você sabe disso. Precisamos prepará-la para o depoimento. — Sentenciou, suspirando. Teria muito trabalho pela frente.




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Mensagem por Natasha I. Dragomir Ter 25 Jun - 15:59:59

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Era realmente um alívio contar aquilo, mesmo que não por completo. Samantha, ainda que fosse inadequada para um relacionamento amoroso, era de muita confiança para um relacionamento profissional e até uma amizade, se Natasha se permitisse tanto. Mas era rancorosa demais e não conseguia esquecer o tanto que sofrera, logo quando começara a sentir algo por alguém, a acreditar em algo. Portanto tinha bons motivos para suas mágoas. Ainda que seu corpo não se importasse nenhum pouco com suas mágoas e desejasse Sam como sempre. Ou ainda mais.

Quase tranquilizou-se até ela começar a falar e Natasha lembrar-se bem de com quem estava lidando. Não era com qualquer advogada, não mesmo. Era Samantha Zadaward. Não havia nada que se podia esconder dela, aparentemente. O contrário podia acontecer com facilidade, claro. Mas aquela não era a questão. E ela adorava demonstrar o quão sabida era. Tomando mais um gole do uísque e pensando na vodca de seu pai, Natasha deu um sorriso cínico para sua interlocutora. Quando ela terminou com a pequena aula de criminalística e chegou ao ponto que queria, a Dragomir revirou os olhos e finalizou o conteúdo do copo em um gole.

Primeiro de tudo, não quero que chegue a depoimento nenhum. Quero que as coisas sejam resolvidas de maneira que eu não tenha que pensar nelas nem envolver mais ninguém. Tu consegue fazer isso? — a voz era séria e desafiadora agora. Não queria nenhum tipo de suspeita sobre ela e muito menos sobre Louise. — Eu não preciso de capangas. Não gosto de deixar pontas soltas. Heather foi algo que eu não pude prever. Uma bisbilhoteira que ouvia atrás das portas. Inteligente, eu reconheço. Mas não se engane, se eu puder me certificar de que dar fim dela não vai me prejudicar mais, eu mato ela hoje ainda. — a frieza agora era cortante como o gelo. Se cansara da posição de vítima. Queria que Sam a livrasse do problema de maneira rápida, mas não hesitaria em ela mesma fazer aquilo.

Talvez haja mais digitais no corpo da garota morta, mas preciso que nunca sejam identificadas, nenhuma delas. É algo ao teu alcance? Já deixei esse problema se enrolar demais. — ela poderia ter se perdido, mas já se havia encontrado e resolvido suas prioridades. Tinha a melhor advogada à sua frente, então deveria usá-la e resolver seus problemas de uma vez por todas. Senão teria que seguir caminhos um tanto mais obscuros.
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Qui 27 Jun - 20:09:40




A situação estava comprometida. Natasha demonstrava total resistência quanto a delegar as informações que um advogado precisava para seguir com suas táticas inabaláveis. Samantha poderia ser a melhor do estado ou do mundo inteiro, mas, sem saber cada mínimo detalhe de seu caso, não era ninguém. Descruzando a perna, inclinou-se brevemente para depositar o copo vazio sobre a mesa de centro que servia como divisória do espaço em que estavam naquele momento. Um sorriso maldoso cobriu os lábios da morena, que transmitiu a verdadeira víbora enquanto botava em foco os orbes da russa. — Você não tem o que querer. Não sei se percebeu ainda, mas neste caso, quem manda sou eu. — Empoderada, ergueu o corpo do sofá sem se preocupar com a frieza transmitida. Era assim na maioria do tempo, quando precisava lidar com gravidades estridentes no tribunal. — Preciso refrescar a sua mente com a intimação que Louise recebeu? — De costas para a empresária, caminhou até o outro lado do cômodo, onde uma enorme mesa de jantar estava bem posicionada.

Deslizando o blazer sobre os ombros, livrou-se da peça, deixando-a recair silenciosamente sobre a sólida bancada envidraçada da mesa. Apesar da ardilosa preocupação com o caso, mantinha-se sempre muito recatada, sem demonstrar qualquer ruga ou feição que não fosse aquela: A de uma mulher segura. — Não é o momento preciso para findar com alguém. A não ser, é claro, que esteja querendo levantar ainda mais suspeitas e sustentar um letreiro neon de culpada. — Com as mãos em sua bolsa, tirou de dentro a pasta que Rebecca tinha lhe repassado com informações sobre o corpo. — Tem alguma coisa errada com esse assassinato. — Levando as folhas impressas até a loira, Samantha apontou exatamente para onde a margem de escrita sublinhava o “possível tentativa” no lugar da declaração de um laudo de óbito inexistente.

O laudo estava ali, tão falso quanto uma documentação feita por um amador sofisticado. O código de rastreio poderia passar muito bem despercebido, se não fosse pela lei vigente para invalidar a identidade do defunto estar escrita no artigo errado. — O atestado de óbito está sob uma lei trabalhista. Alguém da polícia está sabendo disso, do contrário, não seria um documento arquivado. O que você me diz e o que estão nesses arquivos não coincidem. — Estranhando a alegação de Natasha, que afirmara ter dado cabo de uma vida, deixou que a outra absorvesse tudo o que sua secretária tinha lhe adiantado como um documento por escrito. Precisavam chegar a um acordo sem muitas delongas e perder a menor quantidade de tempo o possível.

Ao se sentar outra vez, finalizou com o decreto que deveria vir em primeira instância desde a tomada de referências para aquele caso. — Marque com Louise, ela precisa saber exatamente o que dizer. Vamos simular um julgamento. — E se a empresária de uma linhagem como a de Natasha quisesse se ater de mais problemas, deixaria o orgulho de lado para começar a por os planos em prática.



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Última edição por Sam Venwil Zadaward em Sex 28 Jun - 14:34:24, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Natasha I. Dragomir Qui 27 Jun - 20:51:46

ice  queen


Ao ouvir Samantha afirmar que era quem mandava ali, Natasha lhe lançou um olhar tão frio, que se tivesse qualquer poder, Sam viraria a pedra de gelo que sempre fora naquele mesmo momento, mas Natasha, apesar do dragão que era, não tinha qualquer poder mágico. Quando a Zadaward virou-se de costas, Nat olhou sua bela figura e a desejou com o mesmo fervor que desejava atirá-la pela janela apenas por ser insolente. Como uma única pessoa podia provocar emoções tão contrárias e ainda assim tão intensas?

E ela não precisava mesmo refrescar memória nenhuma, Louise quase sumira com Liam, dessa vez para o outro lado do globo, havia sido um custo obrigá-la a ficar e lhe garantir que tudo ficaria bem. — Não, minha memória é completamente fresca, obrigada. — respondeu apenas porque não queria ficar quieta, sentindo que levava um sermão. Desde que se havia sentado, continuara ali, com o copo vazio na mão, sem muita vontade de fazer o que fosse. Agora, apenas seus olhos acompanhavam Samantha e, quando ela tirou o blazer, não pode evitar de imaginar o que aconteceria se ela continuasse tirando cada peça de sua roupa e elas não falassem mais daquilo. Por algumas horas esquecessem que havia um mundo lá fora. Se deixou imaginar a tal ponto que se sentiu acalorada, até obrigar-se a prestar atenção no que a outra dizia.

Pegando a folha das mãos de Sam, Nat não pôde evitar de inalar o perfume da outra. Talvez as doses do uísque houvessem feito mais efeito do que ela imaginava. Se embriagando naquele perfume, ela examinou a folha e mordeu o lábio inferior ao lembrar-se que aquilo havia sido obra de Pandora e o tanto que a jovem havia arriscado. Tirando o papel da mão de Samantha e o jogando para o lado, Natasha a encarou, não dando qualquer importância para aquilo.

Assim que a outra se sentou, Natasha aproximou-se dela com calma e um sorriso que um olhar mais atento perceberia que não demonstrava nada de bom. Tomou a mão de Sam com delicadeza. — Eu não vou marcar nada com ninguém. — falou com a voz suave e aproximou-se ainda mais e tocou os lábios no pescoço delicado de Sam. — Achei que havia contratado a melhor advogada, não a que faz tudo como todo mundo. — seus lábios agora estavam próximos ao ouvido de Sam e seu tom de voz era tão delicado quanto uma pluma. A mão que segurava a da morena, subia acariciando seu braço. — Tu é a melhor? — questionou, roçando os dentes no lóbulo da orelha dela e por fim afastando-se para encará-la com sua expressão mais sedutora. Tudo isso havia acontecido em poucos segundos e Natasha sentia o coração batendo forte no peito por ter Sam tão perto, por sentir seu cheiro, sua pele.

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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Qui 27 Jun - 21:50:16




A britânica não esperava menos do que ouviu ou viu, e, por mais prioridade que pudesse dar ao problema, não conseguia se concentrar devidamente ao estar sob os encantos daquele dragão. Natasha poderia supor, em sua pior neurose, a falta de poderes. Como apegar-se àquilo se tanta magia atraía corpo e mente da advogada? A essência fatal que exalava de seu corpo desnorteava os ideais e qualquer coisa que não fosse a expansão de um desejo inenarrável que poderia consumi-la naquele presente instante. Para piorar - ou melhorar - os toques na mão e no braço além da boca lhe assegurando um jorro de palavras desconexas para sua concentração lhe serviam como combustível para uma fugaz imaginação. Mas, se Natasha Dragomir queria surtir naqueles efeitos, quem seria Samantha Zadaward para lhe impedir?

Quando a russa tomou alguma distância, a morena aproveitou para retomar sua tese, virando o rosto para perto do dela enquanto o próprio corpo se esticava para tão perto, que apenas uma brisa era o obstáculo entre os lábios. — Por isso estou dizendo para marcar. Se ela conseguir responder a mim, nenhuma outra pessoa no mundo duvidará dela. — Pegando o controle da lareira poucos centímetros atrás da cabeça de Natasha, Sam aproveitou para sussurrar rente aos lábios da empresária num tom baixo, arrastado, incitante. Por muito pouco, tão pouco quanto um mísero centímetro, não a beijou. Porém, utilizou o lábio inferior para roçar de modo quase intocável os dela, além da respiração quente. Forte. Em algum mundo além das equações compreensíveis, talvez fosse possível medir ou calcular o quanto uma mexia com a outra.

Com o próprio corpo, forçou o daquela que estampava as diretrizes da Who’s Rocking, fazendo-a se deitar no estofado caro e luxuoso, tão confortável quanto a cama poucos cômodos depois de onde estavam agora. — Você sabe que está com a melhor. — Acentuou, movendo-se tão sorrateira como um predador amaciando seu alimento antes de abocanhá-lo. Sam apoiou uma das pernas entre as dela, abrindo espaço com certa brutalidade e firmeza. Nunca fora alguém de mãos ou ações leves. — Relaxe um pouco. — Ainda muito de perto, tornou a sussurrar, usufruindo da perna pressionando-a para apoiar o joelho no sofá e se levantar.

Um sorriso quente apossou-se dos lábios grossos da morena, que serviu mais bebida para as duas antes de pegar o telefone privativo e realizar o pedido de alguns sais de banho, itens de perfumaria e ordenar que lhe trouxessem o melhor prato servido para o dia com capacidade para servir duas pessoas. Se a bebida não fosse o suficiente para desprender a Dragomir do que lhe cercava, apostaria num banho provido de regalias e uma provável massagem, quem sabe.



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Mensagem por Natasha I. Dragomir Sáb 29 Jun - 0:55:10

ice  queen


Algo que agradou Natasha mais do que poderia expressar em palavras foi o reconhecimento de que Samantha não se afastou ou fez qualquer movimento para rechaçá-la, antes pelo contrário: assim que teve oportunidade, aproximou-se novamente. Apesar de todas as suas conquistas, de todos os homens e mulheres com quem havia dormido, Natasha não conseguia evitar pensar que Sam sempre seria seu ponto de interrogação. Ainda que ficassem juntas quase todas as vezes que se viam, a Dragomir se indagava se aquilo de fato ocorreriam, se Sam ainda a quereria. Era sua única insegurança e aquilo a irritava.

Mas ali estava Sam, não exatamente onde queria, mas quase lá. — Tudo bem, tudo bem. Semana que vem. — cedeu, como acabava fazendo com Samantha. Teve que usar cada grama de auto controle que possuía para não segurar a mulher contra si e beijá-la até que nada mais no mundo fizesse sentido. Porém apenas encarou o rosto perfeito da morena e deixou que ela a deitasse no sofá, mas ali já não foi mais capaz de ficar apenas sendo conduzida. Levou as mãos e repousou-as no quadril de Sam, acariciando levemente e se abstendo de responder a colocação dela sobre ser a melhor.

Ainda com as mãos bem repousadas no quadril de Samantha, Natasha ouviu os pedidos da outra e balançou a cabeça, com um sorriso nos lábios. — Parece que nosso dia de trabalho acabou de ficar mais interessante. — comentou com sua voz meio rouca, enquanto erguia um pouco o corpo e enterrava o rosto na camisa dela, inalando o perfume que ela exalava. — Ah, Zadaward... — o sobrenome da outra no sotaque russo de Natasha soava quase como um xingamento ou uma maldição, porque era assim que a Dragomir encarava a outra. Seu carma. Mas não queria pensar. Levantou o rosto e puxou a outra com força para que caísse por cima de si no sofá e pudesse fazer o que ansiava desde que a vira naquele dia: beijar os lábios que eram sua perdição.

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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Sáb 29 Jun - 21:43:25




Nas histórias da antiguidade extrema, num período não datado e desperto para uma comunhão de prazeres, a única coisa que importava era estar no auge dos próprios quereres, sem indagações sobre possíveis responsabilidades, sem o peso de uma sociedade discriminativa ou pesares de quaisquer citação para se utilizar naquele caso. Tudo o que lhe consumia a carne em forma de luxúria era válido, tal como os sabores de uma boca que lhe apetecia instintos presos por uma eternidade. Natasha era a imagem profana de uma Afrodite sem vergonha, dona de suas próprias ações e cheia da famosa aura mística de sedução. Era impossível resistir.

Antes de qualquer ato consumado, as provocações se sobressaiam como se elas formassem a harmonia de um antídoto varrendo a fatalidade de um veneno letal. Pouco a pouco os olhares faziam a ligação destrutiva, derrubando qualquer barreira e quando o beijo se consolidou, não existiu nada para impedir o despertar insano do corpo que pressionou o de Natasha até não ter mais nada obstruindo o caminho entre os lábios. O contato durou tempo o suficiente para acabar com uma mísera porcentagem da saudade, e relembrar os tempos em que aquele mesmo quarto era palco de noites de uma volúpia estonteante e carícias que certamente deveriam ser proibidas pelo homem.  

Mas, a lucidez de sua atual conjuntura pessoal lhe fez acordar. Desfazendo o beijo ao se afastar lentamente para deixar um gosto de quero mais, a inglesa fitou a descendente dos dragões e deixou transparecer a tempestade por trás de seus olhos. Natasha tinha um poder catastrófico, precisava conter antes que fosse tarde demais. Aquele poderia não ser o momento preciso para saber que ela tinha alguém, estavam ali para tratar de negócios, mas como poderia fazê-lo com a primeira pessoa capaz de fazê-la sentir alguma coisa, quase como se tivesse um coração? Seu cheiro, o poder exalando de sua essência como se fosse o manto de uma imperatriz, a forma em como chamava seu nome, como a desejava.

O relaxamento estava proposto apenas para Natasha. Sam trabalharia por algumas horas, estudando envolvimentos, riscando suposições para torná-las certezas e chegar numa conclusão que pudesse evitar o depoimento de Louise. O barulho da campainha quebrou o silêncio, e ao se erguer para atender, a morena não se limitou a arrumar as roupas ou o cabelo. Quem se importava? — Adiante. — Ordenou ao funcionário que se responsabilizava pela preparação do banho com os sais e especiarias relaxantes. Era muito mais alta, e poderia admitir que adorava a sensação de olhar as pessoas de cima. Sentia-se divina. Atrás dele, Rebecca aparecia para lhe entregar uma nova ficha sem dizer uma palavra, retornando para o seu quarto. Como sempre, mostrava-se como uma secretária eficiente. Poucos sabiam que ela era muito mais que apenas aquilo.

Levou sete minutos para Trevor, o sujeito, sair. Por todo o tempo os olhos de Samantha queimavam sobre a russa, imaginando o que poderiam ter feito caso não retomasse as rédeas. — Para o banho, señorita. — Usou do espanhol rústico para chamá-la como um bom apreciador de uma mulher impecável poderia lhe chamar. Natasha Dragomir era uma mulher e tanto. Precisava tomar cuidado com a sua sedução, não se tratava de um jogo. Ela comandava. Simples. Um sorrisinho safado encobriu os lábios da advogada, que havia se recostado na parede poucos metros depois da porta, dando início para o cômodo da sala. Há alguns anos atrás não faria o convite, mas sim, estaria levando-a para o banheiro aos beijos e mãos tomando conta de um devido lugar. Quente, atrativo. Saboroso.



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Mensagem por Natasha I. Dragomir Sáb 29 Jun - 22:43:51

ice  queen


O beijo era tudo aquilo que Natasha ansiava e ainda mais. Como podia o tempo passar e o gosto de Samantha em seus lábios ser exatamente como se lembrava? Seus corpos ainda encaixavam perfeitamente, tudo nelas indicava que deveriam estar assim, juntas. E por alguns momentos Natasha teve o sonho louco de que finalmente estariam juntas como ela queria. Como deveriam ter ficado desde o dia em que se conheceram. Mas o sonho louco não durou mais que poucos segundos. E Natasha foi arrancada de seu mundo de fantasia e plantada na realidade com brusquidão.

Seu peito arfava ligeiramente, não pelo ato físico, mas por todo o sentimento que havia ali, por tudo o que havia sem dizer, por suas expectativas e pelo passado que não conseguia apagar. Seus olhos verdes como uma esmeralda encaravam Sam com uma pergunta muda. Se sentiu rejeitada, sentiu com aquele pequeno gesto o que havia sentido quando vira Sam beijando outra pessoa que não era ela. Todos aqueles sentimentos que ela vinha enterrando fundo pareciam querer ebulir de qualquer maneira, atravessar seu peito como faca e lembrar-lhe porque Samantha era apenas sua advogada e não era alguém de confiança.

Como era idiota. Ainda era a colegial que se apaixonara pelo menino mais bonito da escola e que iria casar com ele. Ainda era a estúpida inocente que achava que as pessoas podiam mudar. Essa Natasha Dragomir era uma fachada que usava todos os dias, mas as fachadas às vezes ruíam. E ali estava a sua, ruindo...

Exceto que...

Não poderia deixar Samantha Zadaward mexer com ela dessa maneira. Era chegada a hora de colocar um ponto final naquilo de uma vez por todas. Assim, totalmente alheia ao que acontecia no cômodo, ela levantou-se, buscando o paradeiro da outra, até vê-la próximo à porta do banheiro, falando algo sobre banho.

Tu não tem direito de fazer isso comigo, Zadaward. E eu estou cansada. Cansada! — sua voz estava um tanto trêmula e um pouco mais alta que um sussurro. A Dragomir estava parada no meio do cômodo, encarando Sam com um mistura de emoções: fúria, mágoa, dor, raiva, amor. — Odeio precisar de ti, de qualquer maneira que seja. Odeio o quanto quero te beijar e o quanto tu me magoou, mas eu tive de fingir que não foi nada. — já não falava mais tão baixo, pois agora começara a colocar em palavras toda a sua frustração. — Mas tudo bem, eu entendo, talvez qualquer tipo de sentimento humano seja demais para a robô Zadaward. Não tem problema! Faça o que tem que fazer, semana que vem eu mando Louise e nunca mais nos falamos. — terminou, engolindo suas lágrimas e juntando suas coisas para sair dali o mais rápido possível e dessa vez sim, nunca mais ver Samantha.

DRAGOMIR, NATASHA wearing//with Sam.

Natasha I. Dragomir
Natasha I. Dragomir
diretora de redação who's rocking?


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