[rp fechada] he knows how to get me

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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Dom 7 Jul - 20:46:56

to do about anything
Com o intuito passional de compartilhar a compra de sua nova propriedade com Samantha, Ryan não perdia por esperar as situações cômicas que poderiam surgir com o novo encontro. Fora da cidade, a advogada mal podia inibir a expressão carrancuda, completamente desgostosa com a quinquilharia desordenada, mato para todos os lados e a poeira erguida espalhada conforme o vento a empurrava para lá e para cá.
xx Manhã de sábado
xx 24º
xx @Ryan H. O'lvier
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Dom 7 Jul - 21:33:25

Something in the sun or the air is making me want to run away from here. I know that u want me to stay with u, but no so I'll keep on making excuses about the sun, the earth, the rays. Our days are numbered, wired, and I'm tired of it. I know you're trying but you'll never unravel me
O hábito de acordar tarde já não lhe era conveniente, mesmo nos dias em que a folga era o palco de sua rotina. A leva de exercícios era a primeira fase do dia, com exceções apenas aos finais de semana, onde dedicava todo o tempo para si mesma ou qualquer atividade que afastasse qualquer possibilidade de esforços. Por isso, quando o celular vibrou, não se incomodou em visualizar o que quer que fosse. Todas as outras notificações foram ignoradas quando viu o nome de Ryan na parte superior, como prioridade de conteúdo na tela. As mensagens lhe causaram um arquear de sobrancelhas, não esperando por aquilo assim, tão de repente. O futuro cantor tinha a fofa mania de compartilhar seus próximos afazeres, e ao decorrer da semana não se recordava de te-lo ouvido dizer que se tornaria proprietário de um rancho. O que ele estava aprontando?

"Dia do Salto-Off. Pegue suas botas, chapéu e uma muda de roupa. Comprei um rancho, vamos lá visitar e ver o que precisa."
"Ah, esqueci meu anel aí, acho que tá perto da cômoda."
"PS.: bom levar o repelente de urso"
"Brincadeira kkk te pego em duas horas"
— Ryan, 07:15 am

Suspirando, revirou os olhos para suas idéias mirabolantes ao mesmo tempo que se levantava para tomar um banho e se vestir adequadamente, como o próprio namorado havia ditado para fazer. Aproveitaria para fazer uso de um vestido uma vez que o calor poderia despertar vontades de rasgar as roupas e para se poupar de um retorno digno de uma praia de nudismo, adiantaria a própria situação. Um vestido longo branco com estampa floral vermelha leve, um par de botas e o cabelo preso num coque era tudo o que precisava para acompanhá-lo, tomando o restante do tempo para tomar café da manhã.

Panache de frutas, torradas com geléias finas, um duplo expresso para espantar o sono e tudo estava em ordem. Faltando exatamente cinco minutos a advogada encontrava-se sentada no sofá confortável de sua sala, respondendo alguns emails pelo celular quando a campainha lhe alertara da presença do sujeito que lhe tiraria do tédio de um sábado vago, ainda que estivesse plenamente desconfiada do que poderia vir a ocorrer. — Bom dia, baby. — Lhe cumprimentou, selando os lábios aos dele por alguns segundos, abraçando-o em conjunto. Ryan tinha sempre um cheiro bom de roupa limpa, essência amadeirada e uma pitada de um aromático almíscar.

Genevieve, a governanta, encontrava-se há alguns metros do casal aguardando pelas ordens de Samantha, que virou-se para ela algum tempo depois. Já era uma velha conhecida para o loiro. — Estamos saindo, Gen. Provavelmente voltaremos na hora do jantar, não sei, mando mensagem qualquer coisa, se é que tem sinal para onde vamos. — Revirou os olhos, deslizando uma das mãos pelo braço do namorado de maneira inconsciente, entrelaçando os dedos aos dele, sinalizando para irem após mandar um beijo no ar para a responsável pela casa enquanto estava fora.


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Mensagem por Ryan H. O'lvier Seg 8 Jul - 21:37:20

Kill me softly baby
with your kiss Come on be as cruel as you can be, ya baby put the hurt on me
Um ânimo estranho exalava por seu corpo com o alvorecer do sol. A vida tinha dado caminhos diferentes para Ryan, mas em algum momento ele decidiu pegar o mais tortuoso deles. Talvez por se imaginar trafegar num roteiro barato ou por querer espantar a fatídica ideia de uma vida fácil. Ele anceava por um abalo sísmico de um jeito que nem a falha de San Andreas parecia capaz de fornecer. Naquela manhã ele seguia um ritmo acelerado e a bebedeira da noite anterior não teve o menor efeito sobre seu desempenho no dia seguinte, aquilo sim era uma notícia terrível, parecia estar ficando mais resistente ao álcool. E quanto mais pensava nisso mais via a inegável morte do boêmio.

O cruzamento da 47ª com a 68ª foi quando puxou o celular e imaginou por poucos segundos como seria a visão de Samantha num modelito country-girl e ficou cedido que aquilo seria sexy feito o inferno, e era inerente dizer aqui que a imaginação de Ryan era tão fértil quanto o estímulo sexual. Buzinavam para ele quando terminou de enviar a mensagem:

"Dia do Salto-Off. Pegue suas botas, chapéu e uma muda de roupa. Comprei um rancho, vamos lá visitar e ver o que precisa."
"Ah, esqueci meu anel aí, acho que tá perto da cômoda."
"PS.: bom levar o repelente de urso"
"Brincadeira kkk te pego em duas horas"
— sended, 07:15 am


Esse era outro assunto que queria falar, longe de ser um caipira nato, talvez estivesse mais para "southern" do que "redneck" de um jeito ou de outro. O segundo, já era para evitar confusões futuras já que eventualmente ele abraçava a possibilidade de que iria confundir conversas entre duas pessoas importantes que tinham o nome semelhante. Difícil ter um irmão chamado Sam e uma namorada também.

O roteiro estava pronto, cooler abastecido, algum material de construção junto da caixa de ferramentas e a mochila na carroceria do ford 1988. As telhas, gesso e as toras de madeira foram o fim das compras, a próxima parada seria apenas sua atual segunda casa, ou a primeira, já que parecia passar mais tempo na luxuosa habitação Zadaward do que na sua própria casa na zona oeste da cidade.

O sorriso foi estampado no rosto quando a porta se abriu, poderia ficar ali o dia inteiro apreciando a vista. Abraço, beijo, nítida sensação de querer mais com o corpo fervilhando, porém conteve-se.

Bom dia... – retrucou com os lábios ainda próximos.

Abraçou-a por trás, depositando um beijo na lateral de seu pescoço pouco depois de entrar na residência. Ouvi-la falar com a senhora o fez ocupar a posição à seu lado enquanto abria os botões iniciais da própria camisa. Esquecia como fazia calor em Nashville.

Tentou imaginar a reação de Samantha com o rancho, era particularmente engraçado qualquer coisa relacionado à ela num local onde a terra sobe com passos rápidos e não se pode ouvir o som característico de buzinas e máquinas da cidade. A imagem só deixava de ser engraçada quando envolvia o sexo, e para isso a mente dele conseguia divagar um vasto caminho rumo ao desconhecido. Em todo caso, havia mandado limparem o rancho, já que era o mínimo que podia fazer antes de ver com os próprios olhos a real situação do local, apesar de já levar algum material devido as mensagens do caseiro.

Genevieve ligue para a polícia agora mesmo, avise que um bonitão loiro acabou de sequestrar a mulher mais sexy do estado para uma fazenda no meio do nada. – sorriu em meio a brincadeira, adorava ver as reações da senhora com qualquer besteira que falasse, apesar de estar mais bem humorado que o normal. Segurou a mão dela em reflexo, estava se acostumando com aquilo, em base parecia a calmaria antes da tempestade, mesmo que a ordem não fosse essa. – Mas olhe Genevieve, tenho certeza que você fica bem sexy se por um batom vermelho e um vestido justinho. Certeza que vai ser o motivo de muitos senhores recobrarem a virilidade e virem uivando.

Piscou e uivou tomado pelo espírito animador das palavras, só então cessou e depois de se despedirem passou a pensar na forma mais branda de tocar no assunto. Parecia surreal que um recém desempregado e músico tivesse comprado um rancho que precisava de reformas enquanto alimentava o sonho de se tornar músico. E era isso mesmo que o fazia tamborilar os dedos sob o volante enquanto pegavam a saída sudeste da cidade, deixando para trás Nashville e toda a sua essência banhada em blues, jazz e country.

O rádio soava baixo, tão baixo que mal ouvia o soar do violino de Charlie Daniel's Band. A estrada limpa à frente numa reta que parecia atingir o horizonte dava uma calmaria surreal apesar de algumas dúvidas passearem em sua cabeça. Era grato por estar ali com ela, mas Ryan sabia que tinha uma barreira que precisava derrubar se quisesse ter um relacionamento saudável baseado em sinceridade e confiança. Algo que vinha se esquivando por quatro anos.

Hey baby, lembra-se de um tempo atrás quando te falei que tinha um irmão mais velho? – alternava o olhar entre ela e a estrada, mas sem muita pressa na transição. Passou a língua entre os lábios e fez o lance que sempre fazia quando dizia estava sério, forçava as sobrancelhas e estreitava os lábios. – Quando você foi para Madrid eu fui atrás dele. Conhece um lugar chamado Reds Devils?

Eram duas horas de carro até o local do rancho. Ryan tinha algum tempo para falar sobre aquilo, e se sentia mais confortável para conversas daquele naipe ou no volante ou na cama.
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Seg 8 Jul - 22:01:12

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Samantha levou a ponta de três dedos da mão direita até os lábios para prender a risadinha ao ouvir as espalhafatosas brincadeiras de Ryan para com a escandinava que fechou a cara e dispersou um amontoado de palavrões que serviram como expulsão da residência. Quando a porta se fechou atrás do casal, as risadas ecoaram até quando as portas da caminhonete se abriram e eles se colocaram para dentro. A advogada imaginava o tamanho sentimentalismo que Ryan poderia ter com aquele carro, mas terminava se concentrando no que pudera observar com seus gostos pessoais e chegava na conclusão de que ele era o típico cara de interior apegado ao mais simples sem padecer diante do luxo. Tinha perdido a conta de quantas vezes tentara lhe roubar informações para presenteá-lo com um novo carro, mas sempre recebia as discretas insinuações de que o futuro cantor não trocaria o seu calhambeque por nada até que o fim de seus dias fosse a única causa para tal coisa.

Vez ou outra olhava para o perfil dele, sorrindo como quem não queria nada, começando a se acostumar com a ideia de ter um relacionamento com alguém e não com o trabalho. — É? — Estranhando o assunto que surgia com certa naturalidade e precaução por parte dele, a britânica virou o rosto para fitá-lo com uma das sobrancelhas arqueadas mas nenhuma expressão de confusão estampava sua fase. Estava mais para surpresa. — E como foi? — O incentivou a continuar contando, relembrando-se de seu pensamento ao afirmar que ele sempre costumava compartilhar o que fazia. Porém, daquela vez, Ryan demonstrava seriedade em tomar notas de seu encontro familiar. Era um assunto que só tocavam quando ele mesmo trazia a tona.

Ir parar numa fazenda no meio do nada deveria ser uma imensa alegria para as fatídicas cowgirls e todas as que gostavam do encontro com a natureza por completo. Samantha esperava ficar longe dos mosquitos, poeira e tudo o que exigisse estar perto do que considerava uma ameaça para sua imagem. Não era uma modelo, mas prezava sua integridade para fazer um bom uso do velho charme de alguém com uma lábia infalível. — Conheço, o dono é um tipo de celebridade entre as garotas da cidade. Sam, certo? Foi lá que se encontraram? — Nunca havia frequentado o bar, mas tinha olhos e ouvidos acerca de toda a cidade. Sabia quem eram os mais influentes em todos os termos, inclusive, nos de bebedeira.


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Mensagem por Ryan H. O'lvier Ter 9 Jul - 19:30:19

Kill me softly baby
with your kiss Come on be as cruel as you can be, ya baby put the hurt on me
Não tinha uma história bonita, nada que chegasse perto do sujeito de família aconchegante e vida pacífica. Houveram boas pessoas que entraram em seu caminho, mas nunca para sempre, e Ryan era obrigado a reconhecer, algumas por pura opção dele. Se reaproximar do irmão foi puro reflexo da atual mentalidade, Nashville ofereceu um novo prisma que ele mesmo não parecia ter notado em toda a sua vida, e agora, sentia que podia dividir.

Então... – balbuciou enquanto torcia os lábios e a olhava de soslaio.

O pensamento de "não foda com tudo isso Ryan"; tornou-se máxima crescente em sua cabeça. Estava pensando demais e era melhor simplesmente fazê-lo do que calcular todas as variáveis. Não é como se precisasse enviar uma previsão de caixa para suas relações sociais, tinha pedido demissão inclusive para fugir disso.

Pousou a mão sob a coxa da companheira e a encarou de forma mais intensa por breves segundos antes de retomar a atenção para a estrada. Era uma simples resposta para uma simples pergunta, o tipo de conteúdo metódico que pensava encaixava bem em qualquer situação, fosse adversa ou não. Qualquer coisa era melhor que aquile momento, mas negar esse momento não era algo que passava por sua cabeça, muito porque dada sua jornada até aqui, tinha feito um pacto consigo mesmo de que iria sentir tanto quanto poderia e se já sentia aquela chama e confiança a respeito de Samantha, nada mais justo que trazê-la para seu mundo e todos os dramas que afetam a vida humana.

O dono é o meu irmão. – tempo para processar aquilo, pareceu engraçado imaginar que haviam dois "Sams" em sua vida e muito provavelmente pensaria em uma piada sobre o fato, só que não agora. – Eu sei, eu sei, você deve se perguntar como somos irmãos sendo tão diferentes, não é? Obviamente eu fiquei com toda a beleza, e é total mérito meu, porque ele parecia o palhaço de IT que vendeu a maquiagem pra comprar droga quando mais novo. Mas tem uma explicação plausível pra isso. Eu fui acolhido pelos O'lvier quando tinha uns onze anos de idade, então fique tranquila, teremos bebês lindos.

O senso de humor duvidoso estalou gritante como forma de escape e mesmo que fosse puro reflexo de sua personalidade, ele não escondeu o sorriso bobo e largo enquanto discorria sobre crias hipotéticas e beleza genética. Se há humor, que ele esteja em uso, não é? Ryan tinha muitas coisas para resolver ali, naquela cidade, ter Samantha consigo lhe trazia mais segurança em todas elas. Mas tudo poderia dar uma pausa, ele precisava de uma folga de noites em bares, cigarros parcialmente fumados, toda a burocracia que o fazia ter certeza que sair de um emprego era mais difícil que conseguir um e aquela rotina urbana de hamster preso na gaiola sem conseguir escapar da matrix.
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Ter 9 Jul - 22:56:08

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Samantha poderia admitir que gostava do bom humor de Ryan, mesmo com uma situação mais séria sendo apresentada dentro do veículo. Alocando uma das mãos em cima das dele, a advogada perdeu alguns segundos observando a diferença de tamanhos, grossura dos dedos e formas diferentes da composição genética que tinham, mas aquilo não era o verdadeiro foco. Em seu semblante um certo mistério se afeiçoava ao olhar de quem refletia sobre alguma coisa importante, mas que não seria dita naquele momento. Existiam algumas coisas que gostaria de conversar com ele, mas considerando a sua posição atual de motorista, trataria de não perturbá-lo com o que vinha nublando seus pensamentos. De um jeito ou de outro estava decidida a conversar sobre.

Parte daquela decisão vinha do sentido de retribuir as circunstâncias que Ryan inseria na relação ao compartilhar algumas decisões, dramas e tudo o que considerava importante ela saber. Seu passado permaneceria no passado, ainda que algumas peças - as mais fundamentais - fossem uma constante no presente. Muito do que poderia dizer fazia parte de um sigilo que não poderia quebrar, ainda que achasse completamente injusto ele deixar de saber o que de fato tinha ocorrido. — Não tenho dúvidas de que é o mais bonito. Sou uma mulher exigente, sabe? — Riu, acariciando brevemente a mão por baixo da sua, desfazendo o contato para deixá-lo conduzir o carro perfeitamente com a troca de câmbio. — Deu tudo certo, eu imagino? — Deu continuidade para que mais fosse deixado ao léu, e qualquer peso que pudesse estar sob os ombros de seu amado, faria o maior esforço para retirá-lo. Nem que para isso só precisasse estimular uma conversa.

Vez ou outra observava o caminho, franzindo o nariz quando o odor característico do mato lhe incomodava as narinas. Não era uma mulher de muito amor pela natureza quando esta se mostrava como um espetáculo de animais selvagens, areia no ar e mato além dos limites de sua visão. — A propósito, de onde surgiu a ideia de comprar o rancho? — Perguntou, realmente curiosa com a decisão repentina do futuro cantor em gastar suas economias com algo daquele porte, onde imaginava que ele pudesse utilizar seus recursos para investir na ascensão da própria carreira artística.


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Mensagem por Ryan H. O'lvier Qua 10 Jul - 22:08:40

Kill me softly baby
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Não havia sido tão pior quanto pensava, bendito seja o poeta contemporâneo que em seus momentos de lucidez plena afirmara que a expectativa é a mãe da merda. Para Ryan, talvez condensar tudo aquilo em forma de palavras fosse o mais difícil, e dito isto, o humor surgia como alternativa para amenizar a situação. Não havia como falar que o irmão era um drogado, ou estava se drogando, até porque o simples pensar da cena o trazia um misto de sensações destrutivas de perdas significativas. Estava tranquilo agora, de fato, mas por estar ao lado de quem o deixava daquela forma e fazendo algo que lhe dava paz de espírito. Em outras palavras, intencionalmente ou não, escolheu o melhor momento para fazê-lo.

Visualizando-a de soslaio, a percepção de um olhar profundo enquanto encarava as mãos fez surgir um sorriso comprido em seus lábios. Porra, estava apaixonado, e podia constatar isso sem a menor dificuldade. Voltou-se para a estrada quando ouviu a afirmação e a pergunta, retórica esperava, logo em seguida. Naquele momento, os níveis de hesitação já estavam sobre controle, cada resposta dela lhe deu certa segurança, a única dúvida que residia era se Samantha daria meia volta ao ver o rancho ou assumiria o espírito de rancheira. Ele poderia chutar a resposta.

Vai dar. – respondeu com segurança, tamanha que até que seu timbre não tremulou. Seu irmão, havia passado por um bocado, e como a maioria das coisas na vida, não há ruptura brusca, tudo é parte de um processo. – Tenho certeza que vai.

A paisagem mudou de forma mais profunda. A selva de pedra que dava lugar às zonas campestres agora eram substituídas por uma sequência de cenas onde o máximo de intervenção humana eram outdoors, pequenas propriedades, postes e cercas. A vegetação outorgava seu local de origem, e as entradas de ranchos destacavam-se apenas pelas placas numa criatividade quase infinitiva de nomes, anedotas e trocadilhos. O refrão de Good Hearted Woman, colaboração brilhante de Waylon Jennings e Willie Nelson, tocou no rádio antes que pudesse achar alguma resposta plausível para a pergunta seguinte.

Ryan podia ser impulsivo às vezes, quem não era? A meticulosidade fatal do ser humano metódico escapava-lhe entre os dedos com uma espontaneidade assombrosa. Quando leu o anúncio da propriedade, charmosa, mas que precisava de reformas emergenciais, seu primeiro pensamento foi guiado pelo lucro. Era baixo preço para tanto espaço com certa estrutura e a 2 horas da Nashville, menos ainda das comunidades nos arredores. Porém, com certeza relevou que seria um bom local para seu irmão recuperar seus flancos e para experimentar um modo de vida mais simples e tranquilo que poderia nos momentos de hiatus criativo.

Não vai me dizer que nunca pensou em transar numa fazenda? Uma rapidinha com vista pro lago? – exibiu a língua e um sorriso safado, mas tratou de por a seriedade nos trilhos. – Por que não? Era uma pechincha, bom pra respirar um pouco de ar puro e, eu consigo colocar nos trilhos. Aliás, é aqui.

Virou à direita passando pelo arco de pedra, sem placas ou letreiros. A estrada asfaltada deu lugar à de barro, mas a caminhonete não sofreu mesmo com o terreno levemente enlameado e esburacada. O ar puro abria caminho para o casarão rústico de traços colonias ao centro, um lago à direita e o enorme celeiro vermelho de pintura desbotada à direita. Galinhas atravessaram a estrada apressadas e a cada avanço as duas figuras no pé da fundação da residência tornavam-se mais nítidas. Uma garotinha e uma idosa aguardavam eles, o destaque era para a carabina nas mãos da idosa.

Bem vindos à roça era a mensagem silenciosa que ressoava.
Ryan H. O'lvier
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Qui 11 Jul - 18:53:46

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A advogada comprimiu os lábios, assentindo brevemente para a afirmativa. Acreditava em Ryan e sabia que a positividade dele sempre estava arranjando boas conclusões. Estava contente em saber que ele trazia para sua vida atual um pedaço que sempre parecera estar em falta, e apesar de estar um tanto que surpresa com o parentesco misterioso, tinha teorias para explicar ao próprio cérebro inúmeras possibilidades para aquela irmandade ser oficializada. Inseminação, adoção. Aquilo não era o mais importante. — Estou começando a achar que você é um tarado, senhor O’lvier. — Ela, no entanto, tinha a completa certeza de que o que tinha dito era uma verdade e não uma sombra de dúvida, apesar do tom de brincadeira.

Estava começando a se preocupar com o caminho, visto que já estavam na estrada há algum tempo e tudo o que passava por sua vista era mato, terra, mato e agora, placas corroídas pelo tempo e dizeres ambíguos do que poderiam ser música para os sábios. — Pra onde foi que você me trouxe? — Desbloqueou o celular para testar o sinal, e ainda que área de cobertura fosse tão escassa a ponto de não promover o uso de internet, sustentava um único ponto que quase sempre estava caindo. — Cadê o sinal? — A pergunta não era bem para ele, mas estava sujeito a lhe dar uma resposta. Que tipo de lugar era aquele onde nenhuma rede wi-fi estava instalada?

Sua expressão começou a se fechar e era fácil saber que muito em breve os pedidos para irem embora começariam. — Nem pense em passar o dia todo aqui. Sou alérgica a poeira, espero que não tenha esquecido disso. — Ladrou, num tom autoritário ao virar-se para ele no banco do carona. Cruzando os braços no peito, começava a entender o uso de suas botas e o abandono dos tão adorados Louboutins. — E se tiver lama por algum lugar, você vai me carregar. — Pontuou, com uma carranca cobrindo a face.


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Mensagem por Ryan H. O'lvier Qui 11 Jul - 23:28:32

Kill me softly baby
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A primeira pergunta morreu no silêncio incômodo de um sorriso safado e a ausência das palavras. Se era ou não era não sabia dizer, mas poderia discorrer livremente de como se sentia afim com ela, e se fosse crime que lessem os seus direitos. Era culpado e quando indagado iria afirmar sem bater pé: faria tudo de novo.

O ânimo sobre a compra e tudo que poderia fazer lhe roubaram um pouco da sensibilidade, não que fosse uma versão loira e mais alta do Dr. Cal Lightman em Lie To Me e soubesse ler as pessoas tão bem quanto um psicólogo especialista naquilo. Porém Ryan não tinha a sensibilidade de uma porta, poderia perceber que algo incomodava Sam talvez se estivesse mais cauteloso, contudo, o inegável fato que para ela estariam adentrando num terreno inóspito onde galinhas e cascavéis são atrações nem tão incomuns, guiou seus pensamentos e preocupações para outros mares.

Pensamentos perdidos num par de segundos. Também não respondeu a nenhuma das outras perguntas, abstinência do meio urbano já era um problema da sociedade? Se fosse estaria junto de outros transtornos psicológicos. Ele nem se preocupou em mexer no celular, guardado no fundo do jeans, a sensação do ar puro invadir-lhe os pulmões e o som dos pássaros era o entretenimento que prezava no momento.

Bateu a porta com suavidade, a pick up foi estacionada pouco depois da marca onde o terreno de terra batida encontrava o coberto por pedrinhas. Buscou Samantha na frente do veículo antes que ela pudesse ter um surto tecnológico e empreender fuga. Na realidade fez mais que isso, enroscou o braço em torno dos ombros e puxou-a para próxima de si enquanto iniciavam seus passos.

Relaxa gatinha. Coma o pão, beba o vinho e deixe o mundo ser o mundo. – depositou um beijo fugaz na testa e logo desvencilhou-se dela com uma piscadela. – Deixa eu tentar cuidar de você, ok? – falou sem emitir som num gesticular nada discreto até finalmente ficar de costas para ela, focando-se nos anfitriões.

A dupla que os aguardava conservava o ar simplista local. A senhora tinha o corte de um Umpa-Lumpa, o menino (ou menina), cabeleira ruiva e olhos tão grandes quanto botões, Ryan inclusive imaginou-o como um espantalho devido o chapéu de palha e as roupas grandes demais para a criança. Ryan apresentou-os como os novos donos do local - no plural mesmo, e a partir daí sorrisos e apertos de mão foram trocados, algumas palavras também, apesar de em determinado momento ele encarar Samantha como se buscasse ajuda para entender o que a idosa havia falado - um emaranhado de palavras rápidas e cortadas pela metade que mais pareciam um dialeto reptiliano que inglês propriamente dito.

Numa vista geral, o local tinha seu charme, felizmente a casa estava tão limpa quanto o possível, partes da madeira chegavam a reluzir com a luz solar já que haviam sido passado por um processo pesado de limpeza e enceramento. Méritos à consciência de que tudo que não precisava ali era sua namorada irritada espirrando três vezes por minuto e liberando o ódio através de germes. A casa era grande e mesmo com algumas reformas se fazendo necessárias era convidativa. A varanda coberta, logo à frente deles, parecia um local perfeito para esticar as pernas, colocar a viola no colo e abrir uma bud gelada inclusive.

Eu trouxe algumas coisas para começar as reformas. – dobrou os joelhos ficando o máximo que podia para ficar na altura da criança. – Acha que consegue me ajudar trazendo a caixa de ferramentas?

O sorriso largo, inocente e banguela desenhou a felicidade no rosto infantil sob o corpinho franzino. A dupla partira para a carroceria da pick up, dando a Samantha o tempo-espaço presente de trocar algumas palavras com a senhora. Encontro raro, uma nativa americana e uma inglesa, cenário perfeito para um guerra de um ou dois séculos atrás. Contudo a senhora era realmente muito simpática, apesar da gritante humildade da caseira que não sabia nem o que era celular. A torcida residia para que as habilidades linguísticas de Zadaward estivessem em dia, já que só um fonoaudiólogo não seria o suficiente para compreender o bombardeio de perguntas sobre o interesse deles em comprarem o local, o relacionamento e o tempo deste, se ela queria conhecer a vaca prenha, se trabalhava numa empresa do ramo alimentícia e principalmente o aviso para não encarar o marreco, pois este era mais perigoso que qualquer cachorro.
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Mensagem por Sam Venwil Zadaward Sex 12 Jul - 13:16:42

Something in the sun or the air is making me want to run away from here. I know that u want me to stay with u, but no so I'll keep on making excuses about the sun, the earth, the rays. Our days are numbered, wired, and I'm tired of it. I know you're trying but you'll never unravel me
A britânica estava começando a pensar que tinha sido uma péssima idéia entrar na onda do namorado, apesar de confiar plenamente em seu tato. Além de não ser adepta ao meio de vida livre, tinha seus limites de saúde e no momento em que pôs os pés para fora do veículo, soube que estaria a mercê de anti-alérgicos durante toda a noite. A terra batida nivelou o primeiro passo, e quando se pôs para fora, foi arrebatada pelo braço do loiro que tinha as garantias de que ela não fosse dar meia volta, achar o caminho para uma ligação direta e fugir, levantando poeira. Em resposta a ele, nada disse, focando o olhar no casal que os observava com curiosidade estampada na face que Samantha pôde concluir como o que considerava de uma extrema humildade.

A carranca sumiu para não passar a impressão de que era uma dondoca ranzinza. Apesar de estar vestindo roupas menos chamativas e não agregadas a sua profissão, condizia com a imagem de uma mulher que estava muito acima da média considerada como comum. Bastava olhar para o caminhar elegante, a postura rija e a graciosidade em que sustentava uma expressão cordial. Outrora era toda sorrisos ao perceber que na apresentação o cowboy havia lhe submetido como possuínte, igualmente a ele, ao referir-se como donos do imóvel. — Bom dia, senhores. — Aplicou um aperto firme na mão de cada um, arqueando a sobrancelha para reunir a desconcordância jorrada pela senhora em forma de frases sibiladas. Mal podia compreender a entonação completa, mas de pouco em pouco conseguia traduzir alguns dizeres.

Com Ryan mais afastado, tentou relaxar ao lado da modesta senhora. — Agora não, primeiro a casa, depois a…. Vaca prenha. — Franziu o cenho com o linguajar disfuncional para seu porte. — Sou advogada. Mas, o que é marreco? — Questionou, dobrando um pouco a coluna. Era alta, diferente da mulher, seu marido e a criança mais próxima de Ryan, ajudando-o com alguma coisa que ele poderia ter lhe pedido. Seus olhos não saiam dele, tendo momentos de desvio para fitar sua companheira de conversa enquanto notava que o rancho estava tão encerado a ponto de refletir as imagens do que quer que estivesse por ali.

Olhando tudo com uma visão discreta, dava razão ao impulso lucrativo bem financiado. A propriedade era imensa, muito maior que qualquer outra por ali, ainda que muitas pudessem disputar de perto o pódio de primeiro lugar. O que precisava de reforma se camuflava entre madeiras soltas, telhado com um tempo de vida útil chegando ao fim, algumas janelas tortas e o que mais tivesse lá dentro. Caso se colocasse para longe da poeira, não parecia ser tão ruim.


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Sam Venwil Zadaward
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CEO Z-Corp


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