[RP FECHADA] this is a place that i will call "home".

A mente de Theodore já criava planos para aplicar em Nashville. Cresceria facilmente, o luxo cairia em suas mãos como um brinquedinho dado para uma criança que realmente merecia. Um sorriso apareceu em seus lábios com a piscadela dada pelo jornalista e, em seu âmago, sentia uma felicidade absoluta. Aquele rapaz era tão tolo? Theo só o queria como amigo por interesse – algo que nem ele mesmo conseguia perceber, já que, em New York, a elite daquela enorme cidade era baseada nisso. As relações eram semelhantes às da Idade Média: alianças, dinheiro, influência e poder. Esse era o básico para continuar no topo da cadeia social nova-iorquina.

Provavelmente, caso Nikolaj não estivesse atrás das grades, o mesmo faria com que Theodore e Lyanna se casassem com pessoas influentes – e correria até o inferno de New York para arranjar um homossexual rico para o seu filho, já que pouco se importava com a sexualidade do mesmo, desde que ele tivesse dinheiro e adotasse uma criança para continuar o legado dos Crawford Fuks.

– Sim, ninguém pode perder uma festa dessas. Inclusive você. Vai que conseguimos coisas a mais pra nossa vida. – Os olhos do adolescente brilhavam, o menino já sentia uma vida repleta de luxos voltando para si. Será que conseguiria ascender no meio daquele inferno? Esperava que sim, afinal, odiaria viver numa casa medíocre – pelo menos para o seu nível – durante o julgamento de seu pai. Ainda não acreditava que Nikolaj tinha cometido crime algum, afinal, ele aparentava ser um homem tão esforçado. Capaz que ele vai escapar dessa. Passou a língua entre os lábios e bebeu um breve gole da bebida de morango, deliciando-se com o sabor do mesmo.

Sorriu novamente. – Conhecer seus amigos? Claro, claro. Será ótimo. – Pigarreou, ainda sorrindo, mas com um certo desconforto. Ele, Theodore Crawford Fuks, dar papo para um bando de pobretões fofoqueiros como Archie – um jornalista qualquer numa cidade qualquer. Será que o salário dele era bom? Não sabia. Havia âncoras e jornalistas que recebiam uma fortuna, contudo, por algum motivo, o moreno – que aparentava ser um pouco mais velho que o adolescente – passava a imagem de ser uma pessoa pobre ou não tão rica – ou seja, não era bom o suficiente para Theo.

– Será ótimo conversar com seus amigos. – Seu tom de voz saía de maneira cuidadosa e delicada, quase como se tivesse dialogando com alguma pessoa idosa que não conseguia compreender mais palavra alguma sequer – afinal, Theodore estava interessado em aguentar até mesmo as amizades de Archie para que pudesse ir até a festa. Qualquer coisa, era só dispensar, deixar de lado e, em seguida, poderia focar nas pessoas mais ricas. Conheceria as mesmas pelas vestimentas, pelos jeitos de agir e tudo mais. O modelo era especialista nisso, afinal, o interesse vinha acompanhado de vários talentos para que a ascensão fosse concluída perfeitamente.

Abaixou a cabeça e focou sua atenção num ponto qualquer no centro da mesa, analisando-o durante breves segundos. Entretanto, em seguida, a pergunta do outro fez com que o adolescente erguesse a cabeça e franzisse o cenho. Será que deveria responder aquela pergunta? Suspirou e pigarreou, fingindo estar muito desconfortável. – Não. Sem namorados. Gosto de meninos. Te dou essa notícia de presente. – Lançou uma piscadela. – Então... Quando é a festa? – Indagou.