[RP FECHADA+18] We rock, we roll, we go out of control!

- Eu não acredito, Adam! Quanta incompetência! Será que é tão difícil assim fazer esse teu trabalho idiota? Eu só pedi por uma porcaria de uma brecha naquela merda de contrato. A tua espécie não é especialista em foder os outros com brechas? Eu te contratei porque, supostamente, tu é o melhor dessa corja e agora vens me dizer que não há brechas? Tu está de sacanagem com a minha cara, só pode! - ao ouvir as notícias que Adam McCol, seu advogado corporativo, havia lhe trazido sobre um contrato com um dos anunciantes, Natasha, que estava sentada em sua mesa, tranquila, havia se levantado como o furacão loiro que era e havia começado a gritar com ele. Na sala estavam, além de Natasha e Adam, mais dois homens que trabalhavam para Adam e encaravam a Dragomir com olhos esbugalhados. O pobre diabo que ouvia os xingamentos, tentava falar, mas a um olhar da chefe, calou-se e teve decência de parecer envergonhado.

A mulher saiu de trás da mesa e parou bem à frente do advogado. - Usa esses dois e quem mais houver no teu escritório e dá um jeito de me tirar daquela porcaria de contrato, senão nem volta aqui na segunda-feira e fica ciente de que eu vou acabar com aquela espelunca que tu chama de escritório, está ouvindo? Vou te esmagar como a pulga que és! Agora saiam que eu tenho mais o que fazer. - naquele momento, a voz de Natasha baixara para quase um sussurro e era ali que residia o perigo. Enquanto ela estivesse gritando as coisas poderiam ser contornáveis, porém quando ela mal era capaz de articular suas palavras, tudo tinha ido por água abaixo. Ela já fora processada inúmeras vezes por aquele comportamento explosivo e pelos xingamentos. A maioria, graças ao excelente time de advogados que ela mantinha gastando uma pequena fortuna, ela havia ganhado e os que perdera não lhe haviam ensinado nada e ficara apenas alguns milhares de dólares mais pobre. Assim que mais um grupo de homens feitos saía de seu escritório completamente derrotado.

Bufando, ela continuava em pé, vendo os homens se afastarem. Os retardatários da redação que seguiam ali pelo andar presenciaram aquela cena, assim como muitas, felizes por não serem os protagonistas. Desde que seus pais a haviam obrigado a trazer a filha, que escondera por quinze anos, para morar com ela, Natasha estava com o pavio ainda mais curto e gritava com qualquer um que ousasse lhe dizer o que não queria ouvir. A mulher ainda resmungava sobre incompetência e dinheiro mal gasto quando ouviu uma voz e virou-se para a porta, vendo seu mais novo protegido. Ela deu-lhe um sinal para que entrasse, cansada. - Espero que o choro os faça ver o quão inúteis são e tomem vergonha na cara. - comentou com mal humor. Aaron podia ser um novato, mas ela não aliviaria nada para ele. Quando aceitara o trabalho, sabia onde estava se metendo.

Deixando que o francês se acomodasse, Natasha foi para a janela panorâmica que ficava no lugar da parede atrás de sua mesa e ficou de costas para ele, olhando a cidade e ruminando sobre o tal contrato. Quando ouviu a animação na voz dele, ela virou-se e o encarou, em silêncio por algum tempo, simplesmente o avaliando. O havia chamado, sem dúvidas, mas perdera o fio da meada depois das notícias de Adam. Aquele contrato estava atrapalhando a revista e ela queria se ver livre logo, agora teria de repensar muitas coisas para a próxima edição e deixar a mudança que pretendia para mais adiante. Sua cabeça não tinha espaço para pensar na carreira de Aaron. - Ah, é. O e-mail. - comentou distraída, ainda encarando o homem sentado a sua frente.

Saindo detrás da mesa, a mulher caminhou até ficar a frente de Aaron e encostou-se em sua mesa, com os braços cruzados e uma expressão séria. - Estou precisando transar para extravasar, o que me diz? - falou com brusquidão e sem nenhum tom de brincadeira. Desde que perdera James, nunca mais havia se apaixonado por outra pessoa, porém jamais conseguiria ser celibatária, tinha um apetite sexual um tanto voraz e nenhuma paciência para ficar enrolando. Dormia com seus protegidos, com seus funcionários, clientes e pessoas que conhecia em bares. Ela usava o sexo como seu escape. Sempre que estava tensa, irritada, estressada, precisava daquilo e não perdia tempo com paqueras ou bobagens. Era muito aberta em relação aquilo e, se Aaron se assustasse ou dissesse não, ela o trataria da mesma forma.

Natasha podia ser magra e um pouco pequena, mas sua personalidade a faziam parecer muito maior e, quando estava completamente irritada como naquele momento, ela parecia ter três vezes seu tamanho, preenchendo a sala e deixando o ambiente um tanto carregado. Aquilo era ótimo, pois em reuniões sérias, com um monte de homens que se achavam intimidadores, ela os colocava no chinelo e os fazia ver qual era seu verdadeiro lugar. Muitas vezes, alguns dos empresários mais bem sucedidos e com famas de serem arrebatadores nas negociações, levavam mais uns três homens, para a intimidarem e fazer número e ainda assim saíam derrotados. Ela era uma russa, uma Dragomir e não deixa que ninguém a colocasse para baixo. Seu pai a ensinara a ser firme nos negócios e ela aprendera que quanto maior sua fama de rainha do gelo, mais as pessoas pisavam em ovos perto dela. Não virara a revista mais influente do meio musical do sul do país à toa. E nacionalmente só perdia para a Rolling Stones, mas tinha planos de batê-los.

Assim, ver Aaron, um homem muito maior que ela, forte e com uma presença a ser notada, um tanto desconfortável e parecendo menor em sua cadeira, dava um certo tesão na Dragomir. Ela gostava de se sentir poderosa e de que poderia acabar com qualquer um com o mínimo esforço. Também preferia que seus protegidos ficassem cientes de quem mandava ali, de quem tinha o poder, caso contrário, eles começavam a se achar umas divas e fazer exigências. Ela odiava exigências.

Quando o homem sorriu após as palavras dela, o canto de seus lábios se levantaram por um momento, mas sua expressão continuou completamente séria, não estava brincando. Natasha Dragomir nunca brincava. O leve sorriso que ela ostentava aumentou quando ele pulou da cadeira, dando-se conta de que ela falava sério e de que a sugestão não era uma piada. Sinceramente, naquele momento ela não havia se importando que ele fosse um dos homens mais atraentes com quem ela cruzara o caminho, naquele momento ele era uma pessoa disponível em seu escritório. Quase qualquer outra pessoa, homem ou mulher, que estivesse ali, teria recebido a mesma pergunta. Os critérios de Natasha, naqueles momentos, normalmente eram: está disponível? Sim! Então é esse.

Por sorte, Aaron era um belo espécime, que a Dragomir já havia batido o olho na primeira vez que haviam se encontrado. Ele não parecia o tipo que recusava uma transa, fosse onde fosse. - Oh, estou falando completamente sério, senhor Beaumont. - ela respondeu, enquanto ele parecia ponderar a situação e decidir o que faria. Ele ponderava rápido e logo havia se decidido, uma decisão favorável à Natasha, que deu um sorriso um tanto arrogante quando ele levantou-se e a puxou pela cintura.

As mãos da loira, afobadas, começaram a puxar a camiseta dele para cima, enquanto seus lábios correspondiam o beijo. Não queria carinhos e delicadezas, aquilo não a excitava. Queria liberar sua tensão e queria rápido. Assim, logo depois de tirar a camiseta, desceu as mãos pelo abdômen dele, arranhando de leve, até a calça, abrindo o botão e o zíper, sem deixar de morder e sugar os lábios do homem. Puxou ele para mais perto de si, enquanto dava um passo para trás e sentava-se em sua mesa, o encaixando no meio de suas pernas. - Nós vamos nos dar muito bem, Aaron. - falou, sorrindo no meio do beijo.