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Mensagem por Lyanna Crawford Fuks Sex 28 Jun - 17:51:01

you can call it fire and ice
Sexta-feira a noite, música ao vivo, dança e muita bebida. Local ideal para esquecer do passado e apenas apreciar o melhor bar de Nashville. Aparentemente, uma garota não foi informada sobre algumas regras que o estabelecimento exigia e muito menos que eles não eram adepitos ao seu querido martine. Infelizmente a noite estava apenas começando e o pesadelo de Lyanna não teria seu fim... ou talvez uma salvação. Isso, claro, depende de Niall Falahee.
*

participantes: @Lyanna Crawford Fuks e @Niall Falahee.

local: The Stage on Broadway.
RP FECHADA
11pm
Lyanna Crawford Fuks
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atriz


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Mensagem por Lyanna Crawford Fuks Sex 28 Jun - 18:03:47

“Espero isso seja o suficiente para não ser reconhecida”, O óculos escuros ajudaria a não evidenciar a estrela que estaria presente entre os reles mortais daquela cidadezinha, mas tinha que ter certeza de que seu disfarce não colocasse sua identidade em risco, por isso que o capuz era o suficiente para cobrir os fios dourados. Bom, vamos ignorar o fato do rosa-nada-chamativo estar presente em parte do look de Fuks e focar apenas no que interessa: ela necessitava encher a cara e esquecer que faltava longos meses para que o seu pesadelo pessoal acabasse.

Contava os segundos, minutos e horas para que retornasse para a sua cobertura confortável e voltasse para os holofotes onde nunca deveria ter saído. Obviamente que não esperava que o querido pai fosse preso e acusado injustamente. Vamos deixar esse ponto da história para depois, Lyanna é egoísta o suficiente para que o relato circundasse sua experiência nada exuberante no fim do mundo chamado Nashville, embora no fim, poderia expor tais atrocidades vivenciadas em um livro sobre como sobreviver a gentinha cafona e morta de fome.

“Theo, se eu não voltar até às 1:00 pm, eu fui assaltada ou sequestrada, então, por favor, ligue para a polícia.”


Era sempre bom lembrá-lo dos perigos, ainda mais quando não conhecia absolutamente nada da cidade onde a sua mãe nascera. Soltou um suspiro sofrido ao atravessar a porta e colocar seus sapatos caros naquela calçada cheio de micróbios ultra perigosos e nojentos. Era isso ou ficar definhando em casa… Adivinha qual ela resolveu escolher?

Por um segundo sentiu falta dos seus minions ou do ex-namorado que a traía com qualquer vagabunda que aparecesse. Pelo menos tinha pessoas ao seu redor, mesmo que fingissem que se importassem com a garota, ela teria alguém para conversar e expressar o desconforto da vida nada justa que tinha que aceitar. Ela poderia, quem sabe, desabafar parcialmente? Não! Nada de ligar para elas, isso seria o cúmulo e daria mais um motivo para que rissem da sua cara e espalhassem novos boatos a respeito da atriz que fora do auge para a lama em questão de minutos.

*

Para a sorte da garota a entrada do estabelecimento era visível pela janela do automóvel. Não disse nada para o motorista, apenas abriu a porta, fechando-a atrás de si e seguindo em direção da porta aberta. As luzes piscavam e a música estava estridente com um cantor aleatório tocando uma música que Fuks nitidamente detestara ao franzir o pequeno nariz. Talvez se bebesse cinco martínis aquele som caótico poderia melhorar.

Isso, pense positivo Lyanna, o pior não pode acontecer, certo?

Claro que ela não ousou tirar o capuz, tampouco se importou com os olhares incrédulos com as pessoas encarando-a. Na mente da nova iorquina eles apreciavam sua pele bem cuidada, mas para ser sincera contigo, caro leitor, eles achavam-na esquisita por usar óculos escuros a noite e, para te surpreender, até que um rapaz achou que ela estava prestes a assaltar pela forma nada convencional de segurar a carteira debaixo do braço. Quem conhece a figura minúscula da jovem nunca pensaria que ela seria capaz de uma ato baixo como apontar a arma na cara de alguém e sim a primeira pessoa a correr para salvar a própria vida.

O melhor martíni que esse lugarzinho pode oferecer. — Interrompeu o pedido da garota ao lado para sobressaltar a própria vontade. Nunca precisou esperar, um defeito.

Nós não oferecemos martíni aqui. — O barman respondera rapidamente, colocando a bebida da outra no copo, oferecendo-o e ignorando o olhar nada amigável da cliente para com a nossa querida Lyanna.

Como assim? Sério? Que tipo de bebida serve aqui? — Era inaceitável! Saiu de casa, teve o risco de contrair uma DST para receber aquele tipo de resposta?

O moreno balançou a cabeça contendo o ar cansado. Paciência? Nenhuma, mas ela não se importou com o bem estar mental dele, queria apenas a sua bebida, era tão difícil assim?

Cerveja, tequila, whisky… qualquer coisa que não seja esse troço que acabou de pedir.

Troço?

Você tem 21 anos? Pode apresentar a identidade?

Desde quando eles seguiam as regras? Claro que ela não tinha uma maldita de uma identidade e tampouco idade para beber. O sorriso apareceu nos lábios dela, mas não era de felicidade e sim de puro nervoso. Bom, talvez fosse o momento de encarar um personagem, esquecer-se das leis e fingir qualquer coisa. Retirou da carteira uma nota de cinquenta dólares arrastando-o sobre o balcão amadeirado em direção do rapaz.

Que tal esquecer essa parte burocrática e me dar uma bebida forte, huh?




Última edição por Lyanna Crawford Fuks em Sáb 29 Jun - 18:49:37, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Niall Falahee Sex 28 Jun - 21:30:05

You are not beholden
Mediar trabalho e diversão estava começando a se tornar um imenso problema para o recém contratado da Alabama Records. Há poucos dias Niall Falahee fora anunciado como o último a ingressar a empresa naquela temporada, custando bons dólares para ser lançado como um dos novos artistas para investimentos. As exigências cumpriam como o esperado para qualquer gravadora: Boa imagem, nada vazado, comportamento discreto e tudo sob controle pelo responsável técnico mais conhecido como produtor. Compromissado, o rapaz assinou os termos após uma longa leitura, reivindicando algumas cláusulas do contrato, invasivas demais. Os concordes seriam ajustados com o tempo, além do convívio do artista no ambiente de trabalho, que frequentava diariamente para encontros, uso da sala de instrumentos, estúdios e um maior contato com a equipe de edição.

Porém, nem todo homem vivia somente de trabalho. Niall estava esgotado de ver as mesmas pessoas mandando e desmandando, pedindo para melhorar um arranjo, reverter oitenta por cento do que ousava compor, acelerar uma ponte de uma canção, executar um falsete além do tempo e uma infinidade de afazeres para transformar todo aquele vira e mexe em um hit chiclete. Combinando uma folga para descansar a mente, fomentou a ideia de que todos deveriam sair para uma noitada e aproveitar o que Nashville tinha para oferecer ao público. Feito o acordo de que duas noites era o suficiente para repor toda a energia e ter alguma diversão. Apesar do comprometimento com o alto escalão da Alabama, todos estavam precisando de uma brecha para pôr a cabeça em dia e esquecer a rotina por algumas horas.

O bar escolhido por Simon, o gerente de edições, era o estereótipo perfeito para Nashville: um palco como segundo ambiente, mesas espalhadas e um balcão para servir os comes e bebes. Existia um padrão de vestimenta, tendo a maioria dentro do estabelecimento se caracterizado com camisa xadrez, jeans, botas, cintos com fivelas exageradas e chapéu de cowboy. Outros preferiam o estilo caminhoneiro, com uma regata simples por baixo de uma camisa aberta - xadrez, lisa ou estampada - jeans surrado, botas ou coturnos e um boné. Falahee era o famoso peixe fora d'água e estava longe de se importar com tal fato. Quando se aproximou do bar, ergueu o braço, atraindo a atenção do bartender. — Desce seis cervejas e o que tiver de acompanhamento, meu caro. — Deu dois tapinhas no mármore do balcão, olhando para o lado.

Uma dondoca parecia contrariada, se levasse em conta os ombros tensos e o modo como deveria estar se escondendo de alguém. — Traga sete. — Indicou a pomposa com o indicador, encostando o polegar em seu braço ligeiramente. Um movimento simples para não soar invasivo ou passar a imagem errada de um panaca abusivo, era apenas um modo de ter sua atenção. — Ou o que a senhorita pedir. Por minha conta. — Era notável o modo como algumas feições aparentavam desagrado para sua pessoa, e ele não poderia imaginar nenhum motivo para tal. Gostava de um desafio, deveria admitir.

Recostando um dos braços no mármore, meio que se deitando para ter uma visão melhor de suas nuances. Quase não conseguia enxergar seu rosto. — Seu namorado não vai me expulsar daqui, vai? — Lançou, numa óbvia tentativa de reconhecer o território proibido.


Niall Falahee
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Mensagem por Lyanna Crawford Fuks Sáb 29 Jun - 18:48:10


Lyanna Crawford Fuks não era conhecida por desistir das coisas facilmente e, principalmente, permitir que gentinha inútil e com a conta bancária inferior a da loira a tratasse como qualquer uma. Era exatamente isso que ocorrera quando o rapaz de sangue de um reles mortal solicitara sua identidade. Obviamente que não entregaria a verdadeira, colocaria tudo em risco além de, claro, chamar atenção onde não deveria.

Mas, por outro lado, não tinha o precioso martíni, o jeito era encarar o plano B, escolher uma que fosse de boa qualidade o suficiente para que ela esquecesse da música ruim e da breguice escancarada das pessoas dentro daquele cubículo chamado bar.

Estava prestes a acrescentar mais algumas palavrinhas junto ao pequeno suborno, mas fora interrompida por uma voz masculina, retirando totalmente a atenção do bartender sobre a atriz. Torceu o lábio inferior, desgostosa, puxando a nota que ofertara de volta para si. Não é como se fosse uma das poucas que tinha dentro da carteira e não chegaria tão perto daquilo que possuía como patrimônio...Ah, quem ela queria enganar, não dava para fazer absolutamente nada com a conta congelada e muito menos viver dignamente em um lugar cheio de caipiras iguais aquele que aparecera com a cara de bom moço gentil prestes a pagar um drink para uma completa desconhecida. Só que estamos falando de Lyanna, ela nunca admitiria que estava prestes a entrar em um colapso financeiro.

Opa, tem um dedo no meu braço? A confusão dissipou no instante em que as írises azuladas vislumbraram por de trás do óculos escuro aquele indicador invasor. Demorou-se o suficiente na mão do desconhecido, subindo lentamente a cabeça em direção do seu rosto, capturando cada traço da face que, pelos deuses, era ridiculamente linda demais. Eh, quer dizer, estúpida. O que aquele caipira estava pensando quando a tocara? Que teria alguma chance? Claro, todos pensam isso.

— Eu não vou transar com você, só pra avisar. — Curta e objetiva, o suficiente para acabar com qualquer esperança e definhar o papo furado que ele muito provavelmente já tinha falado para trocentas outras garotas sozinhas.

Mas, como ele fizera questão de abrir a conta, nada melhor do que se aproveitar.

— Pode me dar uma margarita, sem suco de limão, triplo sec. e sem citrus?

Então só tequila? — Chegava a ser engraçado a entonação usada enquanto servia o caipira… quer dizer, o salvador da pátria ao lado.

— E coloca em um copinho de shoot. — Pronto, agora era só se acabar e voltar para casa cansada o suficiente para esquecer no pesadelo cotidiano.

Assim que o seu pequenino copo estava rente ao rosto da loira, não tardou para interromper a pegá-la e levá-lo a boca senão fosse, claro, pela pergunta voltada para ela.  Preferiu não respondê-lo, apenas virar a bebida garganta adentro e se engasgar por ser uma amadora no que diz respeito a tequila e seu gosto péssimo.

Bateu no peito, os olhos ardendo e lacrimejando, retirando a merda do óculos para que pudesse limpar as gotículas que escaparam das orbes. Uow, que negócio ruim, não foi uma boa ideia ter se livrado do suco de limão.

Nashville nove, Lyanna zero.


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Mensagem por Niall Falahee Dom 30 Jun - 13:56:40

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O norte-americano pouco se incomodava com a forma praticamente mesquinha em que aquela pomposa se mostrava. Como um bom britânico nativo, era imune ao protótipo de gente com aqueles princípios, e se existia alguém dentro daquele ambiente que conseguia lidar facilmente com o temperamento daquela garota, era ele. — Pra gente transar eu preciso me interessar primeiro, gatinha. Não acho que seja o caso. — Com um sorriso arrogante, ele continuou apoiado na bancada do bar, fitando-a sem se preocupar com nada além da diversão que surgia em sua vista. Assentindo para o bartender servir o que ela pedia, Niall ansiou pelo momento em que a burguesa se depararia com a potência da margarita pura, como bem tinha pedido. Quantos anos tinha? Arriscava dizer que se muito tivesse, era vinte. Ninguém com o costume de beber pediria algo como aquilo.

Abrindo a cerveja com uma tampinha que por ali jazia, bebeu um bom gole, apontando para onde o restante deveria ser levado. Seus amigos conversavam distraidamente, discutindo coisas do trabalho e tudo o que combinaram em deixar de fora naquela noite. Eram adultos, e não tinham muito o que conversar além daquilo, podia admitir de bom grado. Mas, para alguém mais jovem como Niall, aquilo se transformava num tédio sem fim. — Ainda tem que beber muito pra aguentar uma dessas pura, docinho. Tenha uma boa noite. — Comprimindo os lábios num sorriso divertido ao protagonizar o momento engraçado, o Falahee se afastou gradativamente, não se prendendo ao instinto daquela garota misteriosa. Não era de insistir, e como ela mesma se colocara num estado de isolamento, deixaria as coisas como estavam.

Pegando alguns amendoins do bowl perto das garrafas de uísque, Niall fitou a mesa de sinuca nos confins do bar. O público noturno parecia mais fixado ao que acontecia no palco, como era de se esperar para um lugar como Nashville, o que lhe proporcionava uma rodada livre do jogo. As bolas já estavam dispersas sobre a mesa, e ele não se importou em reconhecer como a tacada anterior pudera chegar ao ponto de errar uma bola tão fácil como a que beirava na segunda caçapa pelo lado direito. Um cover ruim de Kevin Urban atraía a atenção dos bebuns, que aplaudiam e cantavam em um coro, enquanto Niall acertava a bola seis na caçapa em que deveria ter entrado. — É assim que se joga. — Falou sozinho, bebendo mais um gole de sua cerveja.


Niall Falahee
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Mensagem por Lyanna Crawford Fuks Ter 2 Jul - 16:39:35


Tinha acabado de sobreviver a uma tentativa de assassinato através de uma tequila maligna quando os tímpanos da loira captaram a frase que fizera as orbes claras giraram por detrás dos óculos escuros. — Tsc. — Os lábios contorceram, virando o rosto para o lado contrário do corpo masculino. Quem ele pensava que era para dizer aquilo para Lyanna Fuks? Ah, se ele achava que seria dessa forma que chamaria a atenção dela estava muito enganado.

— Pode colocar mais uma dose… não! Coloque quatro, enfileiradinhas. — Era uma ordem que talvez a levasse para um caminho sem volta, mas ela não estava disposta a dar o gostinho da vitória para o desconhecido. Ninguém fica com a última palavra, ainda mais um cowboy de quinta como aquele.

Lyanna tinha suportado o despacho de encruzilhada que era o oficial Fox no seu pé, então estava muito bem prendada em como resolver conflitos como aquele. Embora, caro leitor, fosse mais uma birra infantil, ela não precisa saber da opinião do narrador nessa história, certo?

— Tem certeza que é uma boa ideia?
— Não era como se o bartender se importasse, a preocupação dele era mais com o receio de ter de limpar o balcão com o vômito da atriz. Crawford, no entanto, não pensara dessa forma, ela sempre achava que o mundo girava em torno de si. E, de certa forma, girava.

Não o respondeu, o curvar das sobrancelhas era o suficiente para mostrar que não estava disposta a voltar com a péssima ideia. Assim que o primeiro copo encheu, não demorou para que a loira jogasse o óculos escuros sobre o apoio, usando as írises azuladas para encontrar o imbecil do sorriso arrogante, erguendo o shot em um brinde proposital com os lábios sutilmente curvados de canto, levando a dose de encontro a boca. A careta foi imediata, mas não podia parar por aí, resolveu virar um a um garganta adentro, depositando o copinho com força exacerbada a cada vitória.

Ela continuava sóbria.

Nem era tãaaao ruim assim.

Oh não, não fique em pé Lyanna, não ouse!

Ah, tarde demais, ela se levantou, ou melhor, tentou.

[5 minutos depois]

Cortamos para a parte que ela já conseguia se estabelecer em pé depois de xingar pessoas que estavam no caminho da garota. Os pés da pequena a guiaram rumo a mesa de sinuca. Ela podia muito bem ter ignorado o fato mais tarde, tomado alguns drinks e ido embora, só que não era bem assim que a mente dela funcionava. Ela não poderia deixar as coisas daquele jeito, seu ego não permitia.

O capuz já não cobria mais os fios loiros, estava calor demais para usar aquilo na cabeça somado a sanidade de Lyanna que tinha dado uma passeada na Austrália sem previsão de retorno. Pisou em três pés antes de chegar ao lado do rapaz, tomando na mão um taco para jogar sem nem saber o que acertar. Em sua mente, ela imaginava caçapando o meio das pernas dele, obviamente que não diria em voz alta e muito menos usasse tal artimanha em público.

— “Pra gente transar eu preciso me interessar primeiro” — tentou imitar a voz grossa do maior com um falsete horrível e não teve tanto sucesso. — Vo-você gosta de ficar por ci-cima? — Mirou o lado errado do taco na bola oito, não estava conseguindo localizar a branca então enfiou a errada dentro do buraco, deitando sobre a mesa e ficando por um tempo muito longo ali, com o rosto virado, encarando-o longamente nos olhos. — Eu ODEIO caras como você! — Tem coisa mais aleatória do que gritar com desconhecidos dentro de um bar de quinta? Oh não, muito menos chamar a atenção, o que infelizmente não era o caso.



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Mensagem por Niall Falahee Qui 4 Jul - 14:50:21

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Com o giz encerando a ponta do taco, o moreno tapou um dos olhos para ter uma mira avantajada da próxima bola até o momento em que uma tentativa ridiculamente engraçada lhe trouxe a atenção. Tomando um gole da cerveja que  refrescou a garganta com a temperatura agradável, o cantor ergueu os olhos claros para fitar a imagem da dondoca que havia encontrado na mesa do bar. A embriaguez em sua expressão era tão visível quanto a beleza que firmava seus entornos, e poderia apostar que aquelas feições não lhe eram completas estranhas. Poderia vasculhar na própria mente de onde poderia conhecê-la, mas como poderia, ao vê-la imitar suas palavras de uma maneira muito mais engraçada? Dando a tacada correta ao mirar a bola branca e encaçapar a de número seis, rodeou a mesa para a próxima jogada.

É claro que ele se comprometeria a provocá-la. Por isso, chegou perto da madame, o suficiente para segredar em seu ouvido. —  Gosto, mas prefiro que elas fiquem. A visão é muito melhor. — Sorriu travesso, se aprontando para acertar a bola dois. A falta do giz na ponta lhe causou um erro de principiante, o que dava a Lyanna a chance de mais uma nova tentativa. O grito chamou a atenção de um ou outro caminhoneiro, que apenas distribuiu um mísero sorriso para o casal, como se estivessem cheios de promiscuidades na mente. Era a verdade dos fatos, no fim das contas. —  E como seria um cara como eu, madame? —  Apontou o taco para ela, lhe passando a vez.

Niall ergueu a mão para atrair a atenção de uma garçonete, aproveitando para flertar ligeiramente e ter o pedido adiantado. Tiro e queda.  A batata-frita com bacon viria em menos tempo que o esperado, uma vez que já estavam prontas para uma outra demanda. A demora foi apenas a da garota ir até o compartimento de preparações alimentícias e retornar com o bowl repleto de batatas canoas repletas de bacon, cheddar e molho rosê. —  Obrigado…. Ellen. —  Olhando o crachá metálico, Niall secou o traseiro da atendente, que saiu rebolando ao levar no guardanapo o número do rapaz. —  Com fome, dona tacada? —  Ofereceu do outro lado da mesa.


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Mensagem por Lyanna Crawford Fuks Qui 4 Jul - 15:38:07


Se estivesse em NYC com toda certeza a cena estaria estampadas em todas as revistas e tabloides de fofoca. Um clique era o suficiente para acabar com vidas, Lyanna utilizara deste artifício diversas vezes apenas pela própria diversão. Agora, nada restara da rainha de Upper East Side, nenhuma lembrança do seu rebanho, tão pouco os puxa sacos que fazia de tudo para conseguir a atenção de Fuks.

Ali, sobre a mesa, embriagada, o seu império desmoronava, restando nada além de uma garota embriagada que estava sozinha na selva repleta de animais maltrapilhas de atitudes questionáveis e gosto abominável.

Quando que Lyanna tornou-se fraca?

Quando se permitiu circular nos mesmo meios sociais daqueles que chamava de caipiras mortos de fome?

Oh, tomara que esqueça tudo que estava acontecendo, era o melhor que poderia ocorrer para a vida nada emocionante daquela que teve tudo e não está habituada ao nada.

Ah, essa persona emocional estava tanto tempo escondida que a garota surpreendeu-se com as atitudes que se sucederam no instante em que fora notada. Só não esperava que o corpo do maior estivesse próximo o suficiente para esbarrar contra a pele da loira e muito menos que a respiração quente fosse de encontro ao lóbulo da orelha com o sussurro sugestivo. Não o respondeu, não queria que a própria fala soasse pornográfico, afinal, estava bêbada e não conseguia formar uma frase completa. Oh, merda, por que foi cair na pilha dele? Desde quando Lyanna Fuks se importa com a opinião de alguém? E por que sete infernos existe uma pigmentação avermelhada nas maçãs do rosto?

Os olhos se reviraram no belo rosto, tomando nos dedos o taco oferecido, encostando-se na beirada da mesa para esbarrar em uma bola azul com uma numeração que não se importou de checar, mirando novamente errado e acertando outra colorida ao invés da branca. Que jogo mais chato! Por que a merda da bola branca tinha que sumir… Opa, ela estava bem no canto esquerdo, que vadia.

O ato serviu para que a atenção fosse para o cowboy que estava mais interessado na bunda da garçonete do que no jogo em questão. Ai estava um dos motivos que ela detestava caras como ele, embora a lista contra o rapaz acabara apenas de começar, o sexto sentido de Lyanna nunca falhava. Nunquinha.

— Quer que eu di-diga uma mentira para inflar esse seu egow ou fale a verdade que podeee acabar com esse sorrisinhooo? — Se estivesse sã a frase soaria mais desafiadora do que ridículo, mas ela não notara isso, estava apenas com a ponta do taco apoiado na bochecha esquerda, as írises azuladas erguendo-se para deparar contra os dele, parando brevemente para analisar sua feição. — Oh, vamos pulaar a par-parte que eu me não-me-importo e ir direto ao ponto: olhar para a retaguarda de alguém já é o comeeeço para te co-colocar na lista de caras que eu detesto senhor caipira.... — Ela nem sequer sabia o nome dele — Como que é seu nome mesmo? — Ou ele não era tão notável assim ou não sabia.

Optou em desviar o olhar rumo a batata frita posta.
Alerta de calorias, colesterol, problemas cardíacos e obesidade.

Dane-se, um só não a mataria, certo?

Jogou o taco contra o corpo do moreno, as mãos com bactérias indo de encontro às batatas e logo depois sendo inseridas na boca de Lyanna. Que nojo. Eca, mil vezes eca.




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Mensagem por Niall Falahee Qui 4 Jul - 21:33:23

You are not beholden
Niall gostava de brincar, e nada mais divertido para ele do que encontrar alguém para se tornar o seu alvo. Naquela noite, Lyanna poderia se considerar como o stand prioritário, a quem não deixaria de irritar ou quem sabe, descolar alguma coisa. Não se incomodava em ser apontado como mulherengo ou galante, não podendo contestar como mentira uma verdade tão evidente, e ter a loira coordenando possíveis ofensas no meio de suas frases, ele as considerava como banalidades deixando os lábios de um bebum. Apostava todas as suas fichas que, se caso encostasse a ponta do taco nela com o mínimo de força, a derrubaria sem nenhuma dificuldade. Seria uma cena engraçada, sim, mas não era de seu feitio judiar de uma mulher. Principalmente uma tão bonita.

O que era mais engraçado, para ressaltar pulando tudo o que já acontecia, era a diferença gritante de alturas. Enquanto o inglês era muito maior que metade do público presenciando o show grátis no palco, a loirinha deveria estar mais próxima do jardim de infância se não contasse com os saltos. — Você diz isso por que ainda não estou olhando a sua? Posso me dar o esforço, é só se virar. Não que eu não já tenha reparado. Até que você dá pro gasto, baixinha. — Provocou, só para ver até onde ela conseguiria continuar tentando alcançá-lo com algum xingamento. Niall tinha em mente que a garota não duraria por muito mais tempo, visto a espalhafatosa quantidade de álcool ingerida ao se desafiar com as bebidas e o bartender.

Se a morte cabia em um bowl, era naquele. Tanto cheddar, bacon e fritura juntos eram ótimos responsáveis para acabar com a saúde de um mamute, mas quem ligava? Estava com fome, e era um perfeito crente do ditado: Aquilo que não mata, engorda. O que engorda, se queima na academia. No dia seguinte faria uma sessão extra para acabar com o teor de gordura que seria ingerido, como se tivesse muito mais que aquilo. Era cuidadoso demais com o próprio corpo. — Niall, sô. E vós missê? — Enfeitou o sotaque estereotipado, procurando qual bola encaçapar. Ao mirar na de número 9, acertou a doze, que se afastou e colidiu contra o canteiro esquerdo da mesa.


Niall Falahee
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Mensagem por Lyanna Crawford Fuks Dom 7 Jul - 16:33:50

Se não fosse pelo sabor maravilhosa daquela batata, Lyanna teria jogado-as na cara dele. Preocupou-se em mastigá-las, virando-se em uma típico movimento de defesa, colocando a bunda contra a mesa de bilhar e longe — muito longe — dos olhos daquele pervertido.

— Nãoo quero ter o prazerrr de te denuunciar por assédiiio. — Afastou as batatinhas, recusando-as com um aperto gigantesco no coração de pedra. Se estivesse em Nova Iorque estaria levando uma bronca da agente e um sermão da sua nutricionista; sentia falta delas algumas vezes e em outras queria colocá-las em um caldeirão fervente. No bar, a loira tinha a liberdade que sempre reclamara que não possuía, mas o rapaz que se nomeava como Niall em um sotaque caipira proposital com o apelido que ela soltara conseguiu retirar o pouco de fome que tinha. Não eram as bactérias que a preocupavam — ela estava bêbada, o que ajudava a não ter um surto — e sim um resquício de decepção mesclado a surpresa de reconhecer tal nome em algum lugar. Não era entre os traficantes, bandidos ou assassinos que passavam nos noticiários e sim no meio artístico.

— Baixinha, pra voocê. — Optou em continuar nas sombras, não queria o seu nome associado a qualquer coisa naquele local, muito menos a ele. Provavelmente não o veria novamente, era assim que as coisas aconteciam. Permanecer desconhecida nunca pareceu tão seguro e divertido ao mesmo tempo.

Ainda esperava a ligação da sua agente chamando-a para algum trabalho, retornando para a normalidade dos palcos assim como as filmagens de alguma série ou filme. Ah, maldita nostalgia de querer segurar um roteiro nas mãos e dar vida a algum personagem que tirava-a do tédio.

O lado bom de estar em Nashville e poder inventar uma história e viver cada persona diferente. A bêbada, no entanto, não era uma das melhores interpretações, afinal, não sabia beber e não falaria em voz alta, não na frente de Niall.

O melhor era se afastar.
Mesmo que o embate fosse mais interessante.

— Canseei desse jogo e de fingir que estou perdenndo — Fuks estava perdendo, de verdade, só que o orgulho falava mais alto. O par cerúleo mirou atrás do maior, captando uma ruiva que não tirava os olhos da dupla e, principalmente, do caipira. — Ella não tem problema nenhum em mostrarr a buunda pra você, então sinta-se em casa. — Voltou a fitá-lo, fazendo um leve aceno com a cabeça em uma despedida.

Girou os calcanhares, o corpo se inserindo em meio a multidão e procurando a merda de um banheiro de xilindrô.

Quem diria, Lyanna Fuks usando um banheiro público.
Alguém pode tirar uma foto desse momento?




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