[FP] Rose Baxter

Os fogos de artificio explodiram no céu, as crianças invadiam as ruas com palitinhos faiscantes, correndo para todas as direções, deixavam os pais quase loucos ao tentar conter a animação dos pequenos. A cidade ficava em festa, quase descontrolada - O que era algo raro para Cape May, New Jersey.

A noite cheia de estrelas, que assistiam caladas e brilhantes o tranquilo povo da cidade, todos reunidos pelo feriado de 04 de Julho. Enquanto todos comemoravam o feriado de 04 de Julho, os Baxter estavam infiltrados num hospital, numa expectativa que excedia a normalidade do nascimento de uma criança. Quando ela nasceu, as 21:04 parecia que a festa havia se transferido para o pequeno quarto, e o mais estranho é que ninguém comentavam o quão saudável a criança era, ou o bem estar da mãe, todos só pensavam é que agora "Os Baxter estão de volta ao jogo." E todos apostavam que a menina seria muito mais bonita, mais inteligente e até mais alta que a menina que a pequena Carmel já tinha visto.  

A vida de Rose até os 7 anos foi normal: pais, avós paternos (os maternos residiam em Nashville, onde eram ligados a imprensa local desde sempre), escola, Carmel... mas então seu pai recebeu uma proposta de trabalho em Chicago e por conta disso a família se mudou. O começo foi bom até que os problemas começaram a pipocar: Harry mergulhou no trabalho, a mãe engravidou e Rose foi deixada cada vez mais de lado pela mãe que enxergou na gravidez a salvação para o casamento que degringolava a olhos vistos, então quando perdeu o bebê entrou num processo depressivo e mergulhou na compulsão para medicamentos. Inúmeras foram as vezes que Rose acompanhou a mãe na sua busca pela satisfação do seu vício, outras tantas que foi esquecida na escola, nas aulas de ballet e por isso quando os pais se separaram não foi difícil para a garota decidir com quem gostaria de morar.

Após a separação, a mãe se mudou para Nashville, onde tal como ela, sua família decidiu recomeçar enquanto Rose e o pai continuaram em Chicago. O contato com a mãe foi se esparsando até se restringir a ligações no Natal e aniversário da garota, tanto que quando a mãe se casou há pouco mais de 1 ano, Roselyn nem compareceu a cerimônia.

Em Chicago a vida dela seguiu normal, o pai trabalhando muito, ela estudando, vivenciando os dilemas normais da adolescência até que aos 15 anos foi encontrada por um olheiro de uma agência de modelos e passou a fazer alguns trabalhos esporádicos - pelo menos até terminar o colégio - e então os trabalhos foram aumentado quando entrou para a universidade.

Este foi um ano de grandes mudanças, ela entrou para a Universidade e seu pai descobriu o câncer. A princípio todos os procedimentos correram bem e depois de algum tempo, Harry foi tido como curado até que células cancerígenas foram encontradas na medula dele e para bancar o tratamento, Rose passou além das fotos e desfiles para grandes nomes da área da moda, passou a trabalhar, eventualmente, como acompanhante de luxo.

Foi num evento em que acompanhava um figurão de Seattle que passava algumas semanas em Chicago que conheceu Trevor Sanders. Sabe aquela coisa de 'paixão à primeira vista'? Essa é a descrição perfeita do que houve. Ele era viúvo e tinha uma filha. Depois dessa noite, passaram a se encontrar com frequência, se envolveram cada vez mais e era um relacionamento absolutamente passional, tão passional que as brigas eram homéricas, geralmente motivadas por ciúme, e foi durante uma dessas brigas que Harry conheceu o namorado da filha e, como era de se esperar, não gostou nem apoiou que o relacionamento prosseguisse. Pai e filha não tiveram muito tempo para deliberar a respeito já que Harry teve uma recaída.

Rose rompeu com Trevor e como passava mais tempo com o pai nos hospitais acabaram por perder o contato. Algum tempo depois Harry morreu e Rose pretendia continuar com sua vida em Chicago mas o pedido feito pelo pai no leito de morte a fez repensar isso. Tanto repensou que agora estava de mudança para Nashville, a fim de restabelecer alguma relação com a mãe. Porém, só fazia isso por causa do pai.