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Mensagem por Victoria H. Ohmsford Sex 24 Nov - 1:10:54

collide
O conteúdo da presente RP seguirá um roteiro livre, com caráter profissional retratado no Nashville Health & Care Center, ainda na calçada ao lado de fora. O teor da narrativa se desenvolve por Victoria Ohmsford e Lindsay Vaughan, tornando-se exclusiva entre as duas. Qualquer invasão será desconsiderada.
dia
17º
8:00hrs
Victoria H. Ohmsford
Victoria H. Ohmsford
diretor do hospital de nashville


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Mensagem por Lindsay Vandervoort Dom 26 Nov - 14:45:15



She's Fly Effortlessly
Don’t be afraid to dream!






Do you ever wonder if the stars shine out for you?

A costumada a seguir o mesmo método de rotina. Todos os dias, Lindsay acordava, tomava café da manhã, se arrumava e ia trabalhar. Almoçava e voltava para o trabalho, tanto na delegacia como no hospital. Sua vida estava mais agida e corrida, desde que a diretora do hospital, Victoria, havia deixado que a loira fizesse seu trabalho sem que precisasse implorar a alguém para isso, tudo estava mais fácil. Naquela manhã não foi diferente, ela vestiu uma calça jeans e uma blusa branca, calçou um salto, e após tomar seu café, saiu. Ela sorriu ao dirigir seu carro, ou tentando fazer isso. Havia comprado o carro a uma semana e parecia estar dirigindo pela primeira vez, já que fazia um tempo desde que aprendeu com seu pai, e de quando fez aulas para tirar a carteira de motorista.

Estava atrasada, e sabia disso não apenas por olhar a hora no celular. Mas, porque seu pai lhe mandava mensagens a cada cinco minutos. Pela segunda vez no ano, Lindsay iria receber a visita do pai, que assim como no ano anterior vinha sozinho sem a companhia de sua esposa e mãe de sua filha. Quando finalmente decidiu deixar de ignorar as mensagens de seu pai, ela pegou o celular que apitava enlouquecidamente dentro da bolsa e olhou a última mensagem, que assim como as outras dizia: Desculpa filha, eu não pude ir. Sua mãe ficou doente. Papai.

Antes de sorrir amargamente, Lindsay só teve tempo de ergue os olhos para a figura que atravessava a rua em direção ao hospital. Por sorte conseguiu frear antes que pudesse acidentalmente atropelar a mulher. Ela fechou os olhos com força, mas quando os voltou a abrir, seu coração deu um pequeno salto ao ver que a mulher era Victoria. Os cabelos negros, a feição delicada e o sorriso haviam sido substituídos pelo susto repentino estampando em seu rosto. Lindsay tirou o cinto, e saiu do carro desesperada.

— Vic, você tá bem? Quantos dedos tem aqui? — perguntou afobada e sem quebrar o contato visual com ela. A morena afirmou sorrindo, e Lindsay aliviada retribuiu o sorriso dela, para só então, notar os olhares curiosos daqueles em frente a entrada do hospital. — Estou demitida? — murmurou baixou com um sorriso torto, e com um tom de receio na voz. Seu corpo tremeu de frio ao receber uma rajada de vento, fazendo os fios loiros baterem contra seu rosto. Agarrou com força a mão de Victoria, tirando às duas da calçada para dentro do hospital. Só então, no lado de dentro soltou a mão morena para vendo um sorriso gentil em seus lábios.

Tudo bem, talvez aquele sorriso quisesse dizer que ela não estava demitida, mas com certeza sua serenidade calma diante a situação fosse apenas atuação. E ela estivesse prestes a coloca-la para fora de seu hospital. Pensou.

Lindsay Vandervoort
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Mensagem por Victoria H. Ohmsford Dom 26 Nov - 18:20:03




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ecstasy


You know that's a lie that you tell yourself




Victoria prendeu o cabelo num rabo de cavalo alto, enquanto compadecia diante de alguns pensamentos. Tinha se ausentado num período de três dias do hospital para se recuperar de uma baixa em seu sistema imunológico que lhe causara uma pequena virose numa prescrição desenvolvida por Sebastian Hansson. Na ressalva dos dias longe do ofício, não conseguia se prender ao devido esmero de finalmente ter algum descanso. Era tão compenetrada com o próprio trabalho, que já não conhecia o literal sentido do que descansar realmente significava. Fora repreendida diversas vezes por Shelley, que chegou a esbravejar com sua superior pelo simples fato de não estar cumprindo as ordens do doutor que havia lhe atendido, ligando constantemente para obter notícias do que acontecia em seu hospital.

Aquele era o dia de seu retorno, e para ela aqueles três dias tinham seu valor muito mais extenso do que somente setenta e duas horas. Já não se sentia incapaz ou com sintomas de fraqueza. Estava mais forte do que antes, recompensada pelas vitaminas que havia ingerido para uma melhora mais sagaz, obtendo os resultados que queria para consigo mesma. Por isso, naquele dia, resolveu ir buscar o próprio café e tomar por lá mesmo.

Na volta, quase fora vítima de um atropelamento. Se não tivesse um reflexo eficiente, provavelmente teria ficado sem um ou dois dedos dos pés, visto a forma em que o condutor do veículo trafegava por ali. A parada brusca fora uma grande ajuda, mas se não tivesse dado passos para trás, estaria numa situação mais complicada do que uma virose naquele instante. Não teve tempo de corresponder ao pequeno alvoroço formado, pois tinha sua mão agarrada e era puxada para dentro do hospital rápido demais. O gesto, é claro, não havia passado despercebido pelos funcionários ali no lobby, que as observavam numa tentativa falha de serem discretos.

Eu estou vendo seus dedos muito bem, Lindsay. ― conseguiu responder quando sua atenção se voltou para a perita forense que atuava em seu hospital há apenas alguns dias. Passado o susto, um pequeno sorriso se instaurou nos lábios da mais velha. ― Não se preocupe com sua admissão, eu estava distraída, não devo deixar a culpa sobre seus ombros. Serve de lição para uma próxima vez. ― comentou, pondo as mãos para dentro dos bolsos do jaleco. A médica passara por uma pequena vontade de sorrir diante da pergunta sobre quantos dedos via. Era uma pergunta feita para diagnosticar algum problema ou distúrbio nos reflexos, o que havia provado ter em bom estado ao desviar do possível impacto antes do carro frear.

Poderia dar algumas instruções de como dirigir com mais calma, mas tinha certeza de que toda aquela pressa se dava ao horário de sua chegada ao Hospital, o que condizia com um atraso. Não era um problema, já que sua função era se dividir entre dois lugares. Se bem lembrava, aquele era um dia de folga combinado com ela. A dra. Ohmsford vagou os olhos azuis pela mulher, vasculhando algum hematoma ou qualquer sinal de que houvesse sofrido alguma colisão com a freada repentina. ― Você se machucou? ― perguntou, um tom de preocupação na voz serena.  



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Victoria H. Ohmsford
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Mensagem por Lindsay Vandervoort Seg 27 Nov - 14:00:16



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Foram três semanas coladas a Victoria, trabalhando no mesmo hospital. No começou Lindsay pensou que nada passaria apenas de trabalho, mas como seu primo, ela havia ganhando uma amiga, poucas entre as que tinha na delegacia. Apesar da pose de mulher séria, a morena era diferente, às duas conversavam sobre tudo e o papo nunca acabava. Tirando as folgas, seus dias eram extremamente ocupados. As horas pareciam não durar o suficiente e ela sempre tinha muito o que fazer. Conciliar o trabalho na delegacia com o hospital não era fácil, mas com a ajuda de Vic, nem um trabalho parecia tão cansativo.

Sem perceber, a perita ficou um bom tempo encarando a amiga naquela roupa formal, até ouvir o que parecia ser a terceira vez se havia se machucado. No primeiro momento, pensou em responder a verdade, mas não fez. ― Sim. Devo ter batido com a cabeça. ― levou a mão ao lado direito da cabeça, fingindo dor ao mesmo tempo, em que analisou minuciosamente a reação da mulher a sua frente. Segurou o riso ao notar o olhar preocupado de Vic, sentindo-se um pouco culpada pela brincadeira sem graça. ― Mas calma, vai passar. É só você tomar um café comigo como um pedido de desculpa por quase ter te matado. ― sorriu quase sem perceber, afrouxando a expressão de dor até que a mesma sumisse. Depois de alguns segundos de silêncio, o som de “bip” fez com que a loira procura-se o aparelho da médica até acha-lo com os olhos. ― Parece que alguém aqui não tem folga. Vou te esperar na sua sala. ― Lindsay desviou o olhar de Victoria, encarando algumas enfermeiras e pessoas curiosas, enquanto seguia pelo corredor, parando uma vez ou outra para falar com alguém.

Estava ali, sentada espreguiçada na cadeira enquanto tomava uma xícara de café que havia tido a liberdade de pedir a secretaria da médica. Quinze minutos havia se passado desde que esperava por ela. Lindsay remexeu-se desconfortável na cadeira, aquela posição estava começava a lhe incomodar, até decidir se levantar e ir até à janela. A altura em que ficava aquele andar lhe fazia sentir um enjoo inconveniente, enquanto observava as pessoas lá em baixo parecendo formigas prontas para serem esmagadas por saltos e sapatos. Então aquela sensação terrível passou quando ouvir o som do toque do seu celular, a fazendo sair de perto da janela para pegar o aparelho eletrônico em sua bolsa.

― Ryan, até onde eu sei, hoje é meu dia de folga. ― disse simpática assim que atendeu a ligação, e logo engatou uma conversa com seu colega de trabalho. Ficaram conversando sobre tudo. Alguns minutos depois a conversa havia acabado e a ligação encerrada, enquanto isso ela encontra-se agora sentada sobre o sofá da sala assistindo há um episódio de House pelo celular, considerado um hábito nada saudável, já que muitas vezes reclama sozinha de dores nos ombros por ficar muito tempo na mesma posição.

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Mensagem por Victoria H. Ohmsford Seg 27 Nov - 22:51:26




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O olhar preocupado da neurologista acentuou sua expressão, e não tardou para Lindsay ser analisada brevemente pelos olhos azuis como se estivesse prestes a participar de um exame. Mas, as coisas agiram contra os passos que daria em direção da perito forense. O beep lhe tirou a atenção momentânea, e o instinto ético de agir em prol da medicina lhe tomou os eixos. Deixou que a mulher percorresse o caminho até sua sala, beepando Shelley para lhe alertar da presença repentina em sua sala.

Levou quase vinte minutos para encerrar a consulta, reavendo um antigo paciente que vez ou outra dava entrada na emergência com problemas respiratórios. Victoria conhecia todo o histórico de Brandon Wane, que não passava de um teimoso sem rédeas, capaz de por a própria vida em risco para ter alguns segundos de adrenalina cotados nas veias. ― Você já foi mais prudente, Brandon. Sabe que não pode se inscrever para a próxima corrida, tenha um pouco mais de zelo pela sua vida. O meu papel é te orientar, não presto serviço de babá. ― vendo de fora, um telespectador poderia tomá-la como uma cascavel desbocada, mas não passava de um absurdo acometido pela intempérie que Brandon trazia consigo toda vez que dava entrada no Nashville Health & Care. ― Vou interná-lo para um período de quarentena. Seu pai será informado e vamos discutir o futuro de um adulto inconsequente que tem amor por desperdiçar a própria vida. ― a acidez jazia sobre as íris cor do céu, enquanto a doutora se colocava para fora da sala.

Brandon Wane tinha um caso grave de anomalias em suas vias respiratórias, que transitavam o ritmo da passagem de oxigênio para seu cérebro. Tal problema lhe ofertava constantes quedas de pressão, desmaios e até mesmo convulsões. Era proibido de exercer qualquer atividade que alterasse a quantidade de ar que passasse o nível que supria como cota normal suportada pelos pulmões já frágeis do homem de vinte e quatro anos.

Quando finalmente se livrou de seu turno, oficializou a deixa de afazeres, subindo pelo elevador até adentrar a própria sala, na cobertura do prédio. Era uma altura considerável, e todo o andar se dava para total ocupação do diretor, que no caso, tratava-se de Victoria. Ainda precisava direcionar um pouco de cuidado aos possíveis ferimentos de Lindsay, a quem via algo em seu celular quando irrompeu pela porta. ― Onde estava doendo? ― foi a primeira coisa que sibilou, aproximando-se o suficiente da mulher, girando a cadeira na qual ela havia ocupado de uma forma não tão saudável para sua postura.

Victoria tinha se reclinado sobre Lindsay, com as mãos ainda apoiadas na poltrona giratória, enquanto os olhos azuis corriam pelo rosto delicado, buscando por escoriações, machucados ou qualquer marca que precisasse de um cuidado.



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Mensagem por Lindsay Vandervoort Ter 28 Nov - 20:30:07



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Lindsay observou a jovem médica entrar pela porta, para logo vê-la senta-se perto de si, interrompendo o episódio da série que assistia. A loira deixou o celular ao lado, repousando-o no canto direito do sofá, enquanto se via sendo analisada por alguns instantes. Depois de um pequeno tempo em silêncio, sorriu negando com a cabeça para a pergunta preocupada de Victoria enquanto ainda a tinha perto dela procurando por possíveis machucados. Será que ela não havia notado o tom de brincadeira em sua voz quando disse tinha batido com a cabeça? Pensou, segurando a vontade de rir, sabendo que se fizesse isso, seria errado. Pois, esse tipo de brincadeira não se fazia.

— Se você chegar um pouco mais perto de mim, eu vou pensar que quer me beijar e não fazer uma consulta médica. — riu levantando a cabeça rapidamente e a encarando diretamente nos olhos. Seu rosto tinha uma expressão em um misto de preocupação e humor. Lindsay se levantou e ocupou a cadeira perto da mesa ao mesmo tempo, em que fazia um gesto com a mão para que a médica fosse para seu lugar de costume. Era a primeira vez que Lindsay estava visitando o escritório médico da doutora, era tão luxuoso e elegante. Ela sempre esteve acostumada a estar em uma sala simples, assim como seu laboratório. Logo sua atenção voltou para a figura feminina que ia se sentar em seu lugar com um sorriso amigável nos lábios.

Ela respirou fundo, olhando a mulher sentada à sua frente. A loira sustentou o olhar e apertou levemente uma mão na outra. Victoria parecia séria, pensativa, mas ainda sim sua expressão estava mais aliviada por saber que a perita estava possivelmente bem depois do ocorrido. Duas batidas foram ouvidas na porta, e logo a secretaria passava por ela trazendo dois corpos de café expresso. — Bom, eu pedir para ela ir comprar dois cafés aqui ao lado… Fiz mal? — disse meio sem jeito assim que a moça colocou o que tinha sido pedido sobre a mesa, saindo logo em seguida. — Desfaz essa carinha. Eu estou bem. Só estou um pouco enferrujada. Se te fizer feliz, eu posso deixar que você tenha seus quinze minutos de médica comigo, só para você ter a certeza de que estou realmente bem. — sorrio, segurando o copo de café em uma das mãos, bebericando o líquido quente ao poucos para não se queimar. O silêncio se instalou novamente entre às duas, onde ficaram alguns minutos assim, dividindo a atenção em tomar o café e olhar uma para a outra.

Lindsay se sentia ridícula por ficar tão inquieta ao lado da mais nova amiga. A sua simpatia e seriedade de certa forma a intimidava. Diferente das outras pessoas com quem costumava trabalhar, e que preferiam se manter em silêncio, o que ela até agradecia, pois, não gostava de socializar, há não ser que o assunto fosse relacionado ao trabalho. Coisa que aprendeu desde pequena por causa dos pais, que diziam: primeiro as obrigações e responsabilidades. Hoje tentava ser um pouco menos antissocial, e não era atoa que quando desandava a falar, sempre se enrolava nos assuntos, e passava por alguns vexames.

A loira deixou o café sobre a mesa, e voltou a fitar a médica. Lindsay arrastou sua cadeira para o lado oposto da mesa, ficando perto de Victoria, segurando uma de suas mãos e a levando para o lado esquerdo do próprio rosto. — Viu. Eu estou bem. — sentiu o olhar dela para si, e era como se seu interior queimasse de vergonha por perceber que havia realmente dado preocupação a mulher, o que a fez ficar ainda mais sem graça, a fazendo sorrir sem jeito.

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Mensagem por Victoria H. Ohmsford Ter 28 Nov - 21:08:18




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A médica afastou-se alguns centímetros quando percebeu que estava próxima demais, chegando a invadir o espaço pessoal daquela que encontrava-se diante de si. Não havia sido proposital, apenas empertigou-se com a possibilidade de negligenciar uma vítima motivada por uma aparência de perfeito estado. ― Perdão. ― se afastou completamente, caminhando sem pressa até recair sobre o assento presidencial, enquanto descansava a caneta prateada reluzente sob a mesa organizada numa perfeita combinação de ordem mais acesso prático ao que era necessário, mais usado e outras alocações.

Sua expressão havia se neutralizado por alguns instantes, até rebobinar os fatos. Lindsay parecia realmente bem, ainda que aquilo não fosse motivo para desistir de uma breve consulta. Estava interceptada pela expressão estampada na face alheia enquanto parecia observar cada canto daquela sala. Raramente outras pessoas tinham o esmero de adentrar o ambiente, com exceção de Shelley, que quase sempre estava ali dentro. E fora somente pensar nela, que sua figura atravessava a porta, carregando uma bandeja com dois copos do que parecia ser café e uma cesta de muffins coloridos. ― Obrigada, Shelley. ― agradeceu a mulher, dirigindo as pérolas azuis para a perito forense. ― Ela não sai para compras no meio do turno, provavelmente mandou alguém ir. E também, só deve ter te dado ouvidos por saber que já faz algumas horas que não como. Ela não segue ordens que não sejam as minhas. ― foi tudo o que disse, enquanto afastava o copo deixado para sua direção da pilha de documentos ao lado.

A doutora sabia que dentro daquele recipiente não havia café. Quase nunca ingeria cafeína pura, coisa que não lhe era tão agradável. Não era fã de café, mas tomava quando precisava recobrar os sentidos e espantar a sombra do sono. Em outras ocasiões substituía a cafeína por chá verde, mocha ou frappuccino. Ao constatar que tratava-se de um mocha com bastante creme, deu um longo gole, sentindo o estômago se aquecer com a sensação de que estava prestes a ser preenchido.

Mas Victoria teve sua mão tomada instantes depois de soltar o copo, entrando em contato com Lindsay. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios. ― Não é assim que eu constato a boa condição de alguém, senhorita. ― uma risadinha escapou antes que pudesse se conter, e antes de desfazer o toque, afagou sutilmente a pele clara da mulher. ― Vou cobrar estes quinze minutos. Mas antes, me diga o que estava fazendo aqui na frente. É seu dia de folga, tanto na prefeitura, como aqui. Aconteceu alguma coisa? ― pegou um dos muffins, brincando com a pontinha da embalagem.



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Mensagem por Lindsay Vandervoort Qua 29 Nov - 23:01:36



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Com certeza Lindsay estava envergonhada pela atitude de pedir algo a alguém que não fosse sua fusionaria, como fez ao ter tido a liberdade de fazer o pedido dos cafés, sendo ele menos um, pois, Victoria havia deixado bem claro que não costumava tomar cafeína. Anotaria isso como um lembrete. Mas, era impossível imaginar que uma mulher como ela que muitas vezes virava a noite no hospital, raramente tomasse café para se manter acordada. Aquilo em certo momento lhe pareceu curioso, não pelo fato dela não tomar café, pelo contrário, mas por ter tanta energia sem nem se quer ingerir o líquido constantemente. Quando finalmente parou de se questionar o motivo da doutora tomar ou não café, foi só então, que percebeu que ainda estava com a cadeira em frente a médica, tomando seu espaço pessoal. Ela a encarou por alguns instantes, e sorriu, puxando novamente a cadeira para seu lugar de origem em que antes estava.

Não entendia ainda sua atitude, na verdade, entendia sim, mas ignorava, não podia demonstrar qualquer outra coisa, além do que ela pensava por ainda estar ali naquela sala enorme. Lindsay se recompôs em seu lugar e esperou que o clima de conversa voltasse ao normal, apenas apoiou seus braços sobre cada braço da cadeira enquanto cruzava as pernas, olhando Victoria diretamente nos olhos. — Bem, não era minha intenção estar aqui no meu dia de folga… Mas, meu pai que deveria ter vindo me visitar, não veio. Então, foi aí que no caminho indo de encontro a ele, e distraída no celular, que eu quase te atropelei. E sim, sei que é errado ficar no celular enquanto se estar dirigindo. — se explicou, colocando o queixo apoiado na mão direita, e sorrio de canto, olhando-a. A loira voltou a tomar seu café, dando um longo gole enquanto observava a mulher a sua frente. A encarou mais uma vez, inclinando um pouco a cabeça para o lado enquanto saia da posição em que estava, voltando a repousar o braço no mesmo lugar de antes. — Eu nem deveria estar mais aqui. Estou atrapalhando seu trabalho. — sorrio sem jeito, mordendo de leve o canto esquerdo da boca.

A perita voltou a posição de antes, e apoiou novamente o queixo sobre a mão. Não sabia se deveria se levantar e ir embora dali, ou se deveria ficar mais um pouco e fazer companhia a amiga. O jeito sério que partia de Lindsay naquele momento, assustava a si mesma, pois, não era assim com a médica desde o dia que a conheceu na casa de seu primo, e nem sabia que era possível ficar assim com ela, já que quase sempre fazia piadas sem graças, ou preferia ficar calada em momentos em que às duas trabalhavam juntas. Já que sua expressão e seu olhar estava um pouco intrigante, suspirou e deu um sorriso, voltando a dar toda a atenção que tinha para a doutora.

A cada palavra que ela tinha dito, ela se sentiu culpada por ter ficado seria demais durante o assunto, não queria causar nenhum mal-estar com a amiga. — Sinto muito pelo quase atropelamento. — foi a única coisa que consegui falar, até porque não havia mais o que ser dito se não fosse pedir desculpa. Agora ela tomaria mais cuidado quando tivesse atrás de um volante, e deixaria na próxima vez seu celular no silencioso, evitando assim a sua curiosidade de pegar o aparelho eletrônico para ver ligações ou mensagens sempre que o mesmo apitasse dentro da bolsa.

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Mensagem por Victoria H. Ohmsford Qui 30 Nov - 20:25:29




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Victoria manteve-se como espectadora das reações expressas por Lindsay por todo o tempo, sem vocalizar nenhuma palavra por um bom tempo. Não se passou pela mente da doutora a falta de jeito demonstrada pela perito, que quase nunca demonstrava uma baixa em seu humor e nem mostrava-se com vergonha para muitas ocasiões. Reparou que ela pudesse ter captado a mensagem dada anteriormente de um jeito completamente errado, o que não podia ser tão difícil de se imaginar, visto sua profissão. Lindsay trabalhava com possibilidades, então não podia simplesmente tentar compreender o que ela pensava ou expressava, mas podia amenizar os termos. Foi por isso que se levantou, indo se recostar poucos passos frente a ela, recostada na beirada de sua mesa.

Eu não estou em plantão, na verdade, nem deveria estar trabalhando hoje. Também é meu dia de folga.

Iniciou, pegando o copo com seu mocha, podendo sentir o cheiro dos marshmellow's derretidos por cima, formando uma crosta flambada como gostava. ― E já que você está bem, podemos esquecer o ocorrido, não podemos? ― um pequeno sorriso despontou nos lábios vermelhos da doutora, que fixou o olhar azulado sobre a loira. Objetivando um propósito para aquele encontro descomunal como uma obra do acaso, a neurologista traçou um plano em sua mente.

Você ainda vai encontrar o seu pai? ― era uma pergunta simples, mas ela tinha um pouco de receio em continuar com o que pretendia. Não sabia dos compromissos da mulher fora das grandes paredes que era o relacionamento profissional que tinham desenvolvido. ― Você vai ter que se desculpar comigo de uma forma melhor. Talvez fora daqui, em um restaurante onde preferir. ― nunca havia precisado flertar em níveis extremos ou como naquele caso, chamar alguém para sair, o que lhe deixava com certa insegurança.

Mas se não puder ou não quiser, posso entender perfeitamente. ― um sorriso gentil formou-se nos lábios da médica, que fitou a mulher com certa expectativa. Afinal, Lindsay ainda ia de encontro ao seu pai, e havia parado somente para lhe prestar algum socorro ali mesmo no hospital. Restava somente esperar para ver onde daria todo aquele desfecho.



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Mensagem por Lindsay Vandervoort Dom 3 Dez - 21:21:10



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Lindsay permaneceu sentada em seu lugar e observou a médica se aproximar. Assim que Victoria parou em sua frente, encostando-se a mesa para se apoiar ali, a loira levantou-se e colocou às duas mãos sobre o móvel, uma em cada lado, prendendo o corpo da médica entre ela e a mesa. Havia ficado surpresa pelo convite, embora já a conhecesse muito bem, sabendo que era do seu feitio fazer uma proposta como aquela, como uma maneira de desculpar verdadeiramente e de forma bem agradável.

— Fico feliz pelo convite. Só que eu não posso aceitar. Não hoje! — respondeu. Então, só de estar tão próximo a médica, olhando-a nos olhos, era a constatação de que essa mulher conseguiria fazer mulheres e homens cair aos seus pés somente com um olhar, que era mais que verdadeiro. — Desculpe, Dra. Ohmsford. — a voz doce de Lindsay saiu baixa, mas com um sorriso largo nos lábios. Então, após alguns minutos parada na frente da morena, olhando para a mulher que talvez estivesse imaginando qual seria seu próximo movimento. Riu ao achar engraçado que poderia estar assustado ela, julgando por sua feição que não demonstrava expressão alguma. A Perito reagia de forma tímida, mas já era de esperar, pois, a seriedade que a outra passava, tornava um tanto intimidadora, e ela sempre tinha um jeito estranho de deixar as pessoas ao seu redor constrangidas com sua maneira de agir, e aparentemente, com a médica a sua frente não haveria de ser diferente.

— Tenho que ir. — disse de maneira formal acreditando que não estivesse sendo fria por ter recusado o convite. Ela observou o sorriso da morena, era encantador como parecia tão cheio de ingenuidade, era como o sorriso de uma criança, e retribuiu sorrindo também, mas de maneira menos sutil do que a anterior, enquanto tentava parecer menos tímida. Logo tomou coragem, e subiu uma das mãos até a nuca da médica, e antes que a mesma nem sequer pudesse reagir a qualquer ação, Lindsay aproximou seu rosto do dela, sentindo seus lábios envolverem os seus em um selinho suave e rápido. Quando se afastou, pensou em pedir desculpas por ter a beijado sem sua autorização, mas ao em vez disso, apenas pegou sua bolsa sobre o sofá, com seu celular e saiu pela porta. No meio do caminho, enquanto caminhava em silêncio, mandou uma mensagem para Victoria, dizendo estar livre da terça. Pensou em lhe mandar mais alguma coisa, mas realmente não tinha ideia do que escrever, e talvez poderia está sendo invasiva, e isso a incomodava. Sendo assim, apenas bloqueou a tela do aparelho eletrônico e seguiu seu caminho para fora do hospital.

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