[RP FECHADA] Sweet Hallowen

Embora o beijo passasse em sua cabeça em câmera lenta os acontecimentos seguintes passaram tão rápido que, quando notou, estava do lado de fora do evento escutando gritos de desespero de muitas e muitas pessoas por ali devido aos disparos repentinos. Seus pensamentos naquele momento focaram em uma única pessoa: seu irmão. — Theo! Theodore! — Tentou aumentar o timbre de voz e buscar com os cerúleo a cabeleira preta dele, sua missão, obviamente fracassara.

O celular virou em seu bolso, seus dedos capturaram o aparelho com rapidez elevando ao seu campo de visão. Era uma mensagem de seu irmão. Um suspiro de alívio escapara entre os lábios com a coloração avermelhada quase desaparecendo. Fechou as pálpebras recuperando o controle dos batimentos cardíacos para então adentrar o táxi.


O percurso não tivera uma conversação, cada qual preso em seus pensamentos ou no que ocorreria dali para frente. A garota tinha que admitir que tudo a pegara de surpresa — ela detestava surpresas —, ainda mais quando seu pseudo-namorado corre atrás da meia-irmã dramática e um policial com um salário péssimo tem a brilhante ideia de a calar. A única coisa que a loira não se arrepende fora do beijo, cálido e lento, como se o seu corpo ansiasse por aquele desde a primeira vez que quebraram boca na delegacia. Não admitira em voz alta, nunca.

A porta do utilitário se abriu, aparentemente Colton achou os bons modos que estavam perdidos das outras vezes que tiveram um ótimo encontro. O loiro que caminhava ao seu lado tomava conta tanto de pensamentos ruins como de pensamentos bons, não tinha nem cabimento colocá-los na balança porque ele sempre conseguia estragar o momento com as palavras erradas.

E o fizera novamente.

— Você acabou de escutar o que disse? — parou perto de uma árvore enorme, seus galhos estavam tortos e assustadores, sem contar que sua maquiagem nem existia mais e o cheiro de álcool começa a enjoar. — Geralmente, Colton, as pessoas beijam putas e não tem interesse nelas a não ser uma transa. — Contorceu a bela face — E, pelo amor de Deus, óbvio que não sou uma puta, se eu fosse não seria necessário roubar um beijo — Suspirou pesadamente, encostando-se no tronco amadeirado, torcendo para que nenhum bicho estranho tocasse sua pele.

A brisa gélida a abraçava, os braços envolveram-na na tentativa vã de se aquecer. Lyanna precisava de um banho e o caipira tivera a ótima ideia de levá-la para um parque, sério? Ela vai fazer o que? Dar estrelinhas de felicidade pelo ambiente horrível para ter uma conversa séria? O olhar gélido recaiu sobre ele, intensos, profundos, analisando cada palavra proferida e, assim que escutou a respeito de seu irmão a risada sarcástica escapara dos lábios que antes estavam pigmentados.

— Eu estou aqui para ser julgada? Ou pretende me matar e jogar meu corpo nesse lago? — Ótimo, sua noite estava ficando cada vez mais magnifica. — Colton, poderia ser pelo menos um cara normal e dizer que só teve vontade de me beijar porque ficou imaginando isso dezenas e dezenas de vezes? — Agora dobrava a perna, encostando o pé direito no tronco enquanto o outro permanecia reto. — Não estamos aqui para falar se sou interesseira ou se o meu irmão é um reflexo e toda essa baboseira. Eu sou tudo isso que você disse, sou tudo que você detesta, tudo que quer longe. — pendeu a cabeça para o lado em um sorriso de canto — O que me intriga é o seguinte: eu estava seguindo minha vida, com meu namorado, devo ressaltar, e quando você o viu parecia que do nada uma coisa possessiva como homem das cavernas se apoderou do seu corpo. — desencostou da árvore indo em direção a ele, ficando apenas um mísero centímetro para encostar seu corpo no dele, porém, a única parte que tocou o maior fora a ponta do dele indicador — Deixa eu te lembrar que não sou propriedade de ninguém, se tem um interesse por mim, se quer tentar algo comigo, admita. — nesse momento os dedos pararam pelo seu queixo, pressionando-o e puxando para baixo para que a cabeça de Colton ficasse nivelada aos lábios da loira — Admita que me quer.