[fp] Isnt She Lovely?

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Mensagem por Erkki Jori Laaksonen Sex 16 Ago - 15:04:23

Respirei fundo, contando até três, conforme fitava a casa do outro lado da rua. Meu pé batia repetidamente contra o chão - quase como um tique nervoso - conforme o motorista do uber black me observava em tom curioso pelo retrovisor.

Eu não estava nervoso.

Estava ansioso para finalmente encontrar Jose e segurá-la em meus braços, mesmo que ela fosse me afastar com uma faca. Estava ansioso para sentir o aroma dos fios de cabelos negros da mulher, aqueles que haviam me assombrado por quase três meses em meus sonhos. Eu finalmente havia conseguido vencer a melancolia e ir atrás do furacão com quem havia me casado e que, até então, não havia me enviado os papéis do divórcio.

Segurei o buquê de flores que havia trazido comigo, agora me perguntando se o presente colorido seria uma boa ideia.

Engoli em seco e bati a porta do carro, deixando algumas notas com o motorista - não solicitando o troco. Meus óculos escuros cobriram meus olhos do sol e ocultavam o brilho amedrontado em meus olhos conforme eu diminuía o espaço entre meu corpo e a varanda da pacata casa de subúrbio americana, cercada por um grande jardim da frente e algumas estátuas de gnomos.

Subi os degraus de madeira da varanda e respirei fundo, fitando a cadeira de balanço de madeira branca onde já havia visto minha mulher sentar várias vezes. E, com a mão fechada em forma de punho, bati duas vezes contra a superfície da porta envernizada, sentindo meu coração acelerar com a voz ecoada pela distância e o som dos passos cada vez mais próximos.

E quando me deparei com o rosto conhecido, abri meu melhor sorriso.

- Alexandra. Você não mudou nada.

Os olhos escuros da mulher me observaram por alguns instantes até que ela finalmente quebrou a expressão em um sorriso. Minha sogra não era exatamente uma mulher fácil de se lidar, mas sempre me tratou muito bem - provavelmente por ter sido fã do meu pai por alguns anos, como já havia citado várias vezes em diversos jantares massantes de família.

- Erkki. Que surpresa. Estou muito feliz em te ver, mas acredito que Jose não vá concordar muito comigo.

- Eu fiz uma besteira gigantesca, Alexandra. E eu quero me redmir. - Abri um sorriso de canto, segurando firme o tecido do buquê, me sentindo um tanto ridículo por estar parado com ele nas mãos. No entanto, o presente pareceu ser uma boa forma de convencer minha sogra de que estava arrependido, uma vez que ela olhou para as pétalas coloridas e sorriu. - Você poderia chamar ela pra mim? Por favor?

- Josephine! Tem alguém na porta pra você!

Ela gritou, fazendo com que eu suspirasse em alívio por não anunciar o meu nome. Aguardei os mais longos segundos da minha vida até que os passos começaram a se aproximar, junto com a imagem quase angelical da belíssima mulher de cabelos negros - mais longos do que me lembrava de ter os visto da última vez.


E quando ela finalmente percebeu que era eu quem estava ali, congelou em seus pés.

Pensei que eu fosse ter mais desenvoltura, mas eu congelei também. Fiquei completamente paralisado ao me deparar com o pequeno volume perceptível em sua barriga, que fez com que eu quase derrubasse o buquê de minhas mãos. Não me contive em ficar parado e atravessei o batente da porta, caminhando em passos rápidos na direção da mulher e pousando minha mão em sua barriga. Meus olhos chegaram e se marejar um pouco - principalmente porque eu não imaginei que fosse ver aquela imagem.

- Você não tirou.

Falei quase como um sussurro, abrindo um sorriso dolorido.

E, simples assim, o sentido voltou.
Erkki Jori Laaksonen
Erkki Jori Laaksonen
Diretor e Roteirista


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Mensagem por Josephine P. Laaksonen Seg 26 Ago - 22:25:47

Olhei para o espelho em minha frente. Toda a beleza daquela casa me fazia querer vomitar. Ou talvez fosse o parasita dentro de mim falando. A verdade é que, até alguns meses atrás, eu não queria essa... coisa dentro de mim. Eu não queria ter essa responsabilidade e, com certeza, eu não queria que Erkki se sentisse responsável em ter que tomar conta de algo que estava no meio de um relacionamento quebrado.

Os meses tinham se passado tão rápido que eu, sequer, consegui enviar os papéis do divorcio para o homem que - futuramente - seria meu ex-marido. Assim como os meses, minha barriga cresceu absurdos em poucos meses de gestação. Eu não sabia muito bem o que eu esperava, levando em conta que nenhum de nós dois poderíamos ser catalogados como pequenos.

Coloquei a mão na protuberância onde, antes, era uma barriga negativa de dar inveja em qualquer modelo da Victoria's Secret. Lembrei, naquele momento, o porque daquele feto ainda estar ali. Eu lembro como se fosse hoje o dia que eu cheguei, aos prantos. Como Aurora, depois de tantos anos sem nos vermos, me acolheu em seus braços como se nunca tivéssemos nos separado. Rory era um sentimento quente em seu âmago em um dos dias mais frios de inverno. Ela conseguia ser o raio de sol que eu precisava dentro de uma casa escura que era, no dia que eu cheguei, a minha cabeça.

Aurora era o motivo que eu não tinha abortado aquele bebê.

Não que ela não tivesse me forçado a nada ou me dado alguma lição de moral. Muito pelo contrário. Ela foi a única pessoa que se ofereceu para me levar para a melhor clínica abortiva de Los Angeles. Mas, sempre com suas palavras tão doces e completamente empáticas, ela me mostrou o que o pequeno trasgo na minha barriga podia ser: um novo começo.

E foi assim que eu comecei a o sentir dentro de mim. Os pés empurraram, ainda sem força, a pele da minha barriga, me fazendo abrir um pequeno sorriso que foi abruptamente cancelado ao ouvir a voz da minha mãe falando que tinha alguém em minha porta.

Com certeza não era Aurora ou Wendy. Ela já teria avisado que era uma das duas. Eu, também, não tinha pedido nenhuma entrega para hoje. Meus pés descalços passaram na madeira da escada rapidamente enquanto eu descia com pressa para verificar quem estava na porta. E era a face que eu não via a tanto tempo.

A verdade era que não se passava um dia desde que eu saí de Londres que eu não pensasse em Erkki. Não se passava um dia que eu não chorasse por ele. Não se passava um dia que eu não me perguntasse o que tinha feito de errado para ele fazer o que tinha feito comigo. Todo dia aqueles pensamentos me atordoavam e todos os dias era uma luta comigo mesma para entender que a culpa não era minha e sim dele.

Mas também deveria ser um pouco minha, certo?

E aquilo me quebrava por dentro. Pedaço a pedaço.

Meu primeiro instinto foi querer dar um murro na cara do homem. Mas eu sabia que aquilo não levaria a nada. Olhei para o buquê de flores e eu precisei travar a minha mandíbula para não abraçá-lo. Infelizmente, mesmo não conseguindo tirar a imagem dele e da garota da minha mente, não havia o que eu fizesse que me faria vê-lo com outros olhos. Eu parei no meio do caminho e deixei que ele chegasse perto de mim. As mãos quentes tocaram a pele exposta, um calafrio se passando pela minha espinha.

-Não. Não tirei.

Pela primeira vez, eu não tinha uma resposta sarcástica para Erkki. Meus olhos caíram sobre minha mãe.

-Mãe, pode nos dar licença um minuto? -Ela assentiu. Pegou o casaco perto da porta e a sua bolsa, saindo da casa com a maior calma do mundo. Quando a porta se fechou eu deixei que minha respiração se soltasse pesadamente. -O que você tá fazendo em Nashville, Erkki?

Dei um passo para o lado, me distanciando dele. Erkki me trazia tantos sentimentos que era impossível conseguir ficar parada no mesmo lugar. Peguei o jarro de cristal vazio em cima da mesa e o levei até a cozinha, colocando água até sua metade antes de colocar o pó que alimentava as flores.

-Eu não pedi para que você viesse.

#1st. post for husband, i hope you like it!
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