you should be dead

Louise colocou a caixa pesada sobre uma das mesas, esperando que Natasha fizesse o mesmo em seguida, o que não aconteceu. Se perguntou o motivo de pensar que a outra faria o mesmo. Não. Alguma coisa deveria ter acontecido para que a loura não estivesse a reclamar em seus ouvidos o quanto aquilo poderia ser facilmente executado por algum empregado seu.

O Wildhorse estava praticamente vazio, já que sequer algum funcionário estava a perambular pelo local, ou no bar organizando as garrafas de bebida checando os equipamentos para o evento de mais à noite. Mas tinha quase certeza de ouvir uma das portas do fundo ser fechada. Imaginou que provavelmente seria Charlie, já que este havia se oferecido para ajudá-las com os preparativos. E enquanto cantarolava uma canção qualquer de Luke Bryan, a morena se pôs a pensar na estranheza de todo aquele silêncio.

O suspirar era quase de ansiedade por sua festa de aniversário, o que a fazia sentir-se como uma adolescente outra vez. Teria sua paixão de escola ali, suas melhores amigas, muitos conhecidos… e Liam. Aliás, ele era o mais empolgado para a festa e Louise agradecia por ele estar aos cuidados do pai naquela tarde, afinal teriam muito trabalho na organização de tudo. Mas ainda assim Lou sentia a falta de um alguém muito especial, e era por ele que comemoraria seu aniversário. James era sempre o primeiro a lhe parabenizar e estar com ela em uma data especial como aquela.

Como queria que ele estivesse ali.

Deixaria para fazer o pedido impossível na hora de soprar as velas, e antes que qualquer pensamento triste lhe afligisse, tratou de se encaminhar para fora do bar. Se não colocasse ordem em suas ajudantes era capaz de sua festa ser realizada apenas no ano que vem, em seu próximo aniversário. Tinha que buscar mais algumas caixas e saber onde estava Natasha e Pandora. Quase poderia apostar que as beldades estariam unidas para reclamar que todo aquele trabalho poderia ser realizado por terceiros.

— Nat, você acha que teremos que comprar mais bal-… — Calou-se ao estar diante da cena já esperada, com a loura apoiada no carro com o telefone em uso. As mãos de Louise tomaram posição na própria cintura, demonstrando seu desgosto com aquilo. — Natasha Dragomir, hoje é meu dia e nada é mais importante que eu. — O cruzar de braços subsequente trazia à tona o modo quase birrento dela lidar com a falta de atenção por parte da melhor amiga.

— Diga para quem quer que seja que mais tarde vocês se encontram, temos milhares de balões para encher e preciso da sua boca só pra mim. — Evitou que pudesse pensar em puxar a outra para lhe ajudar na decoração do bar, deu a volta no veículo, pegando uma das caixas no porta-malas. — A não ser que esteja ameaçando a Pandora por não ter chego ainda. — Checou o relógio no pulso querendo entender porque a latina não dera as caras ainda. Imaginou que a resposta seria uma bela ressaca.