a tennessee's new girl
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A razão pela qual o cineasta River Oehlert Harlowe encontra-se em Nashville, longe dos holofotes de Hollywood e da soberbidade de New York, é que a capital trata-se do mais novo cenário de seu filme - a tennessee's new girl, que conta a trajetória de uma mulher ao estrelato nacional na música country. Contudo, após o primeiro mês de gravações, tendo já recolhido determinada quantia de materiais, a atriz principal acaba por se machucar gravemente durante as filmagens e não há quem substitui-la.
River Oehlert Harlowe- cineasta
Re: a tennessee's new girl
capitulo I
A Tennessee's New Girl
20 horas - Set de Filmagens - com River Oehlert Harlowe
A Tennessee's New Girl
20 horas - Set de Filmagens - com River Oehlert Harlowe
A noite caíra fria sobre o set de filmagens situado na área mais afastada de Nashville. Isso fazia arrepios percorrerem todo o braço de Lefebvre que usava apenas uma echarpe sobre os braços nus - não esperava que a temperatura caísse tanto quando saiu de casa pela tarde. Se encontrava em uma sala vazia, possuindo apenas as folhas do script que ensaiava nas mãos, enquanto a bolsa jazia sobre uma cadeira ao fundo do cômodo. Estava em silêncio ainda, soltando pequenos bocejos com curtos minutos entre eles atribuídos pelos dias cansativos que vinha tendo em conjunto com as noites mal dormidas. Faziam 2 meses e meio que se mudara, e mesmo assim o fuso horário ainda a incomodava em algumas semanas, já rotina entre universidade, estudos, ensaios e estágio estava acabando com a moça. Estar fora de casa era difícil, mesmo que já não morasse com os pais há 1 ano, pelo menos antes estava em seu país. Agora até a comunicação com os outros era mais lenta, mesmo que fosse fluente no idioma.
Ao 6º bocejo June se irritou e baixou os papéis, ligeiramente frustrada. Na bolsa pegou três itens: um maço de cigarros, isqueiro e uma frasco com capsulas de cafeína. Era assim que vivia os dias: cigarro e cafeína, isso quando no tempo livre não consumia certa quantidade de álcool. Depois de engolir a pílula com água, levou um cigarro entre os lábios e o acendeu com a chama produzida pelo isqueiro. Um trago, o tabaco queimando, a fumaça. Com o fino objeto seguro entre os dedos médio e indicador voltou a andar pela sala e ler as falas, deixando para trás um fiapo de nuvem cinza e tóxica, que subia e espiralava pelo ar. — Você prrrometeu quê estarria à meu lado mesmo depois quoi parrrtissê — Repetiu a frase que lia, com o típico sotaque francês que ainda não perdera, mas já diminuíra um pouco. O tom de voz era suplicante, como exigia a cena. O filme todo era um produção que lembrava a vida da garota, mesmo que ela não tivesse nada a ver com isso, portanto se lembrava quando teve uma conversa parecida com um ex-namoradinho que já não falava desde que fora para a universidade.
Sacudiu a cabeça tentando jogar para longe as memórias referentes a isso e repetiu novamente a frase. — Você prrrometeu quê estarria à meu lado mesmo depois quoi parrrtissê. — Suspirou como uma pausa dramática. — Prrrometeu que estarria comigo. E agorra... Agorra querrr me dizêrrr quê já nom me ama? — O fungar e o falso choro seguiram as palavras proferidas para a morena que deixou lágrimas escorrerem pelas bochechas, bem como havia aprendido há anos. Enquanto fingia o choro, levou o cigarro à boca e puxou a fumaça tóxica com o típico som de queimar do papel.
June Lefebvre- universitário (a)
Re: a tennessee's new girl
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De mal a pior. Esse ditado resumia perfeitamente os últimos dias na carreira cinematográfica de River, a qual exercia com tanta dedicação e esmero. Em sua sala, reservada propriamente ao diretor - ele, tinha as palmas apoiadas à face. O semblante era evidente e significativo, a quem o visse daquele modo logo perceberia a decepção e frustração que o cercava. Antes de qualquer coisa, a contabilidade afirmou que o cachê inicial para a produção era muito limitado para que pretendia fazer com o filme. Depois, os engravatados da indústria cobravam-no que o produto final estivesse pronto antes do combinado; de acordo com eles, "[...] com o movimento dos outros estúdios e empresas para lançar mais produções sob os nomes das companhias, a nossa tem de fazer o mesmo na mesma época do ano para contestar".
Como se nada do que foi citado acima bastasse, mais uma calamidade deu-se por hoje. No entanto, o que podia ser o mais grave aos olhos do público: sua estrela, a atriz que ia desempenhar a protagonista, machucou-se durante as filmagens. No momento em que era filmado num palco de teatro - a cena mostrava um ensaio solitário da cantora em ascensão, um dos sacos de areia, usados como contrapeso, despencou do teto e esmagou a perna direita da atriz; houve um total de 3 partes quebradas só no fêmur.
A infelicidade do diretor durava horas, sequer tendo notado que a noite já pairava no céu. Todos os funcionários já despediram-se de seus turnos, de acordo com as ordens de tempo de trabalho no contrato. Economizava energia elétrica ao desligar as luzes por onde passava. O silêncio o fazia escutar os grilos da região sertaneja lá fora. Contudo, no fundo do ouvido, um burburinho adentrava vagamente e vagarosamente. Espreito e sorrateiro, era baixo, mas próximo. Conforme andava, enxergando uma fresta de claridade, os sons tornavam-se mais compreendíveis, eram frases sendo faladas. A porta semicerrada era a responsável pela vaga passagem de luz, da qual o loiro apropriou-se para espiar a origem do monólogo.
Não se deu ao luxo de emitir um ruído e, por consequência, denunciar a postura adotada, já que poderia ser interpretado como uma espécie de "perturbação" aos olhos da pessoa de costas para si. Embora a visão não conseguisse vê-la até então, nem a audição reconhecer a dona daquele timbre encantador, o sotaque indicava que não pertencia a este local. Ou a este país, como metade do sangue dele. Oferecendo mais da sua atenção às palavras pronunciadas, foi onde uma lâmpada acendeu-se na cabeça: com o roteiro em mãos, ele acompanhou as frases da protagonista que pela desconhecida eram proclamadas.
— Você não entenderia. — Retomando a fala do outro personagem do enredo, apareceu no campo de visão alheio. A porta assim foi aberta e River apareceu. E a morena apareceu para ele. O esforço do homem foi para a atuação, não era o forte dele, contudo, junto da faculdade de cinema fez um curso para atores. — É preciso. A vida está levando a gente para caminhos diferentes. — A face triste, a pronúncia dolorosa, todos os fatores nele transpassavam a dor daquela frase ao personagem. — Agora que você está subindo, eu estou estagnado no mesmo lugar e me sinto que estou sendo um freio para você. — Lentamente os músculos dos membros inferiores agiram. Devagar, os passos deram-se para mais próxima dela, ao mesmo tempo em que a citação prolongava-se.
Como se nada do que foi citado acima bastasse, mais uma calamidade deu-se por hoje. No entanto, o que podia ser o mais grave aos olhos do público: sua estrela, a atriz que ia desempenhar a protagonista, machucou-se durante as filmagens. No momento em que era filmado num palco de teatro - a cena mostrava um ensaio solitário da cantora em ascensão, um dos sacos de areia, usados como contrapeso, despencou do teto e esmagou a perna direita da atriz; houve um total de 3 partes quebradas só no fêmur.
A infelicidade do diretor durava horas, sequer tendo notado que a noite já pairava no céu. Todos os funcionários já despediram-se de seus turnos, de acordo com as ordens de tempo de trabalho no contrato. Economizava energia elétrica ao desligar as luzes por onde passava. O silêncio o fazia escutar os grilos da região sertaneja lá fora. Contudo, no fundo do ouvido, um burburinho adentrava vagamente e vagarosamente. Espreito e sorrateiro, era baixo, mas próximo. Conforme andava, enxergando uma fresta de claridade, os sons tornavam-se mais compreendíveis, eram frases sendo faladas. A porta semicerrada era a responsável pela vaga passagem de luz, da qual o loiro apropriou-se para espiar a origem do monólogo.
Não se deu ao luxo de emitir um ruído e, por consequência, denunciar a postura adotada, já que poderia ser interpretado como uma espécie de "perturbação" aos olhos da pessoa de costas para si. Embora a visão não conseguisse vê-la até então, nem a audição reconhecer a dona daquele timbre encantador, o sotaque indicava que não pertencia a este local. Ou a este país, como metade do sangue dele. Oferecendo mais da sua atenção às palavras pronunciadas, foi onde uma lâmpada acendeu-se na cabeça: com o roteiro em mãos, ele acompanhou as frases da protagonista que pela desconhecida eram proclamadas.
— Você não entenderia. — Retomando a fala do outro personagem do enredo, apareceu no campo de visão alheio. A porta assim foi aberta e River apareceu. E a morena apareceu para ele. O esforço do homem foi para a atuação, não era o forte dele, contudo, junto da faculdade de cinema fez um curso para atores. — É preciso. A vida está levando a gente para caminhos diferentes. — A face triste, a pronúncia dolorosa, todos os fatores nele transpassavam a dor daquela frase ao personagem. — Agora que você está subindo, eu estou estagnado no mesmo lugar e me sinto que estou sendo um freio para você. — Lentamente os músculos dos membros inferiores agiram. Devagar, os passos deram-se para mais próxima dela, ao mesmo tempo em que a citação prolongava-se.
River Oehlert Harlowe- cineasta
Re: a tennessee's new girl
capitulo I
A Tennessee's New Girl
20 horas - Set de Filmagens - com River Oehlert Harlowe
A Tennessee's New Girl
20 horas - Set de Filmagens - com River Oehlert Harlowe
A cafeína começava a fazer efeito, dando mais disposição à morena que agora sentia sua produtividade aumentar ao ler as falas repetidamente e lembrar-se delas com mais facilidade, que por sua vez empunha mais naturalidade e qualidade na atuação. Conseguia sentir o mesmo que a personagem, talvez pela proximidade que sentia ao considerar sua trajetória. Eram extremamente parecidas e isso fez com que se encantasse pela produção à primeira vista, antes mesmo de conseguir o estágio nela que se deu pela indicação da universidade após horas de conversa e apelo com o reitor. Mesmo que o papel não lhe pertencesse usava ele como uma forma de estudo e treino, motivo pelo qual se encontrava ali até tão tarde; um local bem estruturado e tranquilo - principalmente de noite - para ensaiar, logicamente tudo atribuído pela profissionalidade de uma produção maior do que qualquer uma que já houvesse participado.
Fazia isso todos os dias e tudo sempre correra tranquilamente, por isso não esperava ter companhia àquela altura. Isso a assustou de cara, mas logo reconheceu que as falas proferidas pelo desconhecido eram as seguintes das anteriormente ditas por si mesma. Acompanhou com os olhos o movimento do maior, conforme a voz ligeiramente rouca pairava no ar e alcançava seus ouvidos. Soltou a fumaça então, girando os globos para o script e se preparando para o que viria a seguir: — Você nuncá foi un frrreio parra mim. Você me impulssionou a viverr. — Disse com melancolia e baixou a face, deixando com que mais lágrimas rolassem quentes por ela. Mas não aguentou muito tempo manter a seriedade do ato, soltando alguns risos encabulados. — Pardon, nom esstou acostumada com isso. Você me assustou. — Tragou novamente, soltando em seguida todo o ar de seus pulmões. Com as costas da canhota, que segurava o roteiro, secou as bochechas e sorriu ao reconhecer o homem. — Você é o senhorr Harrlowe, cerrto? — Procurou confirmar a identidade do maior.
June Lefebvre- universitário (a)
Re: a tennessee's new girl
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O olhar do mais velho brilhava ao reparar na devoção alheia em atuar, até mesmo sua fisionomia respondia a essas vontades; as gotas escorrendo nos cantos da face, a linguagem no rosto e nos movimentos corporais. Não só encantava-se com a voz da garota de cabelos escuros, era em todo o conjunto para ser sincero. O êxtase nem o fez notar o que podia acontecer ao redor de ambos. Levando em conta tudo o que vinha sucedendo-se nos últimos dias, cuidado mostrava-se cada vez mais necessário do que nunca. Manter aquela futura obra-prima da sétima arte no estado pleno era seu dever a partir de então.
Mentalmente, enquanto relia as linhas de texto que ajudou a montar junto dos demais roteiristas, acompanhou o palavrear feminino. De algum modo, do qual não sabia explicar, o sotaque dela encaixava-se com perfeição àquele conto. Talvez, devido ao passado da protagonista que não era nascida no Tennessee, entretanto, era apaixonada pela música lá composta. Essa "discrepância" de culturas regionais da América a levou ser rejeitada incontáveis vezes, tanto do público que a ouvia quanto pelas gravadoras. Isto é, até encontrar com o homem que alavancou sua carreira - um músico falido e tendo como inspiração na história do ilustre Johnny Cash.
— Não quis assustá-la. Desculpe. — Retomando ao dom de fala entremeio ao diálogo, o que deu por fim a toda cena e encenação entre os dois. Depois do feito, dito em tom a fim de transparecer a sinceridade no pedido, os olhos desceram e subiram através dela. A analisou. — Sim. E você... — Pairando no olhos dela, visualizou a cor dos mesmos. Franziu as sobrancelhas, enquanto revistou todas as memórias. — Perdão. Sou péssimo em lembrar de nomes e rostos. — Sem jeito, coçou os últimos fios dourados da nuca. O sorriso foi desenhado na sua boca durante, vendo graça das circunstâncias.
— Ah! — Relembrando-se de quem ela era, os lábios entreabriram-se para a passagem do ruído, que simbolizava compreensão. — Devia imaginar, o seu sotaque francês é bem contrastado. — A verdade, não tinha porquê falar algo que ela própria já devia saber. Assim, enquanto o silêncio que havia sido formado estendia-se, o cineasta passeou no interior do cubículo. Puxou uma cadeira de madeira, onde sentou a bunda cansada de fronte à estrangeira. — Você tem talento. Por que não se candidatou ao papel principal? — Interessado na resposta que viria ser dada, ele recolheu os braços para cruzá-los perto do tronco. Pensativo, a mirou com as sobrancelhas curvadas. — E certamente conseguiria o trabalho assim. — Um elogio, e não uma mentira.
Mentalmente, enquanto relia as linhas de texto que ajudou a montar junto dos demais roteiristas, acompanhou o palavrear feminino. De algum modo, do qual não sabia explicar, o sotaque dela encaixava-se com perfeição àquele conto. Talvez, devido ao passado da protagonista que não era nascida no Tennessee, entretanto, era apaixonada pela música lá composta. Essa "discrepância" de culturas regionais da América a levou ser rejeitada incontáveis vezes, tanto do público que a ouvia quanto pelas gravadoras. Isto é, até encontrar com o homem que alavancou sua carreira - um músico falido e tendo como inspiração na história do ilustre Johnny Cash.
— Não quis assustá-la. Desculpe. — Retomando ao dom de fala entremeio ao diálogo, o que deu por fim a toda cena e encenação entre os dois. Depois do feito, dito em tom a fim de transparecer a sinceridade no pedido, os olhos desceram e subiram através dela. A analisou. — Sim. E você... — Pairando no olhos dela, visualizou a cor dos mesmos. Franziu as sobrancelhas, enquanto revistou todas as memórias. — Perdão. Sou péssimo em lembrar de nomes e rostos. — Sem jeito, coçou os últimos fios dourados da nuca. O sorriso foi desenhado na sua boca durante, vendo graça das circunstâncias.
— Ah! — Relembrando-se de quem ela era, os lábios entreabriram-se para a passagem do ruído, que simbolizava compreensão. — Devia imaginar, o seu sotaque francês é bem contrastado. — A verdade, não tinha porquê falar algo que ela própria já devia saber. Assim, enquanto o silêncio que havia sido formado estendia-se, o cineasta passeou no interior do cubículo. Puxou uma cadeira de madeira, onde sentou a bunda cansada de fronte à estrangeira. — Você tem talento. Por que não se candidatou ao papel principal? — Interessado na resposta que viria ser dada, ele recolheu os braços para cruzá-los perto do tronco. Pensativo, a mirou com as sobrancelhas curvadas. — E certamente conseguiria o trabalho assim. — Um elogio, e não uma mentira.
River Oehlert Harlowe- cineasta
Re: a tennessee's new girl
A Tennessee's New Girl
You're the war that I wage! Can you change me? Can you change me? You're the love that I hate You're the drug that I take
Um sorriso se espalhou pelos lábios femininos pertencentes à Lefebvre que observou curiosa a fisionomia do homem que lhe fazia companhia. Agora que sabia de quem era tratou de capturar a imagem de cada mera mecha dos cabelos loiros e até a curvatura da boca; a beleza masculina chegava a deixá-la sem jeito. Era tão admirável pelo trabalho quanto pela aparência. Sacudiu a cabeça negativamente, olhando para baixo e espantando da cabeça os pensamentos fúteis que a acometiam. — Sei que nom quis, nom há porrque se desculparr. — O tom de sinceridade também era perceptível através do sotaque francês, pois acreditava na verdade das palavras alheias. Ergueu as sobrancelhas enquanto aguardava que ele tentasse a identificar, já sabendo que não teria êxito em lembrar-se de seu nome, uma vez que poucos davam muita atenção à estagiários que não estavam sob os próprios cuidados. Riu suavemente quando contatou que ele realmente não fazia ideia. — Je suis June Lefebvre. Apenas June, clarro.
A compreensão tornou-se clara no semblante alheio conforme ligou os pontos dados desde o nome ao sotaque, arrancando outro riso da garota que achava graça na situação inesperada que fora colocada. Geralmente buscava pelo sossego, mas agora o homem já se acomodava de forma mais confortável frente à ela, o que indicava que aparentemente o ensaio estava temporariamente adiado. De certa forma sentia como se estivesse sendo avaliada, mas não deixou-se incomodar, já que tinha na frente um diretor e o mesmo a elogiava. — Pom... Nom acho que esstou a alturra do filme. De cerrta forrma ele requerr mais experriencia. — Deu de ombros, pensando um pouco mais sobre o assunto e levando o cigarro à boca. Em meio trago percebeu que muitas vezes vira placas alertando para não fumar no set, muito menos em ambiente fechado. — Ah! Pardon. — A vergonha tingiu as bochechas da francesa de rosa e ela se adiantou para que pudesse se livrar daquilo.
Livrou a cadeira que utilizara antes da bolsa, frasco de remédio, maço de cigarro e todas as outras tranqueiras para que pudesse se sentar, levando o móvel para um pouco mais perto de River. Assim que sentou-se cruzou as pernas e encolheu os próprios ombros, puxando o echarpe para mais perto de si. — O tempo de Nashville é louco. — Bufou e logo revirou os olhos, complementando. — E eu nom acrredito que esstou falando com você sobrre o clima. — Apontou o fato para o maior. Deixou-se calar, com medo de dizer alguma besteira mais do que já havia dito. Ergueu os globos esverdeados e encontrou os deles, rindo em seguida. — Desculpe... Eu nom sei o que dizerr.
This is the numer #03 post and was made to @River Oehlert Harlowe
June Lefebvre- universitário (a)
Re: a tennessee's new girl
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Denotando o "sem jeito" da menina, o rapaz apresentou um sorriso de canto em resposta, enquanto levantava os dedos até a boca para tampar o som de riso, o qual estava a insistir para vazar. O conteve rapidamente ao decorrer de toda a cena, principalmente em um momento de distração, tocou no assunto qualquer como o tempo - clima - de Nashville. Foi a partir desse ponto da história em que o diretor recobrou a postura de respeito, prevalecendo este fator sobre os outros. Ligeiramente erguendo os ombros, não deixou-se levar pela pauta erguida, até porque ela havia enxergado motivos claros para conversarem a respeito do clima no exterior. O interesse do latino-americano estava dentro do território do set de filmagem.
— Fica calma. — A simular uma parede de fronte a ele, tocou o ar de palmos abertos. A expressão serena dele era comum para situações assim, estas em que as outras pessoas não sabem como reagir a estar diante duma "estrela". Embora esteja ascendendo na escadaria longa da fama, o ego de Harlowe não o subiu a cabeça; a origem humilde o permitia manter-se equilibrado. — Vem comigo. É hora de caminhar um pouco. — O movimento da cabeça sugeriu que a morena o seguisse. Pondo-se de pé novamente entremeio à frase, ele reduziu a velocidade dos passos para que se igualasse aos da menina. — Não atrás de mim. — Pelos rabos das vistas, a fitou em contestação à garota de outras terras andando atrás dele como uma serviçal.
Depois de metros percorridos, enquanto o silêncio instalavam-se sobre o par até a chegada no novo ambiente: onde tudo começou, o cenário do palco, onde a ex-atriz da protagonista machucou-se. Hoje, devidamente verificado e a equipe de segurança afirmava de todos os modos que nada assim se repetiria em nenhum outro cenário, ou esse, outra vez. — Sabe, em anos de "sucesso", ninguém me perguntou porque eu fiz cinema ou quis ser diretor. — Algo que tinham em comum foi o que justamente o loiro trouxe à tona para o diálogo.
Lentamente os pés o conduziam e a voz ecoavam entre as paredes espaçadas, ele vagava por toda a plateia, entre as fileiras de cadeiras para os figurantes apreciarem o espetáculo. — Gosto de pensar como o cinema sendo parte da realidade. Uma história que acontece, mas que manipulamos. Acho incrível isso. — Subindo as escadinhas na lateral canhota, encontrou-se novamente ao centro e abriu os braços. — Podermos causar as mais diversas emoções num público de pessoas com o que contamos, fazer que aquilo faça parte da histórias deles de certa maneira. — A empolgação via-se presente nas palavras de River, na paixão de sua maneira da carreira que havia optado na infância. — E você? O que te fez se envolver com a sétima arte? — Vendo que June sentava-se na primeira fila, ele, em contra-partida, sentou o traseiro na beira do madeira do chão do palco, bem de frente a ela.
— Fica calma. — A simular uma parede de fronte a ele, tocou o ar de palmos abertos. A expressão serena dele era comum para situações assim, estas em que as outras pessoas não sabem como reagir a estar diante duma "estrela". Embora esteja ascendendo na escadaria longa da fama, o ego de Harlowe não o subiu a cabeça; a origem humilde o permitia manter-se equilibrado. — Vem comigo. É hora de caminhar um pouco. — O movimento da cabeça sugeriu que a morena o seguisse. Pondo-se de pé novamente entremeio à frase, ele reduziu a velocidade dos passos para que se igualasse aos da menina. — Não atrás de mim. — Pelos rabos das vistas, a fitou em contestação à garota de outras terras andando atrás dele como uma serviçal.
Depois de metros percorridos, enquanto o silêncio instalavam-se sobre o par até a chegada no novo ambiente: onde tudo começou, o cenário do palco, onde a ex-atriz da protagonista machucou-se. Hoje, devidamente verificado e a equipe de segurança afirmava de todos os modos que nada assim se repetiria em nenhum outro cenário, ou esse, outra vez. — Sabe, em anos de "sucesso", ninguém me perguntou porque eu fiz cinema ou quis ser diretor. — Algo que tinham em comum foi o que justamente o loiro trouxe à tona para o diálogo.
Lentamente os pés o conduziam e a voz ecoavam entre as paredes espaçadas, ele vagava por toda a plateia, entre as fileiras de cadeiras para os figurantes apreciarem o espetáculo. — Gosto de pensar como o cinema sendo parte da realidade. Uma história que acontece, mas que manipulamos. Acho incrível isso. — Subindo as escadinhas na lateral canhota, encontrou-se novamente ao centro e abriu os braços. — Podermos causar as mais diversas emoções num público de pessoas com o que contamos, fazer que aquilo faça parte da histórias deles de certa maneira. — A empolgação via-se presente nas palavras de River, na paixão de sua maneira da carreira que havia optado na infância. — E você? O que te fez se envolver com a sétima arte? — Vendo que June sentava-se na primeira fila, ele, em contra-partida, sentou o traseiro na beira do madeira do chão do palco, bem de frente a ela.
River Oehlert Harlowe- cineasta
Re: a tennessee's new girl
A Tennessee's New Girl
You're the war that I wage! Can you change me? Can you change me? You're the love that I hate You're the drug that I take
June podia ser boa em diversas coisas. Alguns a consideravam ótima mentirosa, uma vez que atriz, mas a verdade é que isso não acontecia. Apesar de atuar, não conseguia esconder seus sentimentos sendo ela mesma e as vezes se sentia ligeiramente frustrada por ser um livro aberto. Tal como acabara de acontecer ao deixar transparecer seu nervosismo. Muitas vezes não tinha a ver com quem era ou o que era, mas bastava ser um pessoa desconhecida. A qualidade que muitos conheciam como "cara de pau" nos atores não estava presente na mulher, que se sentia desconfortável diante de estranhos por não saber o que falar ou como prolongar amizades.
Ergueu uma sobrancelha ao observar o homem se levantar e seguir, chamando-a para caminhar. Via graça e esquisitice na situação, mas acatou e se pôs de pé. — Esstou logo atrras de você. — Disse enquanto apanhava os pertences e os enfiava de qualquer jeito e depressa dentro da bolsa. A resposta a fez revirar os olhos e rir. — Foi apenass uma exprresão. — Disse ao alcançá-lo, erguendo a sacola para sinalizar porque ficara para trás. Ele não fugia de suas vistas, que estavam sobre ele de canto de olho a períodos esporádicos, mas a maior atenção era dada ao caminho que faziam em silêncio, curiosa por saber o destino a que era conduzida.
Observou com clareza o palco se destacar à frente dos olhos, lembrando-se que ali fora o acidente da antiga protagonista. Não estava presente no momento, pois coincidira com a aula na faculdade, mas soube de todos os detalhes através dos demais funcionários que adoravam fofocar sobre tudo o que acontecia. Olhava o cenário como um fantasma e assustou-se quando River rompeu o silêncio, capturando novamente toda sua atenção. Conforme desciam o corredor entre as cadeiras deixou a mão tocá-las, como se faz quando anda na rua e deixa os dedos percorrerem a superfície de uma parede. Ouvia cada palavra do mais velho como se fossem a melhor bebida, saboreando cada letra e a digerindo até mesmo após se acomodar numa cadeira de forma mais confortável.
Achava bela a forma como ele falava com paixão e devoção, como um pai fala de um filho. Via no homem aquilo que queria ser: apaixonada. Não apenas famosa no meio, rica ou coisas do tipo. Quando se tem amor àquilo que faz, você faz direito, faz bem-feito e é reconhecido. Naquele momento, o coração de Lefebvre se aqueceu e olhou o homem de outra forma: como sua inspiração. — Bom... — Enrolou a resposta, sem saber o que dizer depois de ser pega desprevenida. — Acho que forram meus pais... Minha casa. Querro dizerr, nom esstou fazendo isso porque eles querrem. Quando crriança nós tínhamos o dia do filme em casa, uma vez porr semana. Assistirr filmes me deixava feliz, verr os bellos cenárrios e histórrias... Eu ficava encantada com os mundos que podía entrrar, viajarr, tudo aquilo que podia viverr. — A mão fechou-se em punho sobre o coração e o olhar vagou sobre o palco. — Nada nunca vai se comparrar com a prrimeirra vez que interrprretei. Me senti leve, me senti eu mesma, senti que poderria fazerr qualquerr coisa. — O tom sonhador pairou no ar quando moveu os olhos para Harlowe novamente, sorrindo.
This is the numer #04 post and was made to @River Oehlert Harlowe
June Lefebvre- universitário (a)
Re: a tennessee's new girl
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Se havia algo que o latino americanizado depositava no trabalho eram sentimentos de profunda devoção. O cultivava como um broto e o regava, deixava-no sob os feixes de luz do astro-rei durante o dia. Simplesmente pura e doce paixão, a mesma que enxergava crescer e incendiar como uma impetuosa bem no centro de seu peito, naquele lugar; o portal de entrada para a alma, o coração. A situação estava favorável para fazê-lo crer que adormeceu horas antes. Embora a diferença de idade, de culturas e até mesmo de criação, as histórias de ambos possuíam as suas semelhanças - uma delas era a paixão pelo cinema e o desejo por aperfeiçoá-lo ao seu mundo, mostrando o talento que cada um portava.
Com duas décadas incompletas desde o primeiro suspiro no plano terreno, era inquestionável a capacidade da mais nova em atuar, em interpretar um alguém completamente diferente dela. No entanto, ainda havia o que aprender e a melhorar, coisa que River não julgava ou qualquer coisa do gênero, somente apontava. O loiro, ao contrair os músculos dos braços, os recolheu para uni-los ao tronco e cruzá-los. Como foi feito a dele, prezou por cada resquício de sua atenção à cada palavrear proferido como se, caso estivessem nalguma cena e a personagem de June morreria em breve, fossem as últimas. — Incrível. — Bateu as palmas duas ou três vezes. O que mais surpreendia aos olhos dele era como, a cada instante que corria os momentos, mais enxergava a protagonista de seu filme naquela garota bem diante de seus olhos. Alvoroçou-se com sorriso em boca.
— O papel é seu. — A apontou o indicador e tocou no ombro da mesma, levemente a empurrando para trás. Talvez o impacto da pele com a pele, apesar de quase nulo o tato, despertaria a morena de sua "ilusão". — Você é exatamente o que tem aqui. — Novamente com o script em mãos, a frase indicava se referir a ele. Abrindo-o, o folheou, correndo página por página. — Nada daqui faz sentido se comparar ao que tu viveu. — Conduziu o olhar ao olhar feminino, focou nele e esperava que ela fizesse o mesmo. Abraçou a seriedade outra vez e quis provar a sinceridade/seriedade nas falas. — Essa produção que eu escrevi é um furto à tua história, adaptada porque eu não quis que virasse outra biografia, nem pagar direito autoral a ninguém. — Perpassando a língua entre os lábios, umedeceu eles fugazmente. A ansiedade no modo de falar naquele momento o secava a garganta. — Você sabe como ela se sente, não é? Estar tão longe de casa, buscar os próprios sonhos e tudo mais. E é por isso quero que você seja a minha estrela.
Inspirando o oxigênio ao interior das brânquias, preenchendo o pulmão e meditando mentalmente, resgatou a pose e a fala. — Me diz, June... — A roubou os pulsos. O toque gentil nas palmas uniu eles, em meio ao pedido feito. Murmurou. — Você aceita?
Com duas décadas incompletas desde o primeiro suspiro no plano terreno, era inquestionável a capacidade da mais nova em atuar, em interpretar um alguém completamente diferente dela. No entanto, ainda havia o que aprender e a melhorar, coisa que River não julgava ou qualquer coisa do gênero, somente apontava. O loiro, ao contrair os músculos dos braços, os recolheu para uni-los ao tronco e cruzá-los. Como foi feito a dele, prezou por cada resquício de sua atenção à cada palavrear proferido como se, caso estivessem nalguma cena e a personagem de June morreria em breve, fossem as últimas. — Incrível. — Bateu as palmas duas ou três vezes. O que mais surpreendia aos olhos dele era como, a cada instante que corria os momentos, mais enxergava a protagonista de seu filme naquela garota bem diante de seus olhos. Alvoroçou-se com sorriso em boca.
— O papel é seu. — A apontou o indicador e tocou no ombro da mesma, levemente a empurrando para trás. Talvez o impacto da pele com a pele, apesar de quase nulo o tato, despertaria a morena de sua "ilusão". — Você é exatamente o que tem aqui. — Novamente com o script em mãos, a frase indicava se referir a ele. Abrindo-o, o folheou, correndo página por página. — Nada daqui faz sentido se comparar ao que tu viveu. — Conduziu o olhar ao olhar feminino, focou nele e esperava que ela fizesse o mesmo. Abraçou a seriedade outra vez e quis provar a sinceridade/seriedade nas falas. — Essa produção que eu escrevi é um furto à tua história, adaptada porque eu não quis que virasse outra biografia, nem pagar direito autoral a ninguém. — Perpassando a língua entre os lábios, umedeceu eles fugazmente. A ansiedade no modo de falar naquele momento o secava a garganta. — Você sabe como ela se sente, não é? Estar tão longe de casa, buscar os próprios sonhos e tudo mais. E é por isso quero que você seja a minha estrela.
Inspirando o oxigênio ao interior das brânquias, preenchendo o pulmão e meditando mentalmente, resgatou a pose e a fala. — Me diz, June... — A roubou os pulsos. O toque gentil nas palmas uniu eles, em meio ao pedido feito. Murmurou. — Você aceita?
River Oehlert Harlowe- cineasta
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