Dark necessities.

Sorri ao ouvir o comentário do menor. Não pode julgá-lo, afinal, quem nunca resolveu adquirir algo por causa da questão física ao invés da utilidade que poderia ter? – O que importa é que você conseguiu unir o útil ao agradável. – Passou os dedos pela câmera cuidadosamente, deixando com que o indicador, num gesto bem calculado, passasse próximo do pescoço dele.

– Foi sem querer, ops! – Fez uma careta.

– Tirar fotos minhas? Hm... – Coça a própria nuca mais uma vez, recompondo-se após alguns segundos. A expressão pensativa é visível em seu rosto. Claro que está fazendo um charminho, afinal, por que deixar as coisas extremamente fáceis? Beberica um pouco do líquido amarelado e respira fundo. – Eu aceito. No entanto, uma foto fica comigo. Você pode ficar com as outras pra mostrar ao mundo o que é beleza. – Sorri de maneira matreira.

– Brincadeira! – Dá um soco leve no ombro direito do menor e liberta uma risada divertida. – Mas agora é sério: eu quero uma das fotos. E eu tenho uma outra condição... Na verdade, tá mais pra uma ordem. – Semicerra os olhos, ainda com traços maliciosos sendo formados em seus lábios. – Também quero tentar tirar fotos suas. Você pode ficar com uma, assim como eu.

Levanta-se da cadeira após isso. É visível que é muito maior se comparado ao outro. E, no fundo, é até divertido ver essa diferença em relação às características físicas. – E aí, ‘bora dar uma volta no meu carro, baby? Qual vai ser a primeira parada? – Sorri de maneira galanteadora, expondo parcialmente os seus dentes. E, claro, não podemos esquecer seu truque final: uma piscadela banhada por um ar ladino.

Semicerra as pálpebras rapidamente, deixando o sorriso aumentar ao ser correspondido pelo o menor. Jameson é um galanteador – ama desafios, mas jamais pode negar as vitórias pequenas que são ganhas após breves diálogos. E, felizmente, o outro está agindo de forma semelhante. Isso é bom.

Sem frustrações. Sem aborrecimentos passageiros. Sem noites frias, se é que me entende, caro leitor.

A diferença entre tamanhos é visível, principalmente ao estar em pé, diante o mesmo. Isso é... Excitante. Claro que tenta não deixar isso claro, mas a expressão de divertimento em seu rosto é bem visível. Leva o polegar direito até seus lábios, deslizando brevemente pela região citada. – Bem... Ótima ideia. – Assente positivamente e então faz um gesto com a cabeça em direção à porta, dando sinal de que poderiam sair dali.

Ao saírem do estabelecimento, analisa-o brevemente. – Vem. – E então põe-se a andar, atravessando a rua até um estacionamento próximo – e ao retirar a chave do bolso e destravar as portas, é possível ver um porsche preto à sua disposição. – Pode entrar. – Abre a porta do motorista e entra no veículo, esperando o garoto fazer o mesmo, todavia, tinha vontade de abrir a porta do passageiro. No entanto, seria exagero demais, além de que poderia deixar demasiadamente na cara que estavam num jogo de flerte.

Liga o veículo e põe-se a mover pela cidade, indo até o local dito pelo mais jovem. – Então... Você sempre morou por aqui? – Indaga em um tom tranquilo. – Mora sozinho? – Lança outra pergunta.