[RP FECHADA] Disfarçando as evidências

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Mensagem por Cersei A. Volchok Qui 25 Jan - 2:54:46

Disfarçando as evidências
Esta é uma RP FECHADA no Hard Rock Cafe. Será iniciado por @Simon Wayne e @Cersei A. Volchok durante a madrugada de janeiro. O tempo é frio exigindo para aqueles que são corajosos se prevenir com um casaco.

Caso qualquer outro player poste nessa RP, o mesmo será ignorado.

Se quiser participar dessa RP, mande mensagem para um dos dois envolvidos.
Cersei A. Volchok
Cersei A. Volchok
universitário (a)


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Mensagem por Simon Wayne Qui 25 Jan - 16:16:41




O celular indicava uma temperatura de -2 graus celsius, um tanto frio para aquela madrugada, o que era incomum diante da estação do ano. Simon vestia o casaco de pele como se buscasse desesperadamente aquecer-se por debaixo daqueles panos, enquanto caminhava de volta pra casa. Mas, ah, ele não havia pego o celular para ver a temperatura, e sim o horário: 2h10 da manhã, se o táxi não tivesse demorado mais de quarenta minutos para buscá-lo, talvez estivesse mais cedo no seu bairro.
Talvez não faça mal um café uma hora dessas, pensava, com as mãos no interior do bolso e um olhar distante e baixo. Retirou o smartphoine do bolso e o seu "Ok Google" acionou o serviço que lhe mostrava os locais abertos naquele horário da madrugada. Inseriu os fones, e deixou que o GPS do telefone o guiasse em direção à cafeteria. "Vire à direita", ouvia, satisfeito de não estar com um celular em mãos numa madrugada onde poderia ser muito bem assaltado, morto, e abandonado na rua.
Abandonado na rua? Sim, pensou nisso quando avistou uma silhueta cambaleando no meio fio da avenida. Engraçado que, ele não era assim quando ficava bêbado. Era um bêbado consciente. Aproximou-se, por questão de preocupação, e viu que na verdade se tratava de uma mulher, totalmente lânguida, e aparentemente perdida. Retirou os fones, e aproximou-se sem segundas intenções.
- Está tudo bem? - perguntou, antes que a moça quase tombasse em sua direção e ele a segurasse nos braços. - Bom, recomponha-se, vamos beber um café.
Simon procurou deixá-la ereta, de pé, e consciente, pois a moça sequer sabia onde estava. Tentava - sem tanto sucesso - fazer com que a moça parecesse sóbria pelo menos quando estivesse entrando no café acompanhada de Simon. Ao entrarem, a moça que trabalhava naquele horário, com feições exaustas, observou os dois e procurou em seus pensamentos compreender a situação. Wayne aproximou-se e pediu dois cafés. A mulher, um tanto desconfiada, voltou-se para dentro a fim de fazer os cafés.  
Simon sentou-se numa das mesas assim que terminou de dar as devidas orientações à Cersei, que já havia revelado o nome, mesmo que talvez ela não estivesse tão consciente para lembrar-se disso. Simon, apesar de ser um bêbado regular, tinha um dever nato de álcoolatra: que é cuidar de outros bêbados quando estiver sóbrio, era quase como uma regra interna.
- Você precisa de alguma coisa? Posso te levar em casa.

Simon Wayne
Simon Wayne


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Mensagem por Cersei A. Volchok Qui 25 Jan - 18:35:13



we are so desperately connected
Me larga seu porra! — minhas mãos deferiram tantos socos contra o tronco daquele pervertido que mais pareciam tapinhas de uma criança de cinco anos. O efeito da bebida em todo o meu sistema sanguíneo fazia parecer que era mais baixa e fraca do que normal e, o pior, mais flexível ao que um tarado como aquele queria.

Calma ruivinha — o maldito era insistente. Em pleno século vinte e um ainda aparecia uns estorvo que não compreendia a palavra “não”. Suas mãos ficaram a cada lado de minha cabeça, inclinando-se lentamente para próximo do meu. O volume alto de uma música eletrônica conseguia ultrapassar aquele corredor semiescuro, sendo iluminado apenas pela luminária de diversas cores controladas pelo DJ.

Pela centésima vez me martirizei por ter aceito a pressão das colegas de faculdade para a festa da fraternidade masculina. Eles eram uns estúpidos, todos eles. Por que isso? Bom, vamos dizer que eles passam por perto de um abuso totalmente gratuito e a única coisa que solta pela boca é “manda ver”.

Revirei as orbes tentando lembrar das jogadas que Kevin treinava na escola e então, lá estava eu tentando reproduzir os passes de um legítimo fullback, pisoteando com o salto o pé do loiro e em seguida impulsionando meus ombros contra o seu peito fazendo-o cambalear para trás soltando um “filho da puta”. Em meio ao xingamento tive tempo suficiente para trocar minha posição para halfback, correndo que nem uma retardada entre as pessoas com a pequena bolsa em mãos para finalmente atravessar a porta e sentir o ar frio cobrir minha pele.

E, então, toda a força e velocidade fizeram meu estômago se contorcer. Não vomita. Não vomita. Ordenar o corpo pela mente foi um fracasso, quando abri as pálpebras já estava com a mão na parede e próximo aos meus pés tudo que tinha consumido. Jurei que tinha visto meu café da manhã todo espatifado no chão, o que piorava ainda mais meu estado de ânsia. Kevin e suas maldições, ele sabia que aconteceria aquilo, parecia até que quando rompi para fora de casa o meu notável irmãozinho tinha preparado algum trabalho de um espírito maligno.

Nota mental: queimar todas as HQ’s dele.

Limpei com as costas da mão direita os lábios para notar que na minha outra mão a bolsa que eu segurava simplesmente sumiu. Que porra de aspirante a jogadora de futebol americano eu era? Perder a bola justamente quando estava prestes a fazer um touchdown? Sim, meu estado mental comparava minha bolsa com um reles bola, mas fazer o que, a vida nem sempre tem seus momentos de sanidade bons.

Não vou voltar para lá. Que se foda a bolsa. Que se foda todo mundo. Cambaleando pela rua aprendi que era possível fazer meia dúzia de xingamentos utilizando a palavra foda-se. E, porra, como estava frio. Aquele vestido de manga longa não ajudava em nada na proteção de uma possível gripe. As pernas enfraquecidas pararam rente ao meio-fio e foi assim que fiquei: estagnada como uma zumbie, com os braços em torno do corpo pensando em como tudo poderia ter sido simples se tivesse feito a maratona de padrinhos mágicos.

“Está tudo bem?”
, a voz parecia tão longe que demorou três segundos a mais para que eu notasse que meu corpo praticamente caía em direção ao desconhecido. Minhas mãos trêmulas repousaram em seus ombros com o rosto pendendo para trás em busca de sua face. Se fosse aquele loiro filho da puta eu arrancaria suas bolas. — Olha aqui seu… — interrompi a frase ao constatar que não, não era o pervertido e sim um moreno que não tive visto nunca na vida. A risada sem graça rompeu entre os meus lábios rosados — Pensei que fosse aquele filho da puta — dei uma batidinha em seu ombro de forma desajeitada misturada com a voz totalmente embargada.

Será que era possível esquecer aquele dia? Eu definitivamente queria esquecer.

O supercílio arqueou com a bondade do homem. Meu pai tinha me ensinado a nunca conversar com estranhos, ainda mais os bonzinhos que te entregam bala e depois de dois dias o seu corpo é encontrado em uma vala qualquer. Eu não seguia muito bem seus conselhos, mas naquele momento nem sabia pensar como uma pessoa normal. — Eu não sou prostituta, ok? Elas ficam na outra quadra. — ergui o braço apontando para um beco escuro, os braços volvendo tão rápido de contro a lateral do meu corpo que senti um leve choque — E se eu fosse, não que eu sou, mas se eu fosse, não seria paga desse jeito, teria que me comprar meia dúzia de café. — interrompi minha linha de raciocínio ao notar que de fato estávamos adentrando uma cafeteria.

Se ele fosse pagar que mal teria?

O meu corpo estava sendo sustentado, me senti como uma boneca inflável com a boca aberta em um batom típico de prostituta. A risada alta escapou pela garganta. Eu definitivamente não estava bem. — Cersei, meu nome é Cersei. — peguei a sua mão apertando-a e balançando-a muitas e muitas vezes até que encontrei um lugar para me sentar. Minhas pernas estavam me matando e os saltos também, por que eu usei saltos mesmo? Ah, foda-se.

O estofado da poltrona instalada próxima a parede realmente era confortável, a cafeteria além de ter um cheiro magnífico da minha bebida preferida também estava quente. As poucas pessoas que estavam trabalhando lá dentro, com certeza, seriam o suficiente para que eu conseguisse gritar e berrar se por um acaso a situação caminhasse para um lado muito estranho.

O bom samaritano finalmente sentara e o que saiu pela sua boca causara um espanto tão grande que podia jurar que abri os olhos até demais. — NÃO! — todas as pessoas voltaram a atenção para nós dois. Pela primeira vez, notei que estava muito bêbada. — Não precisa me levar para casa, meu irmão vai ficar infernizando a minha vida se me ver nesse estado. — A primeira frase frase completa surgiu em minha boca — O café já está mais do que suficiente… Carinha do sorriso legal? — arqueei a sobrancelha em busca de seu nome, repuxando os lábios para o lado ao notar que nem se quer tinha perguntado — Quem é você mesmo?ótimo, não é assim que pergunta o nome das pessoas, sua estúpida. Olha o lado bom, meus pensamentos, mesmo que xingando a mim, estavam em perfeita ordem.

A garçonete apareceu com os pedidos parando para nos fitar com curiosidade até que finalmente voltou para de trás do balcão. Com os nós dos dedos tateei o braço da xícara puxando para próximo de mim. A fumaça que saía pelo compartimento anunciava que se por um acaso eu botasse a boca ali queimaria lindamente a língua. Esperei para que a temperatura diminuísse, volvendo as íris claras para o rapaz. — Você costume ser assim legal com todo mundo ou é um traficante que rouba o corpo das pessoas e vende para o mercado negro? — Acho que as perguntas coerentes foram embora junto com o meu café da manhã.

Hei, você!
Cersei A. Volchok
Cersei A. Volchok
universitário (a)


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