[RP FECHADA] Si te digo que en ti no ando pensando

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Mensagem por Leônidas Posa Bottiglieri Seg 8 Jan - 19:23:06

Quisiera saber lo que estás haciendo
A seguinte rp se passa durante a noite, em um dos melhores restaurantes 5 estrelas de Nashville. Naquela data em específico, antes da inauguração do Nirvana Cassino, o mafioso fizera questão de fechar as portas do bistrô para que estivesse apenas na presença do casal. Leônidas envia Lorenzo para a residência de Lola para levá-la ao restaurante, entretanto, não fora para lá de mãos vazias, levando consigo um vestido preto. As ordens foram explícitas e Enzo não teria permissão de sair de lá sem a presença da latina.

A participação nesta rp se limita a @Lola Navarro Gutierrez e @Leônidas Posa Bottiglieri. Qualquer interrupção será ignorada.
07ºC // 10 PM
Leônidas Posa Bottiglieri
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Mensagem por Lola Navarro Gutierrez Ter 9 Jan - 0:11:38


Esto que siento por ti no puede ser legal






Privar-se das alegrias de uma sexta-feira à noite não era do feitio de Lola, por tal motivo, encontrava-se de pijamas; folgada com os pés sobre a mesa de centro da sala, já que Pandora não estava lá para repreendê-la sobre o gesto. A seu lado a caixa de pizza recém-entregue estava prestes a ser aberta enquanto um gole a mais de cerveja era ingerido pela latina. O significado de perfeição estava completo ao ver o que o início da reprise do jogo era confirmado na tela da televisão, finalizando o que seria o oásis de sua noite.

Em momentos assim ela se alegrava ao ter a sensação de viver uma vida comum, sem maiores preocupações. Foi brevemente interrompida ao escutar o som da campainha, de imediato dispersando o pensamento a respeito do visitante ser o entregador que apareça alguns minutos antes. Descartou a possibilidade de ser Archie ou Pandora, sabendo que ambos possuíam uma cópia da chave e raramente seriam educados o suficiente para anunciar sua chegada deste modo. Estranhou o simples fato de o senhor Williams, responsável pela portaria do prédio não lhe interfonar para notificar de quem se tratava.

No segundo toque ela se obrigou a levantar, pronta a despachar para longe o visitante indesejado. Caminhou pelo hall da cobertura com suas pantufas de pelúcia, como se ainda fosse uma criança, arrastando os pés se pôr diante da porta. Pelo olho mágico não houve êxito em descobrir quem lhe incomodava àquela hora. Puxou a maçaneta com certa hesitação, finalmente se deparando com um homem parado.

Boa noite, senhorita Gutierrez, estou aqui a pedido do senhor Bottiglieri. — Lola educadamente o cumprimentou, escorando-se no batente da porta, esperava por uma explicação do motivo da visita. Cruzou os braços enquanto encarava-o com seu melhor jeito intimidador; apesar da baixa estatura. As íris amendoadas oscilaram entre a figura gigantesca e a caixa branca que este carregava em suas mãos. — Ele pediu que a senhorita o acompanhasse em um jantar esta noite e que usasse isto. — Ela sorriu para Lorenzo com extrema educação, cativada pelo charme do sotaque, dando passagem a este para que entrasse no apartamento.

Não me diga que ele temeu fazer o convite pessoalmente. — Questionou com graça ao ver a confusão explicita no rosto do capanga. — Ele não te contou a respeito do banho de uísque em nosso primeiro encontro? — A mão destra pousou na cintura curvilínea, após fechar a porta atrás de si e indicar que o italiano se acomodasse no sofá. — E antes que pense mal de mim, não farei o mesmo contigo… Lorenzo. Posso chamá-lo assim? — Ela encarou o senhor com um sorriso doce, usando de todo seu charme e até mesmo um jeito dócil para iniciar seu relacionamento junto do mais velho.

Aceita pizza? — Indicou a caixa sobre a mesa de centro, intocada. O modo como Dolores se portava distante dos familiares e o clima que os rondava era de surpreender a qualquer um, dando-lhe ares de uma jovem de fácil convivência e amigável. — Sei que não se compara com as italianas, mas são deliciosas também. — Tentou em vão justificar a diferença, sabendo que ela seria notável no sabor. — E há cerveja gelada na geladeira. Fique à vontade enquanto faço as vontades de seu patrão. — Trocou a sua caixa de pizza pela que continha o vestido.

Estava surpresa pelos próprios modos com o verdadeiro capanga do Bottiglieri; mas não lhe custaria nada ser agradável e conquistar a confiança de alguém que provavelmente faria parte de sua vida a partir de agora. Caminhou com cuidado ao digitar uma mensagem para Pandora, avisando-a sobre o encontro que teria esta noite; não era necessário que revelasse o nome de seu par, mas tinha a certeza de que a irmã não se importaria – não mais. Mas antes de adentrar o corredor, espiou rapidamente o senhor, esticando o pescoço até ter a atenção dele outra vez.

E pode me chamar de Lola. — Piscou com cumplicidade antes de volver seu caminho até seu quarto.
. . .

Sua aceitação ao convite se dava por dois fatores; primeiro: a falta de algo mais interessante para passar o tempo durante aquela noite, e segundo: a curiosidade em saber o que o futuro noivo tinha a lhe dizer após os desastrosos encontros anteriores. A verdade estava explicita em sua vontade de revê-lo, algo no olhar e na maneira como ele sorria intrigavam a morena. Ela só não queria admitir isso. Um sorriso brotou nos lábios da garota ao pensar nele enquanto seu corpo submergia na banheira; não havia como negar que ele fizera surgir um interesse nela, mas Dolores jamais assumiria que estava atraída pelo pendejo que não abandonava seus pensamentos nos últimos tempos. Deixou que uma mente tomasse conta de sua cabeça, cantarolando os versos da canção para tentar dispersar qualquer memória relacionada a certo herói.

O tecido fofo do roupão acariciava-lhe a pele enquanto a moça desfilava até o quarto após banhar-se demoradamente. Sentia-se vigiada pelo pacote que descansava sobre sua cama, até resolver que a curiosidade a consumiria se não vislumbrasse o que havia em seu interior. As mãos delicadas puxaram a parte superior, revelando o vestido negro que ela usaria no suposto encontro. Sobre o tecido pousava um pedaço de papel, uma nota escrita a mão; pela caligrafia caprichada ela não foi capaz de decidir se era de autoria do próprio Posa, mas deu uma chance de acreditar que ele seria quem havia escrito tais palavras. Os lábios repuxaram-se em alegria, deixando que o corpo se acomodasse sobre a cama ao lado da caixa branca. Deveria ela crer no que ele lhe dizia? Pois assim faria.

Sequer lhe passou pela mente como ele deveria ter descoberto sua numeração, ou até mesmo seu gosto; visto que ela encantou-se pelo modelo que vestiria. Aos poucos ele a conquistava, ainda que ela mantinha-se um passo atrás quando se tratava em confiar completamente nele. Não pôde esconder sua alegria ao saber que ele acertara na escolha. Ok, ela não era tola o bastante de acreditar que ele teria escolhido o vestido por si só, porém lhe dava os créditos de saber que a agradaria. A boca estava tingida de vermelho, destacando o desenho perfeito de seus lábios. E deixou que o destaque mantivesse-se no modelo que delineava suas curvas delgadas com perfeição, assim mantendo os fios castanhos presos de maneira delicada. Quando mirou sua imagem refletida no espelho que cobria toda uma parede de seu closet, Lola sorriu com satisfação.
. . .

Lorenzo, o que me diz? — Ela o questionou ao adentrar a espaçosa sala, girando lentamente sobre o próprio eixo, exibindo-se com um sorriso animado a brincar em seus lábios. De imediato a jornalista riu ao ver que o italiano quase entregava-se ao sono. — Creio que está na hora de irmos, não quero deixar o signore Bottiglieri a me esperar. — Não conseguia deixar de lado o descaso ao se referir a ele. Havia um descontrole que Leônidas causava nela por simplesmente exibir aquele maldito sorriso de lado. E Lola não estava sendo capaz de tirar ele de sua mente.

O homem de confiança de Leônidas lhe acompanhou até o veículo que a esperava, abrindo a porta traseira para que ela se acomodasse, fechando-a e se acomodando ao lado do passageiro no Alfa Romeo de cor negra. Durante o percurso até o local do jantar, Lola dedicava-se a imaginar quais seriam as motivações que levavam Leônidas a encontrá-la naquela noite, visto que ambos não tinham pretextos para vê-lo fora os momentos em que estivessem diante do restante do clã Gutierrez, ou assim ela imaginava. Era somente questão de negócios, não? Não havia nada convencional no relacionamento deles.

Manteve o silêncio no interior do carro, trocando somente cumprimentos de boa noite aos que a guiavam até o destino final. Conhecia bem a cidade, mas ainda lhe era um mistério o restaurante que ele provavelmente a encontraria. O que fez com que um sorriso brotasse em seus lábios ao imaginar que ele deveria querer estar em público com ela apenas para evitar que levasse outro copo de bebida no rosto; o que não seria impedimento algum, já que ela pouco se importaria se alguém testemunhasse outro show seu.


Lola Navarro Gutierrez
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jornalista


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Mensagem por Leônidas Posa Bottiglieri Qua 10 Jan - 22:15:33



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Es una guerra de toma y dame




“Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
Seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos.”

Chanel colocou três pacotes rente ao mafioso retirando a tampa que cobria-os mostrando seu conteúdo: os vestidos. O moreno passou a mão sobre o queixo fitando o tecido preto e o vinho, esquecendo-se do azul-marinho que não tinha lhe despertado interesse, os dois primeiros constatariam com sua pele macia e, mesmo tentando imaginá-la deslumbrante naqueles vestidos sua visão focara na gana de deslizar o zíper, expondo toda sua coluna para que conseguisse percorrer suas mãos em direção de sua nuca, envolvendo e pressionando o local.

Um sorriso jovial se assentou na boca ao descobrir o perigo de tais pensamentos. Escolhera, por fim, o   preto, colocando por dentro da caixa um envelope escrito que continha um bilhete escrito a mão pelo próprio italiano. — Não quero que ninguém olhe o que está escrito e, por favor, solicite que Lorenzo se encarregue da entrega e também que a traga até mim. Não quero que ele volte sem ela, compreende?  — a loira de olhos azuis e lábios pigmentados em vinho assentiu, retirando de sua frente as opções, deixando-o sozinho em sua sala gigantesca.

“Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível
Dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
Dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
Que o grande afeto que te deixo.”

Retornou para o apartamento que acabara de se mudar, retirando as vestimentas e tomando uma ducha fria. Precisava que tudo fosse perfeito e, que pelo menos, não levasse bebida na cara como na primeira vez que se encontraram. Lola tinha uma personalidade um tanto difícil e intermitente que era o oposto de Leônidas que conseguia ser a pessoa mais cruel e violenta com uma calmaria que assustava as pessoas. Quanto mais calmo Posa aparentava, mais fodida a pessoa ficaria.

Saíra do banheiro com a toalha em torno de sua cintura, analisando a blusa branca com a risca dos botões em preto e o conjunto de preto. Se secou e não demorou para colocar as peças e deixar desabotoado parcialmente a blusa, ficando um “v” em seu peito. Arrumou os fios negros, colocando o relógio de ouro e, por fim, uma baforada do seu perfume amadeirado favorito.

“Não traz o exaspero das lágrimas
Nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
Dos véus da alma…
É um sossego, uma unção,
Um transbordamento de carícias.”

As portas do Koenigsegg Trevita cinza subiram assim que o condutor estacionara o carro. O restaurante estava silencioso se não fosse pela presença de alguns funcionários que o serviriam naquela noite. Chanel, como esperado, estava o aguardando, ajudando-o a retirar o paletó e dando-lhe um copo de uísque a seu chefe, entretanto seus olhos azuis demoraram-se nos lábios de Leônidas antes de finalmente pousarem em seus olhos — Está tudo perfeito como solicitara, o restaurante já está em seu nome e os funcionários assinaram um contrato de confiabilidade em relação ao novo dono, parabéns pelo novo negócio Senhor Bottiglieri.

A mulher repousou as mãos sobre o peito do homem brevemente e ele entendia muito bem aquele jogo. Virou o copo de uísque colocando-o sobre a bancada, seus olhos escuros não demonstravam nada, mas sua boca esboçava um sorriso divertido. — Será muito bem recompensada pela competência, mas infelizmente não posso lhe dar o que tanto quer. — o cenho dela franziu confusa — Tenho outra mulher para impressionar esta noite. Está dispensada. — a ordem proferida era semelhante a um tapa na cara.

Deixou a loira para trás acompanhando o funcionário em sua respectiva mesa, o local estava iluminado apenas por velas e uma música tocava ao fundo. Dois de seus homens faziam a segurança do restaurante e, assim que um carro familiar parou rente ao estabelecimento a porta fora aberta para recepcionar a convidada. Aguardou que estivesse suficientemente próxima para deslumbrar cada parte dela, capturando sua beleza exótica que se diferenciava de qualquer mulher, suas curvas, seus olhos e sua boca, um conjunto de armadilhas.

Levantou-se indo em sua direção e tomando suas mãos na dela, levando-a aos seus lábios que depositaram um beijo cálido em seu dorso. — "E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar estático da aurora" — concluiu o final da carta recitando-a para a mulher com o as íris âmbar repousando com intensidade. Puxou sua mão e o ato viera com a consequência do corpo dela encostando contra o seu, a boca que outrora estava em suas mãos agora pousavam em sua bochecha, roçando propositalmente até o lóbulo de sua orelha — Agora pude comprovar que fica linda com qualquer roupa, excepcionalmente hoje. — segredou em um sussurro rouco, afastando-se apenas para capturar as amêndoas.

O homem indicou a cadeira, puxando-a para que Lola se sentasse para então se posicionar em sua respectiva cadeira. — Eu pensei que Lorenzo teria mais dificuldade em trazê-la para cá. — as taças foram servidas com o líquido arroxeado do vinho — Ou não tinha muita coisa para fazer ou estava curiosa, acertei? — Passou o polegar pelo lábio inferior encarando-a demoradamente antes que sorvesse a bebida alcoólica.


#Dolores

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Mensagem por Lola Navarro Gutierrez Qui 11 Jan - 23:35:43


Esto que siento por ti no puede ser legal






Pelo direcionamento que o A.R. se dava, era conduzida a um de seus lugares favoritos em toda a cidade. A latina meneou a cabeça em um aceno negativo ao ver que ele havia ido além das expectativas no quesito em surpreendê-la; A língua estalou ao céu da boca momentos antes de sorrir em uma tentativa de encobrir o quanto ele estava ciente das formas em como a encantaria. Mas um desapontamento lhe ocorreu como um raio ao pensar que era certo que tudo havia sido arquitetado por sua mãe, a quem provavelmente havia lhe passado toda e qualquer informação referente a seus gostos.

A mão estendida de Lorenzo após o escancarar da porta do veículo foi aceita de bom grado por ela, devolvendo-lhe um doce sorriso. Um breve aceno aos guarda-roupas diante da porta lhe eram suficiente para demonstrar sua educação e agrado. As íris castanhas fixaram-se de imediato na figura que vinha a seu encontro, vestido tal como digno de sua companhia. Sentiu-se quase desnuda ante os olhares recebidos, decidindo que a culpa cairia inteiramente sobre o italiano, ele havia escolhido o modelo. Não era delito seu se suas curvas esbeltas preenchiam o vestido, moldando-a em perfeição.

Houve um segundo de comoção que logo transfigurou-se em admiração não em relação ao gesto cavalheiresco, mas, sim, ao escutar as palavras finais do poema contido no bilhete serem declamadas por ele. Um segundo após o choque de ambos os corpos a fez prender a respiração, no momento de lucidez ao qual percebeu que havia se aproximado mais do que deveria; ao passo que sentiu seu pulmão sendo inebriado com o cheiro do perfume dele. Pendejo. O xingou em seu pensamento, concentrando-se para não manifestar o que ele lhe causava. Maldita barba a roçar contra sua pele, e o sorriso… "Foco, Dolores!" Obrigou-se a manter a compostura.

Distante do sorriso ensaiado que ela aprendera a figurar com perfeição ao longo dos anos; desta vez era verdadeiro, sem artifícios ou qualquer sinal de obrigação. Este era um terreno delicado e movediço, fazendo-a tomar nota de que qualquer cuidado lhe devia ser pouco. A vontade de lhe manter por perto mais alguns segundos, de o tocar novamente e quem sabe descobrir o gosto de seu beijo atrelado ao uísque que era de se presumir que ele experimentara momentos antes.

—  Muchas gracias. — Os lábios delinearam-se no mais discreto sorriso ao demonstrar seu acanhamento. —  Estás guapo también, chico. — Proferiu com o que lhe restava de pensamentos esclarecidos. O acompanhou até a mesa posta especialmente para ele e sua convidada, acomodando-se enquanto estava atenta a cada movimento do maior. Portava-se ao oposto do que era de se esperar ao se visar os últimos encontros de ambos os protagonistas do jantar; ela, porém, decidiu tomar um rumo diferente do que era previsto. E por incrível que pudesse parecer, não havia ironia ou qualquer indício de falsidade em seus sorrisos e gestos. Conferia ao universo – e a Leônidas – uma nova oportunidade de lhe causar sensações diferenciadas ao primeiro momento em que se encontraram dias atrás. — Lorenzo me cativou sem a necessidade de ser mais persuasivo. — Sim, Posa, ela havia lhe sorrido outra vez de forma espontânea.

Não era um truque, não havia jogo.

Apoiou os cotovelos sobre a mesa, algo que somente faria distante do olhar de sua mãe, que a repreenderia pela nítida falta de modos. Inclinou-se ao cruzar os dedos lentamente e apoiando o queixo com delicadeza sobre as mãos entrelaçadas. — Hmm. — Tão inaudível quanto um gemido tão baixo a se escutar, ela analisou os itens sobre a mesa. Baixou o olhar, com as bochechas róseas queimarem num riso reprimido ao perceber a falta de um copo de uísque, exibindo um sorriso presunçoso ao volver a se perder nas íris castanhas. — Vejo que está prevenido quanto ao incidente de nosso primeiro contato, mi cariño. — Tão cuidadosa em sua escolha de palavras, Lola era o puro despertar da calmaria de uma brisa em um dia ensolarado. E isso se dava no tratamento afável com que conduzia o rumo da conversa.

Leônidas… — Degustou o nome dele em seus lábios, dizendo-o de maneira languida enquanto saboreava o doce gosto do vinho lhe ser bem-vindo. — Creio que não fecharia um dos melhores restaurantes da cidade sem um bom motivo. — Piscou seus olhos castanhos de cílios longos e movendo os lábios finos pintados de vermelho em sorriso indecifrável. Tentava a todo custo interpretar o que se passava na mente do vivente. — Diga-me… — A breve pausa teve como único intento captar definitivamente a atenção do outro. — O que nos traz aqui esta noite? — A configuração de um “nós” se fazia presente em realidade, eram os únicos a ocupar os lugares no restaurante. Se desejava-lhe tão somente a atenção para si, assim seria.

Confesso que andei pensando muito em ti. — A frase era uma simples isca ao ego facilmente inflável do mafioso, assim como ela esperava ao sorrir no final da frase. — Estes últimos dias obriguei minha mente a buscar antigas memórias… — De imediato um recuerdo de sua infância, como su abuela adorava lhe tecer por horas a fio em histórias. — Creio que nossos caminhos já se cruzaram há muito tempo... — Deixou para que ele buscasse em sua própria mente do passado. Ele teria sido capaz de se esquecer dela? 


Lola Navarro Gutierrez
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Mensagem por Leônidas Posa Bottiglieri Sáb 13 Jan - 1:31:01



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Es una guerra de toma y dame




Não pôde conter o sorriso abrir-se nos lábios assim que tivera a certeza que Lola fora bem tratada, ou melhor, que aceitou o convite sem fazer qualquer escândalo. Internamente aquele jantar se fizera necessário, não apenas para colocar todas as coisas nos eixos, mas também para ter certeza se a latina tinha o desejo de prosseguir com o que seus patriarcas tinham traçado.

Não é questão de prevenção, mia bella. — as orbes recaíram sobre o decote da morena que praticamente esfregava a sua frente devido a sua postura. O italiano subiu lentamente o olhar pouco se importando se a ação anterior fora notada. — Se for para tomar banho de uísque, prefiro que seja os mais caros. — a frase articulada não o vangloriava pela boa vida que possuía, ele apenas adentrou a brincadeira que Lola iniciara.

A mão deslizou sob a mesa amadeirada aproximando-se da mão da bela garota sem tocá-la, apenas triscando sutilmente o flanco com a própria mão, o seu intuito estava em pegar o cardápio tomando-o entre os dedos para erguê-lo em seu campo de visão — Tive o cuidado de separar dois tipos de opção: italiana e mexicana. Fique à vontade para escolher o que mais lhe agrada. — Ergueu a supercílio e uma atendente estava próximo a mesa com os tablet pronto para anotar o pedido — Traga uma entrada de pão australiano com manteiga e, como prato principal, risoto de camarão. — O olhar fixou em Gutierrez aguardando que a mesma informasse seu pedido. Rapidamente e com eficiência a garota se retirou.

A atenção se voltou para a mulher rente a si e, pôde constatar, ao vislumbrar seus lábios movendo-se para pronunciar seu nome que aquilo o agradava. Foram poucas as vezes que tivera a chance de estar presente para escutá-la, preferindo a Lola que conhecera em uma tempestade de neve e também a mexicana exuberante a sua frente. Sem famílias para pressioná-los, apenas os dois.

Sabe, Lola. A primeira vez que estive nos Estados Unidos eu estive em uma franquia deste restaurante: a comida perfeita, o atendimento melhor ainda. Tornou-se na mesma noite meu restaurante favorito, então por que não trazê-la para cá? Ter a oportunidade de esquecer a fachada proposta entre Gutierrez e Posa para tentar nos entender melhor. — Desabotoou um botão da camisa social, mostrando parcialmente o peito tatuado — O que nos traz até aqui? Acredito que o jantar com a sua família tivera tantas desavenças quanto uma conversa de verdade. E, antes de tudo, não me desculpo pelo que aconteceu, antes. — não esperou para que ela reagisse de forma negativa, por isso prosseguiu — Só quero ter certeza que você realmente quer prosseguir com isso. Se unir, ser minha esposa. Não quero ter uma mulher ao meu lado que me detesta, que não concorda. Da mesma forma que teve gentilmente que seguir as vontades de sua família eu também tive que seguir da minha. Toda a situação de agora não pende apenas para o seu lado, mas também para o meu.

As entradas foram servidas e postas na mesa, o moreno permitiu que ela compreendesse suas palavras enquanto cortava um pedaço do pão e passava a faca na massa macia e quente. Levou a boca mastigando o alimento, engolindo-o em seguida a tempo de se surpreender a respeito da confissão de Lola. Não se achou, se intrigou. Após ingerir um pouco de vinho a risada rouca do italiano pela primeira vez fora escutada pela menor — Me recordo um pouco. — fechou as pálpebras para retornar as memórias do passado — piccolo sulking, foi o apelido que dei para a garotinha que tinha jogado uma bola na minha cara… attesa — o seu sotaque estava mais forte do que o normal, mas a surpresa foi maior ao comparar o rosto da garotinha irritante com a da moça a sua frente — Foi você! — exclamou coçando a barba com os nós dos dedos balançando a cabeça pasmado — Tão rebelde e imprudente desde pequena. Devo ressaltar que se tornou uma mulher bela em comparação ao tamanho, continua tão pequenina. — Colocou a mão rente ao rosto em sinal de redenção, cruzando a perna no alto da perna em um formado de quatro, os cotovelos sobre o encosto da cadeira — Lembro que foi naquele dia que eles decidiram unir nossas famílias, a princípio tinham me apresentado a sua irmã mais velha que não ficou nada feliz com a novidade de se casar comigo. Acho que ela me xingou e saiu correndo chutando a grama. — os âmbar fitaram longamente aos castanhos, prolongando o contato visual antes de prosseguir — Quero saber mais de você, quando teve que pegar o fardo da mais velha se sentiu pressionada?


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Leônidas Posa Bottiglieri
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Mensagem por Lola Navarro Gutierrez Sáb 13 Jan - 18:20:37


Esto que siento por ti no puede ser legal.






Agradeceu educadamente em um menear de sua cabeça a moça responsável por atender seus pedidos. Arqueou lentamente a sobrancelha ao acompanhar o gesto dele, resvalando seu olhar sobre o cardápio sofisticado. Apreciou com imenso apreço a decisão feita pelo homem quanto ao restaurante, ele havia de fato a surpreendido e agradado. Algo raro. — Salad Caesar como entrada. E, hmm… — Meio segundo levou para que decidisse o que seria o prato principal, instigada a quase repetir o pedido por ele feito. — Tartare de salmão como prato principal. — Sorriu à loira que os atendia, devolvendo-lhe o cardápio e direcionando sua atenção à Leônidas.

Por um instante ela se alegrou em saber que ele compartilhava do mesmo pensamento. Afinal, apesar da premissa de que eram um simples elo entre os Gutierrez e os Posa, seriam os dois a partilhar uma provável vida inteira unidos por um casamento arranjado. Por quê não fazer disto algo agradável então? — Talvez tenhamos começado com o pé esquerdo. — Ela não cederia em retratar-se aos acontecimentos das semanas anteriores. — Digamos que reunir minha família é sempre uma surpresa à parte. Um show especial. — Uma verdade mais do que real.

Os ânimos foram apaziguados ao pensar que não deveria respondê-lo com sarcasmo, não estragaria o clima amistoso que se implantava entre os dois. “Gentilmente?” Aquela simples palavra ecoou em sua mente enquanto ela esperava a conclusão dos pensamentos dele. — Estamos de comum acordo, creio eu. Essa aliança foi forjada por outras pessoas e será concluída por nós dois. — Tamborilou levemente a ponta das unhas contra a base da taça, logo volvendo seu olhar ao dele. — Então temos quase uma obrigação em fazer dar certo.

Ela obrigou-se a rir ao ser imersa nas lembranças da memória de infância que havia se tornado recorrente para si nas últimas semanas. — Aquele foi um belo chute, admita. A culpa foi totalmente sua de estar no lugar e na hora errada. — Ela deu de ombros, tão natural como se estivesse em seus habituais happy hour com o pessoal do escritório, não diante de seu futuro esposo. — Confesso que o estrago poderia ter sido maior, sou péssima em chutes com a perna direita. — A taça de vinho outra vez preenchida foi elevada de encontro aos lábios avermelhados, mas o ato de ingerir o líquido não se consumou.

Os gestos foram interrompidos para que uma nova risada consumisse o ambiente. Ele havia a elogiado novamente? — Pequena, porém perigosa, Posa. — O tom descontraído que os envolvia quase a fazia acreditar que a união poderia dar certo. Quase a fazia esquecer que tudo aquilo havia sido arquitetado desde sempre por seus pais. — Sorte a sua que ela chutou a grama e não você! — Lola não defenderia tão facilmente a troca feita, até porque ela ocorrera ao longo dos anos. Era ela a responsável por fazer dar certo os planos de sua família. Mas ele tinha tirado a sorte grande em ser ela a escolhida para suceder com o pacto.

Pandora provavelmente já teria jogado bem mais que um copo de uísque contra a face do italiano. — Seria um total desastre se fosse ela quem chutasse a bola, acredite. — A intensidade do olhar sobre o seu a fazia sentir coisas que não devia; uma brecha havia sido feita naquela noite. Leônidas podia notar a diferença, mas talvez não imaginasse que estava conhecendo a verdadeira Lola. E então a seriedade se instalou como uma muralha entre eles. Mas era algo que possuíam em comum. — Quando Pandora decidiu que não seguiria o ramo da família, foi um grande choque para todos, talvez menos a meu pai, ele sabia que ela não aceitaria tão facilmente seguir seus passos. — Suspirou levemente, tomando fôlego ao recordar-se da decisão da irmã.

Os preparativos para se tornar a nova dama da família se iniciaram cedo, minha recordação foi logo após o aniversário de quinze anos dela. — Lola o situou no drama familiar que culminara naquele momento. Era para ser Pandora a lhe sorrir e compartilhar de memórias de infância, não ela. — Jamais Valentin Gutierrez permitiria que uma desfeita de tal proporção fosse feita à sua família, Leônidas. — Ela saboreou do vinho um pouco mais, degustando dele. — Então me restou apenas aceitar, não havia nada a fazer. Eu era uma garotinha e não enfrentaria meu pai, ainda mais quando queria fazer parte dos negócios da família.

A destra ainda encontrava-se em contato com a taça de cristal, mas a morena ergueu seus olhos até encontrar com os dele; instantaneamente um sorriso complacente era exibido ao futuro esposo. — Não posso dizer que encarei tal como um fardo. Na realidade era uma consequência de adentrar ao mundo do qual fazemos parte. Surpreendeu-me o fato de meu futuro marido ser adepto de brincadeiras nada tediosas. — O sorriso se alargou, expondo o fato de ele ter atiçado-lhe grandes expectativas. — Esta união tem tudo para se solidificar em perfeição de ambos os lados, Posa. — Ela estava gostando mais do que deveria chamá-lo pelo sobrenome materno.

Era perceptível que as circunstancias que agora os faziam em perfeita conciliação não era tão somente a ausência dos demais Gutierrez, mas sim o fato de ambos terem tais responsabilidades creditadas a eles desde antigos tempos. — Mas e você? — Ela rebateu o questionamento, não deixando de explicitar seu interesse real na resposta dele. — Como foi saber que seu destino estava traçado desde… sempre? — Era uma triste verdade que dividiam, mas ela precisava saber se o sentimento quanto à realidade da situação também era compartilhada por ele. 


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Mensagem por Leônidas Posa Bottiglieri Qua 24 Jan - 18:14:06



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Es una guerra de toma y dame




E é justamente para isso que lhe convidei, Lola, além de degustar uma boa comida, claro. — os olhos castanhos recaíram sobre os dela, mantendo o foco sem desviar a atenção e muito menos tremular a intensidade. O assunto que adentraram era de interesse para ambos e deveria ser cuidadosamente estudado para que — mesmo sendo concretizado o casamento — eles não fossem diretamente afetados, mesmo sendo praticamente impossível. Leônidas trabalhava todos os dias com diversas maneiras de acordo e ser direto era um deles. — Não acho justo prendê-la a mim como se fosse apenas um objeto, é notável que é uma mulher muito inteligente, a beleza só é um pequeno detalhe de suas diversas qualidades — não estava a bajulando, apenas dizendo o que realmente tivera a chance de observar — É por isso que quero que enquanto nos conhecemos podemos colocar em pauta, como em uma reunião, como será o casamento, se tem algum problema, sugestão ou não concorde com alguma coisa. — pegou a taça de vinho saboreando a bebida sem desviar os olhos da mexicana.

Eles eram jovens, viviam em pleno século 21 e obviamente sabiam, pelo menos ele, que o casamento nem sempre tem um final feliz, muito pelo contrário. Infelizmente, se divorciar estava fora de questão, ou seja, era forçar uma convivência ou forçar uma convivência. Para isso, nada melhor que entender os questionamentos que ficavam na mente da menor e também na dele. Antigamente, quando esse tipo de “negócio” se concretizava após o pagamento do dote, o pai entregava a filha para o marido que  se tornaria seu dono, ela devendo fidelidade, gerar filhos e cuidar para o bem-estar da família em casa, já o homem tinha obrigação de conseguir dinheiro e ser o chefe da família. Tais regras não existiam mais neste século, pelo menos no país em que viviam e da religião de ambas as partes, sendo assim, mesmo que os patriotas tivessem por trás da união eram eles que fariam dela um sucesso.

Eu não duvido que ela recusaria o jantar com um perfeito “ir a la mierda”. — Posa interrompeu a ordem da frase para receber seu prato assim como de Lola que era trocado pelo pedido. Maneou a cabeça para que a funcionária se retirasse e então ele levou um pedaço para o interior dos lábios apreciando o gosto do camarão, seu prato favorito. O sorriso de menino apareceu em seus lábios assim como o leve fechar dos olhos. — Você tem que experimentar, está uma delizie.

Enquanto apreciava a comida escutou atentamente a oratória de Gutierrez com atenção. Ela tinha sorte de ter irmãos, provavelmente não ficava muito tempo sozinha além de, antes de ter o dever sobre as costas, tivera a oportunidade de viver conforme suas regras.

Eu nasci sabendo praticamente, meu avô fazia questão de me lembrar sempre, além dos mexicanos, claro. Então, para mim a única grande novidade é que não teria que me casar com alguma velha caquética e sim com uma mulher exuberante, realmente essa parte foi o mais interessante dentre todo o processo.

Dessa vez ergueu a taça para que fosse incluso um pouco mais do líquido arroxeado, movendo o cilíndrico para os lados, causando um movimentar giratório por dentro do recipiente. Elevou a taça para próximo do nariz para apreciar o cheiro que saía da bebida, sem bebericar, apenas um vício italiano, repousando a mão sobre a mesa enquanto a outra vasculhava o bolso encontrando entre os dedos um tecido de veludo. Ergueu a pequena caixinha carmesim para que a mexicana conseguisse vislumbrar, abrindo-a e mostrando um anel de noivado em ouro branco com um pequeno diamante no meio — Eu sei que deveria ter feito isso na frente de sua família, mas acho que isso tem ser mais íntimo. — pigarreou para prosseguir — Se aceitar meus termos e eu os seus, deseja se tornar a futura senhora Bottiglieri? — os âmbar aguardaram a resposta da mulher dando um pequeno sorriso de canto.


#Dolores #anel

Leônidas Posa Bottiglieri
Leônidas Posa Bottiglieri


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