[RP SEMI-ABERTA] Orange is the new black

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Mensagem por Storm B. Vogelstein Seg 20 Nov - 0:50:21

Orange is the new black
A RP é iniciada por Pandora Navarro Gutierrez interagindo com Alphonso T. Scarpanni, Antonella Rose Scarpanni e Hassan Sabbah. Passando-se esta durante uma manhã na sala de interrogatório do FBI. O clima é frio e seco, sem previsão de mudança até o final do dia. Após os acontecimentos da festa de Hallowen envolvendo não apenas uma tentativa de sequestro, mas também a suspeita de terrorismo, os oficiais locais abordam o suspeito bem como as testemunhas para entender melhor o quebra cabeça. A rp é semi-aberta, sendo possível a participação das testemunhas para depor contra ou a favor de Hassan Sabbah, porém será necessário o aviso prévio por MP para os envolvidos.
manhã xx
11ºC xx
10:00hrs xx
Storm B. Vogelstein
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detetive


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Mensagem por Storm B. Vogelstein Seg 20 Nov - 8:46:29


Can you found me?


Nashville conhecida como a cidade da música, pacífica, segunda cidade mais populosa do estado de Tenneesse estava passando um momento histórico e assustador. Desde quando uma saída para uma festa de Halloween resultaria em uma tentativa de sequestro e, o pior, suspeita de terrorismo? Sabia que iria perder alguma coisa muito importante quando desistiu de ir para o evento pelo simples fato de ter que encontrar ele e ela provavelmente juntos. Sua covardia resultou em perder o espetáculo de camarote para simplesmente ser informada — após ter seu sono interrompido — sobre os acontecimentos catastróficos.

Senhorita Gutierrez, entendeu o que eu disse?— Sven estreitava os olhos para a mulher sentada do outro lado da mesa que segurava a caneta próximo aos lábios carnudos. A morena não parecia notar a presença do subordinado, como se sua audição fosse tampada e seus pensamentos uma bagunça total. — Senhorita Gutierrez? — retornou, balançando as mãos rente ao rosto dela, resultando no despertar para o mundo real — Oh, desculpe. — Passou a mão direita sobre as pálpebras cansadas. Sair correndo de casa e ter que varar a noite trabalhando a pegara totalmente de surpresa assim como toda a população. — Eu quero que solicite a presença dos agentes envolvidos na prisão do suspeito e também que contate o chefe de polícia. Precisamos entender tudo que ocorreu nos mínimos detalhes. — Só o fato de ter que anunciar o cargo do seu ex namorado dava um embrulho no estômago e um desconforto na garganta e, para completar, teria que falar também Antonella.

Este seria o primeiro encontro dos três desde que a agente despertara. Aquele seria um teste para saber se tinha ou não nervos de aço — Por favor, quero também que solicite a presença das testemunhas que os policiais investigaram e peça a Louise a gravação do Wildhorse Saloon… — massageou as têmporas em movimentos circulares na tentativa de se lembrar de alguma coisa importante — Mais alguma coisa? — o loiro aguardava com os olhos azuis atentos a ordem da agente responsável, parecia até mesmo feliz por ter algo interessante em que trabalhar — Ah, sim! Coloque o suspeito na sala de interrogatório, vamos ver a sua versão e comparar com as pessoas presentes. Pode ir. — ele acenou a cabeça soltando um “com licença” antes de fechar a porta e deixar que a latina ficasse sozinha presa a névoa de devaneios.

A pressão caia sobre seus ombros, pois sabia que seria cobrada pelo resultado não só pelos superiores, mas também pela mídia que já estava na frente do prédio exigindo respostas. Um suspiro forte saiu da boca, fazendo-a  abandonar a caneta sobre a mesa e elevar ambos os braços para o alto da cabeça para se alongar e tomar coragem. Ergueu-se da cadeira preparando-se para se locomover para a cafeteira localizada do lado de fora da sala, necessitava de cafeína para dar um tapa na feição cansada pela a noite mal dormida, mas o sono em si não era um obstáculo, pois a ansiedade antecipada de ter que passar um tempo significativo na presença deles expulsava qualquer vontade de se entregar para os maravilhosos sonhos.

Por que não teve um assalto insignificante? Assim aquele caso não teria o envolvimento do FBI e tudo ficaria bem, ou achava que ficaria. Fugir para sempre não resultaria em nada, assim como ter que levar em conta tudo que ocorrera em menos de vinte e quatro horas.

Não prestou atenção em seus movimentos até notar que já jorrara o líquido marrom no interior de sua xícara de Star Wars. O cochicho era iminente assim como os olhos pousados atrás de suas costas. Eles queriam barraco, ainda mais quando envolvia pessoas tão próximas. Ela era o canal favorito para o entretenimento enquanto eles não passavam de simples telespectadores. Esse tipo de pessoa estava sempre presente, esperando atentamente para que caísse e quebrasse a cara no chão. A humanidade, pensou ela, às vezes está completamente perdida.

[...]

O toc toc do salta alto contra o chão anunciava a chegada de Pandora para a sala de interrogatório que tinha dois lados: o que o suspeito ficava quando era interrogada com uma mesa e quatro cadeiras, com um vidro espelhado que dava acesso ao campo de visão para o outro lado; lá dava para ter mais privacidade para conversar sem que o detido pudesse ouvir ou escutar. Era para o último que a morena se direcionava, administrando a respiração e a ansiedade.

Teria que controlar completamente a suas emoções. focar apenas no trabalho, só isso importava.

Um último suspiro fora dado quando o corpo esbelto trajando uma blusa branca social com dois botões abertos dando o vislumbre “v” no inicio do peito e a calça preta com o distintivo preso no cinto e a pistola calibre 9mm dentro do coldre. As orbes amêndoas encontraram primeiramente ele, um aperto forte propagou o seu coração relembrando da forma que tudo acabou e do quanto doía aquele sentimento que ainda possuía por Alphonso, era difícil ter que mascarar a expressão de tristeza para comportar-se conforme sua estirpe. Após o contato visual as íris fixaram-se e posteriormente nela, parecia que a sala ficara mais pequena com a presença de ambos que compunham o triângulo amoroso, ou deveria dizer, o não-tão-triângulo assim.

Senhor Scarpanni. — cumprimentou oferecendo a mão para completar a formalidade, entretanto detestara tal ideia, pois o contato de sua pegada forte em um breve aceno dava-lhe um arrepio na espinha. Aquilo seria difícil, muito difícil. — e senhora Scarpanni. — focou a atenção em sua amiga, dando-lhe um sorriso terno. — A boa dupla ataca novamente. — O ar de brincadeira era uma forma de alegrar o ambiente pesado, além de se distrair daquele desconforto palpável — Eu preciso ser atualizada, o que aconteceu? Vocês devem estar a par de tudo e sabem mais do ocorrido do que os demais. — Jogou para eles a vez de se pronunciar para dar tempo de tranquilizar o coração que praticamente saltava para fora do peito. Uma vontade imensa de abandonar o lugar queria se propagar em seu âmago e controlar as suas pernas, mas não permitiu. Precisava ser profissional e seria.


Com Ella e Alphie // made by sorry
 
Storm B. Vogelstein
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Mensagem por Hassan Sabbah Ter 12 Dez - 1:21:02


HASSAN SABBAH
RP's: 02 .



Acordei de bruços, nu, com os lábios roçando o chão frio, liso e negro, enquanto uma luz me iluminava lá de cima. Abri os olhos pouco a pouco, ergui a cabeça e virei para os dois lados, e tudo o que vi foi escuridão. Levantei-me e ergui os olhos para cima. No teto, a uns bons seis metros de altura, a única fonte de luz cortava a escuridão com uma cor prateada, vinda de uma abertura no teto em formato circular, com barras de ferro idênticas às das prisões, atravessando o círculo em todos os cantos.

Mas que lugar é esse?, pensei, enquanto caminhava em círculos ao redor da luz. Estava nu, aparentemente sem nenhum machucado, jogado numa estranha sala, túnel ou qualquer outra coisa que aquele lugar fosse e sem o menor resquício na memória de saber onde estive antes de chegar ali, o que estava fazendo e como fui parar naquele local.  Olhei para o alto novamente, com o braço direito protegendo os olhos da luminosidade. “Existe sol lá fora”, pensei, “ou algo que gere luz suficiente para iluminar este local”, mas, à exceção da luz, que ainda assim tinha um brilho prateado, a escuridão ao meu redor era diferente de qualquer outra que já senti na vida. A escuridão uma vez já me assustou, mas não mais. Dei uns bons três, quatro passos, e logo estava fora da área da luz, me distanciando a cada passo mais, sentindo o frio se intensificar a cada respiração dada.

Caminhei por um minuto ou muito mais tempo, ali, naquele negreiro. Estendi a palma da mão direita à frente do meu corpo, tateando o escuro em busca de algo. Enquanto caminhava, notei que mesma aquela luz que vinha do teto, pálida e prateada, que cortava a escuridão, se rendia pouco a pouco, desaparecendo num mar de trevas, até que tudo o que restasse fosse um breu total. Continuei vagando sem a menor noção de tempo com a mão estendida, buscando por alguma coisa, até que meus dedos tocaram uma superfície lisa, sólida e fria. Desci os dedos até o chão e, novamente, até o ponto inicial de onde ele partira em linha reta. Virei de lado para o objeto sólido à minha frente, percorrendo toda sua extensão com meu ombro colado em sua superfície gélida, enquanto usava a palma da minha mão para enxergar o que meus olhos não viam. O lugar era uma espécie de cela, uma prisão. A superfície cumprida e fria que percorri com meus dedos nada era mais que enormes paredes que, juntas, formavam um confinamento retangular, sem nenhuma outra saída. O encontro entre duas paredes formavam ângulos de noventa graus. A partir deles, era fácil se localizar e ir para o centro da cela, onde a única luz existente ali desafiava a escuridão à sua volta.

A seis metros de altura, numa grade circular, filetes de luz desciam até o chão, prateados e quase mágicos, afastando a escuridão. Olhei para o alto, e protegi os olhos da luminosidade com a mão direita erguida para projetar uma sombra no meu rosto. Lembrei das outras vezes de quando fazia aquilo: agachava, flexionando os joelhos, retesando os músculos e ficando na ponta dos pés, saltando o mais longe e alto possível que qualquer homem normal. Dessa vez também não foi diferente. Assim que fiquei nas pontas dos pés, com os músculos da perna extremamente retesados, sendo capaz de sentir cada parte do meu corpo, lancei-me ao alto, protegendo os olhos e erguendo a mão esquerda para a grade, no alto. Senti a ponta dos dedos roçarem o metal ainda aquecido graças à luz, e aquele calor foi reconfortante. No outro instante, senti que estava sendo atirado de volta ao chão, rápido demais.

Não sei quanto tempo mais se passou desde minha queda até que eu recobrasse a consciência. Podia ter passado alguns poucos segundos, como minutos, horas. Talvez dias. O tempo ali pouco importava. A luz que atravessava a grade no teto era contínua; a escuridão à minha volta, também. E isso eu descobri quando me dei por vencido, sabendo que a força que outrora me pertenceu agora se esvaia cada vez mais, até que tudo em mim fosse humano novamente. Até que me tornasse incapaz de realizar qualquer coisa com minhas próprias mãos.

Nesse momento, deitei próximo à luz, e continuei acordado por longas horas, sem que a cela sofresse mudança alguma. Sem que houvesse um barulho além da minha respiração, sem que a luz sofresse qualquer alteração visível a olho nu. Quando, por fim, eles vieram. Os mortos, uma cena agonizante tomava forma na estranha cela onde estava. Eles se aproximavam rapidamente, me rasgavam com dentes e armas. Cortavam minha pele e desmembravam cada parte do meu corpo, sedentos por sangue. Eu tentava gritar, mas as palavras não vinham à boca, não vinham, sequer, em mente. Minha voz era como uma simples gota caída na imensidão do oceano, algo imperceptível, parte de algo muito maior. Uma gota de chuva que cedia ao gosto salgado do mar. E meus gritos ficaram mudos diante do barulho das espadas fincadas no meu corpo. No desespero enlouquecedor, a luz prateada tomava uma forma avermelhada, uma voz no fundo poderia ser ouvida e a sombra de uma mulher se projetava em minha frente.

- NÃO!!!   - Hassan gritava com sua respiração ofegante. Seu corpo estava empapado de suor, seus olhos estavam avermelhados. Ele não entendia o significado daquele sonho, e por que aquela pessoa tivera aparecido, mas algo deixava-o preocupado. "poderia isso ser algum aviso?".

Com o passar do tempo, tudo fazia sentido em sua cabeça. "O evento beneficente, a morte do homem no estacionamento e obviamente sua prisão."  -Preciso fazer um telefonema... Anisah....   - Muitos que o vissem nesse momento não acreditariam, o grande Árabe com semblante digno de pena.

As horas faziam questão de enfurecê-lo, chegando socar muitas vezes a parede de concreto, seus punhos sangravam levemente, mas aquilo era o menor dos problemas. O sonho estava deixando-o cada vez mais instável e certo descontrole emocional não poderia ser visível para ninguém, muito menos aqueles policiais malditos. A noticia seria espalhada rapidamente e o seu nome não poderia ter grande enaltecimento assim.

- Tudo será resolvido.... Tudo....

Um plano estava sendo traçado em sua mente, existiam diversas pessoas para auxiliar em sua liberdade, mas algo no fundo ainda trazia certo desconforto, aquela mulher depois de muito tempo tivera aparecido e msua mente.

- Anisah.

Seus devaneios eram desvaídos, quando um dos policiais batia com suas chaves na grade metálica do lugarejo. Depois de muito tempo, finalmente começaria o interrogatório. Hassan respirava fundo, ajeitava seu cabelo e roupas, fazendo o procedimento já conhecido para o policial leva-lo até a sala de interrogatório. Seus passos estavam lentos, os grandes olhos azuis varriam toda extensão do lugar, gravando cada rosto, cada nome. Quando por fim, entrava na pequena sala onde o grande espelho evidenciava tudo. Um sorriso no canto do rosto era direcionado para aquele lugar sabendo que existiam pessoas observando, iria provocar um pouco. O script já estava formulado e estritamente guardado na mente, apenas aguardava os responsáveis entrarem. Aquela seria uma longa conversa.




Hassan Sabbah
Hassan Sabbah


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Mensagem por Alphonso T. Scarpanni Qui 14 Dez - 20:23:04



prisioner
I'm a prisoner to my addiction. I'm addicted to a life that's so empty and so cold. I'm a prisoner to my decisions.



O copo com café permanecia intacto por alguns minutos desde que havia cruzado pela porta da sala onde costumava ocupar partes de seu dia, quando não tinha compromissos em campo. O homem encontrava-se recostado em sua cadeira, com os dedos massageando o queixo. A barba por fazer estava alguns centímetros crescida, com pelos irregulares e capazes de lhe perfurar desagradavelmente com qualquer pequeno contato. O clima ao lado de fora era favorável para qualquer bom agrado ao perpetuar num frio que provavelmente não daria tréguas até o final daquele dia, mas não havia umidade para deteriorar a força da baixa temperatura. Apenas estava frio, como se o tempo fosse testemunha do sentimento de todos os envolvidos naquele caso.

Aquele copo de café lhe trazia lembranças que o desnorteava de maneiras subliminares. Costumava levar um copo para Pandora todos os dias. Para ela, dizia ser somente um pequeno impulso para um bom dia de trabalho. Em seu interno, sabia que trava-se somente de um motivo para vê-la por alguns minutos antes de se afundar no departamento. E também era o copo em que muitas vezes ja havia dado a Antonella, no auge de suas jovialidades, quando passavam noites em claro estudando para garantir um futuro decente. Juntos.

O ofício poucos centímetros distante de sua mão livre lhe obrigava a comparecer na sede do FBI para participar de um interrogatório feito pelo responsável designado para a atividade. O mandado de prisão havia contrapartido do italiano, com acusações de outros oficiais que presenciaram o início da confusão protagonizada por Hassan Sabbah, apontado como terrorista no caso. Alphonso cumprira seu papel de chefe de polícia, decretando a prisão do árabe para manter seu posicionamento sob custódia, para melhor entender o que tinha acontecido. Todos os lados seriam ouvidos, para só então decidir se viraria um caso de tribunal, o que ele queria evitar apesar dos fatos decorridos na noite de Halloween, que deveria ser palco de um dos eventos beneficentes mais importantes do ano.

Quando finalmente ergueu o tronco do conforto de sua cadeira, tomou o copo ainda cheio do café que esfriava e o jogou no lixo fora da sala. Abotoou o terno de tecido nativo que adornava o corpo, acentuando a postura enquanto caminhava de encontro ao Audi utilizado em função do trabalho.

Aquele prédio fora, por muitos anos, seu local de trabalho. Açoitado por várias lembranças, deixou a vaga agora ocupada no estacionamento e pouco depois passava pelas portas principais, sentindo-se brevemente como um ponto dourado no meio de uma escuridão intensa. O óculos aviador fora retirado de sua face para vislumbrar as feições conhecidas de Megan e Gale, dois velhos e bons amigos. Mas, a atenção deles não eram as únicas que mantinha em si, visto que boa parte dos presentes no setor lhe dirigiam olhares de curiosidade. Alguns eram olhares estranhos e desconhecidos.

Bem vindo de volta, Fonsi.

Megan cumprimentou o ex-colega, e logo trocaram breves apertos de mão, assim como fora feito com Gale, que escondia um sorriso animado ao rever seu parceiro de cenas logo quando entraram no reformatório para oficiais em formação de campo. Alphonso previu que seria abordado em uma outra hora, já que os dois estavam ali para lhe incitarem a presenciar a reunião de pauta com a chefe de toda a sede e a oficial que havia presenciado o ato suspeito de terrorismo, respectivamente, Pandora e Antonella. O olhar do amigo de longa data padeceu sobre o italiano. Todos ali conheciam a história do trio de cabo a rabo, e emanavam uma tensão como se fossem tão protagonistas do triângulo quanto um deles.

O caminho feito pelo elevador durou menos que cinco minutos, e logo estava diante de Antonella. Seus olhos sorriram sem sua permissão, querendo evitar a imagem de falta de ética e comprometimento profissional quando estava em hora de serviço. Ainda estava em silêncio quando foram deixados a sós, e ele se aproximou dela, deixando um rápido beijo em sua bochecha como cumprimento, seguindo na frente para a sala em que já havia estado muitas vezes. Pela primeira vez, depois de todo o turbilhão emocional em que haviam embarcado, os três estariam juntos. Ele não sabia o que deveria esperar, mas sabia o que viria. Afinal, disfarces seriam precisos naquele encontro, por uma questão profissional. E puramente isso.

Quando a porta fora aberta e Pandora o recebia com um aperto de mão educado, Alphonso sentiu o açoite da noite em que dançaram juntos. Na chuva. Era como se pudesse sentir a umidade ainda presente no toque, junto das temperaturas entrando em um nivelamento térmico para logo se desgastarem numa combustão desproporcional. Ele impediu a si mesmo de dar qualquer parecer antes de qualquer uma delas falar primeiro, colocando-se numa posição de quem apenas podia esperar. Pandora tomou a frente, e ele reconhecia em seus olhos que deveria continuar antes que alguma coisa caísse entre eles.

O detido foi encontrado  portando a arma do crime e testemunhas identificaram-no como aquele que executou o disparo contra a vítima. Não conhecemos o seu lado da história, e sua apreensão fora realizada em prol do que apontamos como terrorismo. Esta é a versão que está em minha mesa até agora. — Alphonso colocou as mãos em cada um dos bolsos da calça, a expressão tornando-se severa momentaneamente. Era o que podia contar, não precisando abrir o jogo sobre o que estava fazendo momentos antes de ser obrigado a agir em sua posição profissional.

Seu rosto virou brevemente para a esquerda, onde procurou o apoio vocal de Antonella, que deveria propagar as informações que continha do caso. — Qualquer informação adicional é desconhecida por mim, já que o caso fora trazido diretamente para cá enquanto cuidava de outra emergência de cunho governamental. Mas bem, quem fará o interrogatório? — havia tomado a frente no caso de Aurora, a quem vinha se mostrando uma pessoa diferente do que costumava pensar ao respeito para uma filha de um presidente. Ao fim, questionou, junto com um suspiro longo.




cause I can feel my soul burning
Alphonso T. Scarpanni
Alphonso T. Scarpanni
perito criminal


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Mensagem por Antonella Rose Scarpanni Sex 26 Jan - 19:25:02



Make that money pile up baby
make it pile up higher
Aqui está. — A voz e o jeito solícito de Ronald a despertou de seus devaneios. A loura apoiada sobre os cotovelos na mesa de trabalho sentia o peso do mundo em suas costas. O copo de café colocado a seu lado pelo colega a fez sorrir pela primeira vez desde o começo daquele dia. Murmurou um singelo "Obrigada", ingerindo a bebida dos deuses como se necessitasse desta para viver. Era uma das poucas vezes em anos  que agradecia pelo interesse amoroso do outro agente sobre si, tão somente pelo quê ele a proporcionou... café. Ao menos tivera a chance de poder se vestir adequadamente ao ambiente de trabalho, já que agora sua vestimenta não era mais um curto vestido preto. Não havia dormido nada a noite inteira, fosse por pensamentos acerca do que havia presenciado no evento ou o que se passaria em decorrência dos fatos da noite passada.

E onde está a pasta de arquivos? — Notou a falta do material que a pouco estava ali. Sorrindo educadamente ao receber um olhar confuso por parte do outro. — Pandora já está na sala? E o suspeito? — As questões levantadas todas ao mesmo tempo eram ditas de maneira exigente, mas bastava curvar os lábios em um sorriso para que fosse prontamente atendida pelo colega. O charme usado rebuscadamente lhe fez reprimir um querer rir, algo que ela não fez, afinal não havia motivos reais para tal. Mas os minutos entre o café colocado sobre sua mesa e o retorno de Ronald com os documentos requisitados por ela foram os mais calmos que ela iria poder vivenciar no dia em questão. — Ela está esperando você, Ella. — Agradeceu pela eficiência demonstrada pelo rapaz, decidindo que era melhorar apurar seus passos, assim talvez o dia chegaria ao fim mais rapidamente.

Recompôs sua aparência, tomando em mãos os documentos que levaria para o interrogatório. Houve aquela sensação estranha de querer se mover, mas seus pés pareciam desobedecê-la de propósito. E a aproximação do chefe de polícia não melhorou em nada seu estado. Acenou em cumprimento aos que o acompanharam para fora do elevador, sorrindo timidamente ao se deparar com o moreno diante de si. A presença de Alphonso usualmente era como um calmante para ela, mas não naquela ocasião. Não quando estavam indo de encontro à Pandora. Era a primeira vez após seu retorno que ela desejava não ter decidido voltar. — Bom dia, Sr. Scarpanni. — A formalidade de suas palavras era acompanhada de um sorriso quase zombeteiro, mas a mulher manteve a postura séria.

Pandora já está a nossa espera. — Passou os documentos que carregava em seus braços para ele, aproveitando-se da aparente facilidade com que tudo parecia ter voltado ao normal entre o casal. Quando a porta fechou-se atrás de si e teve a chance de vislumbrar a presença de Pandora, sentiu como se o ambiente tivesse bruscamente reduzido de tamanho. Obrigou-se a tentar acalmar os próprios pensamentos e agir com naturalidade, sorrindo como se o tempo não houvesse passado nenhum dia sequer antes de seu acidente.

Distribuiu o dossiê reunido nas últimas horas acerca de toda e qualquer informação sobre o rapaz sentado na sala anexa a que estavam. A poucos centímetros da superfície espelhada que os separava do suspeito no outro ambiente, Antonella se manteve inerte, observando o comportamento do rapaz do outro lado do espelho. A carga emocional que a situação exigia tornava-se quase um fardo impossível de se carregar ao ter junto deles a sombra de um triângulo amoroso complicado de se resolver. A loira fazia de tudo para agir da maneira como era de se esperar em uma situação como aquela; ignorando por completo o evidente desconforto que ainda pairava entre eles em alguns breves instantes de silêncio.

Ainda que a luminosidade da sala onde ele se encontrava fosse altíssima, a loura não pôde deixar de se sentir desconfortável com a sensação de estar sendo observada por ele. Os olhos azuis pareciam atravessar a barreira de espelhos e adentrar diretamente sua alma. Ele sabia que estavam ali e que logo tudo começaria. Ignorou o breve tormento sentido ao encarar a figura do outro lado, suspirando ao voltar seu corpo em direção à dupla atrás de si. — Sem históricos ou passagens pela polícia, quando jovem foi internado em reabilitação pelo uso de substâncias ilícitas. — A pasta que ela havia em mãos foi folhada com calma enquanto levantava os principais tópicos de interesse sobre o suspeito.

Teve uma rápida ascensão na Black Claw, empresa na qual atua como líder. — Ella se locomoveu pela sala, voltando a encarar a figura do outro lado do espelho. — Ao que parece estava atuando como segurança de um dos convidados na noite anterior. Sua ação foi uma resposta ao que o outro suspeito, Mikhail, estava a planejar. — Antonella fez uma breve pausa. — O que resta saber é se há qualquer ligação entre eles e o porquê ser necessária sua intervenção. — Suspirou calmamente, fixando as íris cristalinas no documento em suas mãos. — Uma das testemunhas, e quem contratou os serviços de Hassan foi Samuel O’lvier, que já foi chamado para prestar depoimento. — Ao menos era as informações que havia recebido momentos antes de se juntar aos dois.

Ergueu seu olhar aos dois, esperando qualquer nota sobre o dito. — E agora é necessário a realização do interrogatório. — Logo a sensação de sufoco parecia ter retornado, como se fosse ela quem estivesse do outro lado do espelho aguardando por alguma notícia. Agradeceu pela segunda vez no dia quando a face de Ronald surgiu na porta exigindo sua atenção em outra ramificação do caso. A interrupção abrupta fornecida pelo loiro era o que ela necessitava para sua mente. Algum tempo longe daquela sala, dos dois e a oportunidade de ingerir mais alguns copos de café. Nada era mais lógico do que Pandora tomar a frente do caso, ela era quem estava mais tempo na ativa, com Antonella voltando a seu posto com um caso tão importante. Ela seguiu Ronald para fora da sala, procurando evitar qualquer contato visual com o marido ou a melhor amiga.
The devil you know
1,084 PALAVRAS o LISTENING X Ambassadors - The Devil You Know

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Antonella Rose Scarpanni
Antonella Rose Scarpanni
detetive


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